O Bom Dinossauro, como todo filme da Pixar, carrega o peso de ter que ser inovador, emocionante, poderoso, bonito e (coloque aqui qualquer outro bom adjetivo).
O problema é que O Bom Dinossauro carrega dois grandes pesos a mais que todos os outros: 1º - Uma conturbada mudança de roteiro e equipe, o que acarretou num adiamento de mais de 1 ano e meio do seu lançamento. 2º - Vir logo após uma das maiores obras primas da Pixar: Divertida Mente.
Isso tudo podia pesar negativamente... e pesou! O filme tem um roteiro bem batido (o que dá certa sensação de déjà vu a cada cena), personagens rasos (que são introduzidos e tirados muito rapidamente do filme) e não chega nem perto de entusiasmar o público como outras animações da empresa. É todo pautado em referências cinematográficas, como o Rei Leão, mas não passa disso: uma homenagem a grandes obras. Aliás, ele faz tanta referência a Disney, que podemos dizer que mais parece uma produção Disney do que Pixar, tamanha dicotomia presente no enredo. É tudo sempre contrastante: o bonzinho/o malvado, o covarde/o corajoso, a raiva/o amor. Não tem meio termo!
O ponto positivo fica por conta dos cenários: Algo super realista, nunca antes visto nem mesmo na Pixar. Chega a chamar mais atenção que os próprios personagens, em certas cenas. Porém, fica por aí, um filme bonitinho de se ver que veio cumprir tabela.
Mas não se enganem, não é um filme ruim. Em qualquer outro estúdio, esse filme ganharia uma nota 7 (ou quem sabe, até mesmo um 7,5), mas a Pixar não é qualquer estúdio e isso pesa muito em qualquer julgamento que se faz dela. Comparado as suas outras obras, O Bom Dinossauro não passa de um filme mediano, o que para mim seria nota 6. Uma pena, esperava (queria) mais dele!
Flipped é o tipo de filme que é excelente por ser simples e é simples de forma excelente. Méritos do diretor e do ótimo roteiro, que conduzem de forma super delicada a história de cada personagem. Não tem um ponto sem nó em toda obra. Desde o cenário, passando pela trilha sonora até o figurino: tudo é muito bem encaixado! Vale um destaque super especial para a doçura de Madeline Carroll (que menina fofa!). Ela cativa qualquer um que assista o filme.
Que grata surpresa tê-lo encontrado para assistir. Super recomendo!
A segunda temporada aumentou ainda mais o nível da série. Continuo destacando: (1) as atuações. Não vejo nenhum ator destoando do restante do elenco, estão todos muito bem na trama. (2) O roteiro está ainda melhor. Com diálogos longos e complexos, mas ao mesmo tempo interessantes e úteis para a trama. (3) Os diálogos impagáveis de Frank Underwood com a "câmera". Quebrando a chamada quarta parede e nos aproximando do personagem principal, a ponto de nos tornarmos cúmplices de seus atos. E por fim (4) a impressionante facilidade com que fazem planos simétricos. Desde a primeira temporada isso chama muita atenção, tamanho zelo no alinhamento de cada detalhe. Lendo mais a respeito, descobri que isso é dedo do diretor David Fincher, que proibiu steadicam, lentes zoom e câmera na mão na série. Para ele, tudo deveria ser muito composto para comunicar um senso de poder e espaço. Um bom exemplo são as últimas cenas, do último episódio. Isso é incrível e me faz lembrar muito o mestre Kubrick, que sempre utilizou esses planos simétricos e cheios de profundidade em seus filmes.
House of Cards é uma série que já chama a atenção na vinheta. Composta por belos time lapses da cidade de Washington (algo de tirar o fôlego), o espectador já sente de cara a grandiosidade e o esmero que a Netflix teve ao produzir a série.
Nessa primeira temporada, destaco: (1) nomes de peso, como Kevin Spacey, David Fincher e Robin Wright, numa produção feita exclusivamente para web. (2) A adaptação do roteiro; muito bem escrito. A série traz diálogos longos e complexos, mas ao mesmo tempo interessantes e úteis para a trama, o que não os torna chatos e sim, nos prende ainda mais na tela. (3) Os diálogos de Frank Underwood com a "câmera", quebrando a chamada quarta parede e nos aproximando do personagem principal, a ponto de nos tornarmos cúmplices de seus atos. (4) E as excelentes atuações, não só dos personagens principais como Kevin Spacey e Robin Wright (que dispensam comentários), mas também de atores como Corey Stoll (Peter Russo) e Michael Kelly (Doug Stamper) que engrandecem ainda mais a produção.
Destaco ainda, (5) o 11º episódio dessa temporada. É nele, que o queixo cai e o espectador tem a dimensão dos limites de Frank em busca de seus objetivos. Tudo que destaquei acima, está super evidente nesse episódio.
Eu, publicitário que sou, não pude deixar de notar também o excelente uso de Product Placements na série (APRENDE GLOBO!). Para quem não sabe o que é, são inserções de marcas (como em um Merchandising), porém sem a necessidade de se falar do produto. Algo mais suave ao olho e ao ouvido do espectador, já que o produto está inserido de forma mais natural no enredo, compondo a cena. Destaco o uso dos produtos da (1) Apple: mais pela quantidade de aparecimentos, do que pela qualidade com que aparecem; diferente dos sapatos (2) Louboutin, que engrandecem o poder e a elegância da personagem Claire; assim como a (3) Ray-ban, que também ajuda a traçar a personalidade da personagem.
Enfim, House of Cards é uma trama política super bem escrita, bem interpretada e bem produzida: é mais um ponto da Netflix, em meio a diversas produções ruins que surgem todos os dias. Recomendo muito!
Sherlock continua mantendo seu ótimo nível, do começo ao fim.
Destaco - além dos itens de costume como (1) a estrutura enxuta de 3 episódios, com 90 minutos cada. (2) A linguagem da série, que traz o público para dentro da cabeça de Sherlock. (3) As transições de cenas, de deixar qualquer editor com inveja. (4) As atuações, que se provam melhores a cada episódio. (5) E a fotografia da série - (6) o seu enredo.
Foi genial não solucionarem o mistério do final da 2ª temporada. Acredito que não dar uma explicação de como Sherlock fingiu sua própria morte, e deixar todos especulando, inclusive os próprios personagens da série, é algo incrível. Mais uma prova que bons roteiro não precisam mastigar cada cena para o espectador, muito pelo contrário, podem até esconder algo e deixar ainda mais interessante, como foi nesse caso.
Ainda melhor que a 1ª temporada, a 2ª apresenta ao público alguns dos principais personagens do mundo de Sherlock Holmes.
Continuo destacando na série (1) essa estrutura enxuta de 3 episódios, com 90 minutos cada. (2) A linguagem da série, que leva o público para dentro da cabeça de Sherlock, passando a decifrar os enigmas junto com ele e não após tudo ser concluído. (3) Suas transições de cenas, de deixar qualquer editor com inveja. (4) As atuações estão cada vez melhores e mais surpreendentes, e não é atoa que seus atores ganham cada vez mais destaque em outras obras de Hollywood. E por fim, (5) a fotografia da série continua magnífica.
Diferente de todas as adaptações já feitas, a série traz os contos de Sherlock Holmes para o século XXI, e sem perder sua essência, consegue traduzir como seria a vida do detetive nos dias atuais.
Os meus destaques vão para (1) a estrutura proposta pela série: 3 episódios de 90 minutos por temporada. Cada episódio conta um conto diferente da obra original. (2) A linguagem da série. Pela primeira vez, o público é levado para dentro da cabeça de Sherlock, e passa a decifrar os enigmas junto com ele e não após tudo ser concluído. A edição (3) é fundamental para sustentar essa nova linguagem, pois é através dela que vemos, em cortes e letterings, o que Sherlock está deduzindo em suas observações. Além de trazer transições de cenas, de deixar qualquer editor com inveja. (4) As atuações são outro destaque e ajudam muito no sucesso dessa trama. Através delas (e da direção), a série soube transitar facilmente entre o humor, o drama e o suspense - uma forma muito utilizada ultimamente, mas que caiu como uma luva na série. E por fim, (5) a fotografia da série é magnífica. Traz detalhes importantes para as cenas, sem deixar a beleza do cenário (Londres) de fora.
ORANGE IS THE NEW BLACK é uma série que, em meio as produções da Netflix como House of Cards (que possui um elenco de peso) e a já renomada Arrested Development, conseguiu ganhar destaque e terminar 2013 como uma das melhores produções do ano.
Com uma fórmula que mistura drama e comédia (na dose certa), a série trata de forma equilibrada os delicados assuntos que envolvem uma prisão, sem cair no estereótipo e/ou ficar tedioso.
Meu destaque vai para a montagem, com seus flashbacks; é algo incrível que há tempos não vejo. Eles traçam a história de algumas personagens até o momento presente, de forma tão simples e objetiva que não distrai o público da história principal, e ainda chama a atenção toda vez que é feito, de tão perfeito.
Irreversível não é o tipo de filme para encontrar numa zapeada. Se você está vendo é porque leu algo sobre ele ou lhe foi indicado. E se você chegou até ele, não irá parar em seu último frame; você pelo menos tentará entender o porquê dele ser assim.
Pelo menos essa foi minha experiência: Ouvi falar, procurei, assisti, li muito sobre ele e agora escrevo minhas conclusões. Irreversível é um filme um tanto quanto perturbador, da montagem, passando pelo conteúdo até chegar nas atuações e takes.
Destaco (1) as diversas cenas contínuas (sem cortes), que monta espécies de mini blocos durante a narrativa; (2) a direção e edição, que traz uma linguagem "nervosa" as cenas, ligando-as através de uma câmera solta. E por último (3) o som do filme: que segue uma linha tão marcada, que chega a oprimir o espectador nas cenas mais tensas, chegando a ser irritante, intrigante e alucinante (realmente cansa o cérebro).
Pesquisando melhor sobre o som, descobri que: Os 30 minutos iniciais foram montados (de forma proposital, pelo diretor) em frequência baixa de 28 Hz, o que pode causar náuseas e tonturas quando expostos por um certo período de tempo, de forma constante (é mole?).
Enfim, assistir IRREVERSÍVEL é algo que realmente não tem volta; é trabalho para quem tem estômago forte, pois é polêmico (chegou a ser considerado "repulsivo e doentio", em Cannes), mas ao mesmo tempo é um filme indicado para quem curte a sétima arte, já que é no mínimo interessante e leva as pessoas a verem formas alternativas de se fazer cinema.
Mais opiniões sobre filmes e outros vídeos, acessem: http://brunobiondo.blogspot.com/
Mais uma grata surpresa da PIXAR para o seu público. Trata-se de um dos melhores curtas já produzidos pelo estúdio, perdendo apenas para Partly Cloudy (na minha opinião). Ele capta toda a essência da Pixar, do início ao fim: Simples, sutil, bem roteirizado e com ótima trilha/sound design. Outro destaque é a ausência de falas no filme, o tornando ainda mais UNIVERSAL, como o início de UP! Altas Aventuras. Além disso, ele casou perfeitamente com o filme principal (em que foi exibido) Valente, pois ambos tratam de crianças que seguem o seu próprio caminho "confrontando" as suas tradicionais famílias, mas o curta é tão bom que chega a roubar a cena do filme principal. Para quem ainda não viu, postei em meu blog:
Frankenweenie é o filme que traz de volta (a vida), o bom e velho, Tim Burton. Muito criticado por seus últimos filmes, essa animação, em stop motion e em P&B, é a essência que muitos falavam que o diretor havia perdido. O filme é uma homenagem aos clássicos filmes de terror, e principalmente, as outras obras de Burton (destaque para o professor de ciências, clara referência à Vincent Price). E é isso que destaco no filme: É tanta referência, que ele se torna o resumo perfeito do estranho mundo de Tim Burton, sendo tudo que os fãs queriam ver. Outra coisa a se destacar é o 3D do filme, que realmente é um 3D, pois realça as texturas dos objetos, interage com a cena, através dos movimentos de câmera, entre outras coisas que vão muito além de objetos voando no rosto do público. A trilha é outra coisa inquestionável: belíssima e super pontual. Enfim, se eu for enumerar todas as coisas, ficarei comentando cena a cena, de tanto que gostei do filme. Recomendo muito!
El Empleo é um curta argentino, melancólico e bem crítico. Como já disseram por aqui, trata-se de uma visão da desumanização do ser humano, em meio ao seu cotidiano, onde são tratados como meros objetos, valendo pelo que produzem, não pelo que são. Impressionante e recomendo!
Ótima animação, que conta com uma trilha S-E-N-S-A-C-I-O-N-A-L (rock do começo ao fim). Busca fugir de uma história tradicional de super heróis, criando um anti-herói bastante cativante. Passa por todos os clichês de filmes com heróis, mas tira sarro de tudo e isso o deixa ainda mais original. Super divertido, tanto para crianças, quanto para adultos, pois possui diversas referências externas ao filme. Recomendo!
Admiro muito os filmes que possuem uma linguagem simples. Acredito que é nessa simplicidade que eles se diferem de outros, e ao mesmo tempo, encantam um público mais diversificado. O curta Kiwi! é um exemplo disso. Mesmo sem falas, ele transmite uma mensagem de fácil entendimento, não importa de onde você veio ou que língua você fale. Simplesmente incrível. Recomendo!
Uma prova de amor é um filme de tema comum e com final já esperado. Porém, é levado de forma tão delicada e pontual que foge do padrão. As atuações são belíssimas, não tendo como não se envolver e emocionar. Este, com certeza, já entrou para minha lista de filmes a serem comprados e favoritados. Recomendo!
Uma grata surpresa. Vi por acaso, em uma viagem de avião, e achei incrível. É um drama, com tema muito delicado e por esse motivo, tinha tudo para ser óbvio e choroso. Porém, ele é trabalhado exatamente de forma oposta, com muito bom humor, o que me fez gargalhar em alguns momentos, mas mesmo assim, ficar com a garganta seca em outros. Sua trilha sonora é muito boa, e ajuda a tornar o tema mais suave. Para completar, as atuações de Omar Sy e François Cluzet são impecáveis. Resumindo, é um filme emocionante, bem feito, bem humorado e, principalmente, inspirador. Recomendo!
"Os Mercenários 2" possue humor e pancadaria de 1ª qualidade. O ritmo do filme é impressionante: ação do começo ao fim, com muita explosão, tiro, facada, briga, e o melhor de tudo, é tudo feito pelas maiores feras do cinema brucutu mundial. Vale muito a pena assistir todos esses brucutus fazendo piadas de si mesmos e quebrando tudo como sempre. É diversão garantida. Recomendo e já favoritei.
Dentre os filmes de esporte, "The Fighter" já está entre os meus favoritos. Baseado em fatos reais, o filme - como muitos do gênero - se enreda na saga do herói, que enfrenta muitas dificuldades até conseguir o que busca. Mas a história desse filme vai além disso, ela possui um foco familiar interessantíssimo. Além disso, o filme conta com atuações muito boas, com destaque para Christian Bale que rouba a cena em diversos momentos. Mesmo assim os outros atores não deixam a desejar, tanto que receberam diversas indicações para prêmios, incluindo o Oscar. A direção também é algo a se destacar, inclusive a de fotografia, que trás as lentes das lutas, olhares bem próximos a das transmissões de boxe da década de 90. Enfim, um filme interessante, com atuações niveladas por cima e uma direção impecável. Recomendo!
Com personagens divertidos e carismáticos, Brave possui uma história gostosa de se ver. É mais uma bela animação para se ter na coleção, mas não chega a ser um espetáculo. Como já disseram aqui no Filmow, a Pixar nos acostumou muito mal e esse filme, comparado aos outros, deixa a desejar. Mesmo assim, não tira seu brilho e o filme garante seu lugar entre os bons do gênero. Recomendo!
O filme possui um ritmo muito bom, com atuações marcantes e, apesar dos clichês, uma história boa e muito forte. Além disso, a pancadaria é da melhor qualidade, o que me fez lembrar os primórdios do UFC, em que lutadores davam a alma para aguentar mais de uma luta por dia. Enfim, um filmaço. Recomendo!
Dezessete
3.8 122 Assista AgoraFilme despretensioso, com ótimos diálogos (e atuações), além de uma bonita história. Assistam! ❤️
O Bom Dinossauro
3.7 1,0K Assista AgoraO Bom Dinossauro, como todo filme da Pixar, carrega o peso de ter que ser inovador, emocionante, poderoso, bonito e (coloque aqui qualquer outro bom adjetivo).
O problema é que O Bom Dinossauro carrega dois grandes pesos a mais que todos os outros:
1º - Uma conturbada mudança de roteiro e equipe, o que acarretou num adiamento de mais de 1 ano e meio do seu lançamento.
2º - Vir logo após uma das maiores obras primas da Pixar: Divertida Mente.
Isso tudo podia pesar negativamente... e pesou!
O filme tem um roteiro bem batido (o que dá certa sensação de déjà vu a cada cena), personagens rasos (que são introduzidos e tirados muito rapidamente do filme) e não chega nem perto de entusiasmar o público como outras animações da empresa. É todo pautado em referências cinematográficas, como o Rei Leão, mas não passa disso: uma homenagem a grandes obras. Aliás, ele faz tanta referência a Disney, que podemos dizer que mais parece uma produção Disney do que Pixar, tamanha dicotomia presente no enredo. É tudo sempre contrastante: o bonzinho/o malvado, o covarde/o corajoso, a raiva/o amor. Não tem meio termo!
O ponto positivo fica por conta dos cenários: Algo super realista, nunca antes visto nem mesmo na Pixar. Chega a chamar mais atenção que os próprios personagens, em certas cenas. Porém, fica por aí, um filme bonitinho de se ver que veio cumprir tabela.
Mas não se enganem, não é um filme ruim. Em qualquer outro estúdio, esse filme ganharia uma nota 7 (ou quem sabe, até mesmo um 7,5), mas a Pixar não é qualquer estúdio e isso pesa muito em qualquer julgamento que se faz dela. Comparado as suas outras obras, O Bom Dinossauro não passa de um filme mediano, o que para mim seria nota 6. Uma pena, esperava (queria) mais dele!
O Primeiro Amor
4.1 1,3K Assista AgoraFlipped é o tipo de filme que é excelente por ser simples e é simples de forma excelente. Méritos do diretor e do ótimo roteiro, que conduzem de forma super delicada a história de cada personagem. Não tem um ponto sem nó em toda obra. Desde o cenário, passando pela trilha sonora até o figurino: tudo é muito bem encaixado! Vale um destaque super especial para a doçura de Madeline Carroll (que menina fofa!). Ela cativa qualquer um que assista o filme.
Que grata surpresa tê-lo encontrado para assistir. Super recomendo!
House of Cards (2ª Temporada)
4.6 497A segunda temporada aumentou ainda mais o nível da série. Continuo destacando: (1) as atuações. Não vejo nenhum ator destoando do restante do elenco, estão todos muito bem na trama. (2) O roteiro está ainda melhor. Com diálogos longos e complexos, mas ao mesmo tempo interessantes e úteis para a trama. (3) Os diálogos impagáveis de Frank Underwood com a "câmera". Quebrando a chamada quarta parede e nos aproximando do personagem principal, a ponto de nos tornarmos cúmplices de seus atos. E por fim (4) a impressionante facilidade com que fazem planos simétricos. Desde a primeira temporada isso chama muita atenção, tamanho zelo no alinhamento de cada detalhe. Lendo mais a respeito, descobri que isso é dedo do diretor David Fincher, que proibiu steadicam, lentes zoom e câmera na mão na série. Para ele, tudo deveria ser muito composto para comunicar um senso de poder e espaço. Um bom exemplo são as últimas cenas, do último episódio. Isso é incrível e me faz lembrar muito o mestre Kubrick, que sempre utilizou esses planos simétricos e cheios de profundidade em seus filmes.
House of Cards (1ª Temporada)
4.5 611 Assista AgoraHouse of Cards é uma série que já chama a atenção na vinheta. Composta por belos time lapses da cidade de Washington (algo de tirar o fôlego), o espectador já sente de cara a grandiosidade e o esmero que a Netflix teve ao produzir a série.
Nessa primeira temporada, destaco: (1) nomes de peso, como Kevin Spacey, David Fincher e Robin Wright, numa produção feita exclusivamente para web. (2) A adaptação do roteiro; muito bem escrito. A série traz diálogos longos e complexos, mas ao mesmo tempo interessantes e úteis para a trama, o que não os torna chatos e sim, nos prende ainda mais na tela. (3) Os diálogos de Frank Underwood com a "câmera", quebrando a chamada quarta parede e nos aproximando do personagem principal, a ponto de nos tornarmos cúmplices de seus atos. (4) E as excelentes atuações, não só dos personagens principais como Kevin Spacey e Robin Wright (que dispensam comentários), mas também de atores como Corey Stoll (Peter Russo) e Michael Kelly (Doug Stamper) que engrandecem ainda mais a produção.
Destaco ainda, (5) o 11º episódio dessa temporada. É nele, que o queixo cai e o espectador tem a dimensão dos limites de Frank em busca de seus objetivos. Tudo que destaquei acima, está super evidente nesse episódio.
Eu, publicitário que sou, não pude deixar de notar também o excelente uso de Product Placements na série (APRENDE GLOBO!). Para quem não sabe o que é, são inserções de marcas (como em um Merchandising), porém sem a necessidade de se falar do produto. Algo mais suave ao olho e ao ouvido do espectador, já que o produto está inserido de forma mais natural no enredo, compondo a cena. Destaco o uso dos produtos da (1) Apple: mais pela quantidade de aparecimentos, do que pela qualidade com que aparecem; diferente dos sapatos (2) Louboutin, que engrandecem o poder e a elegância da personagem Claire; assim como a (3) Ray-ban, que também ajuda a traçar a personalidade da personagem.
Enfim, House of Cards é uma trama política super bem escrita, bem interpretada e bem produzida: é mais um ponto da Netflix, em meio a diversas produções ruins que surgem todos os dias. Recomendo muito!
Sherlock (3ª Temporada)
4.6 634 Assista AgoraSherlock continua mantendo seu ótimo nível, do começo ao fim.
Destaco - além dos itens de costume como (1) a estrutura enxuta de 3 episódios, com 90 minutos cada. (2) A linguagem da série, que traz o público para dentro da cabeça de Sherlock. (3) As transições de cenas, de deixar qualquer editor com inveja. (4) As atuações, que se provam melhores a cada episódio. (5) E a fotografia da série - (6) o seu enredo.
Foi genial não solucionarem o mistério do final da 2ª temporada. Acredito que não dar uma explicação de como Sherlock fingiu sua própria morte, e deixar todos especulando, inclusive os próprios personagens da série, é algo incrível. Mais uma prova que bons roteiro não precisam mastigar cada cena para o espectador, muito pelo contrário, podem até esconder algo e deixar ainda mais interessante, como foi nesse caso.
Recomendo novamente a todos!
Sherlock (2ª Temporada)
4.7 606 Assista AgoraAinda melhor que a 1ª temporada, a 2ª apresenta ao público alguns dos principais personagens do mundo de Sherlock Holmes.
Continuo destacando na série (1) essa estrutura enxuta de 3 episódios, com 90 minutos cada. (2) A linguagem da série, que leva o público para dentro da cabeça de Sherlock, passando a decifrar os enigmas junto com ele e não após tudo ser concluído. (3) Suas transições de cenas, de deixar qualquer editor com inveja. (4) As atuações estão cada vez melhores e mais surpreendentes, e não é atoa que seus atores ganham cada vez mais destaque em outras obras de Hollywood. E por fim, (5) a fotografia da série continua magnífica.
Recomendo a todos!
Sherlock (1ª Temporada)
4.6 747 Assista AgoraDiferente de todas as adaptações já feitas, a série traz os contos de Sherlock Holmes para o século XXI, e sem perder sua essência, consegue traduzir como seria a vida do detetive nos dias atuais.
Os meus destaques vão para (1) a estrutura proposta pela série: 3 episódios de 90 minutos por temporada. Cada episódio conta um conto diferente da obra original. (2) A linguagem da série. Pela primeira vez, o público é levado para dentro da cabeça de Sherlock, e passa a decifrar os enigmas junto com ele e não após tudo ser concluído. A edição (3) é fundamental para sustentar essa nova linguagem, pois é através dela que vemos, em cortes e letterings, o que Sherlock está deduzindo em suas observações. Além de trazer transições de cenas, de deixar qualquer editor com inveja. (4) As atuações são outro destaque e ajudam muito no sucesso dessa trama. Através delas (e da direção), a série soube transitar facilmente entre o humor, o drama e o suspense - uma forma muito utilizada ultimamente, mas que caiu como uma luva na série. E por fim, (5) a fotografia da série é magnífica. Traz detalhes importantes para as cenas, sem deixar a beleza do cenário (Londres) de fora.
Recomendo a todos!
Orange Is the New Black (1ª Temporada)
4.3 1,2K Assista AgoraORANGE IS THE NEW BLACK é uma série que, em meio as produções da Netflix como House of Cards (que possui um elenco de peso) e a já renomada Arrested Development, conseguiu ganhar destaque e terminar 2013 como uma das melhores produções do ano.
Com uma fórmula que mistura drama e comédia (na dose certa), a série trata de forma equilibrada os delicados assuntos que envolvem uma prisão, sem cair no estereótipo e/ou ficar tedioso.
Meu destaque vai para a montagem, com seus flashbacks; é algo incrível que há tempos não vejo. Eles traçam a história de algumas personagens até o momento presente, de forma tão simples e objetiva que não distrai o público da história principal, e ainda chama a atenção toda vez que é feito, de tão perfeito.
Irreversível
4.0 1,8K Assista AgoraIrreversível não é o tipo de filme para encontrar numa zapeada. Se você está vendo é porque leu algo sobre ele ou lhe foi indicado. E se você chegou até ele, não irá parar em seu último frame; você pelo menos tentará entender o porquê dele ser assim.
Pelo menos essa foi minha experiência: Ouvi falar, procurei, assisti, li muito sobre ele e agora escrevo minhas conclusões. Irreversível é um filme um tanto quanto perturbador, da montagem, passando pelo conteúdo até chegar nas atuações e takes.
Destaco (1) as diversas cenas contínuas (sem cortes), que monta espécies de mini blocos durante a narrativa; (2) a direção e edição, que traz uma linguagem "nervosa" as cenas, ligando-as através de uma câmera solta. E por último (3) o som do filme: que segue uma linha tão marcada, que chega a oprimir o espectador nas cenas mais tensas, chegando a ser irritante, intrigante e alucinante (realmente cansa o cérebro).
Pesquisando melhor sobre o som, descobri que: Os 30 minutos iniciais foram montados (de forma proposital, pelo diretor) em frequência baixa de 28 Hz, o que pode causar náuseas e tonturas quando expostos por um certo período de tempo, de forma constante (é mole?).
Enfim, assistir IRREVERSÍVEL é algo que realmente não tem volta; é trabalho para quem tem estômago forte, pois é polêmico (chegou a ser considerado "repulsivo e doentio", em Cannes), mas ao mesmo tempo é um filme indicado para quem curte a sétima arte, já que é no mínimo interessante e leva as pessoas a verem formas alternativas de se fazer cinema.
Mais opiniões sobre filmes e outros vídeos, acessem: http://brunobiondo.blogspot.com/
A Lua
4.5 544 Assista AgoraMais uma grata surpresa da PIXAR para o seu público. Trata-se de um dos melhores curtas já produzidos pelo estúdio, perdendo apenas para Partly Cloudy (na minha opinião). Ele capta toda a essência da Pixar, do início ao fim: Simples, sutil, bem roteirizado e com ótima trilha/sound design. Outro destaque é a ausência de falas no filme, o tornando ainda mais UNIVERSAL, como o início de UP! Altas Aventuras. Além disso, ele casou perfeitamente com o filme principal (em que foi exibido) Valente, pois ambos tratam de crianças que seguem o seu próprio caminho "confrontando" as suas tradicionais famílias, mas o curta é tão bom que chega a roubar a cena do filme principal. Para quem ainda não viu, postei em meu blog:
Frankenweenie
3.8 1,5K Assista AgoraFrankenweenie é o filme que traz de volta (a vida), o bom e velho, Tim Burton. Muito criticado por seus últimos filmes, essa animação, em stop motion e em P&B, é a essência que muitos falavam que o diretor havia perdido. O filme é uma homenagem aos clássicos filmes de terror, e principalmente, as outras obras de Burton (destaque para o professor de ciências, clara referência à Vincent Price). E é isso que destaco no filme: É tanta referência, que ele se torna o resumo perfeito do estranho mundo de Tim Burton, sendo tudo que os fãs queriam ver. Outra coisa a se destacar é o 3D do filme, que realmente é um 3D, pois realça as texturas dos objetos, interage com a cena, através dos movimentos de câmera, entre outras coisas que vão muito além de objetos voando no rosto do público. A trilha é outra coisa inquestionável: belíssima e super pontual. Enfim, se eu for enumerar todas as coisas, ficarei comentando cena a cena, de tanto que gostei do filme. Recomendo muito!
O Emprego
4.5 356El Empleo é um curta argentino, melancólico e bem crítico. Como já disseram por aqui, trata-se de uma visão da desumanização do ser humano, em meio ao seu cotidiano, onde são tratados como meros objetos, valendo pelo que produzem, não pelo que são. Impressionante e recomendo!
Megamente
3.8 1,9K Assista AgoraÓtima animação, que conta com uma trilha S-E-N-S-A-C-I-O-N-A-L (rock do começo ao fim). Busca fugir de uma história tradicional de super heróis, criando um anti-herói bastante cativante. Passa por todos os clichês de filmes com heróis, mas tira sarro de tudo e isso o deixa ainda mais original. Super divertido, tanto para crianças, quanto para adultos, pois possui diversas referências externas ao filme. Recomendo!
O Buraco Negro
4.0 85Curta de linguagem simples e objetiva, que critica muito bem a ganância humana. Recomendo!
Kiwi!
4.2 375Admiro muito os filmes que possuem uma linguagem simples. Acredito que é nessa simplicidade que eles se diferem de outros, e ao mesmo tempo, encantam um público mais diversificado. O curta Kiwi! é um exemplo disso. Mesmo sem falas, ele transmite uma mensagem de fácil entendimento, não importa de onde você veio ou que língua você fale. Simplesmente incrível. Recomendo!
Uma Prova de Amor
4.2 2,9K Assista AgoraUma prova de amor é um filme de tema comum e com final já esperado. Porém, é levado de forma tão delicada e pontual que foge do padrão. As atuações são belíssimas, não tendo como não se envolver e emocionar. Este, com certeza, já entrou para minha lista de filmes a serem comprados e favoritados. Recomendo!
Intocáveis
4.4 4,1K Assista AgoraUma grata surpresa. Vi por acaso, em uma viagem de avião, e achei incrível. É um drama, com tema muito delicado e por esse motivo, tinha tudo para ser óbvio e choroso. Porém, ele é trabalhado exatamente de forma oposta, com muito bom humor, o que me fez gargalhar em alguns momentos, mas mesmo assim, ficar com a garganta seca em outros. Sua trilha sonora é muito boa, e ajuda a tornar o tema mais suave. Para completar, as atuações de Omar Sy e François Cluzet são impecáveis. Resumindo, é um filme emocionante, bem feito, bem humorado e, principalmente, inspirador. Recomendo!
Os Mercenários 2
3.5 2,3K Assista Agora"Os Mercenários 2" possue humor e pancadaria de 1ª qualidade. O ritmo do filme é impressionante: ação do começo ao fim, com muita explosão, tiro, facada, briga, e o melhor de tudo, é tudo feito pelas maiores feras do cinema brucutu mundial. Vale muito a pena assistir todos esses brucutus fazendo piadas de si mesmos e quebrando tudo como sempre. É diversão garantida. Recomendo e já favoritei.
O Vencedor
4.0 1,3K Assista AgoraDentre os filmes de esporte, "The Fighter" já está entre os meus favoritos. Baseado em fatos reais, o filme - como muitos do gênero - se enreda na saga do herói, que enfrenta muitas dificuldades até conseguir o que busca. Mas a história desse filme vai além disso, ela possui um foco familiar interessantíssimo. Além disso, o filme conta com atuações muito boas, com destaque para Christian Bale que rouba a cena em diversos momentos. Mesmo assim os outros atores não deixam a desejar, tanto que receberam diversas indicações para prêmios, incluindo o Oscar. A direção também é algo a se destacar, inclusive a de fotografia, que trás as lentes das lutas, olhares bem próximos a das transmissões de boxe da década de 90. Enfim, um filme interessante, com atuações niveladas por cima e uma direção impecável. Recomendo!
Valente
3.8 2,8K Assista AgoraCom personagens divertidos e carismáticos, Brave possui uma história gostosa de se ver. É mais uma bela animação para se ter na coleção, mas não chega a ser um espetáculo. Como já disseram aqui no Filmow, a Pixar nos acostumou muito mal e esse filme, comparado aos outros, deixa a desejar. Mesmo assim, não tira seu brilho e o filme garante seu lugar entre os bons do gênero. Recomendo!
Guerreiro
4.0 919 Assista AgoraO filme possui um ritmo muito bom, com atuações marcantes e, apesar dos clichês, uma história boa e muito forte. Além disso, a pancadaria é da melhor qualidade, o que me fez lembrar os primórdios do UFC, em que lutadores davam a alma para aguentar mais de uma luta por dia. Enfim, um filmaço. Recomendo!
O Lorax: Em Busca da Trúfula Perdida
3.5 762 Assista AgoraLorax é um filme bonito, bastante educativo e cumpre o seu papel principal, entreter o público. Recomendo!