A história todo mundo já conhece. Recentemente um critico do jornal inglês The Guardian escreveu um artigo onde nomeia uma tendencia recente das produções de horror, o termo post horror, ou pós-terror. O feito foi debatido e impulsionado nas redes sociais e o termo, como previsto, pegou.
Pessoalmente, considero-o infeliz: reflete mais a dificuldade da crítica genérica em lidar com o gênero, muitas vezes subestimado, mas que agora desponta em festivais conceituados com obras que chamam a atenção. De fato, apenas isso mudou, a atenção que este tipo de obra vem recebendo seja por parte do público, seja por parte da crítica, seja por parte dos estúdios.
O que há de verdade no termo é que vivemos um momento em que, por conta do volume de produções do gênero realizadas nos últimos anos, os clichês andam desgastados, o que fez com que mentes criativas procurassem explorar por outros caminhos a linguagem de horror, o que propiciou o vislumbre desse esforço como uma cena.
O que não há de verdade no termo, ou ao menos em sua justificação, é que esses cineastas não estão necessariamente fazendo algo que nunca foi feito, e os exemplos de um horror mais sofisticado, mais autoral, filosófico e existencialista, que burla os clichês e muitas vezes frusta as expectativas daqueles habituados a recursos como o jump scare, são extensos.
Dito isto, esta lista não nega a cena que foi batizada de pós-terror, mas faz justiça às tantas outras obras que por terem sido lançadas em épocas diferentes, muitas vezes independentes e sem grande distribuição, não são citadas nas inúmeras vezes em que se fala do artigo e termo hypado.
Sugestões serão bem vindas (e analisadas, claro).
Abram suas mentes e aproveitem a lista.
(especialmente dedicada aos verdadeiros fãs do horror, que não precisam de críticos e premiações para valorizar uma obra)