A segunda temporada aumentou ainda mais o nível da série. Continuo destacando: (1) as atuações. Não vejo nenhum ator destoando do restante do elenco, estão todos muito bem na trama. (2) O roteiro está ainda melhor. Com diálogos longos e complexos, mas ao mesmo tempo interessantes e úteis para a trama. (3) Os diálogos impagáveis de Frank Underwood com a "câmera". Quebrando a chamada quarta parede e nos aproximando do personagem principal, a ponto de nos tornarmos cúmplices de seus atos. E por fim (4) a impressionante facilidade com que fazem planos simétricos. Desde a primeira temporada isso chama muita atenção, tamanho zelo no alinhamento de cada detalhe. Lendo mais a respeito, descobri que isso é dedo do diretor David Fincher, que proibiu steadicam, lentes zoom e câmera na mão na série. Para ele, tudo deveria ser muito composto para comunicar um senso de poder e espaço. Um bom exemplo são as últimas cenas, do último episódio. Isso é incrível e me faz lembrar muito o mestre Kubrick, que sempre utilizou esses planos simétricos e cheios de profundidade em seus filmes.
House of Cards é uma série que já chama a atenção na vinheta. Composta por belos time lapses da cidade de Washington (algo de tirar o fôlego), o espectador já sente de cara a grandiosidade e o esmero que a Netflix teve ao produzir a série.
Nessa primeira temporada, destaco: (1) nomes de peso, como Kevin Spacey, David Fincher e Robin Wright, numa produção feita exclusivamente para web. (2) A adaptação do roteiro; muito bem escrito. A série traz diálogos longos e complexos, mas ao mesmo tempo interessantes e úteis para a trama, o que não os torna chatos e sim, nos prende ainda mais na tela. (3) Os diálogos de Frank Underwood com a "câmera", quebrando a chamada quarta parede e nos aproximando do personagem principal, a ponto de nos tornarmos cúmplices de seus atos. (4) E as excelentes atuações, não só dos personagens principais como Kevin Spacey e Robin Wright (que dispensam comentários), mas também de atores como Corey Stoll (Peter Russo) e Michael Kelly (Doug Stamper) que engrandecem ainda mais a produção.
Destaco ainda, (5) o 11º episódio dessa temporada. É nele, que o queixo cai e o espectador tem a dimensão dos limites de Frank em busca de seus objetivos. Tudo que destaquei acima, está super evidente nesse episódio.
Eu, publicitário que sou, não pude deixar de notar também o excelente uso de Product Placements na série (APRENDE GLOBO!). Para quem não sabe o que é, são inserções de marcas (como em um Merchandising), porém sem a necessidade de se falar do produto. Algo mais suave ao olho e ao ouvido do espectador, já que o produto está inserido de forma mais natural no enredo, compondo a cena. Destaco o uso dos produtos da (1) Apple: mais pela quantidade de aparecimentos, do que pela qualidade com que aparecem; diferente dos sapatos (2) Louboutin, que engrandecem o poder e a elegância da personagem Claire; assim como a (3) Ray-ban, que também ajuda a traçar a personalidade da personagem.
Enfim, House of Cards é uma trama política super bem escrita, bem interpretada e bem produzida: é mais um ponto da Netflix, em meio a diversas produções ruins que surgem todos os dias. Recomendo muito!
Sherlock continua mantendo seu ótimo nível, do começo ao fim.
Destaco - além dos itens de costume como (1) a estrutura enxuta de 3 episódios, com 90 minutos cada. (2) A linguagem da série, que traz o público para dentro da cabeça de Sherlock. (3) As transições de cenas, de deixar qualquer editor com inveja. (4) As atuações, que se provam melhores a cada episódio. (5) E a fotografia da série - (6) o seu enredo.
Foi genial não solucionarem o mistério do final da 2ª temporada. Acredito que não dar uma explicação de como Sherlock fingiu sua própria morte, e deixar todos especulando, inclusive os próprios personagens da série, é algo incrível. Mais uma prova que bons roteiro não precisam mastigar cada cena para o espectador, muito pelo contrário, podem até esconder algo e deixar ainda mais interessante, como foi nesse caso.
Ainda melhor que a 1ª temporada, a 2ª apresenta ao público alguns dos principais personagens do mundo de Sherlock Holmes.
Continuo destacando na série (1) essa estrutura enxuta de 3 episódios, com 90 minutos cada. (2) A linguagem da série, que leva o público para dentro da cabeça de Sherlock, passando a decifrar os enigmas junto com ele e não após tudo ser concluído. (3) Suas transições de cenas, de deixar qualquer editor com inveja. (4) As atuações estão cada vez melhores e mais surpreendentes, e não é atoa que seus atores ganham cada vez mais destaque em outras obras de Hollywood. E por fim, (5) a fotografia da série continua magnífica.
Diferente de todas as adaptações já feitas, a série traz os contos de Sherlock Holmes para o século XXI, e sem perder sua essência, consegue traduzir como seria a vida do detetive nos dias atuais.
Os meus destaques vão para (1) a estrutura proposta pela série: 3 episódios de 90 minutos por temporada. Cada episódio conta um conto diferente da obra original. (2) A linguagem da série. Pela primeira vez, o público é levado para dentro da cabeça de Sherlock, e passa a decifrar os enigmas junto com ele e não após tudo ser concluído. A edição (3) é fundamental para sustentar essa nova linguagem, pois é através dela que vemos, em cortes e letterings, o que Sherlock está deduzindo em suas observações. Além de trazer transições de cenas, de deixar qualquer editor com inveja. (4) As atuações são outro destaque e ajudam muito no sucesso dessa trama. Através delas (e da direção), a série soube transitar facilmente entre o humor, o drama e o suspense - uma forma muito utilizada ultimamente, mas que caiu como uma luva na série. E por fim, (5) a fotografia da série é magnífica. Traz detalhes importantes para as cenas, sem deixar a beleza do cenário (Londres) de fora.
ORANGE IS THE NEW BLACK é uma série que, em meio as produções da Netflix como House of Cards (que possui um elenco de peso) e a já renomada Arrested Development, conseguiu ganhar destaque e terminar 2013 como uma das melhores produções do ano.
Com uma fórmula que mistura drama e comédia (na dose certa), a série trata de forma equilibrada os delicados assuntos que envolvem uma prisão, sem cair no estereótipo e/ou ficar tedioso.
Meu destaque vai para a montagem, com seus flashbacks; é algo incrível que há tempos não vejo. Eles traçam a história de algumas personagens até o momento presente, de forma tão simples e objetiva que não distrai o público da história principal, e ainda chama a atenção toda vez que é feito, de tão perfeito.
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House of Cards (2ª Temporada)
4.6 497A segunda temporada aumentou ainda mais o nível da série. Continuo destacando: (1) as atuações. Não vejo nenhum ator destoando do restante do elenco, estão todos muito bem na trama. (2) O roteiro está ainda melhor. Com diálogos longos e complexos, mas ao mesmo tempo interessantes e úteis para a trama. (3) Os diálogos impagáveis de Frank Underwood com a "câmera". Quebrando a chamada quarta parede e nos aproximando do personagem principal, a ponto de nos tornarmos cúmplices de seus atos. E por fim (4) a impressionante facilidade com que fazem planos simétricos. Desde a primeira temporada isso chama muita atenção, tamanho zelo no alinhamento de cada detalhe. Lendo mais a respeito, descobri que isso é dedo do diretor David Fincher, que proibiu steadicam, lentes zoom e câmera na mão na série. Para ele, tudo deveria ser muito composto para comunicar um senso de poder e espaço. Um bom exemplo são as últimas cenas, do último episódio. Isso é incrível e me faz lembrar muito o mestre Kubrick, que sempre utilizou esses planos simétricos e cheios de profundidade em seus filmes.
House of Cards (1ª Temporada)
4.5 611 Assista AgoraHouse of Cards é uma série que já chama a atenção na vinheta. Composta por belos time lapses da cidade de Washington (algo de tirar o fôlego), o espectador já sente de cara a grandiosidade e o esmero que a Netflix teve ao produzir a série.
Nessa primeira temporada, destaco: (1) nomes de peso, como Kevin Spacey, David Fincher e Robin Wright, numa produção feita exclusivamente para web. (2) A adaptação do roteiro; muito bem escrito. A série traz diálogos longos e complexos, mas ao mesmo tempo interessantes e úteis para a trama, o que não os torna chatos e sim, nos prende ainda mais na tela. (3) Os diálogos de Frank Underwood com a "câmera", quebrando a chamada quarta parede e nos aproximando do personagem principal, a ponto de nos tornarmos cúmplices de seus atos. (4) E as excelentes atuações, não só dos personagens principais como Kevin Spacey e Robin Wright (que dispensam comentários), mas também de atores como Corey Stoll (Peter Russo) e Michael Kelly (Doug Stamper) que engrandecem ainda mais a produção.
Destaco ainda, (5) o 11º episódio dessa temporada. É nele, que o queixo cai e o espectador tem a dimensão dos limites de Frank em busca de seus objetivos. Tudo que destaquei acima, está super evidente nesse episódio.
Eu, publicitário que sou, não pude deixar de notar também o excelente uso de Product Placements na série (APRENDE GLOBO!). Para quem não sabe o que é, são inserções de marcas (como em um Merchandising), porém sem a necessidade de se falar do produto. Algo mais suave ao olho e ao ouvido do espectador, já que o produto está inserido de forma mais natural no enredo, compondo a cena. Destaco o uso dos produtos da (1) Apple: mais pela quantidade de aparecimentos, do que pela qualidade com que aparecem; diferente dos sapatos (2) Louboutin, que engrandecem o poder e a elegância da personagem Claire; assim como a (3) Ray-ban, que também ajuda a traçar a personalidade da personagem.
Enfim, House of Cards é uma trama política super bem escrita, bem interpretada e bem produzida: é mais um ponto da Netflix, em meio a diversas produções ruins que surgem todos os dias. Recomendo muito!
Sherlock (3ª Temporada)
4.6 634 Assista AgoraSherlock continua mantendo seu ótimo nível, do começo ao fim.
Destaco - além dos itens de costume como (1) a estrutura enxuta de 3 episódios, com 90 minutos cada. (2) A linguagem da série, que traz o público para dentro da cabeça de Sherlock. (3) As transições de cenas, de deixar qualquer editor com inveja. (4) As atuações, que se provam melhores a cada episódio. (5) E a fotografia da série - (6) o seu enredo.
Foi genial não solucionarem o mistério do final da 2ª temporada. Acredito que não dar uma explicação de como Sherlock fingiu sua própria morte, e deixar todos especulando, inclusive os próprios personagens da série, é algo incrível. Mais uma prova que bons roteiro não precisam mastigar cada cena para o espectador, muito pelo contrário, podem até esconder algo e deixar ainda mais interessante, como foi nesse caso.
Recomendo novamente a todos!
Sherlock (2ª Temporada)
4.7 606 Assista AgoraAinda melhor que a 1ª temporada, a 2ª apresenta ao público alguns dos principais personagens do mundo de Sherlock Holmes.
Continuo destacando na série (1) essa estrutura enxuta de 3 episódios, com 90 minutos cada. (2) A linguagem da série, que leva o público para dentro da cabeça de Sherlock, passando a decifrar os enigmas junto com ele e não após tudo ser concluído. (3) Suas transições de cenas, de deixar qualquer editor com inveja. (4) As atuações estão cada vez melhores e mais surpreendentes, e não é atoa que seus atores ganham cada vez mais destaque em outras obras de Hollywood. E por fim, (5) a fotografia da série continua magnífica.
Recomendo a todos!
Sherlock (1ª Temporada)
4.6 747 Assista AgoraDiferente de todas as adaptações já feitas, a série traz os contos de Sherlock Holmes para o século XXI, e sem perder sua essência, consegue traduzir como seria a vida do detetive nos dias atuais.
Os meus destaques vão para (1) a estrutura proposta pela série: 3 episódios de 90 minutos por temporada. Cada episódio conta um conto diferente da obra original. (2) A linguagem da série. Pela primeira vez, o público é levado para dentro da cabeça de Sherlock, e passa a decifrar os enigmas junto com ele e não após tudo ser concluído. A edição (3) é fundamental para sustentar essa nova linguagem, pois é através dela que vemos, em cortes e letterings, o que Sherlock está deduzindo em suas observações. Além de trazer transições de cenas, de deixar qualquer editor com inveja. (4) As atuações são outro destaque e ajudam muito no sucesso dessa trama. Através delas (e da direção), a série soube transitar facilmente entre o humor, o drama e o suspense - uma forma muito utilizada ultimamente, mas que caiu como uma luva na série. E por fim, (5) a fotografia da série é magnífica. Traz detalhes importantes para as cenas, sem deixar a beleza do cenário (Londres) de fora.
Recomendo a todos!
Orange Is the New Black (1ª Temporada)
4.3 1,2K Assista AgoraORANGE IS THE NEW BLACK é uma série que, em meio as produções da Netflix como House of Cards (que possui um elenco de peso) e a já renomada Arrested Development, conseguiu ganhar destaque e terminar 2013 como uma das melhores produções do ano.
Com uma fórmula que mistura drama e comédia (na dose certa), a série trata de forma equilibrada os delicados assuntos que envolvem uma prisão, sem cair no estereótipo e/ou ficar tedioso.
Meu destaque vai para a montagem, com seus flashbacks; é algo incrível que há tempos não vejo. Eles traçam a história de algumas personagens até o momento presente, de forma tão simples e objetiva que não distrai o público da história principal, e ainda chama a atenção toda vez que é feito, de tão perfeito.