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Últimas opiniões enviadas

  • Luiz Eduardo Severiano

    Ainda é um filme muito bom, mas acho muito difícil ver aqui a estatura pretendida. Não tem como ser colocado junto com os outros dois e isso para mim é tão claro, que eu meio que não entendo como alguém ainda pode insistir nessa "equiparação".

    Para início de conversa, mesmo que o filme estivesse no mesmo nível de lógica e de encenação dos outros dois - e infelizmente eu tenho que insistir que não está - já seria muito difícil de ele se posicionar junto ao primeiro e ao segundo, pelo simples fato de que você não tem como repetir um momento histórico... Se os Rolling Stones tivessem lançado nos anos 1990, um disco com canções tão boas quanto as que eles lançavam entre 1966 e 1972, não teria como você dizer que esse hipotético disco estaria no mesmo nível de Aftermath, Beggars Banquet ou Exile on Main Street.

    Mas para além disso, o terceiro episódio do Poderoso Chefão é mesmo um trabalho que deixa a desejar, se comparado com os episódios anteriores, senão vejamos. The Godfather, esses filmes, eles são Hollywood e muito da importância e do impacto que eles tem, eu acho que vem do fato de que, a um só tempo, eles colocam em perspectiva o cinemão americano, mas, concomitantemente, fazem isso de uma maneira que tem muito de uma reverência e que se recusa a abandonar a sua nobre (?) linhagem. Muito pelo contrário, o desejo é continuar aquilo que já foi feito, ou melhor, abraçar o que se ama e realizar dentro dessa tradição, os sonhos, as visões que ainda não tinham sido postas para fora.

    Eles agregam novas sensibilidades e outras camadas de profundidade, mas tudo sem abandonar (e mesmo com muito amor) a uma técnica e, principalmente, a um senso estético que são intrínsecos ao que foi construído ao longo do século na Califórnia e que se materializa como sendo aquele estilo de produção, que não tem como deixar de ser a referência.

    Assim, para além do óbvio de que eles não são um retrato fiel - e talvez nem verossímil - do universo que eles retratam, a própria busca por outras dimensões mais profundas se vê em confronto com a necessidade irresistível de carisma, de identificação, de glamour. É por esse motivo que no primeiro filme você tem mais um grande filme americano e, no segundo, as fronteiras são maravilhosamente empurradas até perto do insustentável, para satisfazer a ambição trágica desta grande "ópera".

    Desse modo, eu creio que a maneira mais viável de se construir um terceiro episódio que ficasse mais próximo dos dois primeiros, seria tentar forçar ainda mais essas fronteiras. De fato, algo nesse sentido talvez pudesse ter sido esboçado, uma vez que o trabalho tem algumas premissas brilhantes, notadamente a abordagem que expõe a tendência de o crime organizado tentar se legitimar, ao tornar-se grande demais, fora o grande ponto certo do filme, que é o papel que a igreja tem na história. Mas no balanço, o filme em sua totalidade faz justamente o contrário, ou seja, ele retrocede, ao ficar comodamente perto demais da tradição e, assim, de maneira quase que obrigatória, tentar criar vínculos emocionais equivocados entre o espectador e o personagem principal.

    E para além disso tudo, a fita retrocede mais ainda, quando você percebe que ela é menor em todos os aspectos mesmo, inclusive no escopo, o que, a meu ver, é mais uma grande falta de lógica. Explico: enquanto o segundo filme "expande" a narrativa com o relação ao primeiro, esse aqui parece que a atrofia.

    Acho que poderia haver muitas maneiras de contar um capítulo final, onde um Michael arrependido - ou tão apenas inteligente, ainda que também lamentoso - tentasse levar os afazeres da família para mais longe das trevas e mais perto da luz. Poderia haver opções mais nobres e de maior amplitude para fechar essa história, mas na minha humilde opinião, acho que deve ter faltado coragem, ambição, talvez até recursos ou mesmo entendimento para que se trilhasse esse caminho.

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  • Luiz Eduardo Severiano

    Achei o melhor trabalho do Tarantino desde o Kill Bill, embora para mim haja alguns problemas.

    É um trabalho muito bem sucedido ao demonstrar que o diretor é capaz de evoluir e aprender com seus erros. Diminuiu a quantidade de diálogos supérfluos que não levavam a lugar nenhum e que, em si, já eram um pastiche dos diálogos dos primeiros filmes do diretor. Também, a narrativa é primorosa e de uma linearidade sem firulas, exceto por um ou outro flashback muito bem colocado, se não me falha a memória. Além disso, é realmente uma bela homenagem, que consegue ser bem poética. Não é ao cinema em si, de uma forma mais completa, mas sim talvez a um ramo do cinema, que mais tem a ver com produções baratas e televisivas de Hollywood e com o cinema mundial que emula o cinema americano.

    Entretanto, acho que o trabalho acaba sendo um pouco prejudicado pela maneira pueril com a qual ele retrata algumas coisas e pessoas. Não que tais coisas ou pessoas mereçam mais respeito ou mais piedade, aliás, eu nem vou entrar nesse mérito. Agora o lance é que, se você pinta o diabo como sendo um pateta completo, você não transmite a fração necessária da gravidade da coisa e ainda deixa de lado o mínimo de elemento humano que levou àquele fato. Nesse sentido, não só achei certas personagens excessivamente idiotizadas, como a própria encenação da violência no final ficou meio boba e careceu de inteligência.

    Ademais, no geral, o ponto de vista adotado no filme é o daqueles que pertencem ao passado. Assim, os “protagonistas” são dois machões conservadores que vêem com desconfiança o movimento hippie, mesmo que eles mesmos curtam uma viagem de vez em quando. Nesse sentido, acho que dá para compreender o fato

    Comentário contando partes do filme. Mostrar.

    de o personagem mais fodão da história ser famoso por supostamente ter matado a própria esposa, dizer “não chore na frente dos mexicanos” e, ainda – no lance que mais chamou a atenção - ser retratado como uma espécie de John Wayne, que seria capaz de mostrar ao oriental Bruce Lee, o seu lugar em Hollywood

    ... Vá lá, é Hollywood (como diz no título) e Tarantino tem que mostrar como se pensava (e se sonhava) naquela época, além do que, em todo curso da fita, permanece clara e cristalina toda a imperfeição daquela era e de seus tipos.

    No mais, outra coisa que eu vi ser comentada, mas nesse caso achei bem mais injustificada, é a alegação de que o filme faria um retrato negativo demais dos hippies. Ora, pelo que eu percebi, acho que fica evidente que o filme não acusa os hippies, mas sim um certo grupo que tem características hippies, mas que, segundo a própria fita, não tem muita comunicação com grupos exteriores, quiçá outras comunidades ditas hippies. Assim, Tarantino não tem obrigação de esclarecer que os hippies da história na verdade seriam supremacistas brancos (ou algo do tipo) e não hippies de verdade. Além do que, apesar de os "heróis" do filme verem os hippies daquele jeito bem desconfiado, em princípio nem eles mesmos imaginam que

    Comentário contando partes do filme. Mostrar.

    os caras daquele grupo seriam capazes de tanta barbaridade

    .

    Quanto aos desempenhos, sinceramente, exceto talvez no longínquo Gilbert Grape, eu nunca vi Di Caprio tão bem em um papel. Já Brad Pitt tem uma atuação mais comedida, mas de uma aura quase impecável e consegue construir um desses personagens indestrutíveis, nesse caso aqui, talvez uma espécie de mistura de Redford, Coburn e Lee Marvin.

    Em suma, tirando uns detalhes pueris, um belíssimo filme, para mim o melhor que o diretor fez na última década e meia.

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  • Luiz Eduardo Severiano

    Muito ruim. Abrupto, burocrático, ilógico, covarde e antidemocrático.

    Ouvi dizer que fizeram essa bagaça pensando nos fãs que não gostaram dos desenvolvimentos ocorridos no Episódio VIII. Seja como for, pegaram tudo o que a franquia conseguiu avançar em termos de qualidade artística - a muito custo e depois da horrenda trilogia prequel - e jogaram fora pela janela.

    BIZONHO

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  • Filmow
    Filmow

    O Oscar 2017 está logo aí e teremos o nosso tradicional BOLÃO DO OSCAR FILMOW!

    Serão 3 vencedores no Bolão com prêmios da loja Chico Rei para os três participantes que mais acertarem nas categorias da premiação. (O 1º lugar vai ganhar um kit da Chico Rei com 01 camiseta + 01 caneca + 01 almofada; o 2º lugar 01 camiseta da Chico Rei; e o 3º lugar 01 almofada da Chico Rei.)

    Vem participar da brincadeira com a gente, acesse https://filmow.com/bolao-do-oscar/ para votar.
    Boa sorte! :)

    * Lembrando que faremos uma transmissão ao vivo via Facebook e Youtube da Casa Filmow na noite da cerimônia, dia 26 de fevereiro. Confirme presença no evento https://www.facebook.com/events/250416102068445/

  • Leandro 2112
    Leandro 2112

    Respondi lá no tópico. Tá complicado para mim.

  • Suellen Cristina
    Suellen Cristina

    Obrigada :)

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