Sem dúvidas, uma segunda temporada de "13 Reasons Why" era desnecessária, até pelo formato original baseado na obra literária em que cada episódio correspondia a uma fita e alguém que motivou o suicídio da Hannah; isso deve ter feito com que os roteiristas tivessem um grande trabalho em elaborar a trama dessa segunda temporada, que continua com os desdobramentos da morte da Hannah e tem um enfoque no julgamento sobre o Bullying na escola. No começo, achei a temporada enfadonha, mas ela vai pegando fôlego nos capítulos seguintes e continua com boas discussões sobre bullying, estupro e depressão. No geral, é mediana e continua com debates relevantes e boas atuações; acho que poderia ter finalizado bem até uma boa parte do capítulo final, mas há vários ganchos pra uma próxima temporada, que também acho desnecessária, mas que provavelmente vou assistir, caso aconteça.
Os trabalhos do Lynch não foram feitos para serem explicados e sim sentidos. É incrível o que ele faz nesse temporada de retorno de "Twin Peaks", onde ele e o Mark Frost devem ter tido plena liberdade criativa pra pra desenvolver o que queriam, porque cá entre nós, o surrealismo da série está longe de agradar um público padrão que se contenta com histórias "mastigadas" e que se autoexplicam. Também é incrível o elenco que o Lynch conseguiu reunir, sendo que muitos atores importantes possuem participação bastante coadjuvante e outros importantes na filmografia do diretor aparecem com papel de destaque, como Laura Dern e Naomi Watts. Por mais que muita coisa pareça não ter sentido (talvez não tenha mesmo), há um emaranhado quebra-cabeças unindo os fatos acontecidos nessa nova temporada, com as duas temporadas clássicas e "Fire Walk With Me" de uma forma genial. Há várias teorias já circulando pela internet e é bom ler algumas análises que te fazem prestar atenção em detalhes que possam ter passado despercebido. Ainda não tô superando tudo o que assisti nesses 18 episódios.
Qualquer comentário aqui é pouco pra expressar a grandiosidade que é "The Handmaid's Tale", não só em todos os aspectos técnicos possíveis, mas na grande crítica social a que ela se propõe, principalmente se analisada diante da nossa realidade cada vez mais conservadora, onde muitos ainda defendem uma volta à época Medial, onde a religião ditava os rumos da vida das pessoas.
Ultimamente tenho lido algumas ficções distópicas em sequência e acho que foi o momento ideal pra ver a série, que todos meus amigos que já tinham assistido recomendavam fortemente. O que mais assusta (e preocupa) é que, apesar de ser uma ficção, aquela realidade se mostra bastante presente. Aliás, essa já é uma realidade em países do Oriente Médio, onde as mulheres não possuem liberdade, não podem sentir prazer e não passam de reprodutoras da espécie humana.
Além do mais, "The Handmaid's Tale" é uma série perfeita pra maratonar, pois ela te prende completamente na trama de cada episódio (que tem aproximadamente uma hora de duração) e faz você ter interesse por cada um daqueles personagens, em saber como era suas vidas antes "da mudança" e o que cada um esconde e conhecer um pouco de todo o contexto político que transformou as coisas. Dessa forma, você termina um episódio e já pensa em emendar outro e quando vê, já terminou a curta 1ª temporada e vai ter que esperar alguns meses para a próxima.
E claro, não tem como não elogiar o ótimo elenco, principalmente a Elisabeth Moss, que tá espetacular e sabe transmitir de forma excelente todos os mistos de sentimentos da June/Offred, que passa por situações que nem imaginamos alguma vez sentir na vida e sabe expressar todos os traumas e dissimulações no olhar. É uma série que precisa ser assistida!
Essa sétima temporada intercala ótimos e fracos momentos. O que possui de ótimo, é acelerar os acontecimentos, onde percebemos um avanço substancial na trama e em que cada episódio está repleto de passagens muito importantes. Porém, em decorrência dessa acelerada, há uma inconsistência nas viagens e deslocamentos (isso é muito evidente no episódio 6) e não permite o telespectador absorver direito tanta informação, que acaba não tendo o impacto que deveria merecer. Outro ponto negativo acaba sendo a simplificação das tramas, devido aos poucos episódios que ainda faltam, o que acaba comprometendo um pouco um desenvolvimento gradual de seis temporadas. No mais, a temporada tem passagens extraordinárias e reafirma "Game of Thrones" como a melhor série da atualidade, com um nível de qualidade de cinema (muitas vezes até melhor), personagens bem desenvolvidos e uma trama que prende o telespectador em todos os seus minutos. ___ Ps.:
Eu não reclamo muito do fanservice de forma geral (taca mais fanservice, que tá pouco), Dany e Jon já era esperado, mas faltou desenvolver um pouco melhor o casal, que ainda não tinha a química necessária pra ficar juntos.
A segunda temporada de "Sense8" mantém o nível da primeira, com alguns pontos melhores, outros nem tanto e a série adentrando mais pelo caminho da ficção científica consegue despertar bastante nosso interesse. Se na primeira temporada o enfoque é conhecer os personagens principais e suas primeiras conexões, essa temporada adentra bem mais as explicações científicas da origem dos sensates e da BPO. Algo que gostei bastante dessa temporada é que ela já começa em ritmo frenético, diferente da anterior, que demora um pouco a engrenar, te prendendo mais da metade em diante. De modo geral, a temporada me agradou bastante, mas acho que ela ainda peca um pouco no desenvolvimento de alguns personagens principais e consequentemente, algumas histórias são muito mais interessantes do que as outras, o que é normal quando se tem 8 personagens principais. Já aguardo ansiosamente uma próxima temporada e já fico meio deprimido em saber que ela pode demorar tanto quanto essa segunda pra sair.
Ainda tô um pouco anestesiado com esses dois episódios e não admirado da ainda imensa capacidade do Lynch. Fica evidente que ele teve pleno controle de todo o processo criativo e acredito que somente assim ele aceitaria o retorno da série, então mais do que nunca e como em seus últimos trabalhos para o cinema, ele abusa no surrealismo, o que pode não agradar a quem está conhecendo a série agora ou aos fãs antigos e que não conhecem melhor sua filmografia, mas que é extremamente competente e ousado, pois poderia se limitar a um fã service cheio de referências antigas e frases que já conhecemos, mas consegue unir a nossa nostalgia (ver o início, a abertura com a trilha sonora e a Laura Palmer me fizeram lagrimar de emoção) e criar uma trama inovadora,
Entrei no hype de "13 Reasons Why" e acabei me envolvendo bastante com a série. Ok, ela tem um ritmo muitas vezes arrastado, é meio teenager e muitas vezes não consegue lidar com várias questões psicológicas bastante sérias, mas é uma série bastante necessária nessa atualidade onde o maior mal é a depressão, que atinge a todas as faixas etárias e que ainda é vista com pouca importância, sobretudo na fase de adolescência, onde passamos por uma série de mudanças, estamos definindo nossas personalidades e várias situações nos deixam mal. Quem nunca sofreu bullying na escola? Provavelmente todos nós já. Alguns conseguem superar sem maiores consequências, outros superam com vários traumas pela vida e outros, infelizmente, ficam pelo caminho.
Acredito que o maior mérito de "13 Reasons Why" seja abordar temas delicados de uma forma envolvente ao público mais jovem e também mostrar que cada choque que levamos da vida pode ter um impacto muito maior lá pela frente. Se você não é uma Hannah Baker não tem o menor respaldo em afirmar que o que ela passou foi "frescura", um "drama desnecessário" ou que ela "poderia ter superado tudo". Ela passou por algumas das piores violências psicológicas e físicas que uma mulher jovem pode passar e é bastante complicado julgar suas atitudes ou seu desejo de vingança. É preciso ter um pouco de empatia pelo que ela passou.
Falando da série em si, ela possui vários problemas de ritmo. Ao mesmo tempo em que ela nos instiga em saber quais serão os próximos protagonistas das fitas seguintes e o que a pessoa fez para magoar a Hannah, cada episódio tem alguns momentos enfadonhos que nos deixam entediados, talvez por possuir algumas subtramas desnecessárias. De minha parte, fiquei envolvido nas tramas do início ao fim e bastante transtornado com várias passagens; quem possui problema com depressão, deve evitar a série, pois ela possui vários "gatilhos" que podem ser péssimos se você está fazendo algum tratamento psicológico.
E de vários jovens atores, dentre alguns bastante dispensáveis, fiquei bastante satisfeito pelas atuações do Dylan Minnette (que está despontando na carreira), da Katherine Langford (que eu espero ver em mais produções) e da Alisha Boe, que é muito expressiva e consegue transmitir realismo. No final, pensava que a série iria fechar um ciclo e ficar em aberto pra uma nova temporada (afinal, já sabemos os 13 porquês e aparentemente não temos mais histórias de Hannah Baker), mas ela parece ter fôlego pra mais uma temporada, com alguns conflitos surgindo ao final. Vou aguardar ansiosamente novos episódios!
Sim, "Stranger Things" é incrível e justifica todo o hype que vem tendo. A série na verdade é uma imensa homenagem aos anos 80 e é clara a referências a diversos filmes, como "ET", "Conta Comigo", "Goonies", Poltergeist", "Alien", "Contatos Imediatos de Terceiro Grau", "Evil Dead", além de duas séries da década de 90 que eu amo: "Arquivo-X" e "Twin Peaks". Então a quem é fã do cinema da década de 80 e início dos anos 90, é um prato cheio, abordando de forma eficiente temas como experimentos científicos, distanciamento familiar e amizade, além de um elenco muito bom, principalmente com relação às crianças e principalmente com relação à atriz mirim Millie Bobby Brown que faz a Eleven (tô encantado por ela) e que é extremamente expressiva, afora a grande participação da Winona Ryder, que vinha há tempos ignorada por Hollywood e que tem uma ótima interpretação como mãe perturbada.
Além disso, toda a parte técnica da série é muito boa, principalmente toda a produção anos 80, que realmente nos imerge à década de uma maneira que poucas obras conseguem, fora a trilha sonora perfeita com música eletrônica sintética (mais anos 80, impossível). Diante de todas as claras referências, a série perde um pouco de originalidade, mas eu não acho que isso seja um problema diante de sua proposta, conseguindo ter momentos de suspense e drama bastante singulares. O ruim agora vai ser esperar por uma próxima temporada.
Essa sexta temporada de "Game of Thrones" reafirma a série como a melhor atualmente em diversos sentidos, mas principalmente em termos de roteiro e produção. Aliás, a produção não deve em nada para grandes produções cinematográficas e todo o sucesso de audiência é fruto do esmero em mostrar um trabalho de qualidade, onde todos os episódios são muito bem desenvolvidos. A parte técnica de forma geral continua me impressionando e o elenco está cada vez mais afiado, mesmo com as sucessivas renovações. Talvez seja a melhor temporada, se formos considerar todos os episódios, todas as reviravoltas e todas as tramas.
Confesso que tinha um pouco de receio com a temporada justamente por ela começar do ponto em que "As Crônicas de Gelo e Fogo" pararam e, além de começar a saber coisas que podem estar nos livros, a base dela, apesar da supervisão do George R. R. Martin, ser novidade. Fora que alguns rumos vinham me incomodando por estarem bastante diferentes do que vem sendo desenvolvido nos livros, mas ao final, cabe separar os dois meios de comunicação , que não tem como serem idênticos em decorrência da profundidade da obra literária, além de me animar a ideia de que eu provavelmente vou ler futuramente uma trama que não totalmente abordada pela série.
Mas voltando à série em si, nessa temporada provavelmente temos o melhor episódio da série ("The Battle of the Bastards") e a melhor season finale ("The Winds of Winter"), além de vários outros episódios excelentes, em que a maioria dos personagens foi muito bem desenvolvido. Se parar para olhar lá para o começo da série, nem parece que temos os mesmos Arya, Sansa, Jon, Daenerys, Bran e todo o desenvolvimento gradual foi muito bem feito até culminar nas suas personalidades atuais. Toda a trama de poder também vem sendo muito bem arquitetada e o final da temporada amarra muito bem todas as tramas, com reviravoltas e revelações, nos deixando ainda mais ansiosos pela próxima temporada, que eu já aguardo ansiosamente.
A série de forma geral não me cativa mais tanto quanto antes, inclusive fiz alguns intervalos nessa temporada, parando um pouco, deixando acumular episódios e só terminei pouco tempo depois que já tinha acabado. A temporada de forma geral teve um bom nível, intercalando grandes momentos de ação com outros com maior desenvolvimento dos personagens e a adaptação da HQ segue sendo razoavelmente eficaz. A trama vem seguindo a premissa de que o maior obstáculo daquela realidade não são mais os zumbis e sim os homens, com sua ganância destrutiva e isso rende bastante, como ficou evidente na ótima season finale. Aguardemos a próxima temporada!
"Narcos" é mais uma prova do bom desempenho do Netflix em relação a séries. A trama já desperta um enorme interesse por causa da real história do Pablo Escobar e seu domínio da Colômbia pelo narcotráfico. Achei muito bom o desenvolvimento da série como um todo, mesclando narração em off, uma espécie de documentário com cenas reais e o drama do país e daqueles personagens. O elenco de forma geral é bem afiado, mas o grande destaque é mesmo a atuação meticulosa do Wagner Moura, que de forma alguma é atrapalhada pelo sotaque de quem aprendeu espanhol há não muito tempo. José Padilha fez um ótimo trabalho aqui e já aguardo uma próxima temporada.
Uma pérola do cinema mudo francês que faz 100 anos agora, realizado sequencialmente quase como uma minissérie, com suas 10 partes.
É incrível a sua forma de realização, com locações reais e eventos fantasiosos extremamente originais, com. envenenamentos, o tiro de canhão, sequestros, perseguições de carro, fugas pelos telhados e as danças carismáticas. O detalhe é que com o recrutamento em massa para a Primeira Guerra Mundial, Paris ficou vazia e sinistra, permitindo um visual mais interessante à obra. E claro, alguns personagens são adoráveis e fascinantes, como Mazamette, a veia cômica de "Os Vampiros", e Irma Vep de Musidora, a grande estrela da produção, com suas expressões marcantes, definindo o que viria a ser intitulado "femme fatale".
Cabe ressaltar também que o filme não se refere ao conceito de vampiros conhecido por nós atualmente, já que é retratada uma gangue criminosa do submundo parisiense, não chupadores de sangue que temem o sol, alho e morrem com estacas no peito. Na verdade, o "Vampires", como podemos ver ao longo dos episódios, é um anagrama do nome de Irma Vep.
Enfim, a quem se interessa por cinema, é uma obra imperdível e obrigatória, que teve grande influência em gêneros como policial e suspense e a diretores, como Hitchcock e Buñuel.
Essa segunda temporada de "Orange is the New Black" mantém bem o nível da primeira temporada e consegue até ser um pouco melhor, já que os primeiros episódios da temporada anterior são um pouco fracos, até a série ir crescendo gradualmente e te conquistando. Ela já começa em um ritmo frenético, com várias tramas muito bem elaboradas se desenvolvendo até culminar naquela ótima Season Finale, bem amarrada e nos preparando pra próxima temporada. E claro, é sempre bom descobrir um pouco do passado daquelas personagens adoráveis, o que a série faz muito bem.
De positivo, destaco a trama que envolve a Vee (uma ótima antagonista!) em relação ao tráfico e a desavença com a Red, além da menor importância da trama (chata) do ex-namorado da Chapman e sua amiga. De negativo, tem a menor participação da Alex, que é uma personagem que eu adoro, mas que, provavelmente, vai ter um destaque maior na próxima temporada.
"Sense8" inegavelmente é uma das melhores séries atuais, por vários motivos. O principal deles é o roteiro primoroso e criativo dos irmãos Wachowski, que surgiu de uma conversa despretensiosa sobre maneiras em que a tecnologia nos une e divide ao mesmo tempo. Acredito que seu maior objetivo seja o de ressaltar a conexão humana que, em tempos tecnológicos, ao invés de nos unirem, acabam nos afastando cada vez mais do convívio social. E além desse foco central imensamente inteligente e inovador na ficção científica, é uma série que ressalta e trabalha com as diferenças. Diferenças culturais, diferenças sexuais e diferenças de personalidade são muito bem exploradas, sobretudo com os atores (a maioria) realmente sendo dos países destacados (apesar de ser quase inteiramente falada em inglês, os sotaques não negam) e com as locações em Chicago, San Francisco, Londres, Berlim, Seul, Reykjavík, Cidade do México, Nairobi e Mumbai.
Além do mais, acho a série tecnicamente muito boa. A fotografia é maravilhosa, principalmente diante de cenários deslumbrantes. A trilha sonora emociona em determinadas cenas e também é um elemento importante e a edição é um dos pontos mais bem trabalhados, já que é necessário um trabalho imenso para colocar os oito sensitivos em realidades diferentes se conectando e ainda sincronizar as falas e posições. E também gosto das atuações de forma geral, inclusive de alguns coadjuvantes importantes para o desenvolvimento das histórias. Claro que entre os oito principais você acaba gostando mais de um e menos de outro, mas no geral, me agradam bastante, principalmente suas histórias individuais. Enfim, o ruim agora é esperar tanto tempo para uma próxima temporada
É sempre complicado analisar um filme ou série em detrimento da obra literária, que evidente, é mais rica em detalhes. E isso é mais evidente se comparar "Game of Thrones" e "As Crônicas de Gelo e Fogo" do George R. R. Martin. E some-se isso ao fato de que a série atingiu o livro e várias passagens precisam ser alteradas para a série caminhar, provavelmente revelando situações que ainda iríamos ler nos livros. Mas falando da adaptação em si, eu acho que ela vinha sendo bem feita nas temporadas anteriores e nessa aqui ficou devendo um pouco. Eu entendo que algumas situações tenham até funcionado bem com as alterações, já que possuem um desenvolvimento mais detalhado e gradual nos livros, como
a Sansa indo para Winterfell; Sam ainda na Patrulha; Stannis avançando e, provavelmente,morrendo; Tyrion encurtando caminho e já encontrando Daenerys; Jaime indo para Dorne, entre outras situações
. Ou até mesmo a falta de personagens importantes na mitologia da história, mas que devem ter ficado de lado pelo excesso de subtramas, que podem prejudicar a compreensão. E também senti falta do arco do Brann, que é enfadonho na série, mas é bem interessante e provavelmente rende coisa boa ao final.
Mas tirando a adaptação, o ritmo inicial da temporada foi lento e não tão entusiasmante, passando a melhorar significativamente nos quatro últimos episódios, que são realmente muito bons, fazendo com que "Game of Thrones" continue sendo a melhor série da atualidade. Agora o chato é esperar mais um ano pela próxima temporada.
"Orange is the New Black" é o tipo de série que vai te conquistando aos poucos. Não acho o episódio "Piloto" interessante e ele pode desmotivar a seguir com a série, mas lá pelo quarto episódio dessa primeira temporada, a série vai te ganhando completamente, unindo drama e comédia e com essas personagens adoráveis.
Acho bem interessante da série que ela não esterotipa as detentas, com somente atrizes lindas e brancas que dificilmente estariam ali, mas sim coloca todas as realidades sociais que fazem parte de um presídio feminino, principalmente composto negras e latinas. Além do mais, trata o sexo entre elas com naturalidade, sem impôr tabus desnecessários e o mais relevante, individualiza cada uma daquelas mulheres. Por trás de cada presa, há uma história trágica que as fez ser confinadas ali. Sem julgamentos e dando espaço para cada uma daquelas personagens se desenvolver, a série acaba te ganhando.
Já quero começar a segunda temporada imediatamente!
Mais ótimas notícias: além da volta do David Lynch à direção, dobraram o número de episódios para 18 e ainda vai ter trilha sonora do Angelo Badalamenti http://www1.folha.uol.com.br/ilustrada/2015/05/1633326-twin-peaks-volta-com-18-episodios-e-musica-nova-de-angelo-badalamenti.shtml http://omelete.uol.com.br/series-tv/noticia/twin-peaks-nova-temporada-tera-o-dobro-de-episodios/ Chega logo 2016!
Enfim, Lynch vai reassumir "Twin Peaks" e parece que agora vamos realmente ter essa tão aguardada temporada http://televisao.uol.com.br/noticias/redacao/2015/05/15/apos-desistencia-david-lynch-volta-atras-e-confirma-remake-de-twin-peaks.htm
Eu tenho uma certa relação de amor e ódio com "Freak Show". Primeiro, achei a premissa da temporada genial, já que os freaks shows são raramente abordados em filmes e na TV; de filmes só lembro do clássico "Freaks" e da pequena passagem por "O Homem Elefante", então é um tema que realmente rende uma trama interessante em uma série. Porém, ao começar a assistir, achei o roteiro no geral meio perdido, com subtramas que não me despertavam muito interesse, como o psicopata Dandy, o palhaço assassino e a dupla de picaretas que queria vender as "aberrações" ao museu.
Mas a partir da metade da temporada, passei a entrar no clima e achar interessante, sobretudo os quatro últimos episódios, que são ótimos. Toda a construção visual de "Freak Show" é magnífica, com os cenários e figurinos da década de 50, além das sempre atuações de destaque da Jessica Lange, Kathy Bates e Sarah Paulson, que deve ter tido um imenso trabalho em gravar as cenas das gêmeas para serem editadas posteriormente, além de ter que construir sutilmente uma diferença de atuação na Bette e na Dot. E também achei ótima a conexão de "Orphans" com "Coven", além da trilha sonora, cheia de Bowie.
Acredito que o maior recado da temporada seja o de que as reais aberrações são aquelas que não são visualizadas, que são as de caráter, que não são visíveis em um primeiro olhar e não chamam tanta atenção quanto as anomalias físicas de alguém e isso é bem visível em várias passagens de "Freak Show". Enfim, agora aguardemos "Hotel", infelizmente sem a genial Jessica Lange.
Essa quinta temporada de "The Walking Dead" no geral é bem desenvolvida, principalmente se levarmos em consideração todo o universo da franquia. Acompanha o HQ, mas não acho que necessariamente a série precise ser estritamente fiel a ele, até porque com isso, não haverá mais nem novidade e só esperaríamos a repetição em "live action" do que já sabemos que aconteceria. Mas a série vinha trilhando um caminho além de diferente, sem tanto sentido e que não entusiasmava. Dá pra perceber que desde a temporada passada, o roteiro vem sendo melhor desenvolvido para se adequar a esse universo da franquia e é provável que essa temporada seja a mais fiel, mesmo com algumas alterações que ficaram bem interessantes no resultado final.
O começo da temporada é um dos melhores da série, com um ritmo frenético que às vezes falta. Após isso, o dinamismo cai um pouco, já que se vai entrando em outro acordo e acelera novamente ao final, com vários conflitos surgindo. Vamos esperar então pela 6ª temporada!
A primeira temporada é boazinha, consegue te deixar no clima da série, mas "Asylum" é ótima do início ao fim, com um roteiro bem construído, uma ambientação ótima dos anos 60 e as atuações excelentes da Jessica Lange, Sarah Palson, James Cromwell, Lily Rabe e Zachary Quinto. E ao contrário de muitos aqui, nada me incomodou nos episódios, nem mesmo a referência alienígena, que não achei que destoou da trama. E agora eu vou indo começar a terceira ao som de "Dominique", claro https://www.youtube.com/watch?v=-vrmc_l6sJY
Essa primeira temporada de "American Horror Story" é interessante. Pegaram um plot bem batido, que é "casa mal-assombrada" e fizeram uma história original e que foge um pouco aos clichês do gênero. Gostei dos mistérios que vão se revelando sobre a casa e seus habitantes ao decorrer dos episódios e todas as bizarrices e explicações, além do elenco, bem coeso e em sintonia, onde, pra mim, se destaca a Jessica Lange, que faz um excelente trabalho. Enfim, a série conseguiu me conquistar e já vou emendar as temporadas seguintes.
Logo no episódio "Piloto" "Twin Peaks" consegue cativar, prender nossa atenção e nos amarrar na trama bem elaborada para descobrir que matou Laura Palmer. E conforme os episódios vão passando, você vai se envolvendo ainda mais e percebendo a razão de ser uma série tão prestigiada. Aliás, é possível ver a influência dela em grande parte das séries americanas que vieram posteriormente e acho que seu grande mérito é envolver o telespectador ao ponto de fazê-lo questionar tudo o que ocorre para ir desvendando o mistério junto com o Agente Cooper, e por isso, é impossível terminar de assistir a um episódio e não querer desesperadamente ver o seguinte.
O começo de "Twin Peaks" me lembra um pouco "Veludo Azul", também do Lynch, mostrando aquele padrão de cidade americana aparentemente perfeita em que todos os cidadãos convivem harmonicamente e não existem problemas. Mas conforme o tempo vai passando, você vai percebendo que é justamente o contrário: cada morador de Twin Peaks tem segredos dos mais loucos possíveis e uma vida muito diferente daquela que aparenta ser.
Eu me surpreendi percendo que vários personagens tinha uma relação amorosa paralela e que a propria Laura, vítima de homicídio, era uma das pessoas com a vida mais tresloucada possível.
E um dos pontos altos da série é justamente a desconstrução dos personagens. É fácil a gente mudar de opinião mais de uma vez sobre eles e isso acaba fazendo um nó na cabeça com a resolução pessoal de quem seria o assassino da Laura.
Os personagens em geral também são muito bem construídos, com o tom de humor, drama e suspense bem dosados. Fora aquela fotografia e ar de anos 90 que eu adoro, além da trilha sonora, que por mais que tenha poucas opções, marca a série e o tom de emoção necessário às cenas.
Enfim, não tem como não se apaixonar por "Twin Peaks" e claro que eu já tô começando a segunda temporada!
13 Reasons Why (2ª Temporada)
3.2 587 Assista AgoraSem dúvidas, uma segunda temporada de "13 Reasons Why" era desnecessária, até pelo formato original baseado na obra literária em que cada episódio correspondia a uma fita e alguém que motivou o suicídio da Hannah; isso deve ter feito com que os roteiristas tivessem um grande trabalho em elaborar a trama dessa segunda temporada, que continua com os desdobramentos da morte da Hannah e tem um enfoque no julgamento sobre o Bullying na escola. No começo, achei a temporada enfadonha, mas ela vai pegando fôlego nos capítulos seguintes e continua com boas discussões sobre bullying, estupro e depressão. No geral, é mediana e continua com debates relevantes e boas atuações; acho que poderia ter finalizado bem até uma boa parte do capítulo final, mas há vários ganchos pra uma próxima temporada, que também acho desnecessária, mas que provavelmente vou assistir, caso aconteça.
Twin Peaks (3ª Temporada)
4.4 621 Assista AgoraOs trabalhos do Lynch não foram feitos para serem explicados e sim sentidos. É incrível o que ele faz nesse temporada de retorno de "Twin Peaks", onde ele e o Mark Frost devem ter tido plena liberdade criativa pra pra desenvolver o que queriam, porque cá entre nós, o surrealismo da série está longe de agradar um público padrão que se contenta com histórias "mastigadas" e que se autoexplicam.
Também é incrível o elenco que o Lynch conseguiu reunir, sendo que muitos atores importantes possuem participação bastante coadjuvante e outros importantes na filmografia do diretor aparecem com papel de destaque, como Laura Dern e Naomi Watts. Por mais que muita coisa pareça não ter sentido (talvez não tenha mesmo), há um emaranhado quebra-cabeças unindo os fatos acontecidos nessa nova temporada, com as duas temporadas clássicas e "Fire Walk With Me" de uma forma genial.
Há várias teorias já circulando pela internet e é bom ler algumas análises que te fazem prestar atenção em detalhes que possam ter passado despercebido. Ainda não tô superando tudo o que assisti nesses 18 episódios.
O Conto da Aia (1ª Temporada)
4.7 1,5K Assista AgoraQualquer comentário aqui é pouco pra expressar a grandiosidade que é "The Handmaid's Tale", não só em todos os aspectos técnicos possíveis, mas na grande crítica social a que ela se propõe, principalmente se analisada diante da nossa realidade cada vez mais conservadora, onde muitos ainda defendem uma volta à época Medial, onde a religião ditava os rumos da vida das pessoas.
Ultimamente tenho lido algumas ficções distópicas em sequência e acho que foi o momento ideal pra ver a série, que todos meus amigos que já tinham assistido recomendavam fortemente. O que mais assusta (e preocupa) é que, apesar de ser uma ficção, aquela realidade se mostra bastante presente. Aliás, essa já é uma realidade em países do Oriente Médio, onde as mulheres não possuem liberdade, não podem sentir prazer e não passam de reprodutoras da espécie humana.
Além do mais, "The Handmaid's Tale" é uma série perfeita pra maratonar, pois ela te prende completamente na trama de cada episódio (que tem aproximadamente uma hora de duração) e faz você ter interesse por cada um daqueles personagens, em saber como era suas vidas antes "da mudança" e o que cada um esconde e conhecer um pouco de todo o contexto político que transformou as coisas. Dessa forma, você termina um episódio e já pensa em emendar outro e quando vê, já terminou a curta 1ª temporada e vai ter que esperar alguns meses para a próxima.
E claro, não tem como não elogiar o ótimo elenco, principalmente a Elisabeth Moss, que tá espetacular e sabe transmitir de forma excelente todos os mistos de sentimentos da June/Offred, que passa por situações que nem imaginamos alguma vez sentir na vida e sabe expressar todos os traumas e dissimulações no olhar.
É uma série que precisa ser assistida!
Game of Thrones (7ª Temporada)
4.1 1,2K Assista AgoraEssa sétima temporada intercala ótimos e fracos momentos. O que possui de ótimo, é acelerar os acontecimentos, onde percebemos um avanço substancial na trama e em que cada episódio está repleto de passagens muito importantes. Porém, em decorrência dessa acelerada, há uma inconsistência nas viagens e deslocamentos (isso é muito evidente no episódio 6) e não permite o telespectador absorver direito tanta informação, que acaba não tendo o impacto que deveria merecer. Outro ponto negativo acaba sendo a simplificação das tramas, devido aos poucos episódios que ainda faltam, o que acaba comprometendo um pouco um desenvolvimento gradual de seis temporadas.
No mais, a temporada tem passagens extraordinárias e reafirma "Game of Thrones" como a melhor série da atualidade, com um nível de qualidade de cinema (muitas vezes até melhor), personagens bem desenvolvidos e uma trama que prende o telespectador em todos os seus minutos.
___
Ps.:
Eu não reclamo muito do fanservice de forma geral (taca mais fanservice, que tá pouco), Dany e Jon já era esperado, mas faltou desenvolver um pouco melhor o casal, que ainda não tinha a química necessária pra ficar juntos.
Sense8 (2ª Temporada)
4.3 891 Assista AgoraA segunda temporada de "Sense8" mantém o nível da primeira, com alguns pontos melhores, outros nem tanto e a série adentrando mais pelo caminho da ficção científica consegue despertar bastante nosso interesse. Se na primeira temporada o enfoque é conhecer os personagens principais e suas primeiras conexões, essa temporada adentra bem mais as explicações científicas da origem dos sensates e da BPO.
Algo que gostei bastante dessa temporada é que ela já começa em ritmo frenético, diferente da anterior, que demora um pouco a engrenar, te prendendo mais da metade em diante. De modo geral, a temporada me agradou bastante, mas acho que ela ainda peca um pouco no desenvolvimento de alguns personagens principais e consequentemente, algumas histórias são muito mais interessantes do que as outras, o que é normal quando se tem 8 personagens principais.
Já aguardo ansiosamente uma próxima temporada e já fico meio deprimido em saber que ela pode demorar tanto quanto essa segunda pra sair.
Twin Peaks (3ª Temporada)
4.4 621 Assista AgoraAinda tô um pouco anestesiado com esses dois episódios e não admirado da ainda imensa capacidade do Lynch. Fica evidente que ele teve pleno controle de todo o processo criativo e acredito que somente assim ele aceitaria o retorno da série, então mais do que nunca e como em seus últimos trabalhos para o cinema, ele abusa no surrealismo, o que pode não agradar a quem está conhecendo a série agora ou aos fãs antigos e que não conhecem melhor sua filmografia, mas que é extremamente competente e ousado, pois poderia se limitar a um fã service cheio de referências antigas e frases que já conhecemos, mas consegue unir a nossa nostalgia (ver o início, a abertura com a trilha sonora e a Laura Palmer me fizeram lagrimar de emoção) e criar uma trama inovadora,
que não se limita a Twin Peaks, tem violência, sexo e nudez e nos deixa tão intrigados quanto antes.
Mal posso esperar pelos próximos episódios!
13 Reasons Why (1ª Temporada)
3.8 1,5K Assista AgoraEntrei no hype de "13 Reasons Why" e acabei me envolvendo bastante com a série. Ok, ela tem um ritmo muitas vezes arrastado, é meio teenager e muitas vezes não consegue lidar com várias questões psicológicas bastante sérias, mas é uma série bastante necessária nessa atualidade onde o maior mal é a depressão, que atinge a todas as faixas etárias e que ainda é vista com pouca importância, sobretudo na fase de adolescência, onde passamos por uma série de mudanças, estamos definindo nossas personalidades e várias situações nos deixam mal. Quem nunca sofreu bullying na escola? Provavelmente todos nós já. Alguns conseguem superar sem maiores consequências, outros superam com vários traumas pela vida e outros, infelizmente, ficam pelo caminho.
Acredito que o maior mérito de "13 Reasons Why" seja abordar temas delicados de uma forma envolvente ao público mais jovem e também mostrar que cada choque que levamos da vida pode ter um impacto muito maior lá pela frente. Se você não é uma Hannah Baker não tem o menor respaldo em afirmar que o que ela passou foi "frescura", um "drama desnecessário" ou que ela "poderia ter superado tudo". Ela passou por algumas das piores violências psicológicas e físicas que uma mulher jovem pode passar e é bastante complicado julgar suas atitudes ou seu desejo de vingança. É preciso ter um pouco de empatia pelo que ela passou.
Falando da série em si, ela possui vários problemas de ritmo. Ao mesmo tempo em que ela nos instiga em saber quais serão os próximos protagonistas das fitas seguintes e o que a pessoa fez para magoar a Hannah, cada episódio tem alguns momentos enfadonhos que nos deixam entediados, talvez por possuir algumas subtramas desnecessárias. De minha parte, fiquei envolvido nas tramas do início ao fim e bastante transtornado com várias passagens; quem possui problema com depressão, deve evitar a série, pois ela possui vários "gatilhos" que podem ser péssimos se você está fazendo algum tratamento psicológico.
E de vários jovens atores, dentre alguns bastante dispensáveis, fiquei bastante satisfeito pelas atuações do Dylan Minnette (que está despontando na carreira), da Katherine Langford (que eu espero ver em mais produções) e da Alisha Boe, que é muito expressiva e consegue transmitir realismo.
No final, pensava que a série iria fechar um ciclo e ficar em aberto pra uma nova temporada (afinal, já sabemos os 13 porquês e aparentemente não temos mais histórias de Hannah Baker), mas ela parece ter fôlego pra mais uma temporada, com alguns conflitos surgindo ao final.
Vou aguardar ansiosamente novos episódios!
Stranger Things (1ª Temporada)
4.5 2,7K Assista AgoraSim, "Stranger Things" é incrível e justifica todo o hype que vem tendo. A série na verdade é uma imensa homenagem aos anos 80 e é clara a referências a diversos filmes, como "ET", "Conta Comigo", "Goonies", Poltergeist", "Alien", "Contatos Imediatos de Terceiro Grau", "Evil Dead", além de duas séries da década de 90 que eu amo: "Arquivo-X" e "Twin Peaks". Então a quem é fã do cinema da década de 80 e início dos anos 90, é um prato cheio, abordando de forma eficiente temas como experimentos científicos, distanciamento familiar e amizade, além de um elenco muito bom, principalmente com relação às crianças e principalmente com relação à atriz mirim Millie Bobby Brown que faz a Eleven (tô encantado por ela) e que é extremamente expressiva, afora a grande participação da Winona Ryder, que vinha há tempos ignorada por Hollywood e que tem uma ótima interpretação como mãe perturbada.
Além disso, toda a parte técnica da série é muito boa, principalmente toda a produção anos 80, que realmente nos imerge à década de uma maneira que poucas obras conseguem, fora a trilha sonora perfeita com música eletrônica sintética (mais anos 80, impossível). Diante de todas as claras referências, a série perde um pouco de originalidade, mas eu não acho que isso seja um problema diante de sua proposta, conseguindo ter momentos de suspense e drama bastante singulares.
O ruim agora vai ser esperar por uma próxima temporada.
Game of Thrones (6ª Temporada)
4.6 1,6KEssa sexta temporada de "Game of Thrones" reafirma a série como a melhor atualmente em diversos sentidos, mas principalmente em termos de roteiro e produção. Aliás, a produção não deve em nada para grandes produções cinematográficas e todo o sucesso de audiência é fruto do esmero em mostrar um trabalho de qualidade, onde todos os episódios são muito bem desenvolvidos. A parte técnica de forma geral continua me impressionando e o elenco está cada vez mais afiado, mesmo com as sucessivas renovações. Talvez seja a melhor temporada, se formos considerar todos os episódios, todas as reviravoltas e todas as tramas.
Confesso que tinha um pouco de receio com a temporada justamente por ela começar do ponto em que "As Crônicas de Gelo e Fogo" pararam e, além de começar a saber coisas que podem estar nos livros, a base dela, apesar da supervisão do George R. R. Martin, ser novidade. Fora que alguns rumos vinham me incomodando por estarem bastante diferentes do que vem sendo desenvolvido nos livros, mas ao final, cabe separar os dois meios de comunicação , que não tem como serem idênticos em decorrência da profundidade da obra literária, além de me animar a ideia de que eu provavelmente vou ler futuramente uma trama que não totalmente abordada pela série.
Mas voltando à série em si, nessa temporada provavelmente temos o melhor episódio da série ("The Battle of the Bastards") e a melhor season finale ("The Winds of Winter"), além de vários outros episódios excelentes, em que a maioria dos personagens foi muito bem desenvolvido. Se parar para olhar lá para o começo da série, nem parece que temos os mesmos Arya, Sansa, Jon, Daenerys, Bran e todo o desenvolvimento gradual foi muito bem feito até culminar nas suas personalidades atuais. Toda a trama de poder também vem sendo muito bem arquitetada e o final da temporada amarra muito bem todas as tramas, com reviravoltas e revelações, nos deixando ainda mais ansiosos pela próxima temporada, que eu já aguardo ansiosamente.
The Walking Dead (6ª Temporada)
4.1 1,3K Assista AgoraA série de forma geral não me cativa mais tanto quanto antes, inclusive fiz alguns intervalos nessa temporada, parando um pouco, deixando acumular episódios e só terminei pouco tempo depois que já tinha acabado. A temporada de forma geral teve um bom nível, intercalando grandes momentos de ação com outros com maior desenvolvimento dos personagens e a adaptação da HQ segue sendo razoavelmente eficaz. A trama vem seguindo a premissa de que o maior obstáculo daquela realidade não são mais os zumbis e sim os homens, com sua ganância destrutiva e isso rende bastante, como ficou evidente na ótima season finale.
Aguardemos a próxima temporada!
Twin Peaks (3ª Temporada)
4.4 621 Assista AgoraNaomi Watts confirmada no elenco <3
http://omelete.uol.com.br/series-tv/noticia/twin-peaks-naomi-watts-se-junta-ao-elenco-do-retorno/
Narcos (1ª Temporada)
4.4 897 Assista Agora"Narcos" é mais uma prova do bom desempenho do Netflix em relação a séries. A trama já desperta um enorme interesse por causa da real história do Pablo Escobar e seu domínio da Colômbia pelo narcotráfico.
Achei muito bom o desenvolvimento da série como um todo, mesclando narração em off, uma espécie de documentário com cenas reais e o drama do país e daqueles personagens. O elenco de forma geral é bem afiado, mas o grande destaque é mesmo a atuação meticulosa do Wagner Moura, que de forma alguma é atrapalhada pelo sotaque de quem aprendeu espanhol há não muito tempo.
José Padilha fez um ótimo trabalho aqui e já aguardo uma próxima temporada.
Os Vampiros
4.0 75Uma pérola do cinema mudo francês que faz 100 anos agora, realizado sequencialmente quase como uma minissérie, com suas 10 partes.
É incrível a sua forma de realização, com locações reais e eventos fantasiosos extremamente originais, com. envenenamentos, o tiro de canhão, sequestros, perseguições de carro, fugas pelos telhados e as danças carismáticas. O detalhe é que com o recrutamento em massa para a Primeira Guerra Mundial, Paris ficou vazia e sinistra, permitindo um visual mais interessante à obra. E claro, alguns personagens são adoráveis e fascinantes, como Mazamette, a veia cômica de "Os Vampiros", e Irma Vep de Musidora, a grande estrela da produção, com suas expressões marcantes, definindo o que viria a ser intitulado "femme fatale".
Cabe ressaltar também que o filme não se refere ao conceito de vampiros conhecido por nós atualmente, já que é retratada uma gangue criminosa do submundo parisiense, não chupadores de sangue que temem o sol, alho e morrem com estacas no peito. Na verdade, o "Vampires", como podemos ver ao longo dos episódios, é um anagrama do nome de Irma Vep.
Enfim, a quem se interessa por cinema, é uma obra imperdível e obrigatória, que teve grande influência em gêneros como policial e suspense e a diretores, como Hitchcock e Buñuel.
Orange Is The New Black (2ª Temporada)
4.4 877 Assista AgoraEssa segunda temporada de "Orange is the New Black" mantém bem o nível da primeira temporada e consegue até ser um pouco melhor, já que os primeiros episódios da temporada anterior são um pouco fracos, até a série ir crescendo gradualmente e te conquistando. Ela já começa em um ritmo frenético, com várias tramas muito bem elaboradas se desenvolvendo até culminar naquela ótima Season Finale, bem amarrada e nos preparando pra próxima temporada. E claro, é sempre bom descobrir um pouco do passado daquelas personagens adoráveis, o que a série faz muito bem.
De positivo, destaco a trama que envolve a Vee (uma ótima antagonista!) em relação ao tráfico e a desavença com a Red, além da menor importância da trama (chata) do ex-namorado da Chapman e sua amiga. De negativo, tem a menor participação da Alex, que é uma personagem que eu adoro, mas que, provavelmente, vai ter um destaque maior na próxima temporada.
Sense8 (1ª Temporada)
4.4 2,1K Assista Agora"Sense8" inegavelmente é uma das melhores séries atuais, por vários motivos. O principal deles é o roteiro primoroso e criativo dos irmãos Wachowski, que surgiu de uma conversa despretensiosa sobre maneiras em que a tecnologia nos une e divide ao mesmo tempo. Acredito que seu maior objetivo seja o de ressaltar a conexão humana que, em tempos tecnológicos, ao invés de nos unirem, acabam nos afastando cada vez mais do convívio social. E além desse foco central imensamente inteligente e inovador na ficção científica, é uma série que ressalta e trabalha com as diferenças. Diferenças culturais, diferenças sexuais e diferenças de personalidade são muito bem exploradas, sobretudo com os atores (a maioria) realmente sendo dos países destacados (apesar de ser quase inteiramente falada em inglês, os sotaques não negam) e com as locações em Chicago, San Francisco, Londres, Berlim, Seul, Reykjavík, Cidade do México, Nairobi e Mumbai.
Além do mais, acho a série tecnicamente muito boa. A fotografia é maravilhosa, principalmente diante de cenários deslumbrantes. A trilha sonora emociona em determinadas cenas e também é um elemento importante e a edição é um dos pontos mais bem trabalhados, já que é necessário um trabalho imenso para colocar os oito sensitivos em realidades diferentes se conectando e ainda sincronizar as falas e posições. E também gosto das atuações de forma geral, inclusive de alguns coadjuvantes importantes para o desenvolvimento das histórias. Claro que entre os oito principais você acaba gostando mais de um e menos de outro, mas no geral, me agradam bastante, principalmente suas histórias individuais.
Enfim, o ruim agora é esperar tanto tempo para uma próxima temporada
Game of Thrones (5ª Temporada)
4.4 1,4KÉ sempre complicado analisar um filme ou série em detrimento da obra literária, que evidente, é mais rica em detalhes. E isso é mais evidente se comparar "Game of Thrones" e "As Crônicas de Gelo e Fogo" do George R. R. Martin. E some-se isso ao fato de que a série atingiu o livro e várias passagens precisam ser alteradas para a série caminhar, provavelmente revelando situações que ainda iríamos ler nos livros. Mas falando da adaptação em si, eu acho que ela vinha sendo bem feita nas temporadas anteriores e nessa aqui ficou devendo um pouco. Eu entendo que algumas situações tenham até funcionado bem com as alterações, já que possuem um desenvolvimento mais detalhado e gradual nos livros, como
a Sansa indo para Winterfell; Sam ainda na Patrulha; Stannis avançando e, provavelmente,morrendo; Tyrion encurtando caminho e já encontrando Daenerys; Jaime indo para Dorne, entre outras situações
Mas tirando a adaptação, o ritmo inicial da temporada foi lento e não tão entusiasmante, passando a melhorar significativamente nos quatro últimos episódios, que são realmente muito bons, fazendo com que "Game of Thrones" continue sendo a melhor série da atualidade.
Agora o chato é esperar mais um ano pela próxima temporada.
Orange Is the New Black (1ª Temporada)
4.3 1,2K Assista Agora"Orange is the New Black" é o tipo de série que vai te conquistando aos poucos. Não acho o episódio "Piloto" interessante e ele pode desmotivar a seguir com a série, mas lá pelo quarto episódio dessa primeira temporada, a série vai te ganhando completamente, unindo drama e comédia e com essas personagens adoráveis.
Acho bem interessante da série que ela não esterotipa as detentas, com somente atrizes lindas e brancas que dificilmente estariam ali, mas sim coloca todas as realidades sociais que fazem parte de um presídio feminino, principalmente composto negras e latinas. Além do mais, trata o sexo entre elas com naturalidade, sem impôr tabus desnecessários e o mais relevante, individualiza cada uma daquelas mulheres. Por trás de cada presa, há uma história trágica que as fez ser confinadas ali. Sem julgamentos e dando espaço para cada uma daquelas personagens se desenvolver, a série acaba te ganhando.
Já quero começar a segunda temporada imediatamente!
Twin Peaks (3ª Temporada)
4.4 621 Assista AgoraMais ótimas notícias: além da volta do David Lynch à direção, dobraram o número de episódios para 18 e ainda vai ter trilha sonora do Angelo Badalamenti http://www1.folha.uol.com.br/ilustrada/2015/05/1633326-twin-peaks-volta-com-18-episodios-e-musica-nova-de-angelo-badalamenti.shtml
http://omelete.uol.com.br/series-tv/noticia/twin-peaks-nova-temporada-tera-o-dobro-de-episodios/
Chega logo 2016!
Twin Peaks (3ª Temporada)
4.4 621 Assista AgoraEnfim, Lynch vai reassumir "Twin Peaks" e parece que agora vamos realmente ter essa tão aguardada temporada http://televisao.uol.com.br/noticias/redacao/2015/05/15/apos-desistencia-david-lynch-volta-atras-e-confirma-remake-de-twin-peaks.htm
Agora é só esperar!
American Horror Story: Freak Show (4ª Temporada)
3.5 1,4K Assista AgoraEu tenho uma certa relação de amor e ódio com "Freak Show". Primeiro, achei a premissa da temporada genial, já que os freaks shows são raramente abordados em filmes e na TV; de filmes só lembro do clássico "Freaks" e da pequena passagem por "O Homem Elefante", então é um tema que realmente rende uma trama interessante em uma série. Porém, ao começar a assistir, achei o roteiro no geral meio perdido, com subtramas que não me despertavam muito interesse, como o psicopata Dandy, o palhaço assassino e a dupla de picaretas que queria vender as "aberrações" ao museu.
Mas a partir da metade da temporada, passei a entrar no clima e achar interessante, sobretudo os quatro últimos episódios, que são ótimos. Toda a construção visual de "Freak Show" é magnífica, com os cenários e figurinos da década de 50, além das sempre atuações de destaque da Jessica Lange, Kathy Bates e Sarah Paulson, que deve ter tido um imenso trabalho em gravar as cenas das gêmeas para serem editadas posteriormente, além de ter que construir sutilmente uma diferença de atuação na Bette e na Dot. E também achei ótima a conexão de "Orphans" com "Coven", além da trilha sonora, cheia de Bowie.
Acredito que o maior recado da temporada seja o de que as reais aberrações são aquelas que não são visualizadas, que são as de caráter, que não são visíveis em um primeiro olhar e não chamam tanta atenção quanto as anomalias físicas de alguém e isso é bem visível em várias passagens de "Freak Show".
Enfim, agora aguardemos "Hotel", infelizmente sem a genial Jessica Lange.
The Walking Dead (5ª Temporada)
4.2 1,4K Assista AgoraEssa quinta temporada de "The Walking Dead" no geral é bem desenvolvida, principalmente se levarmos em consideração todo o universo da franquia. Acompanha o HQ, mas não acho que necessariamente a série precise ser estritamente fiel a ele, até porque com isso, não haverá mais nem novidade e só esperaríamos a repetição em "live action" do que já sabemos que aconteceria. Mas a série vinha trilhando um caminho além de diferente, sem tanto sentido e que não entusiasmava. Dá pra perceber que desde a temporada passada, o roteiro vem sendo melhor desenvolvido para se adequar a esse universo da franquia e é provável que essa temporada seja a mais fiel, mesmo com algumas alterações que ficaram bem interessantes no resultado final.
O começo da temporada é um dos melhores da série, com um ritmo frenético que às vezes falta. Após isso, o dinamismo cai um pouco, já que se vai entrando em outro acordo e acelera novamente ao final, com vários conflitos surgindo. Vamos esperar então pela 6ª temporada!
American Horror Story: Asylum (2ª Temporada)
4.3 2,7KA primeira temporada é boazinha, consegue te deixar no clima da série, mas "Asylum" é ótima do início ao fim, com um roteiro bem construído, uma ambientação ótima dos anos 60 e as atuações excelentes da Jessica Lange, Sarah Palson, James Cromwell, Lily Rabe e Zachary Quinto.
E ao contrário de muitos aqui, nada me incomodou nos episódios, nem mesmo a referência alienígena, que não achei que destoou da trama.
E agora eu vou indo começar a terceira ao som de "Dominique", claro https://www.youtube.com/watch?v=-vrmc_l6sJY
American Horror Story: Murder House (1ª Temporada)
4.2 2,2KEssa primeira temporada de "American Horror Story" é interessante. Pegaram um plot bem batido, que é "casa mal-assombrada" e fizeram uma história original e que foge um pouco aos clichês do gênero. Gostei dos mistérios que vão se revelando sobre a casa e seus habitantes ao decorrer dos episódios e todas as bizarrices e explicações, além do elenco, bem coeso e em sintonia, onde, pra mim, se destaca a Jessica Lange, que faz um excelente trabalho.
Enfim, a série conseguiu me conquistar e já vou emendar as temporadas seguintes.
Twin Peaks (1ª Temporada)
4.5 522Logo no episódio "Piloto" "Twin Peaks" consegue cativar, prender nossa atenção e nos amarrar na trama bem elaborada para descobrir que matou Laura Palmer. E conforme os episódios vão passando, você vai se envolvendo ainda mais e percebendo a razão de ser uma série tão prestigiada. Aliás, é possível ver a influência dela em grande parte das séries americanas que vieram posteriormente e acho que seu grande mérito é envolver o telespectador ao ponto de fazê-lo questionar tudo o que ocorre para ir desvendando o mistério junto com o Agente Cooper, e por isso, é impossível terminar de assistir a um episódio e não querer desesperadamente ver o seguinte.
O começo de "Twin Peaks" me lembra um pouco "Veludo Azul", também do Lynch, mostrando aquele padrão de cidade americana aparentemente perfeita em que todos os cidadãos convivem harmonicamente e não existem problemas. Mas conforme o tempo vai passando, você vai percebendo que é justamente o contrário: cada morador de Twin Peaks tem segredos dos mais loucos possíveis e uma vida muito diferente daquela que aparenta ser.
Eu me surpreendi percendo que vários personagens tinha uma relação amorosa paralela e que a propria Laura, vítima de homicídio, era uma das pessoas com a vida mais tresloucada possível.
E um dos pontos altos da série é justamente a desconstrução dos personagens. É fácil a gente mudar de opinião mais de uma vez sobre eles e isso acaba fazendo um nó na cabeça com a resolução pessoal de quem seria o assassino da Laura.
Os personagens em geral também são muito bem construídos, com o tom de humor, drama e suspense bem dosados. Fora aquela fotografia e ar de anos 90 que eu adoro, além da trilha sonora, que por mais que tenha poucas opções, marca a série e o tom de emoção necessário às cenas.
Enfim, não tem como não se apaixonar por "Twin Peaks" e claro que eu já tô começando a segunda temporada!