Um renomado psiquiatra injeta doses de LSD em quatro voluntários com o objetivo de estudar os efeitos do tóxico sob a influência da imagem de Zé do Caixão. O personagem aparece de maneira diferente nos delírios psicodélicos e multicoloridos de cada um, misturando sexo, perversão, sadismo e misoginia. Interrogado por um grupo de intelectuais, o psiquiatra faz uma revelação surpreendente que os obriga a questionar suas convicções. Em pleno apogeu do amor livre, das drogas psicodélicas e dos hippies, Jose Mojica Marins concebeu seu filme mais contundente, revoltado e arrebatador através de episódios aparentemente sem ligação, aderindo à metalinguagem para analisar o efeito de seu polêmico personagem no inconsciente coletivo. O surreal nunca pareceu tão verdadeiro. Vetado pela Censura Federal mesmo após inúmeros cortes, o filme permanece inédito nas telas de cinema até hoje. Entre outras premiações, “Ritual dos Sádicos” foi homenageado e vencedor dos prêmios de Melhor Ator (José Mojica Marins) e Melhor Roteiro (Rubens F. Lucchetti) no Rio-Cine Festival, em 1986.