Víctor Martins

Fui para a sessão sem muitas expectativas com relação ao remake. Confesso que não li o livro ainda, o que sabia sobre a trilogia era muito superficial e básico, nem a versão sueca assisti.... Mas mesmo assim resolvi assistir ao filme, primeiro porque a sinopse do livro me chamou a atenção e, segundo, pelos belíssimos pôsteres - ótimo trabalho de marketing.

No começo da trama fiquei meio perdido - E aquela abertura achei sensacional e a trilha sonora também - mas a trama aos poucos vai se revelando e envolvendo o espectador com o mistério. Por algumas vezes me senti o próprio jornalista tentando desvendar os mistérios da família Vanger e as pistas escondidas nas fotos tiradas no dia do sumiço de Harriet.

Aos poucos a até então esquisitinha Lisbeth vai se revelando uma excelente Hacker e com um ótimo faro para desvendar casos misteriosos e investigar a vida de qualquer pessoa, além de ser boa de briga e saber se vingar bem e na hora certa...

Ao longo dos seus 158 minutos, o longa vai explorando o cotidiano de Lisbeth Salander, sua mente sensacional, seus problemas com o passado violento e ainda, supervisionada pelo Estado para que tenha condições de viver em sociedade.

Paralelo à isso, acompanhamos a vida do jornalista Mikael Blomkvist, desde a condenação por um artigo publicado sobre um poderoso empresário até o momento em que ele decide se afastar da revista e aceita investigar um mistério ocorrido há mais de 40 anos atrás.

No momento em que Mikael percebe que precisa de uma assistente para continuar a investigar esse mistério, Lisbeth Salander é apresentada como a pessoa certa para esse cargo, e não o decepciona.

Claro que o livro sempre terá muito mais detalhes, não dá para colocar tudo o que se escreve em um filme, por isso o nome, ADAPTAÇÃO. Mas quem disse que uma adaptação não pode ser boa? Existem vários exemplos de filmes baseados em livros que foram sucessos.