Em tempos pantanosos é interessante e necessário conhecer mais sobre (ou ser introduzido a, no meu caso) pessoas e grupos que ousaram ser e, donas de suas vidas, se recusaram encaixar em qualquer limite imposto pela sociedade.
Apesar do grande sucesso em sua época, Dzi, enquanto movimento, foi afogado junto com o término do grupo, ao passo que o mundo entrou na onda careta que chegou com os anos 80.
Logo, é temeroso fazer um paralelo entre a época do Dzi Croquettes e a atual e concluir que quando há uma grande energia de libertação corporal, artística e sexual em movimento, uma outra, oposta e violenta, surge, afim de afogar a primeira.
Se a narrativa totalmente insana, frenética e, aparentemente, nonsense não for motivo pra desistir do filme, se percebe que há muitos motivos pra lhe dar atenção e curtir a experiência que é assisti-lo.
Impossível não encontrar (ou achar que) referências a outros filmes e culturas mas, o filme corre tão rápido que mal dá tempo de entender (e rir) de uma piada que o tom dele já muda, levando para outras situações totalmente absurdas.
Além de sentir que o ex casal é uma extensão do filme anterior, a premissa do filme é fraca e não convence muito. Como nos dois filmes anteriores do diretor, há momentos em que se tem a sensação de que alguma merda muito grande vai acontecer. Acaba surpreendendo, mas não necessariamente de um jeito bom. No todo, soa como um filme confortável.
Sabe quando você sente que precisa dar um pouco mais de atenção a determinado filme para assim poder senti-lo em sua totalidade? Foi o caso, ainda mais com o adicional de ter sido um filme muito bem e mal comentado, polêmico por excelência. Mesmo que - talvez - os envolvidos não o tenham visto com esses olhos.
Bem, por mais estranho que o título em português pareça, ele vem da HQ base pro filme. Porém, "A Vida de Adele", no original, veste muito melhor, já que - de fato - temos a impressão de seguirmos todos os passos da vida da protagonista sendo impossível calcular quanto tempo da vida dela o filme ocupa.
Adèle Exarchopoulos, a atriz principal, me parece uma mulher de beleza bem comum, mas há algo nela que encanta desde o princípio. Junto com Léa Seydoux são uma força da natureza. Não demorei muito pra me sentir preso à sua rotina que muda constantemente no decorrer do longa. É um filme do tipo lento, verdade, mas é a justificativa do título.
Me chamou a atenção umas duas situações no filme nas quais se percebe que existem reacionários onde quer que seja, sobre oque quer que seja, mesmo sendo a França um país tão libertário segundo nossa imagem.
Me comoveu muito o fato da constante busca por afeto de Adele. É bem verdade que ela se sente de cara atraída pela figura diferente que é Emma - oque a leva a viver uma vida (não só sexual) que não imaginava - , mas um olhar mais atento não a definiria como lésbica. Na verdade, acho que esse pensamento é oque mais me encanta no filme: o questionamento de rótulos. Adele ama o tempo todo e sempre parece disposta a viver oque sente seja com quem for, embora seja inegável que Emma a atrai muito mais do que qualquer outra pessoa que ela tenha conhecido.
Como qualquer outra pessoa ela comete erros por carência e insegurança, mas outro ponto pro filme é a falta de julgamentos, apenas apresentação de fatos e, claro, seguirmos a vida de Adele.
A romantização de todo o contexto chega a ser uma falta de respeito, não só com Anne e os outros habitantes do Anexo Secreto, mas com todos os que foram obrigados a viverem na mesma situação ou pior. Mas acredito que este filme seja o máximo que se podia esperar de uma adaptação de um diário de uma adolescente judia dos seus 13 aos 15 anos em 1959. Me pergunto quantos diários não foram vendidos nesse ano.
Fraco. A premissa e entrelinhas são ótimas, mas a mim soou como um filme vazio, com uma ideia vaga esticada, mas filmada de um jeito estilizado para que parecesse muito inteligente e inovador.
Funciona enquanto informação e organizador da cronologia dos evento que antecederam ao "Anexo Secreto" e após a captura dos 8, mas me incomodou o clima emocional forçado e a dinâmica Sônia Abrão de algumas pequenices abordadas.
De qualquer forma, o tema objeto do filme é uma interessantíssima história que, após lê-la pela primeira vez, compreendo como uma das mais importantes pro legado da humanidade referentes à época.
Ok, o filme é bom e talz, mas, creio, que é totalmente mais voltado pros fãs da hq. Uma homenagem, eu diria, afinal, pelo que me parece, é um dos arcos mais aclamados do mutantes, certo?
Temos uma ameaça tão forte aos mutantes que é capaz de unir Xavier e Magneto, mas, como o filme já começa com os personagens da primeira trilogia, essa necessidade desesperada de união dos dois lados não foi sentida por mim, foi como que jogado, sem um começo.
Outro ponto é o não destrinchamento do personagem do Peter Dinklage. Temos um senador, ou whatever, anão, que tem uma ideia pra controle e/ou destruição dos geneticamente modificados. Seus motivos continuam um mistério pra mim. Ele realmente tinha essa visão fascista controladora fóbica sobre eles ou ele tinha intenções além de, claro, lucrar muito com a construção dos sentinelas? Queria ele, quem sabe, através dos mutantes, encontrar uma cura pra doenças e má formação, como o nanismo? Ou, além disso, queria ele apenas controlar seres que ele odeia por serem diferentes - sendo ele próprio diferente - já que ele pode tirar proveito desse ódio?
Contudo, achei o desenrolar emocional da estória Xavier-Raven-Erik muito boa, mas só. Coisas como o Magneto cercar a Casa Branca com um estádio, mas não conseguir matar quem ele queria matar e, sendo assim, os jornais e o mundo terem uma visão melhor dos mutantes me parece um final feliz muito corrido e surreal. Fora que dois dias antes desse ocorrido, ninguém parecia saber oque seriam mutantes e, do nada, Nixon já tinha sentinelas prontos pra proteger o mundo dessa nova ameaça.
Well, claro que trata-se de um filme de super-heróis, mas, ao meu ver, outros filmes da série já tiveram argumentos melhores e enredos mais bem desenvolvidos, onde o papel de cada personagem (e seus sentimentos e razões) é muito claro. Por isso que digo que é um filme voltado para os fãs da hq.
Mesmo sabendo das listas do possíveis "melhores de todos os tempos" - filmes, diretores, roteiristas, artistas, etc. - acontece de ignorarmos determinados nomes. Acabei de ter a constatação de que Hitchcok foi, de fato, uma das figuras mais importantes do cinema no último século.
Preferências de linguagem cinematográfica à parte, a de se reconhecer o cuidado extremos com que o diretor pensava quadro-a-quadro das suas obras. O quadro geral do enredo é composto ao longo dos minutos com direção de câmera, direção de arte, iluminação + fotografia, fundo musical e um excelente roteiro base.
Depois de terminar "Janela Indiscreta", só posso pensar que era muita audácia me intitular "cinéfilo", já que é sim um título obrigatória pra entender a história do cinema em si.
É curioso pensar que grandes filmes de cinema de autor trazem personagens mais incomodamente reais e, dependendo do propósito, vagamente teatrais. Além de conseguirem ser geralmente imparciais aos fatos ocorridos. Lendo textos sobre a importância do filme, não pude deixar de concordar com uma constatação de que é um filme que é ainda melhor do que a soma de suas partes. Yes, indeed.
Apesar da péssima qualidade técnica e atuações horrorosas, as perdoamos pelo absurdo da situação e, afinal, por já estarmos assistindo um filme dentro das condições apresentadas. O melhor filme pra gargalhar pra quem tem um certo grau de esclarecimento/permissão sexual, já que o filme só faz brincar com o sexo, de novo, dentro das condições apresentadas, onde ninguém é de ninguém e, no final, o importante é o gozar.
Contudo, o grande trunfo do filmes são as frases antológicas nunca vistas em tamanha quantidade num só filme, como "Um bom caralho não tem nada a ver com classe social", "As bolas explodem dentro da minha cabeça e eu morro por derrame de porra", "Nada disso, você não tem direito de deixar as mulheres órfãs de caralho", "Família que fode unida, permanece unida" e muitas outras.
Queria assistir um simples filme de comédia e levei mais do que esperava. Mal li a sinopse, só adquiri o filme em fevereiro depois da morte do meu favorito P.S. Hoffman após perceber que ainda não tinha assistido toda sua filmografia, por menor participação fosse.
O filme tem 22 anos e meio que destrincha tudo que ainda mais ou menos ocorre por aqui no Brasil. Claro, não temos tanta pirotecnia, mas o principio é o mesmo. Steven Martin está um pouco over do papel do charlatão sem coração caça-nível, mas talvez fazer ridículo da ridícula situação tenha sido a intenção.
Clichês a parte, digo com sinceridade que até me surpreendi com o final, seja pelo fato de um milagre verdadeiro ter ocorrido aos olhos de todos - inclusive dos farsantes - ou de esse mesmo milagre ter redimido o dono do circo (literalmente) todo que se redime e abandona a vida enganar o coração das pobres pessoas de boa fé.
Na verdade, oque eu vi foi uma mensagem além disso: "deus" está no compartilhar entre as pessoas. E, pra isso, não é preciso nenhum messias, figura liderante, adorno, nem regras. É só amor.
Sou fã do diretor, mas fiquei muito confuso com "Lawrence Anyways" que não gostei, mas está na lista de "rever". Esperava bastante deste e fui surpreendido. Já tinha lido que neste ele tinha arriscado uma pegada mais terror psicológico, mas ele foi mais fundo do que pensei. Personagens ricos, sentimentos complexos, situações facilmente julgáveis quando se está de fora mas que não são enxergadas por quem está doente. Maravilhoso.
Preciso da trilha sonora. Fiquei rolando na cama ontem mais de meia hora pensando na cena da cama elástica. Quem tiver alguma ideia de onde achar, por favor...
Curioso avaliar um filme-franquia como "Jogos Vorazes". Bom ou ruim, é mais uma peça de toda a máquina gigantesca que é o sistema desigual e prostituído em que estamos inseridos - e que expõe para os mais desatentos.
Ignorando a contradição e analisando o filme como obra única, somos surpreendidos por algo que - a priori - fora feito como um filme moderno de aventura teen com todos seus elementos, como um universo injusto, uma garota fora dos padrões de comportamento e um triângulo amoroso, para acalentar os corações daqueles(as) que estão descobrindo o amor. Fórmula fácil para suspiros e dólares.
Entretanto, algo deve ter saído do planejado já que tudo oque eu vi foi um filme maduro utilizando uma plataforma adolescente futurista para dar significado metafórico ao senso comum de que o mundo sempre foi injusto - e continuará sendo caso não fizermos nada juntos para mudar isso - e que somos todos escravos de algo muito maior que a vida em si, não importando o quão livre e independente cada indivíduo seja.
Nota-se que o excelente segundo capítulo da trilogia de Suzanne Collins foi respeitado dentro das possibilidades da renda do filme e, claro, dos interesses dos donos da própria. De qualquer forma, qualquer fã mais atento - e maduro - deixa de lado acontecimento ou outro ausente ou alterado e dá mais importância ao todo que o capítulo 2 representa.
É possível que o público para o qual o filme é "direcionado" não pegue toda a comparação que o filme faz à sociedade ocidental falida - sustentada por nós mesmos. Mesmo assim, a exposição ao tema é importante e sua exploração por diversos meios só faz termos material futuro para questionamento.
Katniss, embora viva, tendo que sobreviver com o psicológico abalado pelos acontecimentos dos jogos; a preparação pra turnê dos campeões + as primeiras ameaças de Snow; a percepção dela e do Peeta que a 74ª edição dos jogos representou mais para os cidadãos de Panem do que eles mesmos poderiam saber; o funesto plano do presidente para conter a rebelião popular + o fatídico anúncio do 3º massacre quartenário; a preparação para a 75ª edição dos jogos + conquista de aliados; os jogos sujos da capital para enfraquecimento de Katniss; os jogos; o começo da revolução + captura de Peeta pela capital.
Aliado a fidelidade a obra literária e uma boa direção, "Em Chamas" vai mais fundo nos detalhes da trilogia, como os problemas pessoais de personagens importantes envolvidos com a revolução e a contradição que são os sentimentos de Katniss. A conclusão da saga, "A Esperança" - partes I e II - tem por obrigação seguir o mesmo padrão.
Acabei de assistir pela segunda vez e - mesmo tendo mais conhecimento do que da primeira vez -, ainda assim, acredito que a ideia é boa, mas não funciona como informativo pro leigo. Os assuntos são todos misturados, não é seguida uma linha de raciocínio. Por vezes, ficamos até mesmo na dúvida sobre oque está sendo dito. FHC também não funciona como patrono. Tenta, mas não inspira a imagem de dialogador. Fica claramente desconcertado e com medo quando é abordado por um usuários de heroína em Amsterdã.
"Cortina de Fumaça" é o melhor documentário sobre o assunto.
Filme tenso que se despiu de (quase) todos os artifícios cinematográficos pra chegar ao objetivo do idealizador. Me lembrou muito "O Som ao Redor" pela sonorização apenas ambiente, sugerindo que uma grande merda está pra acontecer, mas o diretor não deixa claro quando. Câmera e expressão corporal também têm seu espaço de glória, onde um olhar - que pode parecer algo simples - transforma seu dono num predador animal que deve ser temido, mas não deixa de ser atraente.
Não assista ao filme pela promessa de sexo explícito. Primeiro que não é exatamente explícito, segundo que serve apenas de ambientação pro cenário único do filme.
Filme com poucos diálogos que deixa muitas questões. Excelente.
Dzi Croquettes
4.4 244Em tempos pantanosos é interessante e necessário conhecer mais sobre (ou ser introduzido a, no meu caso) pessoas e grupos que ousaram ser e, donas de suas vidas, se recusaram encaixar em qualquer limite imposto pela sociedade.
Apesar do grande sucesso em sua época, Dzi, enquanto movimento, foi afogado junto com o término do grupo, ao passo que o mundo entrou na onda careta que chegou com os anos 80.
Logo, é temeroso fazer um paralelo entre a época do Dzi Croquettes e a atual e concluir que quando há uma grande energia de libertação corporal, artística e sexual em movimento, uma outra, oposta e violenta, surge, afim de afogar a primeira.
Balada do Amor e do Ódio
3.7 302Se a narrativa totalmente insana, frenética e, aparentemente, nonsense não for motivo pra desistir do filme, se percebe que há muitos motivos pra lhe dar atenção e curtir a experiência que é assisti-lo.
Impossível não encontrar (ou achar que) referências a outros filmes e culturas mas, o filme corre tão rápido que mal dá tempo de entender (e rir) de uma piada que o tom dele já muda, levando para outras situações totalmente absurdas.
Diferencie seu paladar.
O Passado
4.0 292 Assista AgoraAlém de sentir que o ex casal é uma extensão do filme anterior, a premissa do filme é fraca e não convence muito. Como nos dois filmes anteriores do diretor, há momentos em que se tem a sensação de que alguma merda muito grande vai acontecer. Acaba surpreendendo, mas não necessariamente de um jeito bom. No todo, soa como um filme confortável.
Tese Sobre um Homicídio
3.4 309 Assista AgoraAmericanização do cinema argentino. Filme raso, paranóico e até arrogante.
4 Luas
3.8 286Malhação gay
God Help The Girl
3.6 238Um clipe de 2hrs de "Belle & Sebástian" <3
Azul é a Cor Mais Quente
3.7 4,3K Assista AgoraSabe quando você sente que precisa dar um pouco mais de atenção a determinado filme para assim poder senti-lo em sua totalidade? Foi o caso, ainda mais com o adicional de ter sido um filme muito bem e mal comentado, polêmico por excelência. Mesmo que - talvez - os envolvidos não o tenham visto com esses olhos.
Bem, por mais estranho que o título em português pareça, ele vem da HQ base pro filme. Porém, "A Vida de Adele", no original, veste muito melhor, já que - de fato - temos a impressão de seguirmos todos os passos da vida da protagonista sendo impossível calcular quanto tempo da vida dela o filme ocupa.
Adèle Exarchopoulos, a atriz principal, me parece uma mulher de beleza bem comum, mas há algo nela que encanta desde o princípio. Junto com Léa Seydoux são uma força da natureza. Não demorei muito pra me sentir preso à sua rotina que muda constantemente no decorrer do longa. É um filme do tipo lento, verdade, mas é a justificativa do título.
Me chamou a atenção umas duas situações no filme nas quais se percebe que existem reacionários onde quer que seja, sobre oque quer que seja, mesmo sendo a França um país tão libertário segundo nossa imagem.
Me comoveu muito o fato da constante busca por afeto de Adele. É bem verdade que ela se sente de cara atraída pela figura diferente que é Emma - oque a leva a viver uma vida (não só sexual) que não imaginava - , mas um olhar mais atento não a definiria como lésbica. Na verdade, acho que esse pensamento é oque mais me encanta no filme: o questionamento de rótulos. Adele ama o tempo todo e sempre parece disposta a viver oque sente seja com quem for, embora seja inegável que Emma a atrai muito mais do que qualquer outra pessoa que ela tenha conhecido.
Como qualquer outra pessoa ela comete erros por carência e insegurança, mas outro ponto pro filme é a falta de julgamentos, apenas apresentação de fatos e, claro, seguirmos a vida de Adele.
Tatuagem
4.2 923A vida só fica melhor toda vez que assisto.
O Diário de Anne Frank
4.2 193A romantização de todo o contexto chega a ser uma falta de respeito, não só com Anne e os outros habitantes do Anexo Secreto, mas com todos os que foram obrigados a viverem na mesma situação ou pior. Mas acredito que este filme seja o máximo que se podia esperar de uma adaptação de um diário de uma adolescente judia dos seus 13 aos 15 anos em 1959. Me pergunto quantos diários não foram vendidos nesse ano.
Praia do Futuro
3.4 933 Assista AgoraFraco. A premissa e entrelinhas são ótimas, mas a mim soou como um filme vazio, com uma ideia vaga esticada, mas filmada de um jeito estilizado para que parecesse muito inteligente e inovador.
A Lembrança de Anne Frank
4.2 9Funciona enquanto informação e organizador da cronologia dos evento que antecederam ao "Anexo Secreto" e após a captura dos 8, mas me incomodou o clima emocional forçado e a dinâmica Sônia Abrão de algumas pequenices abordadas.
De qualquer forma, o tema objeto do filme é uma interessantíssima história que, após lê-la pela primeira vez, compreendo como uma das mais importantes pro legado da humanidade referentes à época.
X-Men: Dias de um Futuro Esquecido
4.0 3,7K Assista AgoraOk, o filme é bom e talz, mas, creio, que é totalmente mais voltado pros fãs da hq. Uma homenagem, eu diria, afinal, pelo que me parece, é um dos arcos mais aclamados do mutantes, certo?
Digo isso porque o argumento do filme é fraco.
Temos uma ameaça tão forte aos mutantes que é capaz de unir Xavier e Magneto, mas, como o filme já começa com os personagens da primeira trilogia, essa necessidade desesperada de união dos dois lados não foi sentida por mim, foi como que jogado, sem um começo.
Outro ponto é o não destrinchamento do personagem do Peter Dinklage. Temos um senador, ou whatever, anão, que tem uma ideia pra controle e/ou destruição dos geneticamente modificados. Seus motivos continuam um mistério pra mim. Ele realmente tinha essa visão fascista controladora fóbica sobre eles ou ele tinha intenções além de, claro, lucrar muito com a construção dos sentinelas? Queria ele, quem sabe, através dos mutantes, encontrar uma cura pra doenças e má formação, como o nanismo? Ou, além disso, queria ele apenas controlar seres que ele odeia por serem diferentes - sendo ele próprio diferente - já que ele pode tirar proveito desse ódio?
Contudo, achei o desenrolar emocional da estória Xavier-Raven-Erik muito boa, mas só. Coisas como o Magneto cercar a Casa Branca com um estádio, mas não conseguir matar quem ele queria matar e, sendo assim, os jornais e o mundo terem uma visão melhor dos mutantes me parece um final feliz muito corrido e surreal. Fora que dois dias antes desse ocorrido, ninguém parecia saber oque seriam mutantes e, do nada, Nixon já tinha sentinelas prontos pra proteger o mundo dessa nova ameaça.
Well, claro que trata-se de um filme de super-heróis, mas, ao meu ver, outros filmes da série já tiveram argumentos melhores e enredos mais bem desenvolvidos, onde o papel de cada personagem (e seus sentimentos e razões) é muito claro. Por isso que digo que é um filme voltado para os fãs da hq.
Janela Indiscreta
4.3 1,2K Assista AgoraMesmo sabendo das listas do possíveis "melhores de todos os tempos" - filmes, diretores, roteiristas, artistas, etc. - acontece de ignorarmos determinados nomes.
Acabei de ter a constatação de que Hitchcok foi, de fato, uma das figuras mais importantes do cinema no último século.
Preferências de linguagem cinematográfica à parte, a de se reconhecer o cuidado extremos com que o diretor pensava quadro-a-quadro das suas obras. O quadro geral do enredo é composto ao longo dos minutos com direção de câmera, direção de arte, iluminação + fotografia, fundo musical e um excelente roteiro base.
Depois de terminar "Janela Indiscreta", só posso pensar que era muita audácia me intitular "cinéfilo", já que é sim um título obrigatória pra entender a história do cinema em si.
É curioso pensar que grandes filmes de cinema de autor trazem personagens mais incomodamente reais e, dependendo do propósito, vagamente teatrais. Além de conseguirem ser geralmente imparciais aos fatos ocorridos.
Lendo textos sobre a importância do filme, não pude deixar de concordar com uma constatação de que é um filme que é ainda melhor do que a soma de suas partes. Yes, indeed.
Um Pistoleiro Chamado Papaco
3.5 241"Mejor dar el culo do que morrir com todas las pregas"
Senta no Meu, Que eu Entro na Tua
3.3 155Apesar da péssima qualidade técnica e atuações horrorosas, as perdoamos pelo absurdo da situação e, afinal, por já estarmos assistindo um filme dentro das condições apresentadas. O melhor filme pra gargalhar pra quem tem um certo grau de esclarecimento/permissão sexual, já que o filme só faz brincar com o sexo, de novo, dentro das condições apresentadas, onde ninguém é de ninguém e, no final, o importante é o gozar.
Contudo, o grande trunfo do filmes são as frases antológicas nunca vistas em tamanha quantidade num só filme, como "Um bom caralho não tem nada a ver com classe social",
"As bolas explodem dentro da minha cabeça e eu morro por derrame de porra", "Nada disso, você não tem direito de deixar as mulheres órfãs de caralho", "Família que fode unida, permanece unida" e muitas outras.
Recomendado.
O Estranho Thomas
3.4 372 Assista AgoraEra pra ser um filme, mas resolveram filmar como um episódio de seriado. Bem "Smallville", aliás, logo, fraco.
No final,
o cartaz "In Odd we trust"
Fé Demais Não Cheira Bem
3.4 87 Assista AgoraQueria assistir um simples filme de comédia e levei mais do que esperava. Mal li a sinopse, só adquiri o filme em fevereiro depois da morte do meu favorito P.S. Hoffman após perceber que ainda não tinha assistido toda sua filmografia, por menor participação fosse.
O filme tem 22 anos e meio que destrincha tudo que ainda mais ou menos ocorre por aqui no Brasil. Claro, não temos tanta pirotecnia, mas o principio é o mesmo. Steven Martin está um pouco over do papel do charlatão sem coração caça-nível, mas talvez fazer ridículo da ridícula situação tenha sido a intenção.
Clichês a parte, digo com sinceridade que até me surpreendi com o final, seja pelo fato de um milagre verdadeiro ter ocorrido aos olhos de todos - inclusive dos farsantes - ou de esse mesmo milagre ter redimido o dono do circo (literalmente) todo que se redime e abandona a vida enganar o coração das pobres pessoas de boa fé.
Na verdade, oque eu vi foi uma mensagem além disso: "deus" está no compartilhar entre as pessoas. E, pra isso, não é preciso nenhum messias, figura liderante, adorno, nem regras. É só amor.
Tom na Fazenda
3.7 368 Assista AgoraSou fã do diretor, mas fiquei muito confuso com "Lawrence Anyways" que não gostei, mas está na lista de "rever". Esperava bastante deste e fui surpreendido. Já tinha lido que neste ele tinha arriscado uma pegada mais terror psicológico, mas ele foi mais fundo do que pensei. Personagens ricos, sentimentos complexos, situações facilmente julgáveis quando se está de fora mas que não são enxergadas por quem está doente. Maravilhoso.
Garotos
3.8 604 Assista AgoraPreciso da trilha sonora. Fiquei rolando na cama ontem mais de meia hora pensando na cena da cama elástica. Quem tiver alguma ideia de onde achar, por favor...
Jogos Vorazes: Em Chamas
4.0 3,3K Assista AgoraCurioso avaliar um filme-franquia como "Jogos Vorazes". Bom ou ruim, é mais uma peça de toda a máquina gigantesca que é o sistema desigual e prostituído em que estamos inseridos - e que expõe para os mais desatentos.
Ignorando a contradição e analisando o filme como obra única, somos surpreendidos por algo que - a priori - fora feito como um filme moderno de aventura teen com todos seus elementos, como um universo injusto, uma garota fora dos padrões de comportamento e um triângulo amoroso, para acalentar os corações daqueles(as) que estão descobrindo o amor. Fórmula fácil para suspiros e dólares.
Entretanto, algo deve ter saído do planejado já que tudo oque eu vi foi um filme maduro utilizando uma plataforma adolescente futurista para dar significado metafórico ao senso comum de que o mundo sempre foi injusto - e continuará sendo caso não fizermos nada juntos para mudar isso - e que somos todos escravos de algo muito maior que a vida em si, não importando o quão livre e independente cada indivíduo seja.
Nota-se que o excelente segundo capítulo da trilogia de Suzanne Collins foi respeitado dentro das possibilidades da renda do filme e, claro, dos interesses dos donos da própria. De qualquer forma, qualquer fã mais atento - e maduro - deixa de lado acontecimento ou outro ausente ou alterado e dá mais importância ao todo que o capítulo 2 representa.
É possível que o público para o qual o filme é "direcionado" não pegue toda a comparação que o filme faz à sociedade ocidental falida - sustentada por nós mesmos. Mesmo assim, a exposição ao tema é importante e sua exploração por diversos meios só faz termos material futuro para questionamento.
Todas as nuances da estória estão lá:
Katniss, embora viva, tendo que sobreviver com o psicológico abalado pelos acontecimentos dos jogos; a preparação pra turnê dos campeões + as primeiras ameaças de Snow; a percepção dela e do Peeta que a 74ª edição dos jogos representou mais para os cidadãos de Panem do que eles mesmos poderiam saber; o funesto plano do presidente para conter a rebelião popular + o fatídico anúncio do 3º massacre quartenário; a preparação para a 75ª edição dos jogos + conquista de aliados; os jogos sujos da capital para enfraquecimento de Katniss; os jogos; o começo da revolução + captura de Peeta pela capital.
Aliado a fidelidade a obra literária e uma boa direção, "Em Chamas" vai mais fundo nos detalhes da trilogia, como os problemas pessoais de personagens importantes envolvidos com a revolução e a contradição que são os sentimentos de Katniss. A conclusão da saga, "A Esperança" - partes I e II - tem por obrigação seguir o mesmo padrão.
A Loucura De Mary Juana
3.4 11Um dos raros casos em que o remake é superior ao original.
Quebrando o Tabu
4.0 255Acabei de assistir pela segunda vez e - mesmo tendo mais conhecimento do que da primeira vez -, ainda assim, acredito que a ideia é boa, mas não funciona como informativo pro leigo. Os assuntos são todos misturados, não é seguida uma linha de raciocínio. Por vezes, ficamos até mesmo na dúvida sobre oque está sendo dito. FHC também não funciona como patrono. Tenta, mas não inspira a imagem de dialogador. Fica claramente desconcertado e com medo quando é abordado por um usuários de heroína em Amsterdã.
"Cortina de Fumaça" é o melhor documentário sobre o assunto.
Um Estranho no Lago
3.3 465 Assista AgoraFilme tenso que se despiu de (quase) todos os artifícios cinematográficos pra chegar ao objetivo do idealizador. Me lembrou muito "O Som ao Redor" pela sonorização apenas ambiente, sugerindo que uma grande merda está pra acontecer, mas o diretor não deixa claro quando. Câmera e expressão corporal também têm seu espaço de glória, onde um olhar - que pode parecer algo simples - transforma seu dono num predador animal que deve ser temido, mas não deixa de ser atraente.
Não assista ao filme pela promessa de sexo explícito. Primeiro que não é exatamente explícito, segundo que serve apenas de ambientação pro cenário único do filme.
Filme com poucos diálogos que deixa muitas questões. Excelente.
O Lobo de Wall Street
4.1 3,4K Assista Agorahttp://www.kritz.com.br/filme/o-lobo-de-wall-street-t8968/critica/13647