"I don't want to be loved very much. I want to be loved."
Acho que a maior vantagem do filme são as diversas perspectivas abordadas. Não é um filme que fale só sobre alguma coisa, ou que foque especificamente em algo. Muito pelo contrário, ele aborda um contexto de certa forma que eu ainda estou me perguntando como eu nunca tinha assistido um filme assim tão completo. Ao mesmo tempo que três jovens se entendem sexualmente, eles também apreciam o cinema e discutem intelectualmente os mais variados assuntos, imersos num momento político importante da França, além de terem seus valores constantemente questionados pelo que parece ser uma figura de lucidez, representada por Matthew. Destaque para as excelentes atuações e química do trio sempre com diálogos contínuos e interessantíssimos. Fantástico. Acho que o filme faz todo telespectador refletir em algum aspecto, e acho que pra mim o mais contraditório foi que Matthew mexeu mais com as estruturas de Isabelle e Theo do que o contrário. Eles foram questionados dentro dos próprios pensamentos e ambos se viram perdidos dentro da própria hipocrisia, por isso reafirmo o papel de lucidez de Matthew. Adoro filmes imprevisíveis que te façam olhar quanto tempo falta pra acabar, desejando que dure o máximo que puder.
"Yes, I'm drunk and you're beautiful. And tomorrow morning, I'll be sober, but you'll still be beautiful"
Que tipo de pais compreensíveis são esses? Ok que há um contexto francês por trás, e que eles tem pensamentos artísticos a partir da postura deles no jantar, mas mesmo assim, me chocou a atitude de não fazer nada, de não querer atrapalhar. Que pais são esses? HUSAHUSAHU
Um filme lindo lindo de se ver. A fotografia é impecável durante os 90 minutos de filme, e passa sim uma impressão de que todas as cenas foram não só pensadas, mas meticulosamente repensadas antes de serem montadas. Tem um arranjamento em específico que me chamou atenção que é quando o pai e filho ficam perfil a perfil na câmera, acredito que a ideia seja fazer algumas suposições já que um contexto prévio não é dado.
Provavelmente Benjamim seguiu os passos do pai Valdemar sem muita escolha, afinal como filho de artista circense não deve ter visto muita oportunidade. A situação chegou num ponto em que o pai cedeu aos prazeres da carne, por assim dizer, e Benjamim acabou "herdando" toda a responsabilidade do picadeiro. Ainda supostamente, aquilo deve ter pesado nas costas e contribuído para a sua crise existencial, ou crise do riso, o tema principal. "Eu faço o povo rir. Mas quem é que vai me fazer rir?" A questão é que a problemática demora muito tempo pra ser pontuada, e não é o suficiente pra construir o clímax do filme. Logo após o problema ser exposto, outra cena me chamou atenção, na qual Benjamim olha pros sapatos de palhaço, como se eles já não servissem mais. Isso tudo acompanhado de uma obsessão, aparentemente infundada por ventiladores. O pai parecia ser mais ciente dos problemas que o rodeavam do que aparentava, e visto que o filho tinha "perdido o rumo", decidiu voltar ao posto das responsabilidades.
Daí vem a falha na minha opinião, não houve uma boa explanação do problema nem um desenvolvimento, e quando tentaram fazer o filme já vinha por acabar. As cenas de riso também não foram sempre engraçadas, e eu esperava mais nesse ponto sim - óbvio que o filme caminha entre o drama e a comédia, mas enfim. Por fim, a trilha sonora toda feita a base de instrumentos com um tema de circo finaliza perfeitamente a ambientação do filme. Eu fiquei feliz pelo avanço do cinema nacional, e principalmente pela produção em volta da película. Creio que com uma história mais bem arranjada, teremos obras que nos orgulhem bastante aí no futuro. Eu daria um 3.75 pra esse filme.
O filme é de um suspense excelente cultivado num ritmo bem lento. Ele vai avançando a medida que um casal vive um crise no relacionamento. Acredito que pra qualquer telespectador leigo consegue entender a imagem do filme, mas sente que há muitos "gaps" e coisas não explicadas, e estão certos. Eu precisei ler praticamente um manual de símbolos explicando todas as referências e as intenções de falas, de posições de objetos e até da movimentação de atores e figurantes em cena. Outro aspecto interessante é de certa forma a estranheza das coisas e ao mesmo tempo a normalidade, como por exemplo a cena de Alice olhando-se no espelho, ao mesmo tempo que beija Bill. Voltando ao suspense que com certeza é a ferramenta que nos prende por quase 3 horas de filme, o maldito piano incendeia com um tom "creepy", estranhamente satisfatório pra o ambiente, mas que permanece na cabeça com algumas notas de piano. Eu não ligaria se mais diretores se inspirassem nos tipos de finais de Kubrick para os filmes de hoje em dia, com diálogos inspiradores e revoltantes.
PS.:Recomendo aos curiosos que leiam sobre as simbologias por trás do filme nesse site aqui em inglês: http://vigilantcitizen.com/moviesandtv/the-hidden-and-not-so-hidden-messages-in-stanley-kubriks-eyes-wide-shut-pt-i/
Primeiro, eu gostaria de fazer algumas ressalvas. Eu sempre acho que filmes que são adaptações são sempre muito complicados, porque tem-se que extrair os momentos principais e transformar a abstração de cenário em algo palpável, driblar personagens introspectivos em narrações impossíveis e tal tipo de coisa. I get that. Por isso, vou julgar o filme, e não o livro. Minhas impressões são daquilo que eu vi. Eu achei tudo muito mediano. Tudo. A história, o roteiro, a produção. Mediano não é ruim. Mediano é mediano. Lá pela metade do filme, acho que é a parte mais atrativa, onde os personagens já nos são mais chegados, por assim dizer. Rudy, Max, Liesel, Hans e Rosa são todos muito carismáticos, mas eu achei o final meio drástico. Um final forçado, mais especificamente só pra se fazer chorar. Possibilidades existem, e com certeza isso aconteceu com alguma menina em algum lugar da Alemanha talvez (vai saber se o livro é baseado em fatos reais, whatever) mas ainda assim, não me saiu da cabeça: "fake, fake, fake". Uma cena de uma atuação me deixou extremamente frustrado no final,
Rudy tava tão vivo quando cataram ele que eu fiquei pensando que ele não ia morrer pela atuação do ator. Tipo, ele foi muito bem o filme inteiro, mas nesse finalzinho me decepcionou.
Algumas cenas são nitidamente arranjadas, e dá pra sentir também que provavelmente no livro acontece muito mais magicamente, aquele tipo de coisa que só se consegue descrevendo com palavras que não podem ser representadas, geralmente. Esse é o calo de qualquer adaptação pra mim. Eu também não entendi o papel do narrador na história. O que de mais o narrador acrescentou? Também imagino que no livro seja diferente - espero. No começo vem aquele tom místico de quem será que está narrando, e nós já podemos dar alguns chutes, e no final se revela indiretamente. O que me intrigou mesmo foi a "idealização" de Liesel. "I wanted to tell the book thief that she was one of few souls that made me wonder what it was to live." Sinceramente o que tem de tão especial, no sentido de mais especial que tantas outras histórias, pra ela ser escolhida pelo narrador como "one of THE few souls"? Por fim, o filme é bom sim. Não é chato em nenhum momento, muito pelo contrário, é interessante.
Ah, a miséria humana! Quem precisa falar de felicidade, de esperança, de amor se é na miséria que todos nos encontramos iguais? O tom melancólico vinha sendo ditado desde a montagem da natureza expressiva ao redor, em cores dramáticas escolhidas para os figurinos, e até para as cores dos móveis. Ironicamente ou não, a coisa mais colorida do filme é uma Ferrari vermelha, que acho que pode ser usada como uma metáfora para a felicidade material. Não demorou muito até vermos que essa "felicidade" era construía a partir dos tantos castelos de areia que são mostrados nesse filme, e um dos discursos da Karen é uma das mais absolutas verdades. "It's not cut and dry, it lives where everything lives, somewhere in the middle. Where the rest of us live, everyone but you." A verdade é que todos nós damos muita atenção à "aparência", nada mais do que a satisfação "obrigatória" de um indivíduo da sociedade. Você tem que ser feliz, e caso não esteja exatamente feliz naquele momento, pelo menos aparente para os outros que sua vida vai perfeitamente bem. Discussão e problemas em família, eu não preciso nem me expressar sobre, porque cada um já tem a sua própria pra tirar de exemplo. Eu me identifiquei bastante com o tema, na questão "I care" ou "I do not care" com o que acontece ou deixa de acontecer dentro do âmbito familiar. Observando a dinâmica daquelas três irmãs, claramente eu vi numa "filha figurante" outra metáfora, um ser que estava lá porque tinha que estar lá, basicamente. O que aconteceu antes, durante e depois não era de grande importância pra ela. Ela já tinha que se preocupar com a própria vida.
E a seleção dos horrendos defeitos humanos continuava a ser exposta. Mesquinharia. Ódio. Ressentimento. Arrependimentos. Traições. Esplendidamente expostos, diga-se de passagem. Os núcleos de atores são fenomenais e a atuação de todos foi soberba. Todos os quadros tiveram quase que a mesma atenção, trazendo um clímax atrás do outro, sempre mostrando que atuações são suficientes para preencher um filme, e efeitos e cenários só existem para acrescentar detalhes. Literalmente nenhuma cena foi dispensável. Achei o filme inteiro conciso, coerente. O que é aquela cena do jantar? Do começo ao fim: Perfeita. O diálogo entre as 3 irmãs. A distância entre elas, uma distância formada naturalmente. Lamentável. O filme foi feito pra ser sentido. Não outra fantasia que tinha que ser inserida de vidas perfeitas. Um drama de uma família se despedaçando. Bem mais palpável do que um sonho. Talvez o filme faça mais sentido pra quem atualmente se encontrar desiludido por qualquer que seja o motivo.
"Revenge is a dish better served cold." Desde de que a vingança é citada como um prato, acho que implicitamente está o fato de que qualquer prato que se vá preparar precise de uma receita, um planejamento, uma forma de agir. Ainda baseado na metáfora de "um prato", qual tipo de comida que é melhor servida fria? Uma sobremesa quem sabe, algo que tem que ser estritamente servido frio, gelado de preferência, algo que ENCERRE a refeição, não deixe margens para mais ou menos, um ponto final. Mas um ponto final bem doce, aquele resquício no canto da sua boca que você mesmo limpa com o dedo e o finaliza num sorriso. Mas a vingança vem num prato único, sem repetir, e muito menos sem deixar pela metade. Concluo assim que Vingança é uma fatia de uma torta alemã.
Foi com essa abertura que eu achei que esse filme ia ser pra mim, ia ser o meu favorito de todos os tempos. Não durou muito e eu já tinha mudado completamente de ideia. Desde as primeiras cenas eu gostei da forma que a câmera era conduzida, com a preocupação não só com o conteúdo, mas também em como ele seria apresentado ou ainda com o ponto de vista do telespectador, literalmente. Porém, a medida que o tempo passava, eu notei uma obsessão por geometria e simetria que me deu nos nervos, e olha que eu adoro simetria. Eu sinceramente não entendi o uso do flashback, não vi nada sendo acrescentado com isso, seria muito mais simples trocar os nomes das duas primeiras "vítimas" na kill list, e assim o filme ia terminar da mesma forma, mas enfim.
Eu amei a tracklist, de verdade, tem muita música que parece não encaixar com a situação, mas encaixa. A cena do assobio da hot nurse muito perfeita. Aliás, a parte inteira do hospital eu achei muito bem pensada, e a forma como foi introduzida a história da O-ren Ishii foi também impressionante, usando animação, tanto que pareceu que aquela outra que morreu foi uma "who", uma parte boa também no filme porém quase insignificante. A busca dela atrás da O-ren Ishii que me desgastou e me fez assistir a outra metade do filme só no outro dia. Eu não tenho nem um pingo de fascinação pela cultura nipônica, então isso tenha favorecido o meu tédio, o qual permaneceu o mesmo, desde o parado ritual até a frenética matança de 9873249837 figurantes. Eu não sei qual o termo pra classificar essa forma de lutar, senão "trash". Não curto o estilo matrix de luta, e acho que a única vantagem que poderia ter sido tirada daquela espada era uma propaganda por parte da tramontina.
Pra ser bem sincero eu não vi graça no filme. O que ainda fez valer a pena, para mim, foram Olaf e Sven, mesmo assim com o pouquíssimo espaço dado. Não gostei do rumo que a história tomou, porque ficaram muitas pontas soltas, desde o começo, onde um monte de perguntas não foram respondidas. Talvez isso seja proposital (ou não) para um Frozen II da vida, mas acredito que o embasamento é importante pra qualquer história. (Porque Elsa tinha poderes? As duas meninas ficam orfãs e vivem durante anos sem se verem e nem sairem da casa-castelo? Por uma fala do filme a gente deve assumir que Kristoff morou a vida inteira com Trolls?) Os 20 minutos finais de filme não foram suficientes pra trazer clímax pra cobrir o filme inteiro, ainda na minha opinião. Se Elsa demorou sei lá quanto tempo pra descobrir que a resposta da pergunta dos problemas dela era "Amor", isso só mostra que ela tinha péssimos pais que não demonstraram um segundo de carinho o filme inteiro, aliás, "os segundos" que eles duraram no filme. A mensagem do filme talvez tenha sido pra nova geração: "Privilegie a família, e não saia pegando estranhos em festas." Acho que o problema mesmo foi que a Disney estava precisando de mais produtos comerciais, daí decidiram criar uma nova princesa com todos os atributos que se tem junto, e daí não acharam suficiente fizeram duas dela.
Um filme de história bem simples que almeja explorar o sentido metafórico e psicológico dos fatos. É bem assim que eu resumiria. Pra mim ficou faltando alguma coisa, mais suspense talvez, um drama mais trabalhado, eu não sei. Eu senti que foi pouco explorado o universo dos personagens, principalmente o de Ryan. Eu fiquei querendo saber mais da filha dela, queria saber de tudo pra poder me situar. Acho que o que foi exposto não foi o suficiente. Em contrapartida, o filme é inteligentíssimo nas metáforas.
Adorei a metáfora de renascimento dela, eu diria. A cena quando ela consegue entrar na cápsula e tira a roupa toda e descansa, ela fica em posição fetal, algo altamente sugestivo, claro. E logo no fim quando ela chega em terra firme, ela vai "reaprendendo" a andar, com passos de bebê, sugerindo ainda mais esse aspecto. Teve um carta de tarô que apareceu em algum momento mas não sei o nome dela e nem o que significa. Talvez suporte ainda mais essa metáfora.
Então, Frances é alguém. Nada de especial sobre ela. Ela é bem louca. Impulsiva. Sem papas na língua. Alguém. O filme não se preocupa em contar A história e sim UMA história. Eu fiquei com um TOC de coisas inacabadas nesse filme, é como se o telespectador (eu) quisesse que o filme tivesse um fim, mas é exatamente como se pegassem um trecho da sua vida e colocassem na telona. Eu não sei quantas vezes enquanto eu assistia, coloquei as mãos no meu rosto e disse "Que criatura louca!". Talvez eu quisesse fazer mais coisas sem pensar também. A verdade é que você fica esperando um significado das coisas, você continua acreditando que tudo vai se resolver, que isso ou aquilo vai ter um propósito, mas não é assim que funciona. Coisas podem simplesmente acontecer. Eu gostei bastante, não entendi porque o filme é em P&B, e não vi acrescentando nenhum toque diferente, mas pode ser apenas porque eu sou burro! Mas a Frances é viciante, tão imprevisível que você fica esperando ver o que ela vai fazer em seguida, em que furada ela vai se enfiar, ou como ela vai se salvar dessa vez.
Eu nunca tive fascinação por filmes da Disney, a não ser a fita cassete do Rei Leão, amarela, que eu tenho plena lembrança de usar mil vezes. Essa animação me mostrou um lado não-Disney, por mais que isso não faça sentido, e um tom bem real na primeira cena que a mãe faz carinho no filho, algo tão sincero que me fez esquecer naquele comecinho que eram desenhos e não pessoas. Um garoto delinquente que parte pra aventura atrás do tesouros dos seus sonhos, da vida que ele sempre quis, do universo que ele tanto desejava ver. Muito fácil de se identificar, ainda mais que é uma aventura intergaláctica, again :). Acho que a relação do suposto vilão com o mocinho foi o que mais me surpreendeu, porque minha memória pode estar fraca, mas eu não lembro de tantos roteiros paralelos à isso. Por fim, é muito divertido.
O filme é muito bem produzido como era de se esperar, mas não conseguiu me prender tanto. Muito pelo contrário, quase dormi em alguns momentos. Muitos nós ainda estão "frouxos" o que é compreensível, visto que é parte de uma trilogia, mas as partes digamos mais calmas, não conseguem ter enredo o suficiente pra deixar a história interessante. Talvez se tivesse uma duração menor, não 3 horas como esse tem, talvez eu tivesse gostado mais. Porém, fãs do Senhor dos Anéis tenham gostado bastante, mas a verdade é que eu acho os Hobbits personagens totalmente sem graça.
Eu adorei esse suspense/terror, tipo muito. O suspense criado em torno me dá muita agonia, o que é bom porque essa é a intenção, fora que a Nicole Kidman carrega o filme nas costas fazendo um trabalho maravilhoso. A filha dela trata muito bem de dar um clima mais macabro ainda, e o final é muito bem construído com as pistas que vão sendo entregues ao longo do filme. No futuro, quando eu tiver esquecido com essa memória péssima, vou assistir pra ter outros bons sustinhos.
Eu fui assistir o filme no cinema nem sabendo do que se tratava mesmo. Me deparei com um filme inteligentíssimo com um show de atuações que talvez demande alguns replays pra ter sua total compreensão, o que pretendo fazer no futuro. Mas a sagacidade me conquistou e me permitiu uns breves sorrisos em vários momentos não somente nas manobras inteligentíssimas criadas por Irving e principalmente por Sydney (Amy Adams) que é quem deixa o filme totalmente interessante pra mim, mas também naqueles momentos que você percebe como a história está sendo direcionada, aquele momento crucial que você tem vontade de levantar e bater palmas. Talvez você me entendam quando assistirem, porque eu sou meio perturbado. O final que poderia ter sido um pouco melhor diante do ritmo que o filme foi levado. Considerações sobre a Jennifer Lawrence: pouco antes do filme começar minha amiga falou que ela tinha sido indicada a uma globo de ouro, e logo no começo eu ri e achei que já estavam de babação besta e não tinha como ela explorar aquele papel a ponto de conseguir uma indicação. Me enganei novamente. O filme dá bastante espaço pra ela evoluir como personagem, pra telespectador odiar, pra rir de pena e acho que ela vai provavelmente levar outro prêmio.
Primeiro, pra variar, péssima escolha do título em português. Felizmente, o filme se opõe totalmente ao serviço da sua tradução e se revela sensacional desde o princípio. É claro que você nem sempre estará cercado completamente pela realidade, mas dentro do possível tem explicações de como os truques ocorreram. Um filme de um diretor em ascenção que surpreende e te prende - e dessa vez você não consegue escapar - do começo ao fim. Um final um tanto quanto esperto para não estragar a sensação de realidade que o diretor tenta construir. Muito bom. Se tornou um favorito.
Assim, a ideia do filme é bem interessante, claro que com furos, mas ainda assim interessante. No entanto, o que mata o filme é a obviedade de ao dar de cara com certos fatos e pessoas, conseguir prever o que vai acontecer. O diretor poderia ainda ter explorado diversas chances pra deixar o filme mas enigmático ou brilhante, mas as disperdiçou seguindo o caminho do óbvio. Acho que todo mundo fica com uma sede de uma cena extra, onde os vizinhos dariam - ou não - bom dia entre si. Acho que mais que nunca a atriz que também interpreta Cersei ia se fazer ainda mais - teve uma atuação excelente. Abriria também uma brecha para um The Purge II, porque eu como telespectador fiquei com sede de vingança.
A ideia absurda do governo desse dia leva a muitas reflexões sociais. Um filme de ideia interessante, concepção mais ou menos, e crianças idiotas que você fica torcendo pra morrer. Resultado: vale a pena assistir, se não tiver nada melhor pra fazer.
Os Sonhadores
4.1 2,0K Assista Agora"I don't want to be loved very much. I want to be loved."
Acho que a maior vantagem do filme são as diversas perspectivas abordadas. Não é um filme que fale só sobre alguma coisa, ou que foque especificamente em algo. Muito pelo contrário, ele aborda um contexto de certa forma que eu ainda estou me perguntando como eu nunca tinha assistido um filme assim tão completo. Ao mesmo tempo que três jovens se entendem sexualmente, eles também apreciam o cinema e discutem intelectualmente os mais variados assuntos, imersos num momento político importante da França, além de terem seus valores constantemente questionados pelo que parece ser uma figura de lucidez, representada por Matthew. Destaque para as excelentes atuações e química do trio sempre com diálogos contínuos e interessantíssimos. Fantástico. Acho que o filme faz todo telespectador refletir em algum aspecto, e acho que pra mim o mais contraditório foi que Matthew mexeu mais com as estruturas de Isabelle e Theo do que o contrário. Eles foram questionados dentro dos próprios pensamentos e ambos se viram perdidos dentro da própria hipocrisia, por isso reafirmo o papel de lucidez de Matthew. Adoro filmes imprevisíveis que te façam olhar quanto tempo falta pra acabar, desejando que dure o máximo que puder.
"Yes, I'm drunk and you're beautiful. And tomorrow morning, I'll be sober, but you'll still be beautiful"
Que tipo de pais compreensíveis são esses? Ok que há um contexto francês por trás, e que eles tem pensamentos artísticos a partir da postura deles no jantar, mas mesmo assim, me chocou a atitude de não fazer nada, de não querer atrapalhar. Que pais são esses? HUSAHUSAHU
O Palhaço
3.6 2,2K Assista AgoraUm filme lindo lindo de se ver. A fotografia é impecável durante os 90 minutos de filme, e passa sim uma impressão de que todas as cenas foram não só pensadas, mas meticulosamente repensadas antes de serem montadas. Tem um arranjamento em específico que me chamou atenção que é quando o pai e filho ficam perfil a perfil na câmera, acredito que a ideia seja fazer algumas suposições já que um contexto prévio não é dado.
Provavelmente Benjamim seguiu os passos do pai Valdemar sem muita escolha, afinal como filho de artista circense não deve ter visto muita oportunidade. A situação chegou num ponto em que o pai cedeu aos prazeres da carne, por assim dizer, e Benjamim acabou "herdando" toda a responsabilidade do picadeiro. Ainda supostamente, aquilo deve ter pesado nas costas e contribuído para a sua crise existencial, ou crise do riso, o tema principal. "Eu faço o povo rir. Mas quem é que vai me fazer rir?" A questão é que a problemática demora muito tempo pra ser pontuada, e não é o suficiente pra construir o clímax do filme. Logo após o problema ser exposto, outra cena me chamou atenção, na qual Benjamim olha pros sapatos de palhaço, como se eles já não servissem mais. Isso tudo acompanhado de uma obsessão, aparentemente infundada por ventiladores. O pai parecia ser mais ciente dos problemas que o rodeavam do que aparentava, e visto que o filho tinha "perdido o rumo", decidiu voltar ao posto das responsabilidades.
De Olhos Bem Fechados
3.9 1,5K Assista AgoraO filme é de um suspense excelente cultivado num ritmo bem lento. Ele vai avançando a medida que um casal vive um crise no relacionamento. Acredito que pra qualquer telespectador leigo consegue entender a imagem do filme, mas sente que há muitos "gaps" e coisas não explicadas, e estão certos. Eu precisei ler praticamente um manual de símbolos explicando todas as referências e as intenções de falas, de posições de objetos e até da movimentação de atores e figurantes em cena. Outro aspecto interessante é de certa forma a estranheza das coisas e ao mesmo tempo a normalidade, como por exemplo a cena de Alice olhando-se no espelho, ao mesmo tempo que beija Bill. Voltando ao suspense que com certeza é a ferramenta que nos prende por quase 3 horas de filme, o maldito piano incendeia com um tom "creepy", estranhamente satisfatório pra o ambiente, mas que permanece na cabeça com algumas notas de piano. Eu não ligaria se mais diretores se inspirassem nos tipos de finais de Kubrick para os filmes de hoje em dia, com diálogos inspiradores e revoltantes.
PS.:Recomendo aos curiosos que leiam sobre as simbologias por trás do filme nesse site aqui em inglês: http://vigilantcitizen.com/moviesandtv/the-hidden-and-not-so-hidden-messages-in-stanley-kubriks-eyes-wide-shut-pt-i/
A Menina que Roubava Livros
4.0 3,4K Assista AgoraPrimeiro, eu gostaria de fazer algumas ressalvas. Eu sempre acho que filmes que são adaptações são sempre muito complicados, porque tem-se que extrair os momentos principais e transformar a abstração de cenário em algo palpável, driblar personagens introspectivos em narrações impossíveis e tal tipo de coisa. I get that. Por isso, vou julgar o filme, e não o livro. Minhas impressões são daquilo que eu vi. Eu achei tudo muito mediano. Tudo. A história, o roteiro, a produção. Mediano não é ruim. Mediano é mediano. Lá pela metade do filme, acho que é a parte mais atrativa, onde os personagens já nos são mais chegados, por assim dizer. Rudy, Max, Liesel, Hans e Rosa são todos muito carismáticos, mas eu achei o final meio drástico. Um final forçado, mais especificamente só pra se fazer chorar. Possibilidades existem, e com certeza isso aconteceu com alguma menina em algum lugar da Alemanha talvez (vai saber se o livro é baseado em fatos reais, whatever) mas ainda assim, não me saiu da cabeça: "fake, fake, fake". Uma cena de uma atuação me deixou extremamente frustrado no final,
Rudy tava tão vivo quando cataram ele que eu fiquei pensando que ele não ia morrer pela atuação do ator. Tipo, ele foi muito bem o filme inteiro, mas nesse finalzinho me decepcionou.
Álbum de Família
3.9 1,4K Assista AgoraAh, a miséria humana! Quem precisa falar de felicidade, de esperança, de amor se é na miséria que todos nos encontramos iguais? O tom melancólico vinha sendo ditado desde a montagem da natureza expressiva ao redor, em cores dramáticas escolhidas para os figurinos, e até para as cores dos móveis. Ironicamente ou não, a coisa mais colorida do filme é uma Ferrari vermelha, que acho que pode ser usada como uma metáfora para a felicidade material. Não demorou muito até vermos que essa "felicidade" era construía a partir dos tantos castelos de areia que são mostrados nesse filme, e um dos discursos da Karen é uma das mais absolutas verdades. "It's not cut and dry, it lives where everything lives, somewhere in the middle. Where the rest of us live, everyone but you." A verdade é que todos nós damos muita atenção à "aparência", nada mais do que a satisfação "obrigatória" de um indivíduo da sociedade. Você tem que ser feliz, e caso não esteja exatamente feliz naquele momento, pelo menos aparente para os outros que sua vida vai perfeitamente bem. Discussão e problemas em família, eu não preciso nem me expressar sobre, porque cada um já tem a sua própria pra tirar de exemplo. Eu me identifiquei bastante com o tema, na questão "I care" ou "I do not care" com o que acontece ou deixa de acontecer dentro do âmbito familiar. Observando a dinâmica daquelas três irmãs, claramente eu vi numa "filha figurante" outra metáfora, um ser que estava lá porque tinha que estar lá, basicamente. O que aconteceu antes, durante e depois não era de grande importância pra ela. Ela já tinha que se preocupar com a própria vida.
E a seleção dos horrendos defeitos humanos continuava a ser exposta. Mesquinharia. Ódio. Ressentimento. Arrependimentos. Traições. Esplendidamente expostos, diga-se de passagem. Os núcleos de atores são fenomenais e a atuação de todos foi soberba. Todos os quadros tiveram quase que a mesma atenção, trazendo um clímax atrás do outro, sempre mostrando que atuações são suficientes para preencher um filme, e efeitos e cenários só existem para acrescentar detalhes. Literalmente nenhuma cena foi dispensável. Achei o filme inteiro conciso, coerente. O que é aquela cena do jantar? Do começo ao fim: Perfeita. O diálogo entre as 3 irmãs. A distância entre elas, uma distância formada naturalmente. Lamentável. O filme foi feito pra ser sentido. Não outra fantasia que tinha que ser inserida de vidas perfeitas. Um drama de uma família se despedaçando. Bem mais palpável do que um sonho. Talvez o filme faça mais sentido pra quem atualmente se encontrar desiludido por qualquer que seja o motivo.
Kill Bill: Volume 1
4.2 2,3K Assista Agora"Revenge is a dish better served cold." Desde de que a vingança é citada como um prato, acho que implicitamente está o fato de que qualquer prato que se vá preparar precise de uma receita, um planejamento, uma forma de agir. Ainda baseado na metáfora de "um prato", qual tipo de comida que é melhor servida fria? Uma sobremesa quem sabe, algo que tem que ser estritamente servido frio, gelado de preferência, algo que ENCERRE a refeição, não deixe margens para mais ou menos, um ponto final. Mas um ponto final bem doce, aquele resquício no canto da sua boca que você mesmo limpa com o dedo e o finaliza num sorriso. Mas a vingança vem num prato único, sem repetir, e muito menos sem deixar pela metade. Concluo assim que Vingança é uma fatia de uma torta alemã.
Foi com essa abertura que eu achei que esse filme ia ser pra mim, ia ser o meu favorito de todos os tempos. Não durou muito e eu já tinha mudado completamente de ideia. Desde as primeiras cenas eu gostei da forma que a câmera era conduzida, com a preocupação não só com o conteúdo, mas também em como ele seria apresentado ou ainda com o ponto de vista do telespectador, literalmente. Porém, a medida que o tempo passava, eu notei uma obsessão por geometria e simetria que me deu nos nervos, e olha que eu adoro simetria. Eu sinceramente não entendi o uso do flashback, não vi nada sendo acrescentado com isso, seria muito mais simples trocar os nomes das duas primeiras "vítimas" na kill list, e assim o filme ia terminar da mesma forma, mas enfim.
Eu amei a tracklist, de verdade, tem muita música que parece não encaixar com a situação, mas encaixa. A cena do assobio da hot nurse muito perfeita. Aliás, a parte inteira do hospital eu achei muito bem pensada, e a forma como foi introduzida a história da O-ren Ishii foi também impressionante, usando animação, tanto que pareceu que aquela outra que morreu foi uma "who", uma parte boa também no filme porém quase insignificante. A busca dela atrás da O-ren Ishii que me desgastou e me fez assistir a outra metade do filme só no outro dia. Eu não tenho nem um pingo de fascinação pela cultura nipônica, então isso tenha favorecido o meu tédio, o qual permaneceu o mesmo, desde o parado ritual até a frenética matança de 9873249837 figurantes. Eu não sei qual o termo pra classificar essa forma de lutar, senão "trash". Não curto o estilo matrix de luta, e acho que a única vantagem que poderia ter sido tirada daquela espada era uma propaganda por parte da tramontina.
Frozen: Uma Aventura Congelante
3.9 3,0K Assista AgoraPra ser bem sincero eu não vi graça no filme. O que ainda fez valer a pena, para mim, foram Olaf e Sven, mesmo assim com o pouquíssimo espaço dado. Não gostei do rumo que a história tomou, porque ficaram muitas pontas soltas, desde o começo, onde um monte de perguntas não foram respondidas. Talvez isso seja proposital (ou não) para um Frozen II da vida, mas acredito que o embasamento é importante pra qualquer história. (Porque Elsa tinha poderes? As duas meninas ficam orfãs e vivem durante anos sem se verem e nem sairem da casa-castelo? Por uma fala do filme a gente deve assumir que Kristoff morou a vida inteira com Trolls?) Os 20 minutos finais de filme não foram suficientes pra trazer clímax pra cobrir o filme inteiro, ainda na minha opinião. Se Elsa demorou sei lá quanto tempo pra descobrir que a resposta da pergunta dos problemas dela era "Amor", isso só mostra que ela tinha péssimos pais que não demonstraram um segundo de carinho o filme inteiro, aliás, "os segundos" que eles duraram no filme. A mensagem do filme talvez tenha sido pra nova geração: "Privilegie a família, e não saia pegando estranhos em festas." Acho que o problema mesmo foi que a Disney estava precisando de mais produtos comerciais, daí decidiram criar uma nova princesa com todos os atributos que se tem junto, e daí não acharam suficiente fizeram duas dela.
Gravidade
3.9 5,1K Assista AgoraUm filme de história bem simples que almeja explorar o sentido metafórico e psicológico dos fatos. É bem assim que eu resumiria. Pra mim ficou faltando alguma coisa, mais suspense talvez, um drama mais trabalhado, eu não sei. Eu senti que foi pouco explorado o universo dos personagens, principalmente o de Ryan. Eu fiquei querendo saber mais da filha dela, queria saber de tudo pra poder me situar. Acho que o que foi exposto não foi o suficiente. Em contrapartida, o filme é inteligentíssimo nas metáforas.
Adorei a metáfora de renascimento dela, eu diria. A cena quando ela consegue entrar na cápsula e tira a roupa toda e descansa, ela fica em posição fetal, algo altamente sugestivo, claro. E logo no fim quando ela chega em terra firme, ela vai "reaprendendo" a andar, com passos de bebê, sugerindo ainda mais esse aspecto. Teve um carta de tarô que apareceu em algum momento mas não sei o nome dela e nem o que significa. Talvez suporte ainda mais essa metáfora.
Frances Ha
4.1 1,5K Assista AgoraEntão, Frances é alguém. Nada de especial sobre ela. Ela é bem louca. Impulsiva. Sem papas na língua. Alguém. O filme não se preocupa em contar A história e sim UMA história. Eu fiquei com um TOC de coisas inacabadas nesse filme, é como se o telespectador (eu) quisesse que o filme tivesse um fim, mas é exatamente como se pegassem um trecho da sua vida e colocassem na telona. Eu não sei quantas vezes enquanto eu assistia, coloquei as mãos no meu rosto e disse "Que criatura louca!". Talvez eu quisesse fazer mais coisas sem pensar também. A verdade é que você fica esperando um significado das coisas, você continua acreditando que tudo vai se resolver, que isso ou aquilo vai ter um propósito, mas não é assim que funciona. Coisas podem simplesmente acontecer. Eu gostei bastante, não entendi porque o filme é em P&B, e não vi acrescentando nenhum toque diferente, mas pode ser apenas porque eu sou burro! Mas a Frances é viciante, tão imprevisível que você fica esperando ver o que ela vai fazer em seguida, em que furada ela vai se enfiar, ou como ela vai se salvar dessa vez.
Planeta do Tesouro
3.7 209 Assista AgoraEu nunca tive fascinação por filmes da Disney, a não ser a fita cassete do Rei Leão, amarela, que eu tenho plena lembrança de usar mil vezes. Essa animação me mostrou um lado não-Disney, por mais que isso não faça sentido, e um tom bem real na primeira cena que a mãe faz carinho no filho, algo tão sincero que me fez esquecer naquele comecinho que eram desenhos e não pessoas. Um garoto delinquente que parte pra aventura atrás do tesouros dos seus sonhos, da vida que ele sempre quis, do universo que ele tanto desejava ver. Muito fácil de se identificar, ainda mais que é uma aventura intergaláctica, again :). Acho que a relação do suposto vilão com o mocinho foi o que mais me surpreendeu, porque minha memória pode estar fraca, mas eu não lembro de tantos roteiros paralelos à isso. Por fim, é muito divertido.
O Hobbit: Uma Jornada Inesperada
4.1 4,7K Assista AgoraO filme é muito bem produzido como era de se esperar, mas não conseguiu me prender tanto. Muito pelo contrário, quase dormi em alguns momentos. Muitos nós ainda estão "frouxos" o que é compreensível, visto que é parte de uma trilogia, mas as partes digamos mais calmas, não conseguem ter enredo o suficiente pra deixar a história interessante. Talvez se tivesse uma duração menor, não 3 horas como esse tem, talvez eu tivesse gostado mais. Porém, fãs do Senhor dos Anéis tenham gostado bastante, mas a verdade é que eu acho os Hobbits personagens totalmente sem graça.
Os Outros
4.1 2,5K Assista AgoraEu adorei esse suspense/terror, tipo muito. O suspense criado em torno me dá muita agonia, o que é bom porque essa é a intenção, fora que a Nicole Kidman carrega o filme nas costas fazendo um trabalho maravilhoso. A filha dela trata muito bem de dar um clima mais macabro ainda, e o final é muito bem construído com as pistas que vão sendo entregues ao longo do filme. No futuro, quando eu tiver esquecido com essa memória péssima, vou assistir pra ter outros bons sustinhos.
Trapaça
3.4 2,2K Assista AgoraEu fui assistir o filme no cinema nem sabendo do que se tratava mesmo. Me deparei com um filme inteligentíssimo com um show de atuações que talvez demande alguns replays pra ter sua total compreensão, o que pretendo fazer no futuro. Mas a sagacidade me conquistou e me permitiu uns breves sorrisos em vários momentos não somente nas manobras inteligentíssimas criadas por Irving e principalmente por Sydney (Amy Adams) que é quem deixa o filme totalmente interessante pra mim, mas também naqueles momentos que você percebe como a história está sendo direcionada, aquele momento crucial que você tem vontade de levantar e bater palmas. Talvez você me entendam quando assistirem, porque eu sou meio perturbado. O final que poderia ter sido um pouco melhor diante do ritmo que o filme foi levado. Considerações sobre a Jennifer Lawrence: pouco antes do filme começar minha amiga falou que ela tinha sido indicada a uma globo de ouro, e logo no começo eu ri e achei que já estavam de babação besta e não tinha como ela explorar aquele papel a ponto de conseguir uma indicação. Me enganei novamente. O filme dá bastante espaço pra ela evoluir como personagem, pra telespectador odiar, pra rir de pena e acho que ela vai provavelmente levar outro prêmio.
Os Instrumentos Mortais: Cidade dos Ossos
3.0 1,4K Assista AgoraPéssimo. :/
Truque de Mestre
3.8 2,5K Assista AgoraPrimeiro, pra variar, péssima escolha do título em português. Felizmente, o filme se opõe totalmente ao serviço da sua tradução e se revela sensacional desde o princípio. É claro que você nem sempre estará cercado completamente pela realidade, mas dentro do possível tem explicações de como os truques ocorreram. Um filme de um diretor em ascenção que surpreende e te prende - e dessa vez você não consegue escapar - do começo ao fim. Um final um tanto quanto esperto para não estragar a sensação de realidade que o diretor tenta construir. Muito bom. Se tornou um favorito.
Uma Noite de Crime
3.2 2,2K Assista AgoraAssim, a ideia do filme é bem interessante, claro que com furos, mas ainda assim interessante. No entanto, o que mata o filme é a obviedade de ao dar de cara com certos fatos e pessoas, conseguir prever o que vai acontecer. O diretor poderia ainda ter explorado diversas chances pra deixar o filme mas enigmático ou brilhante, mas as disperdiçou seguindo o caminho do óbvio. Acho que todo mundo fica com uma sede de uma cena extra, onde os vizinhos dariam - ou não - bom dia entre si. Acho que mais que nunca a atriz que também interpreta Cersei ia se fazer ainda mais - teve uma atuação excelente. Abriria também uma brecha para um The Purge II, porque eu como telespectador fiquei com sede de vingança.
A ideia absurda do governo desse dia leva a muitas reflexões sociais. Um filme de ideia interessante, concepção mais ou menos, e crianças idiotas que você fica torcendo pra morrer. Resultado: vale a pena assistir, se não tiver nada melhor pra fazer.