Mais uma das coisas que todo ser humano deveria ver, ao menos uma vez na vida. É algo surreal assistir esse filme, é dificil acreditar que ele existe mesmo, que não se trata de coisas que só existem dentro da mente .. TUDO, todos os sons, a forma que foi filmado, as imagens intercaladas, a alternação das cenas é milimetricamente compátivel com o pensamento, com a imaginação, com a forma que as coisas acontecem INside (ao menos pra mim) e te conduzem ao entendimento ... esse filme te conduz à entender tanto quanto teu intelecto. A mescla que é o sexo e a vida, não no sentido de gerar vida, mas na vida que se leva, na vida que se é, a sexualidade e a vida se completam e seus bloqueios sexuais não são apenas sexuais, eles estão ali presentes em cada movimento seu, ou cada movimento seu esta presente no teu sexo. Atingir a liberdade sexual é atingir a liberdade vital. E o que me mata é ver o quanto fora, no mundo, fora do filme, fora do meu pensamento, as pessoas não dão a minima pra isso, tratam a sexualidade de forma tão banal e vulgar, como se fosse apenas diversão ... quando nisso esta tudo o que se é. Espero que em algum tempo, as pessoas deixem de ser impermeáveis, que deixem a vida entrar e que sejam atingidas pela vida, e, mesmo que isso não aconteça, que se esforcem o maximo pra tirar a capa de impermeabilidade, da pra conseguir o perdão ao menos, por terem dado tudo de si.
A verdade é que não havia mais ninguém em volta, a cidade era como um "deserto de almas" e num deserto de almas também desertas, uma alma especial reconhece de imediato a outra. Perdidos no meio do "deserto de almas", para não sentirem tanto frio, tanta sede, ou simplesmente por serem humanos, sem querer justificá-los, ou ao contrário, justificando-os plena e profundamente, o que mais restava àqueles dois senão se aproximarem, se conhecerem, se misturarem? Pois foi o que aconteceu. Tão lentamente que mal perceberam. Não tinham preparo algum para dar nome às emoções, nem mesmo para tentar entendê-las.
Guy Ritchie me fritou a consciência até ela pedir arrego e se curvar à mim. Esse filme é melhor, mais forte e pesado do que muita substância química por ai.
Ver São Paulo ser, não só um cenário, mas personagem, ver São Paulo interpretar uma Galaxia inteira/interior, foi demais pro meu coração concavo e muscular! E além, ter a música como carácter, Satie e Mozard envolvem a atmosfera do filme como uma redoma, de onde a ação escapole ao explodir. O literário também se expressa através da cidade-personagem, quando no caminho entre o amado e seu amor, frases são lidas em paredes, em túneis, em outdoors, como se o todo estivesse conectado à história e os sentimentos dos personagens de alguma forma "vazassem" e contaminasse todo o caminho, todo o cenário. Metáfora excelente!
A Via Láctea; O que é a vida se não uma jornada nessa faixa brilhante e difusa recortada por nuvens moleculares de intrincado aspecto irregular, de visibilidade severamente comprometida pela poluição luminosa. Sem idade real, apenas períodos, várias fases evolutivas que se seguiram até atingir sua forma atual, com bilhões de estrelas e estruturas diferenciadas entre si. Uma jornada de encontro com o buraco negro supermassivo central. Mas a vida é muito maior do que toda a matéria observável, é a matéria-escura, cuja natureza se desconhece.
"El tipo puede cambiar de todo: de cara, de casa, de familia, de novia, de religión, de dios, pero hay una cosa que no puede cambiar, no puede cambiar de pasión."
Agora eu sei, tenho vivenciado isso ... você pode ser o que quiser nas palavras: indiferente, esgueiro, pode por uma pedra em uma história toda, pode enganar com as palavras, mas os olhos ... eles falam, os olhos falam demais, seria realmente melhor que se calassem. Os olhares revelam aquele segredo que não se pode ocultar, não importa o esforço, os olhos falam, principalmente diante da paixão não concretizada, do sentimento vivo, que quando não realizado, permanece em aberto, esperando algo capaz de dar um desfecho digno. ... não é a paixão contida que amedronta, nem as diferenças, é o próprio ato de amar, é mais fácil se conformar com uma paixão irrealizada e se condenar a uma vida medíocre. E a grande questão "Como se faz para viver uma vida vazia? Como se faz para viver uma vida cheia de nada?" - A merda esta na (falta de) comunicação, porque se teme amar, e não encontra a letra “A” que falta ao conjugar "TE MO" , a história nunca chega ao final porque não teve um início, a porta da sala (do coração) está sempre aberta, mas o que ama nunca fecha, porque nunca vai ao encontro para dizer algo importante. Então se inicia o mesmo romance 100 vezes e nunca se passa da 3ª linha, e é mais que um defeito de uma maquina de escrever onde se falta a tecla "A" - pois a tecla “A” da máquina não funcionava como nunca funcionará para qualquer um que ainda guarde nos olhos o segredo do sentimento não expressado, da chance de ser feliz que se teve e se perdeu. Para quem se deixa vencer pelo temor de amar (“TE MO”), o “A” do verbo conjugado nunca formará o “TE AMO” e a paixão morre nos olhos como um segredo. Para pessoas assim o amor abandonado é o caminho de quem se acovarda e evita sofrer e também a condenação à prisão perpétua numa vida vazia, uma vida “cheia de nada” porque “vazia” e “cheia de nada” não são outras vidas, é esta aqui, a prisão perpétua de quem vive com medo de amar.
Welly welly well, que meus olhos se calem por instante.
" Now, it's dark. " e " You stay alive, baby, do it for Van Gogh. ", me valeram os 120 minutos. Ambiguidade, do choque ao "isso é tudo uma piada" ... bonita mistura, film-noir com ares modernos, um mergulho no estranho mundo de David Lynch.
De fato a beleza visual é inigualável, é tão bonito que da vontade de comer, de engolir o filme todo .. as cores, movimentos, cenários, tudo. É o filme mais belo (visualmente falando) que já vi.
O cinema do Daldry se alimentando da literatura do Cunningham que se alimentou da literatura da Woolf, e ainda assim a homenagem manteve a essência, o estilo intimista, próprio da Woolf. Mrs. Woolf, Mrs. Laura e Mrs. Clarissa são, respectivamente, as três faces de "Mrs. Dalloway": a que escreve, a que lê e a que vive. O incrível do filme são os pequenos fatos, que reverberam e se eternizam: flores entre a renovação e a decrepitude, olhares, beijos furtivos, festas e frivolidades, decepções e descobertas, um mergulho vertiginoso no inconsciente. Cada cena é decisiva.
Interestelar
4.3 5,7K Assista AgoraUm UP! pra quem teve uma experiencia enteógena com esse filme.
Shortbus
3.7 548 Assista AgoraMais uma das coisas que todo ser humano deveria ver, ao menos uma vez na vida.
É algo surreal assistir esse filme, é dificil acreditar que ele existe mesmo, que não se trata de coisas que só existem dentro da mente .. TUDO, todos os sons, a forma que foi filmado, as imagens intercaladas, a alternação das cenas é milimetricamente compátivel com o pensamento, com a imaginação, com a forma que as coisas acontecem INside (ao menos pra mim) e te conduzem ao entendimento ... esse filme te conduz à entender tanto quanto teu intelecto.
A mescla que é o sexo e a vida, não no sentido de gerar vida, mas na vida que se leva, na vida que se é, a sexualidade e a vida se completam e seus bloqueios sexuais não são apenas sexuais, eles estão ali presentes em cada movimento seu, ou cada movimento seu esta presente no teu sexo. Atingir a liberdade sexual é atingir a liberdade vital.
E o que me mata é ver o quanto fora, no mundo, fora do filme, fora do meu pensamento, as pessoas não dão a minima pra isso, tratam a sexualidade de forma tão banal e vulgar, como se fosse apenas diversão ... quando nisso esta tudo o que se é.
Espero que em algum tempo, as pessoas deixem de ser impermeáveis, que deixem a vida entrar e que sejam atingidas pela vida, e, mesmo que isso não aconteça, que se esforcem o maximo pra tirar a capa de impermeabilidade, da pra conseguir o perdão ao menos, por terem dado tudo de si.
Encontros e Desencontros
3.8 1,7K Assista AgoraA verdade é que não havia mais ninguém em volta, a cidade era como um "deserto de almas" e num deserto de almas também desertas, uma alma especial reconhece de imediato a outra.
Perdidos no meio do "deserto de almas", para não sentirem tanto frio, tanta sede, ou simplesmente por serem humanos, sem querer justificá-los, ou ao contrário, justificando-os plena e profundamente, o que mais restava àqueles dois senão se aproximarem, se conhecerem, se misturarem? Pois foi o que aconteceu. Tão lentamente que mal perceberam.
Não tinham preparo algum para dar nome às emoções, nem mesmo para tentar entendê-las.
Revolver
3.5 229 Assista AgoraGuy Ritchie me fritou a consciência até ela pedir arrego e se curvar à mim.
Esse filme é melhor, mais forte e pesado do que muita substância química por ai.
A Via Láctea
3.5 66 Assista AgoraVer São Paulo ser, não só um cenário, mas personagem, ver São Paulo interpretar uma Galaxia inteira/interior, foi demais pro meu coração concavo e muscular! E além, ter a música como carácter, Satie e Mozard envolvem a atmosfera do filme como uma redoma, de onde a ação escapole ao explodir.
O literário também se expressa através da cidade-personagem, quando no caminho entre o amado e seu amor, frases são lidas em paredes, em túneis, em outdoors, como se o todo estivesse conectado à história e os sentimentos dos personagens de alguma forma "vazassem" e contaminasse todo o caminho, todo o cenário.
Metáfora excelente!
A Via Láctea; O que é a vida se não uma jornada nessa faixa brilhante e difusa recortada por nuvens moleculares de intrincado aspecto irregular, de visibilidade severamente comprometida pela poluição luminosa. Sem idade real, apenas períodos, várias fases evolutivas que se seguiram até atingir sua forma atual, com bilhões de estrelas e estruturas diferenciadas entre si. Uma jornada de encontro com o buraco negro supermassivo central.
Mas a vida é muito maior do que toda a matéria observável, é a matéria-escura, cuja natureza se desconhece.
O Segredo dos Seus Olhos
4.3 2,1K Assista Agora"El tipo puede cambiar de todo: de cara, de casa, de familia, de novia, de religión, de dios, pero hay una cosa que no puede cambiar, no puede cambiar de pasión."
Agora eu sei, tenho vivenciado isso ... você pode ser o que quiser nas palavras: indiferente, esgueiro, pode por uma pedra em uma história toda, pode enganar com as palavras, mas os olhos ... eles falam, os olhos falam demais, seria realmente melhor que se calassem. Os olhares revelam aquele segredo que não se pode ocultar, não importa o esforço, os olhos falam, principalmente diante da paixão não concretizada, do sentimento vivo, que quando não realizado, permanece em aberto, esperando algo capaz de dar um desfecho digno.
... não é a paixão contida que amedronta, nem as diferenças, é o próprio ato de amar, é mais fácil se conformar com uma paixão irrealizada e se condenar a uma vida medíocre.
E a grande questão "Como se faz para viver uma vida vazia? Como se faz para viver uma vida cheia de nada?" - A merda esta na (falta de) comunicação, porque se teme amar, e não encontra a letra “A” que falta ao conjugar "TE MO" , a história nunca chega ao final porque não teve um início, a porta da sala (do coração) está sempre aberta, mas o que ama nunca fecha, porque nunca vai ao encontro para dizer algo importante. Então se inicia o mesmo romance 100 vezes e nunca se passa da 3ª linha, e é mais que um defeito de uma maquina de escrever onde se falta a tecla "A" - pois a tecla “A” da máquina não funcionava como nunca funcionará para qualquer um que ainda guarde nos olhos o segredo do sentimento não expressado, da chance de ser feliz que se teve e se perdeu.
Para quem se deixa vencer pelo temor de amar (“TE MO”), o “A” do verbo conjugado nunca formará o “TE AMO” e a paixão morre nos olhos como um segredo. Para pessoas assim o amor abandonado é o caminho de quem se acovarda e evita sofrer e também a condenação à prisão perpétua numa vida vazia, uma vida “cheia de nada” porque “vazia” e “cheia de nada” não são outras vidas, é esta aqui, a prisão perpétua de quem vive com medo de amar.
Welly welly well, que meus olhos se calem por instante.
Veludo Azul
3.9 776 Assista Agora" Now, it's dark. " e " You stay alive, baby, do it for Van Gogh. ", me valeram os 120 minutos.
Ambiguidade, do choque ao "isso é tudo uma piada" ... bonita mistura, film-noir com ares modernos, um mergulho no estranho mundo de David Lynch.
Moulin Rouge: Amor em Vermelho
4.1 1,8K Assista AgoraDe fato a beleza visual é inigualável, é tão bonito que da vontade de comer, de engolir o filme todo .. as cores, movimentos, cenários, tudo. É o filme mais belo (visualmente falando) que já vi.
As Horas
4.2 1,4KO cinema do Daldry se alimentando da literatura do Cunningham que se alimentou da literatura da Woolf, e ainda assim a homenagem manteve a essência, o estilo intimista, próprio da Woolf.
Mrs. Woolf, Mrs. Laura e Mrs. Clarissa são, respectivamente, as três faces de "Mrs. Dalloway": a que escreve, a que lê e a que vive.
O incrível do filme são os pequenos fatos, que reverberam e se eternizam: flores entre a renovação e a decrepitude, olhares, beijos furtivos, festas e frivolidades, decepções e descobertas, um mergulho vertiginoso no inconsciente. Cada cena é decisiva.
Medo e Delírio
3.7 550 Assista AgoraDevia vir com a instrução "assista high", porque é outra coisa.
Crepúsculo dos Deuses
4.5 794 Assista AgoraSem a Norma Desmond, não existiria a Paramount Pictures.
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3.2 1,3K Assista AgoraQueime ANTES de ver.
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4.0 497 Assista Agoraexistem 12 livros ! u.u