O que fazer com esse sentimento de revolta que a séria nos cria? A série se torna mais uma das ferramenta importantes para entendermos como o sistema carcerário americano (e também o brasileiro?) é mais um dos capítulos da sangrenta história colonial e escravocrata que (n)os persegue até hoje. Afinal, embora os EUA e o Brasil já não sejam mais colônias escravocratas, assim como tb já tiveram seus escravos "libertos", a série nos ajuda a flagrar como as prisões acabam por se tornar uma nova tecnologia da escravidão reciclada. Se tornam mais uma ação do racismo estrutural em forma modernizada. Afinal, tanto lá, quanto cá, nossa maioria de detentos sempre foi negra. Por quê? Seria uma resposta longa... (no doc 13ª Emenda podemos ter um boa referência pra isso, pra começar) mas, olhando pro nosso aqui e agora brasileiro, não é difícil localizarmos casos onde julgamentos se revelam completamente desiguais conforme o réu é branco, ou negro. Será que podemos, no fim, trazer este sentimento de revolta que a série nos traz para refletir sobre o nosso próprio racismo - seja ele declarado ou velado (afinal, difícil não ser racista nascendo no Brasil) - e tentar interromper esse tipo de comportamento?
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Olhos que Condenam
4.7 680 Assista AgoraO que fazer com esse sentimento de revolta que a séria nos cria?
A série se torna mais uma das ferramenta importantes para entendermos como o sistema carcerário americano (e também o brasileiro?) é mais um dos capítulos da sangrenta história colonial e escravocrata que (n)os persegue até hoje. Afinal, embora os EUA e o Brasil já não sejam mais colônias escravocratas, assim como tb já tiveram seus escravos "libertos", a série nos ajuda a flagrar como as prisões acabam por se tornar uma nova tecnologia da escravidão reciclada. Se tornam mais uma ação do racismo estrutural em forma modernizada.
Afinal, tanto lá, quanto cá, nossa maioria de detentos sempre foi negra. Por quê? Seria uma resposta longa... (no doc 13ª Emenda podemos ter um boa referência pra isso, pra começar) mas, olhando pro nosso aqui e agora brasileiro, não é difícil localizarmos casos onde julgamentos se revelam completamente desiguais conforme o réu é branco, ou negro.
Será que podemos, no fim, trazer este sentimento de revolta que a série nos traz para refletir sobre o nosso próprio racismo - seja ele declarado ou velado (afinal, difícil não ser racista nascendo no Brasil) - e tentar interromper esse tipo de comportamento?