Robson

" Incansavelmente, edificamos o mundo, a fim de que a secreta dissolução, a universal corrupção que rege aquilo que "é", seja esquecida em favor desta coerência de noções e de objetos, de relações e de formas, clara, definida, obra de um homem tranquilo onde o nada não saberia infiltrar-se e onde belos nomes - todos os nomes são belos - basta para nos tornar felizes... Entretanto, nesse vitória há uma derrota, nessa verdade, a das formas, das noções e dos nomes, há uma mentira, e nessa esperança, aquela que nos confia a um além ilusório ou a um porvir sem morte ou a uma lógica em acaso, há talvez a traição a uma esperança mais profunda que a poesia (a escritura) deve nos ensinar a reafirmar." Blanchot