Que filmão! Tem uma energia eletrizante e dá uma aula de montagem: toda a história é contada durante uma partida de tênis, em que os flashbacks vão explorando o passado dos personagens e suas complexas relações marcadas por amor, amizade, frustração e ciúmes.
O trio de atores principais tem uma dinâmica incrível, com Zendaya sendo o grande destaque aqui. Se a Warner fizer uma campanha direitinho, tem tudo para levá-la ao Oscar na primeira indicação da sua carreira.
Em vários momentos, "Rivais" me lembrou Trainspotting por ter alguns planos bem fechados no rosto dos personagens com uma trilha sonora de música eletrônica que lembra bastante a pegada do clássico de 1996 dirigido por Danny Boyle - e não é exagero dizer que os personagens dos dois filmes também têm suas semelhanças, cheios de podres, traições e rusgas do passado.
Mike Faist a todo momento me lembrava o Domnhall Gleeson, afinal, os dois são muito parecidos.
A sequência final é angustiante, você sente na pele a tensão entre os personagens, é como se você estivesse ali na quadra com os personagens.
Late Night With The Devil tem um mérito que ninguém pode negar: dar um frescor novo a dois subgêneros extremamente batidos no terror, o found footage e as histórias de possessão demoníaca.
Assistir ao filme é uma experiência divertida. Seu design de produção caprichado transporta o espectador direto para o talk show dos anos 1970, fazendo com o que o público se sinta como se realmente estivesse naquele estúdio, em uma situação na qual algo ruim e macabro está prestes a acontecer.
Mérito também aí para o trabalho de montagem, que conseguiu criar uma linha narrativa eficiente usando a gravação e imagens de bastidores do programa televisivo.
Só gostaria que os efeitos especiais fossem melhores, mas entendo que a abordagem por algo mais simples e visivelmente computadorizado tenha sido uma homenagem às produções da época, na qual obviamente não havia a tecnologia de hoje para contar as histórias de terror.
Valeria a pena também explorar um pouco mais a ambiguidade entre ceticismo e sobrenatural: isto é, aproveitar aquele especialista que desconfia de tudo e criar uma dúvida no público, que ficaria dividido entre acreditar que era mesmo uma possessão ou acusar a especialista e a garota de charlatanismo.
O final me deixou com algumas dúvidas, mas, pelo que entendi,
o apresentador fez um pacto para ter sucesso na carreira. Em troca, o demônio levou a sua esposa e a usou para atormentá-lo durante o seu próprio programa.
A expectativa foi grande pela repercussão positiva na mídia, mas acabou decepcionando um pouco.
Entendo que o objetivo não era se aprofundar nas causas da guerra, mas ficou tudo muito jogado. Seria bom saber mais sobre quem são os grupos que lutam no conflito, o que cada um defende e como essa loucura toda começou.
Se fizessem isso, eles teriam até conseguido tocar em pontos mais contundentes que teriam tudo a ver com a história, como ultranacionalismo, xenofobia e radicalização política (isso é mostrado de maneira muito superficial em uma cena super tensa com o ótimo Jesse Plemons, mas fica por aí mesmo).
Aliás, tem uma situação absurda no roteiro: logo no começo, a Lee, personagem da Kirsten Dunst, fala para a Jessie (Cailee Spaeny) sobre a importância de usar colete.
Qual a minha surpresa ao ver que eles passam 90% do filme sem colete? Isso acontece justamente na hora em que vão abordar os dois caras armados que renderam a Jessie e o outro jornalista.
Se o jornalista mais idoso estivesse de colete naquela hora, ele não teria morrido.
O final também super anticlimático e seco. O personagem do Wagner Moura,
que antes havia sofrido horrores com a perda do colega, literalmente CAGA para a morte da Lee, sua fiel colega de profissão. Entendo que a intenção seria mostrar que ele estava totalmente focado em conseguir uma declaração do presidente e nada mais importava, mas não ficou legal não... A situação não combina com o comportamento anterior do personagem
Eu nunca imaginei ver a Grazi Massafera em um filme tão tenso!
Esse é o terror da vida real, que não aparece na forma de demônios ou fantasmas, mas sim em uma relação familiar na qual você percebe que há algo de errado, algo oculto, não verbalizado.
"Uma Família Feliz" te joga em um labirinto de possibilidade. E eu realmente acreditei que o Vicente, personagem do Reynaldo Gianechhini, abusava das filhas, principalmente pelo hábito estranho de se trancar com elas no banheiro na hora do banho (elas já eram bem grandinhas para precisarem da supervisão de um adulto para isso).
Depois, eu comecei a cogitar que era o espírito da ex-mulher do Vicente que estava por trás (se fosse verdade, o filme abraçaria o sobrenatural de vez). Como foi grande a minha surpresa ao descobrir que era tudo obra de uma das meninas!
Excelente trabalho de fotografia e som, que vão criando uma atmosfera sufocante.
linchamento coletivo que a Eva, personagem da Grazi Massafera, sofreu por conta da acusação de agressão. Algo assim é meio irreal, exagerado, dificilmente aconteceria na vida real. Explico o motivo: bater nos filhos ainda é um assunto tabu no Brasil, com muita gente achando que é direito dos pais sim ou outros dizendo "se apanhou assim, é porque fez algo que mereceu". A questão ficaria mais no círculo familiar mesmo e dificilmente escalaria para uma revolta coletiva, como o filme mostra.
É inegável: grande parte do público está acostumada a filmes que trazem respostas e explicações para tudo e vão sentir falta disso em O Mundo Depois de Nós.
O motivo de não ter um enredo "redondinho" é porque acompanhamos tudo pelo ponto de vista dos personagens... Só sabemos o pouco que eles sabem.
O filme é extremamente feliz ao conseguir criar uma tensão que dura do começo ao fim. Muito disso se deve ao talento dos quatro atores principais, com destaque para o duas vezes vencedor do Oscar Mahershala Ali.
O Mundo Depois de Nós me lembrou vários filmes diferentes, como Nós (do Jordan Peele), Batem à Porta (só que muitooo melhor) e até mesmo Mãe. Em comum, pessoas levadas ao extremo em uma situação da qual não possuem controle.
E me lembrou também a pandemia de Covid-19. Isso mesmo, há ingredientes em comum: medo do desconhecido, isolamento, o desafio de confiar em outra pessoa (assim como muitos não confiavam em ficar próximo de pessoas que não se protegiam do vírus) e até as teorias conspiratórias (de que esse ou aquele país seria responsável pela tragédia).
Repare que até mesmo a garotinha encontra uma válvula de escape em uma série, Friends. Não muito diferente do que muitos de nós fizemos durante o período mais duro da pandemia: nos distraimos do horror diário com maratonas na Netflix.
Mostrar uma família em luto sendo atormentada por uma entidade sobrenatural não é uma novidade em filmes de terror.
Mesmo partindo de uma premissa nada original, Boogeyman faz o básico bem feito e consegue contar uma história com uma boa atmosfera de terror. Alguns momentos chegam até mesmo a mexer com o espectador no sentido de fazê-lo pensar o que vai acontecer a seguir
(exemplos: quando Sadie é usada como isca para atrair o monstro e a cena final, no consultório da terapeuta)
O maior destaque vai para a atriz principal, Sophie Thatcher, que mandou muito bem ao construir uma personagem de forma bastante natural e convincente. Em certas partes, é inevitável não se colocar no seu lugar e imaginar o inferno psicológico e pessoal que vive.
Animação estranha sobre um lagarto que entra em crise existencial ao descobrir que só tem mais um ano - e pior ainda, passou sua existência inteira preso.
Foi uma luta chegar até o final desse filme. O que mais incomoda é a tentativa de forçar um humor que, em momento algum, soa como natural. A impressão é que pegaram várias palavras, bateram no liquidificador e juntaram tudo para escrever o roteiro.
O visual também é bem simples: lembra uma animação do começo de 2008. Em um ano que teve Nimona, Aranhaverso, Elementos, Tartarugas Ninja, Leo acaba sendo um exemplar bem fraco.
(Não dava pra esperar muito de um filme que tem Adam Sandler como roteirista)
Colman Domingo arrasa muito no papel principal (acho até que pode abocanhar uma indicação ao Oscar), mas o filme mesmo carece de um roteiro melhor. A tal da marcha foi uma das coisas mais anticlimáticas e sem emoção que já vi - e olha que devia ser o ponto alto do filme.
Da Argentina, vem um terror no melhor estilo "Evil Dead". A história traz dois irmãos precisam lidar com uma série de possessões demoníacas na região em que vivem. Uma a uma, as pessoas vão tendo seus corpos tomados.
Se você gosta de terror com uma clima apocalíptico, "When Evil Lurks" vai te conquistar com um roteiro que consegue ser inventivo e original na medida certa. O filme dá a sensação de uma agonia sem fim, de um mal do qual é impossível não escapar, independentemente do que fazem os personagens.
Claro que alguns detalhes do enredo poderiam ser melhor retocados e explicados, mas, no geral, "When Evil Lurks" é um bom exemplar do gênero terror feito fora de Hollywood.
Não entendi a enxurrada de críticas negativas que saíram na imprensa e nas redes sociais... O filme é redondinho e entrega o que prometeu, dialogando bem com o seu público alvo, uma audiência infantojuvenil.
Claro que algumas coisas no roteiro poderiam ser melhores: gostaria de saber mais dos animatronics e do passado do lugar, por exemplo. O final também é apressado, sendo que alguns minutinhos a mais não fariam mal para o terceiro ato.
Legal que o filme tem uma comunidade bem grande de fãs por causa do sucesso do jogo. No cinema em que eu estava, tinha gente caracterizada e aplausos ao fim da sessão (coisa que eu não via há um tempinho, já que nem nos filmes da Marvel e da DC isso tem acontecido)
Um filme real e triste como a vida. Uma história de - quase - romance, em que os sentimentos ficam presos e resta aquela pergunta "e se?".
E se fosse diferente, se os seus caminhos não tivessem se separado, se o amor não tivesse apenas batido na porta e ido embora? Gostei do filme. Se for ver, vá sabendo que é bem diferente dos romances hollywoodianos convencionais.
"Retratos Fantasmas" vai pegar de jeito os cinéfilos de carteirinha, principalmente os que acompanham a carreira do Kleber Mendonça Filho (quem não conhece o diretor pode ter um pouco de dificuldade para se identificar com o filme, já que muitas cenas e curiosidades dos seus longas são inseridas sem uma explicação prévia do que se trata).
É uma carta de amor ao cinema e uma semiautobiografia do próprio Kleber Mendonça em que ele revisita os momentos da sua vida, carreira e compartilha memórias afetivas do Recife e dos cinemas de rua da capital pernambucana.
Há um trecho que me marcou. Ao falar de um dos cinemas de rua do Recife, o diretor explica que o local não tem um viés comercial (como essas grandes redes tipo Cinemark). Na verdade, "esse cinema molda caráter", como o próprio Kleber Mendonça diz.
Mas o que ele dizer com isso? É que filme não é apenas entretenimento. Filme é educação, é conhecimento, é reflexão, é entrar em contato com outras culturas, é vencer preconceitos, é ver os seus próprios sonhos e demônios refletidos na tela grande.
E os cinemas de rua cumprem um papel muito grande nisso ao dar espaço a filmes alternativos e independentes que, muitas vezes, não encontram espaço na programação dos cinemas de shoppings e até mesmo nos streamings (sim, Netflix, Star+ e HBO da vida ainda são super pasteurizados e limitados em seus catálogos).
Inclusive, "Retratos Fantasmas" não chegou às grandes redes do cinema e a explicação para isso está no próprio documentário. Lembram do trecho sobre o edifício onde ficavam escritórios de estúdios e distribuidoras no Recife? Nesse momento, é falado que as empresas brasileiras se sentiam estrangeiras nessa prédio dominado por norte-americanos. E assim é com o cinema nacional, sempre preterido em razão de um enlatado qualquer dos Estados Unidos, por mais que tenha uma produção muito ampla, rica e diversificada.
Para encerrar o documentário, uma cena divertidíssima, em que o Kleber Mendonça Filho explora toda a sua liberdade criativa e traz uma dose de realismo fantástico.
Com referências bem claras a Pânico e Eu Sei o Que Vocês Fizeram no Verão Passado, esse novo filme espanhol da Netflix mostra que é possível ser bom e divertido mesmo sendo clichê (aliás, abraça os clichês sem medo e os coloca como uma "brincadeira" na narrativa).
Tem tudo para conquistar quem curte um terrorzinho com serial killer gostoso de ver.
É um filme que toma várias liberdades criativas e abraça um lado mais fantasioso em certos momentos, com várias coisas que envelheceram mal (algumas cenas são toscas, se olharmos com os olhos de hoje).
Como alguém comentou abaixo, a trilha sonora é jogada de qualquer forma e não se encaixa com o clima da história. Em um momento no qual eles estão diante das tropas de Domingos Jorge Velho, por exemplo, toca uma música animada e descontraída, que não tem nada a ver com a seriedade e a tensão do momento.
O ponto alto é o elenco talentoso com vários atores negros (os atores que fazem Zumbi e Ganga Zumba arrasaram muito) e a questão da cultura e da religiosidade afro - é um filme que exalta as raízes africanas do Brasil.
Seria muito legal se fizessem um remake desse filme, com Lázaro Ramos como Zumbi. Como muitos atores do filme de 1984 ainda estão vivos, poderiam chamá-los para fazer participações especiais em uma nova versão.
Ainda falta o nosso cinema abordar o período da escravidão (nós não tivemos um "12 Anos de Escravidão" para chamar de nosso até hoje)
Sou muito fã de filmes que contam várias histórias diferentes e gostei de "Berlim, Eu Te Amo".
Há boas histórias ali, mas também umas bem fraquinhas. Teve um ponto que uma pessoa levantou aqui na seção de comentários do Filmow e eu concordo: é muita prepotência fazer um filme sobre Berlim sem ter atores alemães e com diálogos em inglês o tempo inteiro.
É como se fosse uma carta de amor para a cidade escrita apenas por turistas estrangeiros que estão ali só de passagem e imigrantes (acho ótimo ter imigrantes, mas faltaram os alemães).
Um filme de romance simples e bem bonitinho. Conta uma história de amor que já vimos inúmeras vezes, mas agora adaptada para uma nova geração e calcada na diversidade (algo que sempre faltou na versão clássica de "príncipe e princesa se conhecem e lutam para ficar juntos"). Me lembrou a série Heartstopper.
Disponível no Star+, "Um Eterno Primeiro Encontro" é a história de uma jovem que descobre que sua namorada fica voltando no tempo toda vez que algo no relacionamento delas dá errado.
Assisti e gostei. Claramente, é um filme de baixo orçamento e algumas coisas poderiam ser melhores, como a atuação da antagonista, mas o resultado é positivo.
Tem bastante representatividade negra, feminina, lésbica e caribenha. E pasmem: não tem HOMEM no elenco principal! Nem pra marido da personagem. Os que aparecem são tipo um garçom, um médico, ou seja, meros figurantes.
aquele tipo de filme ultrapatriótico. O presidente dos EUA parece mais o James Bond: luta com os terroristas, pilota um avião, arrisca sua própria vida pelos outros... igualzinho o Trump e o Biden na vida real rs.
Pode ser um bom entretenimento pra quem busca um filme de ação despretensioso e com o "charme" dos anos 90.
Teve uma coisa que não saiu da minha cabeça. O general do Cazaquistão estava em uma prisão velha e simples, como fica evidente. Se o objetivo principal era libertá-lo, não seria muito mais fácil os seus seguidores coordenarem um ataque à prisão para tirá-lo de lá do que sequestrar o presidente dos EUA
É como se Jordan Peele dirigisse um episódio para a série Black Mirror.
Este filme de suspense/ficção-científica da Netflix tem potencial para fisgar um bom público. Gostei bastante dos temas que ele levanta (especialmente a questão da eugenia) e também do figurino/direção de arte. O visual do longa lembra muito os anos 70, mas, se você reparar, há celulares e menções a blockchain e stories em alguns diálogos. É como se tivessem criado uma realidade paralela ali.
Obviamente, o roteiro não se preocupa em explicar detalhe por detalhe as regras desse universo
- como o motivo de terem substituído o Tyrone logo depois da sua morte e ele ter todas as memórias do que tinha acontecido nas últimas horas (aparentemente, não faziam isso com as outras pessoas do bairro porque senão o experimento já teria sido descoberto há muito tempo).
A história é bem tocante e verdadeira, sendo a realidade de inúmeras garotas que, como a Apple, enfrentam rejeição no momento em que mais precisavam de apoio.
Destaco uma cena em especial: o momento em que a protagonista fala que o pai (muito bem interpretado por Brendan Fraser) pode entrar para ver o bebê, mas que não quer falar com ele. É o tipo de coisa que claramente acontece no dia a dia de famílias com feridas abertas.
No entanto, apesar das suas qualidades, é nítido que, em termos de drama, o filme fica devendo bastante. Vanessa Hudgens se esforça, mas não consegue transmitir toda a emoção e carga dramática que o papel exige (tudo bem que o roteiro não ajuda, recriando diálogos bem rasos e fracos, como em um momento no qual ela discute com o pai na cozinha e sai correndo ou em TODAS as interações de Apple com o padre vivido por James Earl Jones).
É aquela história de querer surpreender indo pelo caminho mais óbvio: o culpado é quem investiga.
Muito boa toda a parte de fotografia, direção de arte e figurino, transportando o espectador diretamente para aquela época naquele cenário frio e desolador onde a morte está sempre à espreita.
A ideia é boa, mas a execução deixou a desejar. A história simplesmente não prende e os personagens tampouco despertam algum interesse ou simpatia do público (especialmente o vilão).
Se fosse para destacar o ponto alto, com certeza seria o final que
alterna entre o casal armado tentando entrar na conveniência e a mulher se escondendo do seu ex. Essa cena chega a dar uma aflição (ou seja, cumpriu a sua função).
Tinha achado a ideia tão interessante, mas o resultado deixou a desejar... Em mais de uma resposta, o papa é vago e genérico, resultando em uma conversa monótona sem ter muito o que acrescentar. Uma pena.
Rivais
4.0 68Que filmão! Tem uma energia eletrizante e dá uma aula de montagem: toda a história é contada durante uma partida de tênis, em que os flashbacks vão explorando o passado dos personagens e suas complexas relações marcadas por amor, amizade, frustração e ciúmes.
O trio de atores principais tem uma dinâmica incrível, com Zendaya sendo o grande destaque aqui. Se a Warner fizer uma campanha direitinho, tem tudo para levá-la ao Oscar na primeira indicação da sua carreira.
Em vários momentos, "Rivais" me lembrou Trainspotting por ter alguns planos bem fechados no rosto dos personagens com uma trilha sonora de música eletrônica que lembra bastante a pegada do clássico de 1996 dirigido por Danny Boyle - e não é exagero dizer que os personagens dos dois filmes também têm suas semelhanças, cheios de podres, traições e rusgas do passado.
Mike Faist a todo momento me lembrava o Domnhall Gleeson, afinal, os dois são muito parecidos.
A sequência final é angustiante, você sente na pele a tensão entre os personagens, é como se você estivesse ali na quadra com os personagens.
Tarde da Noite Com o Diabo
3.5 255Late Night With The Devil tem um mérito que ninguém pode negar: dar um frescor novo a dois subgêneros extremamente batidos no terror, o found footage e as histórias de possessão demoníaca.
Assistir ao filme é uma experiência divertida. Seu design de produção caprichado transporta o espectador direto para o talk show dos anos 1970, fazendo com o que o público se sinta como se realmente estivesse naquele estúdio, em uma situação na qual algo ruim e macabro está prestes a acontecer.
Mérito também aí para o trabalho de montagem, que conseguiu criar uma linha narrativa eficiente usando a gravação e imagens de bastidores do programa televisivo.
Só gostaria que os efeitos especiais fossem melhores, mas entendo que a abordagem por algo mais simples e visivelmente computadorizado tenha sido uma homenagem às produções da época, na qual obviamente não havia a tecnologia de hoje para contar as histórias de terror.
Valeria a pena também explorar um pouco mais a ambiguidade entre ceticismo e sobrenatural: isto é, aproveitar aquele especialista que desconfia de tudo e criar uma dúvida no público, que ficaria dividido entre acreditar que era mesmo uma possessão ou acusar a especialista e a garota de charlatanismo.
O final me deixou com algumas dúvidas, mas, pelo que entendi,
o apresentador fez um pacto para ter sucesso na carreira. Em troca, o demônio levou a sua esposa e a usou para atormentá-lo durante o seu próprio programa.
Guerra Civil
3.8 185A expectativa foi grande pela repercussão positiva na mídia, mas acabou decepcionando um pouco.
Entendo que o objetivo não era se aprofundar nas causas da guerra, mas ficou tudo muito jogado. Seria bom saber mais sobre quem são os grupos que lutam no conflito, o que cada um defende e como essa loucura toda começou.
Se fizessem isso, eles teriam até conseguido tocar em pontos mais contundentes que teriam tudo a ver com a história, como ultranacionalismo, xenofobia e radicalização política (isso é mostrado de maneira muito superficial em uma cena super tensa com o ótimo Jesse Plemons, mas fica por aí mesmo).
Aliás, tem uma situação absurda no roteiro: logo no começo, a Lee, personagem da Kirsten Dunst, fala para a Jessie (Cailee Spaeny) sobre a importância de usar colete.
Qual a minha surpresa ao ver que eles passam 90% do filme sem colete? Isso acontece justamente na hora em que vão abordar os dois caras armados que renderam a Jessie e o outro jornalista.
Se o jornalista mais idoso estivesse de colete naquela hora, ele não teria morrido.
O final também super anticlimático e seco. O personagem do Wagner Moura,
que antes havia sofrido horrores com a perda do colega, literalmente CAGA para a morte da Lee, sua fiel colega de profissão. Entendo que a intenção seria mostrar que ele estava totalmente focado em conseguir uma declaração do presidente e nada mais importava, mas não ficou legal não... A situação não combina com o comportamento anterior do personagem
Uma Família Feliz
3.5 20Eu nunca imaginei ver a Grazi Massafera em um filme tão tenso!
Esse é o terror da vida real, que não aparece na forma de demônios ou fantasmas, mas sim em uma relação familiar na qual você percebe que há algo de errado, algo oculto, não verbalizado.
"Uma Família Feliz" te joga em um labirinto de possibilidade. E eu realmente acreditei que o Vicente, personagem do Reynaldo Gianechhini, abusava das filhas, principalmente pelo hábito estranho de se trancar com elas no banheiro na hora do banho (elas já eram bem grandinhas para precisarem da supervisão de um adulto para isso).
Depois, eu comecei a cogitar que era o espírito da ex-mulher do Vicente que estava por trás (se fosse verdade, o filme abraçaria o sobrenatural de vez). Como foi grande a minha surpresa ao descobrir que era tudo obra de uma das meninas!
Excelente trabalho de fotografia e som, que vão criando uma atmosfera sufocante.
Da parte do roteiro, eu só não curti o
linchamento coletivo que a Eva, personagem da Grazi Massafera, sofreu por conta da acusação de agressão. Algo assim é meio irreal, exagerado, dificilmente aconteceria na vida real. Explico o motivo: bater nos filhos ainda é um assunto tabu no Brasil, com muita gente achando que é direito dos pais sim ou outros dizendo "se apanhou assim, é porque fez algo que mereceu". A questão ficaria mais no círculo familiar mesmo e dificilmente escalaria para uma revolta coletiva, como o filme mostra.
E o final tem um vibe meio A Profecia, filme de terror clássico lançado nos anos 1970.
O Mundo Depois de Nós
3.2 879 Assista AgoraÉ inegável: grande parte do público está acostumada a filmes que trazem respostas e explicações para tudo e vão sentir falta disso em O Mundo Depois de Nós.
O motivo de não ter um enredo "redondinho" é porque acompanhamos tudo pelo ponto de vista dos personagens... Só sabemos o pouco que eles sabem.
O filme é extremamente feliz ao conseguir criar uma tensão que dura do começo ao fim. Muito disso se deve ao talento dos quatro atores principais, com destaque para o duas vezes vencedor do Oscar Mahershala Ali.
O Mundo Depois de Nós me lembrou vários filmes diferentes, como Nós (do Jordan Peele), Batem à Porta (só que muitooo melhor) e até mesmo Mãe. Em comum, pessoas levadas ao extremo em uma situação da qual não possuem controle.
E me lembrou também a pandemia de Covid-19. Isso mesmo, há ingredientes em comum: medo do desconhecido, isolamento, o desafio de confiar em outra pessoa (assim como muitos não confiavam em ficar próximo de pessoas que não se protegiam do vírus) e até as teorias conspiratórias (de que esse ou aquele país seria responsável pela tragédia).
Repare que até mesmo a garotinha encontra uma válvula de escape em uma série, Friends. Não muito diferente do que muitos de nós fizemos durante o período mais duro da pandemia: nos distraimos do horror diário com maratonas na Netflix.
Boogeyman: Seu Medo é Real
2.8 223 Assista AgoraMostrar uma família em luto sendo atormentada por uma entidade sobrenatural não é uma novidade em filmes de terror.
Mesmo partindo de uma premissa nada original, Boogeyman faz o básico bem feito e consegue contar uma história com uma boa atmosfera de terror. Alguns momentos chegam até mesmo a mexer com o espectador no sentido de fazê-lo pensar o que vai acontecer a seguir
(exemplos: quando Sadie é usada como isca para atrair o monstro e a cena final, no consultório da terapeuta)
O maior destaque vai para a atriz principal, Sophie Thatcher, que mandou muito bem ao construir uma personagem de forma bastante natural e convincente. Em certas partes, é inevitável não se colocar no seu lugar e imaginar o inferno psicológico e pessoal que vive.
Leo
3.6 129 Assista AgoraAnimação estranha sobre um lagarto que entra em crise existencial ao descobrir que só tem mais um ano - e pior ainda, passou sua existência inteira preso.
Foi uma luta chegar até o final desse filme. O que mais incomoda é a tentativa de forçar um humor que, em momento algum, soa como natural. A impressão é que pegaram várias palavras, bateram no liquidificador e juntaram tudo para escrever o roteiro.
O visual também é bem simples: lembra uma animação do começo de 2008. Em um ano que teve Nimona, Aranhaverso, Elementos, Tartarugas Ninja, Leo acaba sendo um exemplar bem fraco.
(Não dava pra esperar muito de um filme que tem Adam Sandler como roteirista)
Rustin
3.3 80 Assista AgoraColman Domingo arrasa muito no papel principal (acho até que pode abocanhar uma indicação ao Oscar), mas o filme mesmo carece de um roteiro melhor. A tal da marcha foi uma das coisas mais anticlimáticas e sem emoção que já vi - e olha que devia ser o ponto alto do filme.
O Mal Que Nos Habita
3.6 525 Assista AgoraDa Argentina, vem um terror no melhor estilo "Evil Dead". A história traz dois irmãos precisam lidar com uma série de possessões demoníacas na região em que vivem. Uma a uma, as pessoas vão tendo seus corpos tomados.
Se você gosta de terror com uma clima apocalíptico, "When Evil Lurks" vai te conquistar com um roteiro que consegue ser inventivo e original na medida certa. O filme dá a sensação de uma agonia sem fim, de um mal do qual é impossível não escapar, independentemente do que fazem os personagens.
Claro que alguns detalhes do enredo poderiam ser melhor retocados e explicados, mas, no geral, "When Evil Lurks" é um bom exemplar do gênero terror feito fora de Hollywood.
Five Nights At Freddy's: O Pesadelo Sem Fim
2.5 278 Assista AgoraNão entendi a enxurrada de críticas negativas que saíram na imprensa e nas redes sociais... O filme é redondinho e entrega o que prometeu, dialogando bem com o seu público alvo, uma audiência infantojuvenil.
Claro que algumas coisas no roteiro poderiam ser melhores: gostaria de saber mais dos animatronics e do passado do lugar, por exemplo. O final também é apressado, sendo que alguns minutinhos a mais não fariam mal para o terceiro ato.
Legal que o filme tem uma comunidade bem grande de fãs por causa do sucesso do jogo. No cinema em que eu estava, tinha gente caracterizada e aplausos ao fim da sessão (coisa que eu não via há um tempinho, já que nem nos filmes da Marvel e da DC isso tem acontecido)
Vidas Passadas
4.2 720 Assista AgoraUm filme real e triste como a vida. Uma história de - quase - romance, em que os sentimentos ficam presos e resta aquela pergunta "e se?".
E se fosse diferente, se os seus caminhos não tivessem se separado, se o amor não tivesse apenas batido na porta e ido embora? Gostei do filme. Se for ver, vá sabendo que é bem diferente dos romances hollywoodianos convencionais.
Retratos Fantasmas
4.2 226 Assista Agora"Retratos Fantasmas" vai pegar de jeito os cinéfilos de carteirinha, principalmente os que acompanham a carreira do Kleber Mendonça Filho (quem não conhece o diretor pode ter um pouco de dificuldade para se identificar com o filme, já que muitas cenas e curiosidades dos seus longas são inseridas sem uma explicação prévia do que se trata).
É uma carta de amor ao cinema e uma semiautobiografia do próprio Kleber Mendonça em que ele revisita os momentos da sua vida, carreira e compartilha memórias afetivas do Recife e dos cinemas de rua da capital pernambucana.
Há um trecho que me marcou. Ao falar de um dos cinemas de rua do Recife, o diretor explica que o local não tem um viés comercial (como essas grandes redes tipo Cinemark). Na verdade, "esse cinema molda caráter", como o próprio Kleber Mendonça diz.
Mas o que ele dizer com isso? É que filme não é apenas entretenimento. Filme é educação, é conhecimento, é reflexão, é entrar em contato com outras culturas, é vencer preconceitos, é ver os seus próprios sonhos e demônios refletidos na tela grande.
E os cinemas de rua cumprem um papel muito grande nisso ao dar espaço a filmes alternativos e independentes que, muitas vezes, não encontram espaço na programação dos cinemas de shoppings e até mesmo nos streamings (sim, Netflix, Star+ e HBO da vida ainda são super pasteurizados e limitados em seus catálogos).
Inclusive, "Retratos Fantasmas" não chegou às grandes redes do cinema e a explicação para isso está no próprio documentário. Lembram do trecho sobre o edifício onde ficavam escritórios de estúdios e distribuidoras no Recife? Nesse momento, é falado que as empresas brasileiras se sentiam estrangeiras nessa prédio dominado por norte-americanos. E assim é com o cinema nacional, sempre preterido em razão de um enlatado qualquer dos Estados Unidos, por mais que tenha uma produção muito ampla, rica e diversificada.
Para encerrar o documentário, uma cena divertidíssima, em que o Kleber Mendonça Filho explora toda a sua liberdade criativa e traz uma dose de realismo fantástico.
As Tartarugas Ninja: Caos Mutante
3.7 130 Assista AgoraTartarugas Ninja foi um filme que não prometeu NADA e entregou TUDO!
Claramente, essa animação só existe por causa do sucesso de Homem-Aranha no Aranhaverso. E que bom que foi assim!
É um dos filmes mais divertidos do ano, com muitas referências a quadrinhos, filmes de super-herói e à cultura pop em geral.
Uma prova de que você não precisa de um roteiro super complexo para entregar uma boa história. É o clichê bem executado que diverte.
O Clube de Leitores Assassinos
2.3 99 Assista AgoraCom referências bem claras a Pânico e Eu Sei o Que Vocês Fizeram no Verão Passado, esse novo filme espanhol da Netflix mostra que é possível ser bom e divertido mesmo sendo clichê (aliás, abraça os clichês sem medo e os coloca como uma "brincadeira" na narrativa).
Tem tudo para conquistar quem curte um terrorzinho com serial killer gostoso de ver.
Quilombo
3.5 30É um filme que toma várias liberdades criativas e abraça um lado mais fantasioso em certos momentos, com várias coisas que envelheceram mal (algumas cenas são toscas, se olharmos com os olhos de hoje).
Como alguém comentou abaixo, a trilha sonora é jogada de qualquer forma e não se encaixa com o clima da história. Em um momento no qual eles estão diante das tropas de Domingos Jorge Velho, por exemplo, toca uma música animada e descontraída, que não tem nada a ver com a seriedade e a tensão do momento.
O ponto alto é o elenco talentoso com vários atores negros (os atores que fazem Zumbi e Ganga Zumba arrasaram muito) e a questão da cultura e da religiosidade afro - é um filme que exalta as raízes africanas do Brasil.
Seria muito legal se fizessem um remake desse filme, com Lázaro Ramos como Zumbi. Como muitos atores do filme de 1984 ainda estão vivos, poderiam chamá-los para fazer participações especiais em uma nova versão.
Ainda falta o nosso cinema abordar o período da escravidão (nós não tivemos um "12 Anos de Escravidão" para chamar de nosso até hoje)
Berlim, Eu Te Amo
2.8 34 Assista AgoraSou muito fã de filmes que contam várias histórias diferentes e gostei de "Berlim, Eu Te Amo".
Há boas histórias ali, mas também umas bem fraquinhas. Teve um ponto que uma pessoa levantou aqui na seção de comentários do Filmow e eu concordo: é muita prepotência fazer um filme sobre Berlim sem ter atores alemães e com diálogos em inglês o tempo inteiro.
É como se fosse uma carta de amor para a cidade escrita apenas por turistas estrangeiros que estão ali só de passagem e imigrantes (acho ótimo ter imigrantes, mas faltaram os alemães).
Vermelho, Branco e Sangue Azul
3.6 294 Assista AgoraUm filme de romance simples e bem bonitinho. Conta uma história de amor que já vimos inúmeras vezes, mas agora adaptada para uma nova geração e calcada na diversidade (algo que sempre faltou na versão clássica de "príncipe e princesa se conhecem e lutam para ficar juntos"). Me lembrou a série Heartstopper.
Jagged Mind
2.4 7 Assista AgoraDisponível no Star+, "Um Eterno Primeiro Encontro" é a história de uma jovem que descobre que sua namorada fica voltando no tempo toda vez que algo no relacionamento delas dá errado.
Assisti e gostei. Claramente, é um filme de baixo orçamento e algumas coisas poderiam ser melhores, como a atuação da antagonista, mas o resultado é positivo.
Tem bastante representatividade negra, feminina, lésbica e caribenha. E pasmem: não tem HOMEM no elenco principal! Nem pra marido da personagem. Os que aparecem são tipo um garçom, um médico, ou seja, meros figurantes.
Força Aérea Um
3.0 158 Assista Agoraaquele tipo de filme ultrapatriótico. O presidente dos EUA parece mais o James Bond: luta com os terroristas, pilota um avião, arrisca sua própria vida pelos outros... igualzinho o Trump e o Biden na vida real rs.
Pode ser um bom entretenimento pra quem busca um filme de ação despretensioso e com o "charme" dos anos 90.
Teve uma coisa que não saiu da minha cabeça. O general do Cazaquistão estava em uma prisão velha e simples, como fica evidente. Se o objetivo principal era libertá-lo, não seria muito mais fácil os seus seguidores coordenarem um ataque à prisão para tirá-lo de lá do que sequestrar o presidente dos EUA
Clonaram Tyrone!
3.4 81 Assista AgoraÉ como se Jordan Peele dirigisse um episódio para a série Black Mirror.
Este filme de suspense/ficção-científica da Netflix tem potencial para fisgar um bom público. Gostei bastante dos temas que ele levanta (especialmente a questão da eugenia) e também do figurino/direção de arte. O visual do longa lembra muito os anos 70, mas, se você reparar, há celulares e menções a blockchain e stories em alguns diálogos. É como se tivessem criado uma realidade paralela ali.
Obviamente, o roteiro não se preocupa em explicar detalhe por detalhe as regras desse universo
- como o motivo de terem substituído o Tyrone logo depois da sua morte e ele ter todas as memórias do que tinha acontecido nas últimas horas (aparentemente, não faziam isso com as outras pessoas do bairro porque senão o experimento já teria sido descoberto há muito tempo).
Em Busca de Um Lar
3.4 153 Assista AgoraA história é bem tocante e verdadeira, sendo a realidade de inúmeras garotas que, como a Apple, enfrentam rejeição no momento em que mais precisavam de apoio.
Destaco uma cena em especial: o momento em que a protagonista fala que o pai (muito bem interpretado por Brendan Fraser) pode entrar para ver o bebê, mas que não quer falar com ele. É o tipo de coisa que claramente acontece no dia a dia de famílias com feridas abertas.
No entanto, apesar das suas qualidades, é nítido que, em termos de drama, o filme fica devendo bastante. Vanessa Hudgens se esforça, mas não consegue transmitir toda a emoção e carga dramática que o papel exige (tudo bem que o roteiro não ajuda, recriando diálogos bem rasos e fracos, como em um momento no qual ela discute com o pai na cozinha e sai correndo ou em TODAS as interações de Apple com o padre vivido por James Earl Jones).
A cena final, por exemplo, dela decidindo ficar no abrigo com as outras mulheres teria sido mil vezes melhor se feita por outro atriz e outro roteiro.
O Pálido Olho Azul
3.3 272 Assista AgoraAssisti por causa do Christian Bale e encontrei um filme com bom desenvolvimento, mas que peca no final.
É aquela história de querer surpreender indo pelo caminho mais óbvio: o culpado é quem investiga.
Muito boa toda a parte de fotografia, direção de arte e figurino, transportando o espectador diretamente para aquela época naquele cenário frio e desolador onde a morte está sempre à espreita.
Me lembrou um outro filme de suspense: Ilha do Medo, com o Leonardo DiCaprio.
Olhar Alheio
2.9 20 Assista AgoraA ideia é boa, mas a execução deixou a desejar. A história simplesmente não prende e os personagens tampouco despertam algum interesse ou simpatia do público (especialmente o vilão).
Se fosse para destacar o ponto alto, com certeza seria o final que
alterna entre o casal armado tentando entrar na conveniência e a mulher se escondendo do seu ex. Essa cena chega a dar uma aflição (ou seja, cumpriu a sua função).
Amém: Perguntando ao Papa
3.3 5Tinha achado a ideia tão interessante, mas o resultado deixou a desejar... Em mais de uma resposta, o papa é vago e genérico, resultando em uma conversa monótona sem ter muito o que acrescentar. Uma pena.