Primeira participação de Tarkóvski na direção, "Os Assassinos" faz parte dos primeiros curtas que ele fez enquanto estudava na Universidade Soviética de Cinema VGIK e já mostra o quão promissor seria a carreira do mestre. A obra impressiona por te tido um custo de produção baixo e não ser um trabalho amador, com diálogos bem elaborados, direção concisa, edição eficiente e um clima de tensão que perpassa todos os 20 minutos de duração.
"O Grande Roubo do Trem" é a base tanto dos westerns quanto do cinema moderno, com suas tomadas em diversas locações, movimento de câmera e montagem paralela, inovações para a época. São 12 minutos que influenciaram muito o que veio em seguida. E a cena final é icônica!
"Industrial Symphony n. 1" deve ser degustado com paciência e sem presa. A parceria de sucesso entre Lynch e Angelo Badalamenti (bem conhecida em "Twin Peaks") começa aqui. A junção do onírico e surrealista de Lynch com as boas composições de Badalamenti dão um bom resultado final, mas que é cansativa ao longo de 50min. Das músicas, adoro "I Float Alone" e "Rockin' Back Inside My Heart", que são muito agradáveis.
"The Seafarers" é válido apenas como curiosidade e para fechar a filmografia do Kubrick, além de vermos o primeiro trabalho do diretor em cores (ele também é o responsável pela fotografia), antes mesmo de "Spartacus". Mas diferentemente dos curtas anteriores, esse aqui é enfadonho, extenso e tremendamente utópico, o que se explica em decorrência de ter sido encomendado pela própria S.I.U. E esse documentário ficou "perdido" por mais de 40 anos (como dá pra ver no pôster) e o próprio Kubrick renegava, já que o fez exclusivamente por interesse financeiro.
Assim como "Flying Padre", o objetivo de "Day of the Fight" é simples: fazer uma espécie de documentário, em forma de curta-metragem, mostrando a realidade de alguém - aqui, o boxeador Walter Cartier. Mas diferente do anterior, esse já possui algumas características que já fogem ao documentário e acentuam a sagacidade de direção do Kubrick, como a trilha sonora bem elaborada e as tomadas e enquadramentos da câmera que, nos aproximam mais do Walter e fazem termos empatia por ele.
A sequência final de luta em si, entre Walter Cartier e Bobby James, foi filmada ao vivo em 17 de abril de 1950 por Kubrick e Alexander Singer e o curta custou a U$3.900 para ser produzido e Kubrick vendeu (para a RKO) por U$4.000 (ainda deu pra sair lucrando).
Enfim, como curiosidade sobre o Kubrick, é bastante interessante.
"Flying Padre" vale mais pela curiosidade e observação da evolução do Kubrick. O objetivo é o mais simples possível: fazer um documentário em formato de curta-metragem mostrando a atuação de destaque de um padre. De destaque, só tenho a pontuar o tom um pouco satírico de algumas passagens, como quando o padre reata a amizade de duas crianças e o narrador comenta que o garoto só abraçaria a menina às vistas do padre. O que mais me surpreende, na verdade, é ver que como em pouco tempo (de 1951 a 1956) o Kubrick passaria de diretor de um trabalho sem tanta relevância (atual) como esse para diretor de "O Grande Golpe", que é um filme inovador e onde ele realmente mostra a que veio.
Os Assassinos
3.5 21 Assista AgoraPrimeira participação de Tarkóvski na direção, "Os Assassinos" faz parte dos primeiros curtas que ele fez enquanto estudava na Universidade Soviética de Cinema VGIK e já mostra o quão promissor seria a carreira do mestre. A obra impressiona por te tido um custo de produção baixo e não ser um trabalho amador, com diálogos bem elaborados, direção concisa, edição eficiente e um clima de tensão que perpassa todos os 20 minutos de duração.
O Grande Roubo do Trem
3.8 185"O Grande Roubo do Trem" é a base tanto dos westerns quanto do cinema moderno, com suas tomadas em diversas locações, movimento de câmera e montagem paralela, inovações para a época.
São 12 minutos que influenciaram muito o que veio em seguida. E a cena final é icônica!
Industrial Symphony No. 1: The Dream of the Brokenhearted
3.5 8"Industrial Symphony n. 1" deve ser degustado com paciência e sem presa. A parceria de sucesso entre Lynch e Angelo Badalamenti (bem conhecida em "Twin Peaks") começa aqui. A junção do onírico e surrealista de Lynch com as boas composições de Badalamenti dão um bom resultado final, mas que é cansativa ao longo de 50min.
Das músicas, adoro "I Float Alone" e "Rockin' Back Inside My Heart", que são muito agradáveis.
Os Marinheiros
2.4 20"The Seafarers" é válido apenas como curiosidade e para fechar a filmografia do Kubrick, além de vermos o primeiro trabalho do diretor em cores (ele também é o responsável pela fotografia), antes mesmo de "Spartacus". Mas diferentemente dos curtas anteriores, esse aqui é enfadonho, extenso e tremendamente utópico, o que se explica em decorrência de ter sido encomendado pela própria S.I.U. E esse documentário ficou "perdido" por mais de 40 anos (como dá pra ver no pôster) e o próprio Kubrick renegava, já que o fez exclusivamente por interesse financeiro.
O Dia da Luta
3.1 28Assim como "Flying Padre", o objetivo de "Day of the Fight" é simples: fazer uma espécie de documentário, em forma de curta-metragem, mostrando a realidade de alguém - aqui, o boxeador Walter Cartier. Mas diferente do anterior, esse já possui algumas características que já fogem ao documentário e acentuam a sagacidade de direção do Kubrick, como a trilha sonora bem elaborada e as tomadas e enquadramentos da câmera que, nos aproximam mais do Walter e fazem termos empatia por ele.
A sequência final de luta em si, entre Walter Cartier e Bobby James, foi filmada ao vivo em 17 de abril de 1950 por Kubrick e Alexander Singer e o curta custou a U$3.900 para ser produzido e Kubrick vendeu (para a RKO) por U$4.000 (ainda deu pra sair lucrando).
Enfim, como curiosidade sobre o Kubrick, é bastante interessante.
O Padre Voador
2.8 61"Flying Padre" vale mais pela curiosidade e observação da evolução do Kubrick. O objetivo é o mais simples possível: fazer um documentário em formato de curta-metragem mostrando a atuação de destaque de um padre. De destaque, só tenho a pontuar o tom um pouco satírico de algumas passagens, como quando o padre reata a amizade de duas crianças e o narrador comenta que o garoto só abraçaria a menina às vistas do padre. O que mais me surpreende, na verdade, é ver que como em pouco tempo (de 1951 a 1956) o Kubrick passaria de diretor de um trabalho sem tanta relevância (atual) como esse para diretor de "O Grande Golpe", que é um filme inovador e onde ele realmente mostra a que veio.
A Casa de Pequenos Cubinhos
4.5 766Sensível e reflexivo. Além dessa trilha sonora que combina perfeitamente.
Assisti por aqui: https://www.youtube.com/watch?v=jUVhV1px6js