Já faz certo tempo que o projeto de levar para as telas a vida do cantor Freddie Mercury, líder da banda Queen, vem sendo desenvolvido em Hollywood. Meses atrás, o projeto – que conta com a produção de Robert De Niro – ameaçou decolar de verdade com a escolha de Sacha Baron Cohen para o papel central.
Os fãs adoraram a ideia, por dois motivos: apesar de ter explodido para a fama nos cinemas com Borat e mesmo sendo um dos maiores comediantes da televisão inglesa, Cohen sabe atuar em projetos de outros gêneros (Sweeney Todd - O Barbeiro Demoníaco da Rua Fleet e A Invenção de Hugo Cabret são bons exemplos). O segundo ponto a favor, claro, é a impressionante semelhança física entre o ator e Mercury.
Assim, o mundo se preparou para ver a história de uma das maiores vozes do rock nas telas. O hype foi enorme e teve gente que até mesmo anunciou que o projeto seria a consagração de Cohen, com direito a Oscar e tudo mais – isso antes mesmo de começar a ser filmado.
Mas agora tudo mudou.
Cohen está oficialmente fora do projeto. O motivo foram as velhas “diferenças criativas” entre o ator e os membros remanescentes do Queen, que possuem o direito de aprovar tanto o roteiro quanto o diretor. Cohen gostaria de ver nomes como David Fincher ou Tom Hooper assinando o projeto, mas nenhum deles foi aprovado pela banda.
Isso é apenas o reflexo das diferentes visões sobre a história de Mercury. Os músicos do Queen desejam um filme acessível ao grande público, focado muito mais na carreira musical de Mercury; Cohen queria fazer um filme mais pesado, mostrando todo o lado boêmio da vida pessoal do cantor.
A banda disse não e Cohen, até segunda ordem, está fora do projeto – o que é uma pena, visto que aparentemente a banda deseja fazer um filme “chapa-branca”, sem explorar a personalidade controvertida – e genial – de uma das maiores vozes do rock, morto em 1991 de pneumonia decorrente de Aids.
Com isso, a biografia de Freddie Mercury voltou à estaca zero.