Ana Terra

Ratos e Homens. Direção Gary Sinise. Filme baseado no livro homônimo de John Steinbeck, um clássico da literatura americana que nunca envelhece, que fez parte da minha juventude, John Steinbeck é um dos meus escritores preferido. Falando do filme, um show de interpretação dos atores John Malkovich como Lennie e Gary Sinise como George. John Malkovich que performance, ele rouba as cenas, filme muito bem dirigido. São personagens sombrios, tristes, solitários. Tem um personagem velhinho Candy, interpretado pelo ator Ray Walstok que dói até a alma quando ele fala que não tem ninguém para cuidar dele, a dor de ficar sem o cãozinho velhinho, essa cena é muito triste. Tanto o livro como o filme é uma história triste que fala da solidão, da amizade, da esquizofrenia que naquele tempo pouco era estudada, da depressão econômica nos Estados Unidos. É filme triste e emocionante.

Shrek Terceiro. Direção Chris Miller. Terceiro filme continua ótimo. Gostei de ver os personagens dos contos de fadas juntos no filme. Fantasia que faz bem até a alma do espectador, é prazeroso de assistir. Gostei das piadas. O filme não caiu de qualidade, ótima história, sem enrolação, aborda o amadurecimento dos personagens, hora de assumir responsabilidades. Obra de arte da animação para adultos e crianças. Divertido, lindo, relaxante de assistir.

De Repente Uma Família. Direção Sean Anders. É um filme emocionante que aborda um tema tão importante que é adoção e toda sua complexidade. Crianças carentes se adaptando a um novo lar. É muito complexo porque o novo lar tem novas regras, a criança se sente perdida, tem medo de amar os novos pais e ser abandonada novamente, sente revolta porque os pais de biológicos não cuidaram deles, o filme mostra essa realidade de como as crianças se comportam como os novos pais. O garotinho Juan (Gustavo Escobar ) era o caos em pessoa, a fragilidade ambulante, cai, se machucava, a criança frágil e sofrida, a menina Lita(Juliana Gamiz) chorava, gritava por qualquer coisa, queria chamar atenção, queria ser amada como toda criança, já Lizzy ( Isabela Merced) queria reconstruir a qualquer preço sua família biológica, adolescente complicada queria a mãe biológica tomasse conta dos filhos, tirando dela a responsabilidade de cuidar dos irmãos. O filme é emocionante, o espectador se sente no lugar do pai, da fragilidade das crianças. Emocionante, cativante.