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Ype Nakashima

Nomes Alternativos: Ippe Nakashima | Yppe Nakashima

1Número de Fãs

Nascimento: 5 de Junho de 1926 (47 years)

Falecimento: 6 de Abril de 1974

OITA (OITA-KEN), Japão

Nasceu em 5 de junho de 1926, na província de OITA (OITA-KEN), na extremidade sul do arquipélago japonês. Filho caçula de uma prole de cinco, teve a sua infância bem tranqüila, apesar dos conflitos políticos e da guerra.

Após cursar o primário e ginásio, em sua província natal, prestou e ingressou na Escola de Belas Artes de Kyoto, contrariando seu pai que achava a vida de pintor, nada promissor. O ano era 1942 ou 1943, quando Ypê tinha 17 anos. Aos 19, já estudante de artes, teve de interromper os estudos, pois foi convocado pelo governo a prestar serviços na guerra. Foi designado a servir num batalhão anti-aéreo na cidade de Nagassaki, onde, inclusive caiu a segunda bomba atômica.

Terminada a guerra, voltou aos estudos e alguns anos depois concluiu. Entre os vários tipos de trabalhos, se firmou em jornais, fazendo charges, tiras, e ilustrações.

Viveu cerca de dez anos em Kyoto. Em 1950 casou-se com Emiko Nakashima, com quem teve três filhos, dos quais só um, o último, Itsuo, sobreviveu.

Quando o único filho sobrevivente nasceu, já estava com uma certa notoriedade, e vivendo em Tokyo. Colaborava para grandes jornais do país, como: Mainichi Shimbum; Assahi Shimbum; Yomiuri Shimbum; através de artigos, matérias e principalmente tiras diárias.

Apesar da aparente prosperidade, diante de um país ainda com enormes problemas pós-guerra, em 1956, Ypê, sua mulher e filho, embarcam num misto de cargueiro com navio de passageiros, rumo ao Brasil.

Nessa época, São Paulo já contava com 400 anos de existência, a indústria se desenvolvia a passos largos, no rastro do presidente JK. A televisão, só possuía dois ou três canais; agências de publicidade, eram poucas; os anunciantes veiculavam comerciais na TV com durações de minutos; programas, eram todos ao vivo; havia um ar de romantismo em tudo.

Como todo bom japonês, Ypê se inteirou rapidamente com a colônia japonesa. Prestou serviços naquilo que sabia fazer, para entidades como: Nippak Shimbum; São Paulo Shimbum; Cooperativa Agrícola de Cotia; entre outros. Em alguns meses já estava com uma casa alugada para morar e um escritório para trabalhar. Por alguma razão impossível de se saber, Ypê começou a pesquisar cinema de animação. Uma coisa curiosa que ele associou à pesquisa, foi a fascinação que sentia pelas lendas e folclore brasileiros. Tanto que em pouco tempo criou um personagem chamado Papa-Papo, que era um papagaio. Com este personagem chegou a realizar inúmeros curtas-metragens, que infelizmente nunca foram exibidos em qualquer circuito.

Após oito, nove anos tocando modestamente o seu estúdio sozinho, surgiu uma pessoa, João Luis de Carvalho Araújo, um funcionário do departamento de publicidade da Willys Overland do Brasil. Com o João agora, fazendo contato, o tipo de cliente que começou a afluir para o estúdio e a diferença de zeros a mais nos orçamentos se fez notar.

Em 1966, dez anos após ter chegado ao Brasil, retorna sozinho ao Japão para tentar conseguir algum acordo comercial com relação às produções de filmes de animação para televisão brasileira. Depois de 40 dias volta ao Brasil, cheio de possibilidades, mas de fato nada de concreto. Por aí, começa a colocar em prática, aquilo que todos que o conheciam chamaram de loucura. A produção de um longa metragem. Entre criar uma história, batizar o personagem principal que virou título do filme, até a primeira cópia ser finalmente exibida ao público, transcorreram cerca de seis anos estafantes, exaustivos. Não apenas pelo trabalho que normalmente daria, mas por inúmeras dificuldades como, falta de recursos, ausência de profissionais com quem se pudesse dividir o peso da produção, falta total de estrutura enfim. Mesmo assim, o filme saiu. Chamou-se Piconzé. Estreou em 1972, foi exibido em várias capitais, recebeu um prêmio especial - Coruja de Ouro do Instituto Nacional do Cinema (INC); foi largamente comentado na mídia impressa e na mídia eletrônica também. Chegou a ser convidado a participar do festival de Moscou.

Do site:
http://www.nucleovirgulino.com.br/ypenakashima/ype_quem.htm

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