Uma espécie de thriller cyberpunk sobre o assassinos cheio de referências culturais em que pressente-se a atitude punk do situacionismo, mostrando uma série de personagens que querem romper os poderes instituídos. Ossang simula, por vezes, o filme mudo, colocando numerosas inscrições no ecrã e jogando com a noite escura. O porto e a zona industrial são os lugares prediletos do filme: é uma espécie de zona (aquilo que George Lacombe, em 1928, chamava aos locais miseráveis de Paris) onde os homens passam a ser fantasmas. No entanto, aqui a zona remete para uma ordem política cuja ideia-chave é a destruição. Por isso, este é um filme habitado pela presença da morte e da sua violência. Uma voz feminina surge de quando em quando, filosofando sobre a existência e a Europa: a vida privada é também um assunto político. No final, ouve-se um grito: "1, 3, 5, 7, 12 e regresso ao caos!".
Filme realizado por Ossang enquanto aluno do IDHEC, conta com músicas de Cabaret Voltaire, Tuxedomoon e MKB.