Uma poesia em forma de filme! E se uma poesia se torna ainda mais rica quando tem uma bela estrutura, Luca Guadagnino faz um excelente trabalho ao utilizar perfeitamente cada aspecto técnico para contar sua história. A começar pela belíssima trilha sonora, que consegue transmitir esse clima de verão italiano do filme, nos ajudando a imergir dentro da história. A fotografia também é muitíssimo bem construída aproveitando as diversas e incríveis paisagens italianas. Timothee faz um trabalho sensacional, mergulhando por completo no personagem, seus dilemas, angústias... simplesmente brilhante. Armie não deixa desejar também e contribui formando uma química excelente que ajuda a nos envolver com os dois protagonistas. A grande beleza, entretanto, está na história. Apesar de narrar um romance entre dois homens, o filme não se restringe a isso, e sem abordar a problemática tão em pauta de preconceito, violência e aceitação, nos apresenta uma história simplesmente sobre o amor, em toda a extensão de sua natureza. Com delicadeza, mas sem perder a intensidade, podemos ver como esse amor vai surgindo e evoluindo: curiosidade, desconforto, ciúme, descoberta, medo, paixão, alegria, saudades, tristeza, todo aspecto de um relacionamento é apresentado na relação entre Elio e Oliver. E se em algum momento o roteiro parece um tanto arrastado parece ser proposital para mostrar a realidade da vida e como alguns momentos podem passar devagar quando queremos estar em outro lugar com outra pessoa. O relacionamento de Elio com sua família também é muito bem colocado na história e nos presenteia com o melhor diálogo do filme, que traz a grande mensagem dele: viver cada momento da vida intensamente e plenamente, não apenas os bons, mas também a dor e o sofrimento, sem arrependimentos e hesitações, sem sufocar nada, para que assim isso não nos sufoque no futuro. Acompanhar a jornada de Elio nesse intenso e inesperado amor de verão é uma experiência incrível que nos faz não apenas torcer por ele, mas sentir com ele. Uma belíssima obra-prima!
Um filme magnífico, não só pela atuação espetacular de Kate Winslet, mas pela beleza e sensibilidade que cada cena traz. Começa simples, num relacionamento meio inesperado mas intenso e que vai mostrando aos poucos quem são aqueles personagens e qual a importância de cada um na vida do outro. O filme fica ainda mais interessante a partir do julgamento, onde a relação que eles tinham é confrontada com o passado da personagem. Num adicional ainda somos levados a refletir sobre a mentalidade por trás da segunda guerra e as consequências dela. O final é incrível, brutal e muito comovente! Vale muito ver essa obra de arte cinematográfica!
Esse filme foi bem confuso pra mim. Quando eu terminei de assistir fiquei mto decepcionado, com raiva até. Pq eu passei o filme todo esperando que o personagem principal explodisse em algum momento, pq não era possível ele continuar reagindo a tudo do msm jeito, msm ele sendo confrontado tantas vezes pelo passado, pelas pessoas. Não conseguia parar de pensar no filme dps e entendi que na verdade o personagem tinha morrido naquele acidente, a partir dali ele não vivia mais, só sobrevivia. O relacionamento dele com o sobrinho acho bem incrível, pq ele reagiu a morte do pai de um modo totalmente diferente sabe. Ele não sabia acolher a dor do luto e ai ele luta pra se esconder em coisas normais, como namoradas e bebidas. E de um modo bem estranho vão os dois totalmente quebrados um se apoiando no outro. O sobrinho é uma faísca pra ele voltar a viver, a sentir. As confrontações são a melhor parte do filme, tanto as de Lee com o sobrinho, como com a ex mulher (uma das melhores cenas pra mim, ela confrontando ele no meio da rua). No fim das contas, o filme foi mto bom em passar as emoções, a profundidade da dor, da tristeza e dos relacionamentos. Pq a vontade que eu tinha o filme todo de que ele explodisse e recomeçasse a vida era pq eu me importava com o personagem, pq sentia a dor dele, pq queria que ele superasse. Fora que o filme é lindo, fotografia, trilha sonora, tudo vai construindo um ambiente sereno, tranquilo, mas que esconde tristeza e dor. A minha decepção e raiva deram lugar a admiração e encantamento pela grandiosidade desse filme!
A premissa de abordar uma época tão conturbada dos EUA, com um dos maiores contrabandistas da história, é bastante interessante. Mas o filme peca por superficialidade, as personalidades dos personagens são completamente mal abordadas. O ritmo do filme é lento, a trilha sonora é mal encaixa e não contribui para construir os momentos, as atuações não se destacam, os acontecimentos são extremamente simplistas
Um filme muitíssimo bem produzido. A fotografia espetacular e a trilha sonora são o ponto alto dele, e Emile Hirsch encarna perfeitamente o protagonista, mas a história em si é um pouco superestimada. O drama tem um ritmo lento e a busca de Chris por libertação é romantizada ao extremo, estabelecendo a obsessão do personagem como algo certo e bonito, enquanto minimiza o egoísmo dele enquanto entrava e saia da vida das pessoas sem se importar verdadeiramente com elas. Por sinal, os personagens secundários são extremamente carismáticos e contribuem imensamente pra evolução da história, mas não plenamente aprofundados. Tudo isso tira um pouco do brilho do filme, porém não é o bastante para torna-lo ruim ou chato, já que o grande objetivo não é apenas a vida do protagonista, mas sim causar uma reflexão sobre a vida e como nós a encaramos.
O filme faz jus a trilogia, que pra mim é melhor trilogia de super-herói já feita. No entanto seria quase impossível superar The Dark Knight, ainda que o arco de Bane seja um dos melhores de Batman, e o filme passa a impressão de ser mais fraco. A reviravolta com a história de Talia ainda que surpreendente tirou um pouco do brilho do grande vilão que Bane é, o que mais chegou perto de matar o Batman. Acho que a Talia podia ter entrado sim no filme mas em outra situação, não como a mandante de tudo. Tirando isso o filme é muito bem produzido, com excelentes cenas de ação, um bom roteiro, ótimas atuações, Christopher Nolan mandando ver na direção e Christian Bale comprovando ser o melhor Batman que já passou pelo cinema!
Entediante! Se eu tivesse que descrever o filme em uma palavra seria essa. O primeiro pensamento que tive sobre o filme ao ver Owen Wilson no papel principal foi: "Isso não vai dar certo" e de fato não deu. Mas vamos com calma pq qualquer pessoa que conheça a genialidade de Woody Allen e saiba sua importância para o cinema pensa muitas vezes antes de fazer uma crítica. O filmes tem alguns pontos positivos como a excelente direção de arte pq vamos combinar uma coisa tudo que Woody Allen faz independente de bom ou ruim é sempre bem feito. No entanto eu vejo "O Artista" e "Cavalo de Guerra" como os favoritos nessa categoria. Outra coisa esplêndida no filme é a fotografia, apesar de não ter sido lembrado na categoria, pq embora eu não ache Paris essa maravilha toda, é uma bela cidade (principalmente para quem gosta de arte) e Woody soube usar muito bem isso. A ideia central do roteiro do filme é brilhante coisa de gênio mesmo, esse saudosismo, essa nostalgia não há cidade melhor para isso do que Paris há? Essa mistura entre diferentes épocas tão importantes para artes é linda. Além disso Kathy Bates no elenco é sempre um ponto positivo para qualquer filme. Só que aí as coisas começam a sair do caminho certo, é claro que na minha opinião. Uma sequência de má escolhas faz desse filme que tinha tudo para ser fantástico uma grande decepção. A começar pelo rumo que ele dá ao filme numa mistura louca de drama, comédia e romance que no final das contas não é nenhum dos três. O elenco estaria bastante agradável com boas atuações de Marion Cotillard, Corey Stoll, Kathy Bates e Lea Seydoux, ainda que apareça pouco, mas a escolha do casal principal foi o fim! Rachel McAdams não contribui em nada com seu personagem e faz uma atuação medíocre já Owen Wilson não convence e só torna o seu personagem (Gil) ainda mais chato fazendo uma atuação patética. A mistura de tudo isso com uma trilha sonora francesa extremamente entendiante e repetitiva fez com que eu conseguisse dormir no meio do filme e sepultou de vez as chances dele como melhor filme. Na disputa pela estatueta de melhor diretor Allen está mais como coadjuvante da briga entre Scorsese e Hazanavicius. O único Oscar que o filme ainda tem chances é o de roteiro original pela genialidade da obra mas mesmo assim não apostaria todas as minhas fichas nele uma vez que "O Artista" vai ser um bom adversário. No geral, o filme foi decepcionante e ficou aquém desse grande gênio do cinema, Woody Allen, e nem se compara às outras magníficas obras como o recente "Vicky Cristina Barcelona" ou o dramático "Match Point" ou a sua melhor obra para mim "Noivo Neurótico, Noiva Nervosa".
Defintivamente o melhor filme sobre racismo desde "Escritores da Liberdade". Uma história encantadora, cativante, emocionante adaptada magnificamente por Tate Taylor para este filme perfeito, simples, mas ainda assim perfeito. Sem grandes detalhes técnicos como trilha sonora, figurino, fotografia... o 1º filme de Tate Taylor como diretor e roteirista foca 100% na história. O ponto forte do filme são as atuações perfeitas de Octavia Spencer, que ao meu ver já ganhou como melhor atriz coadjuvante, e de Viola Davis, que consegue transmitir toda a emoção que o filme quer passar e deve "brigar" feio com Meryl Streep pelo Oscar de melhor atriz. Apesar de ter um roteiro muito bem montado e com uma sequência perfeita, o filme não concorre a melhor roteiro adaptado o que é uma pena. =/ Quanto a categoria de melhor filme acho que Histórias Cruzadas (The Help) dificilmente levará esse prêmio para casa, ainda que se isso ocorresse seria merecidíssimo. A indicação de Jessica Chanstain a melhor atriz coadjuvante foi um belo presente uma vez que ela atua perfeitamente no papel de Celia Foote e nos concede sua dose de emoção, mas ela provavelmente não terá chance contra sua colega de elenco, Octavia Spencer. Emma Stone também faz seu papel direitinho no filme. Eu esperava um poquinho mais do final, sobre o que aconteceu com elas depois, mas na vida real nem sempre temos todas as resposta e só isso não bastaria para tirar o brilho do filme. Resumindo, um filme lindo marcado pela atuação das mulheres, sejam elas negras ou brancas, este filme com certeza é delas!
"War Horse" um título simples, sem muito brilho que difere da realidade desse magnífico drama épico de Steven Spielberg. Quem vê a primeira vista e até mesmo no início do filme acredita se tratar de mais um filme sobre animais mas descobre uma história belíssima que mostra a ligação fraternal e de companheirismo entre um garoto e um cavalo. A maneira como a história se desenrola e como tudo vai sendo conduzido ao reencontro de Joey com seu amado dono é esplêndido e para mim é o que transforma esse filme de "mais um" a um "indicado ao Oscar" e com merecimento. Steven Spielberg dirigi com perfeição o filme lapidando esse diamante bruto até que todo seu brilho pudesse ser mostrado o que me faz pensar que a Academia cometeu uma injustição ao não indicá-lo. Um bom elenco sem grandes atores mas com uma ótima interpretação. Uma boa fotografia e trilha sonora. Os prêmios de mixagem de som e edição de som tem tudo para ser faturado por ele e apesar de muitos acharem que não o filme é uma ótima indicação a melhor filme e pode surpreender muita gente como "Guerra ao Terror" ao derrubar o favoritíssimo "Avatar". A quebra de sequência do filme, no entanto, prejudica um pouco tornando-o um tanto cansativo. Fora isso o filme é show e junto com "Os decendentes" são os meus favoritos ao oscar de melhor filme.
Uma aventura maravilhosa sobre a descoberta da vida e o mundo dos sonhos proporcionada por ninguém menos que o mestre Martin Scorsese. O modo como o mistério se resolve e como o real e o lúdico se misturam na história é impressionante. No entanto o filme me desapontou um pouco, com 11 indicações ao Oscar e, principalmente, direção de Martin Scorsese, eu esperava muito mais do filme. A história parece se desenvolver num ritmo muito lento e nos deixa meio aéreo sobre o que trata o filme. Além disso a ausência de grandes atuações desaponta, uma vez que o ator principal Asa Butterfield (Hugo) fez uma das melhores atuações infantis que eu já vi em "O menino do pijama listrado" e nesse, entretanto, deixou a desejar. Mas fora isso o filme é mais uma obra-prima de Martin Scorsese, uma ótima direção de arte, boa trilha sonora, um excelente roteiro. O que deve fazer com que, apesar de todos os poréns, o filme leve muitas estatuetas para casa embora seja pouco provável a de melhor filme. Um filme muito emocionante que nos dá uma grande lição de vida: "Uma pessoa que perde seu propósito é como se estivesse quebrada", por isso apesar de não ser um dos meus favoritos eu super recomendo.
Ótimo filme. Um drama suave e tocante embalado pelas músicas, pelo clima e pelas paisagens do Hawaii com uma história muito bem estruturada que consegue passa uma lição de moral p/ as pessoas sobre a vida em geral. Um elenco não muito conhecido mas cheio de ótimas atuações, em especial de George Clooney que dá um show de atuação nesse filme como eu naum vi em nenhum outro. Shailene Woodley também rouba a cena como Alexandra. Ao meu ver o filme não é um forte indicado ao Oscar devido a sua simplicidade, mas a magnífica atuação de George Clooney deve deixar a briga pelo Oscar de melhor ator bastante acirrada e por todo caminho que ele percorreu até aqui desde sua época de E.R. eu ficaria muito feliz se ganhasse seu primeiro Oscar porque definitivamente ele mereceu. Um forte candidato também a melhor roteiro adaptado, o qual ele faturar na briga com "A invenção de Hugo Cabret".
Definitivamente o filme mais ousado do ano! Numa época em que a tecnologia 3D e os efeitos especiais cada vez mais inovadores dominam o mundo cinematográfico, fazer um filme em preto-e-branco e mudo é algo, no mínimo, arriscado. E é aí que entra o talento e a visão brilhante do diretor, Michel Hazanavicius. Ele soube coordenar o filme com maestria e perfeição a ponto de transformar "The Artist" num clássico atual. O filme começa um tanto morno, embora a atuação de Jean Dujardin seja impecável do início ao fim. A primeira parte do filme procura familiarizar o público com o mundo do cinema mudo. Feito isso somos apresentados a verdadeira história do filme, o drama de George Valentin (Dujardin), um ator do cinema mudo, com a chegada do cinema falado e a história de Peppy Miller (Berenice Bejo), uma estrela em ascensão dessa nova forma de se fazer filmes, por quem ele vai se apaixonando. Um filme muito bem executado, desde o figurino e trilha sonora até a direção de arte. Vale ressaltar que os atores de filmes mudos tem um trabalho muito mais díficil em se tratando de interpretação uma vez que são unicamente seus gestos que vão possibilitar a interpretação do público. Resumindo, é um filme que merece cada uma de suas indicações e premiações. O grande problema é que ele peca na simplicidade, o que ao meu ver é a maior ousadia de Hazanavicius, sem grandes dramas e sem cenas que nos façam cair na gargalhada, o filme dificilmente vai cair na graça da maioria do público, acostumado com filmes eletrizantes e que nos tirem lágrimas. No entanto só isso não basta para tirar o brilho do filme. Uma trilha sonora simples mas bastante encaixada com o filme, um figurino perfeito, roteiro muito original e um diretor/roteirista talentosíssimo, mas a cereja do bolo mesmo é a atuação de Jean Dujardin e Berenice Bejo. Um cult extremamente bem elaborado que, ao meu ver, naum só faz uma homenagem a história do cinemas mas deixa bem claro que o cinema mudo não está morto e vai lutar por seu lugar ao sol!
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Me Chame Pelo Seu Nome
4.1 2,6K Assista AgoraUma poesia em forma de filme! E se uma poesia se torna ainda mais rica quando tem uma bela estrutura, Luca Guadagnino faz um excelente trabalho ao utilizar perfeitamente cada aspecto técnico para contar sua história. A começar pela belíssima trilha sonora, que consegue transmitir esse clima de verão italiano do filme, nos ajudando a imergir dentro da história. A fotografia também é muitíssimo bem construída aproveitando as diversas e incríveis paisagens italianas. Timothee faz um trabalho sensacional, mergulhando por completo no personagem, seus dilemas, angústias... simplesmente brilhante. Armie não deixa desejar também e contribui formando uma química excelente que ajuda a nos envolver com os dois protagonistas.
A grande beleza, entretanto, está na história. Apesar de narrar um romance entre dois homens, o filme não se restringe a isso, e sem abordar a problemática tão em pauta de preconceito, violência e aceitação, nos apresenta uma história simplesmente sobre o amor, em toda a extensão de sua natureza. Com delicadeza, mas sem perder a intensidade, podemos ver como esse amor vai surgindo e evoluindo: curiosidade, desconforto, ciúme, descoberta, medo, paixão, alegria, saudades, tristeza, todo aspecto de um relacionamento é apresentado na relação entre Elio e Oliver. E se em algum momento o roteiro parece um tanto arrastado parece ser proposital para mostrar a realidade da vida e como alguns momentos podem passar devagar quando queremos estar em outro lugar com outra pessoa.
O relacionamento de Elio com sua família também é muito bem colocado na história e nos presenteia com o melhor diálogo do filme, que traz a grande mensagem dele: viver cada momento da vida intensamente e plenamente, não apenas os bons, mas também a dor e o sofrimento, sem arrependimentos e hesitações, sem sufocar nada, para que assim isso não nos sufoque no futuro. Acompanhar a jornada de Elio nesse intenso e inesperado amor de verão é uma experiência incrível que nos faz não apenas torcer por ele, mas sentir com ele. Uma belíssima obra-prima!
O Leitor
4.1 1,8K Assista AgoraUm filme magnífico, não só pela atuação espetacular de Kate Winslet, mas pela beleza e sensibilidade que cada cena traz. Começa simples, num relacionamento meio inesperado mas intenso e que vai mostrando aos poucos quem são aqueles personagens e qual a importância de cada um na vida do outro. O filme fica ainda mais interessante a partir do julgamento, onde a relação que eles tinham é confrontada com o passado da personagem. Num adicional ainda somos levados a refletir sobre a mentalidade por trás da segunda guerra e as consequências dela. O final é incrível, brutal e muito comovente! Vale muito ver essa obra de arte cinematográfica!
Manchester à Beira-Mar
3.8 1,4K Assista AgoraEsse filme foi bem confuso pra mim. Quando eu terminei de assistir fiquei mto decepcionado, com raiva até. Pq eu passei o filme todo esperando que o personagem principal explodisse em algum momento, pq não era possível ele continuar reagindo a tudo do msm jeito, msm ele sendo confrontado tantas vezes pelo passado, pelas pessoas. Não conseguia parar de pensar no filme dps e entendi que na verdade o personagem tinha morrido naquele acidente, a partir dali ele não vivia mais, só sobrevivia.
O relacionamento dele com o sobrinho acho bem incrível, pq ele reagiu a morte do pai de um modo totalmente diferente sabe. Ele não sabia acolher a dor do luto e ai ele luta pra se esconder em coisas normais, como namoradas e bebidas. E de um modo bem estranho vão os dois totalmente quebrados um se apoiando no outro. O sobrinho é uma faísca pra ele voltar a viver, a sentir. As confrontações são a melhor parte do filme, tanto as de Lee com o sobrinho, como com a ex mulher (uma das melhores cenas pra mim, ela confrontando ele no meio da rua).
No fim das contas, o filme foi mto bom em passar as emoções, a profundidade da dor, da tristeza e dos relacionamentos. Pq a vontade que eu tinha o filme todo de que ele explodisse e recomeçasse a vida era pq eu me importava com o personagem, pq sentia a dor dele, pq queria que ele superasse. Fora que o filme é lindo, fotografia, trilha sonora, tudo vai construindo um ambiente sereno, tranquilo, mas que esconde tristeza e dor.
A minha decepção e raiva deram lugar a admiração e encantamento pela grandiosidade desse filme!
Os Intocáveis
4.2 841 Assista AgoraA premissa de abordar uma época tão conturbada dos EUA, com um dos maiores contrabandistas da história, é bastante interessante. Mas o filme peca por superficialidade, as personalidades dos personagens são completamente mal abordadas. O ritmo do filme é lento, a trilha sonora é mal encaixa e não contribui para construir os momentos, as atuações não se destacam, os acontecimentos são extremamente simplistas
Na Natureza Selvagem
4.3 4,5K Assista AgoraUm filme muitíssimo bem produzido. A fotografia espetacular e a trilha sonora são o ponto alto dele, e Emile Hirsch encarna perfeitamente o protagonista, mas a história em si é um pouco superestimada. O drama tem um ritmo lento e a busca de Chris por libertação é romantizada ao extremo, estabelecendo a obsessão do personagem como algo certo e bonito, enquanto minimiza o egoísmo dele enquanto entrava e saia da vida das pessoas sem se importar verdadeiramente com elas. Por sinal, os personagens secundários são extremamente carismáticos e contribuem imensamente pra evolução da história, mas não plenamente aprofundados. Tudo isso tira um pouco do brilho do filme, porém não é o bastante para torna-lo ruim ou chato, já que o grande objetivo não é apenas a vida do protagonista, mas sim causar uma reflexão sobre a vida e como nós a encaramos.
Batman: O Cavaleiro das Trevas Ressurge
4.2 6,4K Assista AgoraO filme faz jus a trilogia, que pra mim é melhor trilogia de super-herói já feita. No entanto seria quase impossível superar The Dark Knight, ainda que o arco de Bane seja um dos melhores de Batman, e o filme passa a impressão de ser mais fraco. A reviravolta com a história de Talia ainda que surpreendente tirou um pouco do brilho do grande vilão que Bane é, o que mais chegou perto de matar o Batman. Acho que a Talia podia ter entrado sim no filme mas em outra situação, não como a mandante de tudo. Tirando isso o filme é muito bem produzido, com excelentes cenas de ação, um bom roteiro, ótimas atuações, Christopher Nolan mandando ver na direção e Christian Bale comprovando ser o melhor Batman que já passou pelo cinema!
Meia-Noite em Paris
4.0 3,8K Assista AgoraEntediante! Se eu tivesse que descrever o filme em uma palavra seria essa. O primeiro pensamento que tive sobre o filme ao ver Owen Wilson no papel principal foi: "Isso não vai dar certo" e de fato não deu. Mas vamos com calma pq qualquer pessoa que conheça a genialidade de Woody Allen e saiba sua importância para o cinema pensa muitas vezes antes de fazer uma crítica. O filmes tem alguns pontos positivos como a excelente direção de arte pq vamos combinar uma coisa tudo que Woody Allen faz independente de bom ou ruim é sempre bem feito. No entanto eu vejo "O Artista" e "Cavalo de Guerra" como os favoritos nessa categoria. Outra coisa esplêndida no filme é a fotografia, apesar de não ter sido lembrado na categoria, pq embora eu não ache Paris essa maravilha toda, é uma bela cidade (principalmente para quem gosta de arte) e Woody soube usar muito bem isso. A ideia central do roteiro do filme é brilhante coisa de gênio mesmo, esse saudosismo, essa nostalgia não há cidade melhor para isso do que Paris há? Essa mistura entre diferentes épocas tão importantes para artes é linda. Além disso Kathy Bates no elenco é sempre um ponto positivo para qualquer filme.
Só que aí as coisas começam a sair do caminho certo, é claro que na minha opinião. Uma sequência de má escolhas faz desse filme que tinha tudo para ser fantástico uma grande decepção. A começar pelo rumo que ele dá ao filme numa mistura louca de drama, comédia e romance que no final das contas não é nenhum dos três. O elenco estaria bastante agradável com boas atuações de Marion Cotillard, Corey Stoll, Kathy Bates e Lea Seydoux, ainda que apareça pouco, mas a escolha do casal principal foi o fim!
Rachel McAdams não contribui em nada com seu personagem e faz uma atuação medíocre já Owen Wilson não convence e só torna o seu personagem (Gil) ainda mais chato fazendo uma atuação patética. A mistura de tudo isso com uma trilha sonora francesa extremamente entendiante e repetitiva fez com que eu conseguisse dormir no meio do filme e sepultou de vez as chances dele como melhor filme. Na disputa pela estatueta de melhor diretor Allen está mais como coadjuvante da briga entre Scorsese e Hazanavicius. O único Oscar que o filme ainda tem chances é o de roteiro original pela genialidade da obra mas mesmo assim não apostaria todas as minhas fichas nele uma vez que "O Artista" vai ser um bom adversário.
No geral, o filme foi decepcionante e ficou aquém desse grande gênio do cinema, Woody Allen, e nem se compara às outras magníficas obras como o recente "Vicky Cristina Barcelona" ou o dramático "Match Point" ou a sua melhor obra para mim "Noivo Neurótico, Noiva Nervosa".
Histórias Cruzadas
4.4 3,8K Assista AgoraDefintivamente o melhor filme sobre racismo desde "Escritores da Liberdade". Uma história encantadora, cativante, emocionante adaptada magnificamente por Tate Taylor para este filme perfeito, simples, mas ainda assim perfeito. Sem grandes detalhes técnicos como trilha sonora, figurino, fotografia... o 1º filme de Tate Taylor como diretor e roteirista foca 100% na história. O ponto forte do filme são as atuações perfeitas de Octavia Spencer, que ao meu ver já ganhou como melhor atriz coadjuvante, e de Viola Davis, que consegue transmitir toda a emoção que o filme quer passar e deve "brigar" feio com Meryl Streep pelo Oscar de melhor atriz. Apesar de ter um roteiro muito bem montado e com uma sequência perfeita, o filme não concorre a melhor roteiro adaptado o que é uma pena. =/
Quanto a categoria de melhor filme acho que Histórias Cruzadas (The Help) dificilmente levará esse prêmio para casa, ainda que se isso ocorresse seria merecidíssimo. A indicação de Jessica Chanstain a melhor atriz coadjuvante foi um belo presente uma vez que ela atua perfeitamente no papel de Celia Foote e nos concede sua dose de emoção, mas ela provavelmente não terá chance contra sua colega de elenco, Octavia Spencer. Emma Stone também faz seu papel direitinho no filme.
Eu esperava um poquinho mais do final, sobre o que aconteceu com elas depois, mas na vida real nem sempre temos todas as resposta e só isso não bastaria para tirar o brilho do filme. Resumindo, um filme lindo marcado pela atuação das mulheres, sejam elas negras ou brancas, este filme com certeza é delas!
Cavalo de Guerra
4.0 1,9K"War Horse" um título simples, sem muito brilho que difere da realidade desse magnífico drama épico de Steven Spielberg. Quem vê a primeira vista e até mesmo no início do filme acredita se tratar de mais um filme sobre animais mas descobre uma história belíssima que mostra a ligação fraternal e de companheirismo entre um garoto e um cavalo. A maneira como a história se desenrola e como tudo vai sendo conduzido ao reencontro de Joey com seu amado dono é esplêndido e para mim é o que transforma esse filme de "mais um" a um "indicado ao Oscar" e com merecimento.
Steven Spielberg dirigi com perfeição o filme lapidando esse diamante bruto até que todo seu brilho pudesse ser mostrado o que me faz pensar que a Academia cometeu uma injustição ao não indicá-lo. Um bom elenco sem grandes atores mas com uma ótima interpretação. Uma boa fotografia e trilha sonora. Os prêmios de mixagem de som e edição de som tem tudo para ser faturado por ele e apesar de muitos acharem que não o filme é uma ótima indicação a melhor filme e pode surpreender muita gente como "Guerra ao Terror" ao derrubar o favoritíssimo "Avatar". A quebra de sequência do filme, no entanto, prejudica um pouco tornando-o um tanto cansativo. Fora isso o filme é show e junto com "Os decendentes" são os meus favoritos ao oscar de melhor filme.
A Invenção de Hugo Cabret
4.0 3,6K Assista AgoraUma aventura maravilhosa sobre a descoberta da vida e o mundo dos sonhos proporcionada por ninguém menos que o mestre Martin Scorsese. O modo como o mistério se resolve e como o real e o lúdico se misturam na história é impressionante. No entanto o filme me desapontou um pouco, com 11 indicações ao Oscar e, principalmente, direção de Martin Scorsese, eu esperava muito mais do filme.
A história parece se desenvolver num ritmo muito lento e nos deixa meio aéreo sobre o que trata o filme. Além disso a ausência de grandes atuações desaponta, uma vez que o ator principal Asa Butterfield (Hugo) fez uma das melhores atuações infantis que eu já vi em "O menino do pijama listrado" e nesse, entretanto, deixou a desejar.
Mas fora isso o filme é mais uma obra-prima de Martin Scorsese, uma ótima direção de arte, boa trilha sonora, um excelente roteiro. O que deve fazer com que, apesar de todos os poréns, o filme leve muitas estatuetas para casa embora seja pouco provável a de melhor filme.
Um filme muito emocionante que nos dá uma grande lição de vida: "Uma pessoa que perde seu propósito é como se estivesse quebrada", por isso apesar de não ser um dos meus favoritos eu super recomendo.
Os Descendentes
3.5 1,3K Assista AgoraÓtimo filme. Um drama suave e tocante embalado pelas músicas, pelo clima e pelas paisagens do Hawaii com uma história muito bem estruturada que consegue passa uma lição de moral p/ as pessoas sobre a vida em geral. Um elenco não muito conhecido mas cheio de ótimas atuações, em especial de George Clooney que dá um show de atuação nesse filme como eu naum vi em nenhum outro. Shailene Woodley também rouba a cena como Alexandra.
Ao meu ver o filme não é um forte indicado ao Oscar devido a sua simplicidade, mas a magnífica atuação de George Clooney deve deixar a briga pelo Oscar de melhor ator bastante acirrada e por todo caminho que ele percorreu até aqui desde sua época de E.R. eu ficaria muito feliz se ganhasse seu primeiro Oscar porque definitivamente ele mereceu. Um forte candidato também a melhor roteiro adaptado, o qual ele faturar na briga com "A invenção de Hugo Cabret".
O Artista
4.2 2,1K Assista AgoraDefinitivamente o filme mais ousado do ano! Numa época em que a tecnologia 3D e os efeitos especiais cada vez mais inovadores dominam o mundo cinematográfico, fazer um filme em preto-e-branco e mudo é algo, no mínimo, arriscado. E é aí que entra o talento e a visão brilhante do diretor, Michel Hazanavicius. Ele soube coordenar o filme com maestria e perfeição a ponto de transformar "The Artist" num clássico atual.
O filme começa um tanto morno, embora a atuação de Jean Dujardin seja impecável do início ao fim. A primeira parte do filme procura familiarizar o público com o mundo do cinema mudo. Feito isso somos apresentados a verdadeira história do filme, o drama de George Valentin (Dujardin), um ator do cinema mudo, com a chegada do cinema falado e a história de Peppy Miller (Berenice Bejo), uma estrela em ascensão dessa nova forma de se fazer filmes, por quem ele vai se apaixonando.
Um filme muito bem executado, desde o figurino e trilha sonora até a direção de arte. Vale ressaltar que os atores de filmes mudos tem um trabalho muito mais díficil em se tratando de interpretação uma vez que são unicamente seus gestos que vão possibilitar a interpretação do público. Resumindo, é um filme que merece cada uma de suas indicações e premiações. O grande problema é que ele peca na simplicidade, o que ao meu ver é a maior ousadia de Hazanavicius, sem grandes dramas e sem cenas que nos façam cair na gargalhada, o filme dificilmente vai cair na graça da maioria do público, acostumado com filmes eletrizantes e que nos tirem lágrimas.
No entanto só isso não basta para tirar o brilho do filme. Uma trilha sonora simples mas bastante encaixada com o filme, um figurino perfeito, roteiro muito original e um diretor/roteirista talentosíssimo, mas a cereja do bolo mesmo é a atuação de Jean Dujardin e Berenice Bejo. Um cult extremamente bem elaborado que, ao meu ver, naum só faz uma homenagem a história do cinemas mas deixa bem claro que o cinema mudo não está morto e vai lutar por seu lugar ao sol!