Um filme-panfleto. A intenção é claramente atrair novos fãs pra banda e pro movimento musical de Brasília, porque o filme se resume em músicas, personagens caricatos e relações superficiais. Para quem não conhece, talvez desperte curiosidade. Para um fã como eu, totalmente decepcionante.
Renato Russo foi um cara complexo, profundamente deprimido e desorientado. Era um católico homossexual, alcoólatra, usuário de drogas e, além de tudo, um gênio. Tentou cometer suicídio quando novo, cortou os pulsos, por isso, mais tarde, teve de encontrar um baixista para banda que o substituísse.
O filme o reduz a um cara alegrinho e exibicionista, quando seu comportamento muito provavelmente era fruto de uma depressão maníaca. Também ignora um período essencial na vida do músico: quando ele ficou, por conta de uma grave e raríssima doença nas pernas, por meses numa cama sem poder se mexer, sentindo fortes dores. Nesse período leu bastante, aprendeu música, compôs, inventou um personagem para si. Enfim, converteu-se em gênio. Cadê esse momento indispensável?
Como eu disse, filme-panfleto. A obra não é séria. Isso ai deve ter sido feito com supervisão ferrenha dos familiares do Renato, que quiseram de maneira patética reconduzir sua história e dar a ela traços mais sutis.
Querem assistir a algo mais fidedigno sobre o músico? Procurem o "Por toda minha vida", que é excelente. Deve ter no You Tube.
Engraçado como os movimentos de extrema-esquerda sempre foram estéticos. Os movimentos extremistas, qualquer deles, são movidos pelo ódio. Entretanto, para além do ódio, percebe-se o quão vaidosos eram os membros daquele grupo, com suas jaquetas, óculos escuros, seu culto ao corpo, à rebeldia, às drogas. Até a forma como eles fumavam era puro charme. A meu ver, todas as ideias de "justiça" e "igualdade" perpetradas pelo grupo foram apenas uma maneira de colarem em si a imagem de defensores de ideais superiores. Tem mais a ver com egocentrismo do que com a defesa dos oprimidos. Muitos dos que compartilham desse caráter pouco se importam com os mendicantes que vivem em suas esquinas, embora pensem em revolucionar o mundo. Quanta prepotência. Se fossem seres bondosos, não agiriam com tanta violência contra indivíduos inocentes. O fato da Alemanha ter sido nazista não é desculpa, já que os principais líderes foram julgados e executados pelo tribunal de exceção de Nuremberg. Os que estavam ali no comando do país, embora também estivessem no nazismo, eram meros burocratas sem poder decisório. Meros executores de ordens, sob pena de, em tempos de guerra, serem eles os executados caso fossem insubordinados. É como culpar os funcionários públicos e todos os militares do período da ditadura militar pelo regime em si. Boa parte se opunha ao nazismo, embora nada pudesse fazer para evitá-lo. Não à toa todo o ocidente teve de se mobilizar para que Hitler fosse impedido. Alguns dos ex-membros do governo nazista nada poderiam fazer para pará-los sozinhos. Enfim, um ótimo filme que mostra as atrocidades de psicopatas egocêntricos motivados por ideais de mundo distorcidos, além de muito ódio. Comemorei a morte de cada terrorista. Sim, comemorei a morte de assassinos, me julguem. Dejetos pós-modernos que trocam a vida humana por ideais de mundo que suas mentes limitadas produzem. Qual a diferença entre esses caras e aqueles americanos loucos que invadem lojas, igrejas e escolas atirando pra todos os lados? Nenhuma. São subproduto da nossa cultura, aberrações. São frutos da própria mentalidade fascista.
O que eu mais gostei neste filme é o fato dele ser narrado por um personagem. Eu senti uma certa nostalgia perfeita para um filme do tipo "fim do mundo". É uma outra perspectiva para o gênero que não fora abordada até este filme. Neste gênero, os personagens costumam apenas tentar sobreviver, ou estão brigando entre si, ou estão desesperados por algum outro motivo, como escassez de recursos. Este é o primeiro filme que mostra uma reflexão pós-apocalíptica, e não o drama, o desespero, a incredulidade. Há um certo existencialismo na história. É como se tudo aquilo fosse comum, mas sem deixar de lado as perdas, as lembranças de quando tudo era normal, o lado humano que se apaixona e brinca. Enfim, mostra o ser humano como ele é de verdade, um ser com essência independente de onde viva, mas que tenta se adaptar ao máximo às condições, por mais adversas que sejam, nem que pra isso tenha de estourar uns miolos de alguns zumbis. Adoro Zumbilândia, já vi três vezes, e provavelmente verei outras no futuro.
Goste a esquerda ou não, graças a essa mulher a Inglaterra veio a ser uma economia moderna e dinamizada. Se seguisse o sindicalismo dos anos 70, seria, hoje, um país decadente como a Grécia com seu Estado pensionista quebrado. Uma grande mulher que pôs muitos homens de seu tempo no chinelo. Fez o que era preciso fazer, e como toda pessoa que vai contra um pensamento errado de seu tempo, foi perseguida (e ainda é, basta ler os comentários). Aturo muito filme moderninho e esquerdista, questionando meus próprios valores, pra ter que ler besteira de estudante da USP. Apreciem a obra e a julguem como tal. Ninguém é obrigado a exibir apenas a sua ideologia. bjs pra esquerda estatista.
Vocês não deveriam odiar nenhum dos protagonistas, mas sim o diretor que criou um clima de filme romântico típico e sacaneou todo o mundo no final. Não foi somente o Tom quem criou expectativas, todos vocês criaram porque o enredo nos leva a isso, ao cadenciar a história pela visão de um jovem romântico e apaixonado. A Summer não iludiu e nem decepcionou ninguém, o filme que propositalmente ocultou o ponto de vista dela, afinal eram lembranças dele, e quem conta a história sempre tem razão, sempre é injustiçado, sempre foi passado pra trás... enfim, muito bom filme.
O filme é bom. Sim, ele é bem pretensioso, mas mais pretensioso ainda é classificar toda uma obra apenas dessa maneira. Há pretensão, mas há também um enredo complexo, atuações, direção, fotografia, entre outros aspectos relevantes. O que me incomodou nesse filme, na realidade, foi o fato de eu sentir que estava assistindo a uma continuação. Parece que eu perdi parte da história. A namorada dele morre logo no início, voltam dois dias, ele recebe um bilhete, ela pede ajuda, o protagonista tentando encontrá-la e dali ele vai a uma festa e as coisas vão acontecendo de uma forma insana e alucinante... wtf? sei lá, me questionei se estava assistindo ao sétimo episódio de uma série. Alguém teve essa sensação incômoda de não estar familiarizado com os personagens devido ao ritmo do filme? Não houve aquele rito de apresentar os personagens. Nem o protagonista eu conhecia, desse modo seria pedir demais um pouco da história do amigo, do relacionamento dele com a ex, entre outros detalhes que enriqueceriam o enredo e que ficaram faltando. O problema é que seriam pelo menos 180 minutos de filme, porque é muita coisa. Em uma série, seria fenomenal. Do modo como foi apresentado, sem chances. Muita informação pra pouca metragem, chega a confundir nossas mentes. Teve um momento que precisei parar pra entender o que acontecia, porque o filme metralhou informações em cima de informações. Boa ideia, plataforma errada, na minha opinião. Vi um corte, um trecho, de algo muito maior. Gostaria de conhecer esse "algo" em vez apenas do trecho.
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Somos Tão Jovens
3.3 2,0KUm filme-panfleto. A intenção é claramente atrair novos fãs pra banda e pro movimento musical de Brasília, porque o filme se resume em músicas, personagens caricatos e relações superficiais. Para quem não conhece, talvez desperte curiosidade. Para um fã como eu, totalmente decepcionante.
Renato Russo foi um cara complexo, profundamente deprimido e desorientado. Era um católico homossexual, alcoólatra, usuário de drogas e, além de tudo, um gênio.
Tentou cometer suicídio quando novo, cortou os pulsos, por isso, mais tarde, teve de encontrar um baixista para banda que o substituísse.
O filme o reduz a um cara alegrinho e exibicionista, quando seu comportamento muito provavelmente era fruto de uma depressão maníaca.
Também ignora um período essencial na vida do músico: quando ele ficou, por conta de uma grave e raríssima doença nas pernas, por meses numa cama sem poder se mexer, sentindo fortes dores. Nesse período leu bastante, aprendeu música, compôs, inventou um personagem para si. Enfim, converteu-se em gênio. Cadê esse momento indispensável?
Como eu disse, filme-panfleto. A obra não é séria. Isso ai deve ter sido feito com supervisão ferrenha dos familiares do Renato, que quiseram de maneira patética reconduzir sua história e dar a ela traços mais sutis.
Querem assistir a algo mais fidedigno sobre o músico? Procurem o "Por toda minha vida", que é excelente. Deve ter no You Tube.
O Grupo Baader Meinhof
4.0 174Engraçado como os movimentos de extrema-esquerda sempre foram estéticos. Os movimentos extremistas, qualquer deles, são movidos pelo ódio. Entretanto, para além do ódio, percebe-se o quão vaidosos eram os membros daquele grupo, com suas jaquetas, óculos escuros, seu culto ao corpo, à rebeldia, às drogas. Até a forma como eles fumavam era puro charme. A meu ver, todas as ideias de "justiça" e "igualdade" perpetradas pelo grupo foram apenas uma maneira de colarem em si a imagem de defensores de ideais superiores. Tem mais a ver com egocentrismo do que com a defesa dos oprimidos. Muitos dos que compartilham desse caráter pouco se importam com os mendicantes que vivem em suas esquinas, embora pensem em revolucionar o mundo. Quanta prepotência. Se fossem seres bondosos, não agiriam com tanta violência contra indivíduos inocentes. O fato da Alemanha ter sido nazista não é desculpa, já que os principais líderes foram julgados e executados pelo tribunal de exceção de Nuremberg. Os que estavam ali no comando do país, embora também estivessem no nazismo, eram meros burocratas sem poder decisório. Meros executores de ordens, sob pena de, em tempos de guerra, serem eles os executados caso fossem insubordinados. É como culpar os funcionários públicos e todos os militares do período da ditadura militar pelo regime em si. Boa parte se opunha ao nazismo, embora nada pudesse fazer para evitá-lo. Não à toa todo o ocidente teve de se mobilizar para que Hitler fosse impedido. Alguns dos ex-membros do governo nazista nada poderiam fazer para pará-los sozinhos.
Enfim, um ótimo filme que mostra as atrocidades de psicopatas egocêntricos motivados por ideais de mundo distorcidos, além de muito ódio. Comemorei a morte de cada terrorista. Sim, comemorei a morte de assassinos, me julguem.
Dejetos pós-modernos que trocam a vida humana por ideais de mundo que suas mentes limitadas produzem. Qual a diferença entre esses caras e aqueles americanos loucos que invadem lojas, igrejas e escolas atirando pra todos os lados? Nenhuma. São subproduto da nossa cultura, aberrações. São frutos da própria mentalidade fascista.
Zumbilândia
3.7 2,5K Assista AgoraO que eu mais gostei neste filme é o fato dele ser narrado por um personagem. Eu senti uma certa nostalgia perfeita para um filme do tipo "fim do mundo". É uma outra perspectiva para o gênero que não fora abordada até este filme. Neste gênero, os personagens costumam apenas tentar sobreviver, ou estão brigando entre si, ou estão desesperados por algum outro motivo, como escassez de recursos. Este é o primeiro filme que mostra uma reflexão pós-apocalíptica, e não o drama, o desespero, a incredulidade. Há um certo existencialismo na história. É como se tudo aquilo fosse comum, mas sem deixar de lado as perdas, as lembranças de quando tudo era normal, o lado humano que se apaixona e brinca. Enfim, mostra o ser humano como ele é de verdade, um ser com essência independente de onde viva, mas que tenta se adaptar ao máximo às condições, por mais adversas que sejam, nem que pra isso tenha de estourar uns miolos de alguns zumbis. Adoro Zumbilândia, já vi três vezes, e provavelmente verei outras no futuro.
A Dama de Ferro
3.6 1,7KGoste a esquerda ou não, graças a essa mulher a Inglaterra veio a ser uma economia moderna e dinamizada. Se seguisse o sindicalismo dos anos 70, seria, hoje, um país decadente como a Grécia com seu Estado pensionista quebrado. Uma grande mulher que pôs muitos homens de seu tempo no chinelo. Fez o que era preciso fazer, e como toda pessoa que vai contra um pensamento errado de seu tempo, foi perseguida (e ainda é, basta ler os comentários). Aturo muito filme moderninho e esquerdista, questionando meus próprios valores, pra ter que ler besteira de estudante da USP. Apreciem a obra e a julguem como tal. Ninguém é obrigado a exibir apenas a sua ideologia. bjs pra esquerda estatista.
(500) Dias com Ela
4.0 5,7K Assista AgoraVocês não deveriam odiar nenhum dos protagonistas, mas sim o diretor que criou um clima de filme romântico típico e sacaneou todo o mundo no final. Não foi somente o Tom quem criou expectativas, todos vocês criaram porque o enredo nos leva a isso, ao cadenciar a história pela visão de um jovem romântico e apaixonado. A Summer não iludiu e nem decepcionou ninguém, o filme que propositalmente ocultou o ponto de vista dela, afinal eram lembranças dele, e quem conta a história sempre tem razão, sempre é injustiçado, sempre foi passado pra trás... enfim, muito bom filme.
A Ponta de um Crime
3.5 132 Assista AgoraO filme é bom. Sim, ele é bem pretensioso, mas mais pretensioso ainda é classificar toda uma obra apenas dessa maneira. Há pretensão, mas há também um enredo complexo, atuações, direção, fotografia, entre outros aspectos relevantes. O que me incomodou nesse filme, na realidade, foi o fato de eu sentir que estava assistindo a uma continuação. Parece que eu perdi parte da história. A namorada dele morre logo no início, voltam dois dias, ele recebe um bilhete, ela pede ajuda, o protagonista tentando encontrá-la e dali ele vai a uma festa e as coisas vão acontecendo de uma forma insana e alucinante... wtf? sei lá, me questionei se estava assistindo ao sétimo episódio de uma série. Alguém teve essa sensação incômoda de não estar familiarizado com os personagens devido ao ritmo do filme? Não houve aquele rito de apresentar os personagens. Nem o protagonista eu conhecia, desse modo seria pedir demais um pouco da história do amigo, do relacionamento dele com a ex, entre outros detalhes que enriqueceriam o enredo e que ficaram faltando. O problema é que seriam pelo menos 180 minutos de filme, porque é muita coisa. Em uma série, seria fenomenal. Do modo como foi apresentado, sem chances. Muita informação pra pouca metragem, chega a confundir nossas mentes. Teve um momento que precisei parar pra entender o que acontecia, porque o filme metralhou informações em cima de informações. Boa ideia, plataforma errada, na minha opinião. Vi um corte, um trecho, de algo muito maior. Gostaria de conhecer esse "algo" em vez apenas do trecho.