Que filme incrível! Amei a forma pela qual a narrativa foi construída, ligando os pontos no meio do caminho, de modo não linear, dos fatos ocorridos no início. Fiquei presa na narrativa do início ao fim. O tema é importante e necessário e invoca muitas reflexões. É angustiante, pois o tempo todo pensamos: por que não o diálogo? E aí deduzo que isso revele muito sobre a cultura local, além dos tabus sociais que inviabilizam o diálogo entre todas as pessoas envolvidas. Mas o pulo do gato, ao mesmo tempo, revela que provavelmente as pessoas lidariam do melhor modo possível com a situação dos meninos, pois tanto a mãe, quanto o professor e a diretora, se revelam muito queridos. O final me tocou profundamente e me fez chorar muito. Que filme cuidadoso e cheio de afeto. É preciso um olhar muito sensível para falar sobre as consequências dos preconceitos sociais existentes na vida de dois meninos incríveis.
Trilha sonora impecável. Fotografia do filme maravilhosa, como todos do Spike Lee. É um filme leve, porém há muitas provocações reflexivas. O final é melancólico, mas não arranca a leveza construída durante toda a narrativa, tendo em vista a forma pela qual a família lida com a situação da mãe. Amei a Troy ❤️
A atuação de Bette Davis é de impressionar, só por conta disso, o filme é atemporal. A trama é muito envolvente e no decorrer do filme a situação fica cada vez mais tensa, dando muito desespero e aflição do terror psicológico que Blanche sofre. Que narrativa bem construída (exceto pelo final)! Que clássico! Só mais um PS. Bette Davis encarnou tão bem a personagem que numa das cenas que ela interage com a boneca dela e coloca o laço na cabeça, sua forma de agir é absurdamente sinistra e igual a de uma boneca, principalmente o olhar petrificante. O final não convence, ainda assim, vale assistir.
A fotografia e estética do filme são lindas. Mas, foi difícil assistir. Bem arrastado, fica meio cansativo, apesar de compreender que são as diversas memórias que vão aparecendo no decorrer do filme. A cena dele chorando na cama me pegou bastante, fiquei emocionada. O final é bem bonito também. Mas achei superestimado.
A cor do apartamento novo (quando Maria aceita a condição de Júlio de ser um pistoleiro) desde a parte da fachada até as paredes internas da casa, pra além do vaso e da camisa que Maria esfrega: vermelho, passa uma mensagem impactante sobre aquilo tudo ter sido construído na base do sangue. A loja da Havan aparecer e na sequência eles num culto da pentecostal deixa tudo provocativamente mais crítico, principalmente ao pensar no ano em que o filme foi lançado. Bem inteligente a construção da narrativa. De arrepiar pensar que essa história é baseada num fato real.
Eu gostei! Achei um filme leve, divertido, sobre o cotidiano de amores não compreendidos. Mas acho que não precisava de duas horas pra isso. No mais, que bela trilha sonora!
O que deixa tudo mais legal é a referência direta com a mitologia grega, pois Mora leva o nome das Moiras, que tentaram seduzir Ulisses enquanto ele voltava pra casa, na enorme saga de Homero. Eu comecei a assistir sem ler a sinopse e quando vi o nome familiar dela somada a paixão de um marinheiro, ficou muito claro sobre o que seria. Achei bem massa a construção da narrativa, mas dá um soninho. Rs
Gente, que filme. Anthony Hopkins está impecável. O jeito de olhar, o jeito de falar, os sonidos que ele faz com a boca, a atuação desse homem é impressionante!
Na cena que ele olha para a policial pela primeira vez, pedindo pra ver a credencial dela, mas na realidade ele quer olhá-la, é de arrepiar. A sensação que dá é que ele tira um raio x da alma dela só com o olhar e depois olha a credencial.
A brincadeira desse filme é que um dos cuidados ditos é pra não deixar o Hannibal entrar na sua mente, pois ele é manipulador. O curioso é que essa armadilha que caracteriza o Hannibal pega o/a espectador/a, visto que toda a narrativa construída coloca ele num lugar que alimenta isso, cativando quem assiste. Acho essa sacada genial, pois acaba que ficamos imersos e somos seduzidos/as pela psicopatia de Hannibal. Filmaço.
Achei esse filme incrível! Pois reconta o mito grego de Orfeu e Eurídice pela perspectiva brasileira. Como seria se eles fossem daqui? É o que o filme mostra. No mito grego, Eurídice implora para Perséfone e Hades para que ela possa voltar pro mundo dos vivos e ficar com o grande amor da sua vida, que desce ao mundo dos mortos para buscá-la. Perséfone e Hades - os deuses do submundo -, permitem que ela volte, com uma condição: que Orfeu a guie no caminho de volta, mas que em nenhum momento ele olhe para trás, para vê-la. Ele só poderia vê-la depois que eles chegassem ao mundo dos vivos. Coisa que Orfeu descumpre, e acaba olhando Eurídice, que volta para o mundo dos mortos para sempre. Para quem não conhece esse mito, muita coisa vai fazer sentido depois de conhecer. Achei genial usarem a umbanda como símbolo do gesto de Orfeu para retomar o contato com a Eurídice, mas sem poder olhar para trás. Achei incrível a sacada de chamar de Hermes o condutor dos bondes, pois Hermes é o deus mensageiro, conhecido por saber andar em todos os lugares possíveis e imagináveis. E Orfeu, no mito grego, era um grande musicista, já que é filho de Apolo, o deus que também é da música. Pra além de toda a sacada de recontar essa história de um modo tão bonito, a fotografia desse filme é maravilhosa! Dá vontade de emoldurar cada cena.
O filme começa despretensioso, com meninos sonhando em participar de um concurso, se apresentando com dança. O plano de fundo desse início são as desigualdades e dificuldades enfrentadas por eles, jovens de periferia. Há uma melancolia nos olhares dos meninos, mas ao mesmo tempo aqueles sonhos de juventude de poder ter fama e dinheiro através daquilo que gostam. Contudo, aos poucos, os planos deles vão se desmoronando. O cotidiano também, com a dureza da especulação imobiliária literalmente invadindo suas vidas. O clima fica cada vez mais denso e pesado, tonando-se sufocante pra quem assiste. Um filme melancólico, triste e de imersão completa nos silêncios dos espaços entre os diálogos de pai e filho, irmã e filho e amigos.
Ai gente... não rolou não. Eu confesso que julguei o filme pela capa e o começo realmente nos faz pensar que vai ser interessante. Mas, falhou na missão... como alguém disse ali embaixo, se ficasse na parte dos palhaços matando fascistas teria sido mais interessante.
Lindo. Eu não senti o tempo passar. Esse filme prende por cada detalhe, principalmente dos diálogos que ocorrem. Fiquei muito mexida, pois é um filme sobre a vida. Sobre as angústias que a gente guarda no peito mas que uma hora precisamos por pra fora de algum modo. Eu chorei demais nesse final, gente! O silêncio e ao mesmo tempo tanto sendo dito através dos sinais. Lindo, sensível, maravilhoso!
Senti falta de alguns pontos que são bem impactantes no livro. Esperava que fosse ver no filme isso também, mas a releitura de Pasolini deixou passar coisas que eu não passaria. O mensageiro de Corinto era uma parte bem impactante no livro, a presença dele para tudo. Lembro que isso me prendeu bastante na leitura. No filme achei que passou batido. Contudo, um ponto interessante: Pasolini põe à tona as teorias de que a Jocasta sabia que Édipo era seu filho, pelas expressões, pelo olhar, pelos diálogos que ela tem com Édipo. Achei muito bem construído o modo pelo qual ele incita a provocar quem assiste a pensar nessa questão.
O personagem de Jude Law era um cara que idealizava o amor, ficava fantasiando pra ver se isso talvez aguçasse sua mente pra produzir algum livro, que no fim, deu errado. Jane era a mina que também idealizava o amor, e parece que dizer quem ela realmente era, seria quebrar essa idealização (apesar dela ser a personagem mais sensata dentro de tudo isso). O médico era um cara solitário e desequilibrado que tinha o desejo da “família tradicional” e que no fim fez foi questão de dar uma de “macho alfa” e pagar de “comedor” disputando ou se mostrando o foda, como se as duas mulheres ali não fossem indivíduos com autonomia e desejo. A personagem da Júlia Roberts tava nesse bololô todo só buscando preencher algum vazio e no fim, cedeu ao seu próprio vazio, apesar de ficar difícil de saber, já que só se deduz que a personagem escolheu “não ser feliz” pelo diálogo que os dois homens têm no final do filme. Ela ficou muito apagada no final.
No fim, o que me trouxe um certo prazer, foi ver a cara de tonto do Daniel ao entender que nem a mina que ele achava que um dia estendeu o tapete pra ele passar, foi verdadeira por completo. E que bom. Dá uma certa satisfação saber que ela não contou o nome real pra ele pra ver a cara dele de paspalho no final. Ele definitivamente foi o personagem que mais me irritou.
E a pergunta que fica é: quem é o bicho de sete cabeças? E o que eu vejo, é que o bicho de sete cabeças é toda essa estrutura que aniquila e desumaniza, uma família que não dialoga com seu filho, um ambiente de tortura que foi “naturalmente” aceito pela sociedade - o manicômio (um espaço que nunca deveria existir), o dinheiro público sendo usado pra fomentar a tortura desse espaço, a medicina que é muito além de ser conivente: é aquela que legitima tudo o que ocorre ali, a mídia que criminaliza e é sensacionalista em relação a maconha... enfim, Neto foi uma das vítimas desse bicho de sete cabeças.
O estereótipo da mulher negra agressiva me incomodou bastante naquele início (depois melhora). Mas me lembrei de um livro em que a autora bell hooks comenta acerca desses estereótipos na indústria cinematográfica. Fora essa questão, é um belo filme. Personagens curiosos e apesar de não haver muito diálogo, é um filme que prende bastante. A música tocada no decorrer do filme pelo menino deixa tudo ainda mais poético e bonito. É sobre amizade, sobre afeto, sobre acolhimento também, ainda que isso não seja dito, mas feito, com ações muito significativas.
Um filme sobre a vida como ela é... sobre entender que as coisas mudam no processo, que há situações que ficam insustentáveis para vivenciar, ainda que o amor prevaleça. Se nos anula, se nos apaga, se nos deixa solitários dentro de algo que é pra ser potente, é preciso deixar ir. E deixar ir é um processo longo, doloroso, vagaroso. E o filme mostra isso, mostra esse processo lento e as etapas, todas elas. Da raiva à aceitação. Belíssimo!
Um clássico dos anos 90 que merece ser visto principalmente pela atuação impecável de Whoopi Goldberg. Ela é uma atriz espetacular e dificilmente o filme teria o mesmo impacto sem a presença dela.
Eu chorei de rir assistindo! E o melhor é ver a ironia: as moças sofrendo por um velho covarde e bonachão. Me apaixonei pelo Antonio Banderas nesse filme. E a outra com o namorado terrorista? Hahahah fantástico!
Filmaço. Baita elenco, mas tire pra assistir num dia que a sua cabeça esteja boa, pois é bem pesado. Todo o decorrer do filme é um clima angustiante e sufocante.
Monstro
4.3 262 Assista AgoraQue filme incrível!
Amei a forma pela qual a narrativa foi construída, ligando os pontos no meio do caminho, de modo não linear, dos fatos ocorridos no início. Fiquei presa na narrativa do início ao fim. O tema é importante e necessário e invoca muitas reflexões.
É angustiante, pois o tempo todo pensamos: por que não o diálogo? E aí deduzo que isso revele muito sobre a cultura local, além dos tabus sociais que inviabilizam o diálogo entre todas as pessoas envolvidas. Mas o pulo do gato, ao mesmo tempo, revela que provavelmente as pessoas lidariam do melhor modo possível com a situação dos meninos, pois tanto a mãe, quanto o professor e a diretora, se revelam muito queridos.
O final me tocou profundamente e me fez chorar muito. Que filme cuidadoso e cheio de afeto. É preciso um olhar muito sensível para falar sobre as consequências dos preconceitos sociais existentes na vida de dois meninos incríveis.
Crooklyn - Uma Família de Pernas pro Ar
3.8 36 Assista AgoraTrilha sonora impecável. Fotografia do filme maravilhosa, como todos do Spike Lee.
É um filme leve, porém há muitas provocações reflexivas. O final é melancólico, mas não arranca a leveza construída durante toda a narrativa, tendo em vista a forma pela qual a família lida com a situação da mãe. Amei a Troy ❤️
O Beijo no Asfalto
3.8 124Bruno Barreto adaptando Nelson Rodrigues com uma baita gama de atores/atrizes maravilhosos só podia dar bom.
O Que Terá Acontecido a Baby Jane?
4.4 829 Assista AgoraA atuação de Bette Davis é de impressionar, só por conta disso, o filme é atemporal. A trama é muito envolvente e no decorrer do filme a situação fica cada vez mais tensa, dando muito desespero e aflição do terror psicológico que Blanche sofre. Que narrativa bem construída (exceto pelo final)! Que clássico!
Só mais um PS. Bette Davis encarnou tão bem a personagem que numa das cenas que ela interage com a boneca dela e coloca o laço na cabeça, sua forma de agir é absurdamente sinistra e igual a de uma boneca, principalmente o olhar petrificante.
O final não convence, ainda assim, vale assistir.
Aftersun
4.1 701A fotografia e estética do filme são lindas. Mas, foi difícil assistir. Bem arrastado, fica meio cansativo, apesar de compreender que são as diversas memórias que vão aparecendo no decorrer do filme.
A cena dele chorando na cama me pegou bastante, fiquei emocionada. O final é bem bonito também.
Mas achei superestimado.
O Nome da Morte
3.4 155Baita filme.
A cor do apartamento novo (quando Maria aceita a condição de Júlio de ser um pistoleiro) desde a parte da fachada até as paredes internas da casa, pra além do vaso e da camisa que Maria esfrega: vermelho, passa uma mensagem impactante sobre aquilo tudo ter sido construído na base do sangue. A loja da Havan aparecer e na sequência eles num culto da pentecostal deixa tudo provocativamente mais crítico, principalmente ao pensar no ano em que o filme foi lançado. Bem inteligente a construção da narrativa. De arrepiar pensar que essa história é baseada num fato real.
Licorice Pizza
3.5 596Eu gostei! Achei um filme leve, divertido, sobre o cotidiano de amores não compreendidos. Mas acho que não precisava de duas horas pra isso.
No mais, que bela trilha sonora!
A Noite do Terror
3.4 21 Assista AgoraO que deixa tudo mais legal é a referência direta com a mitologia grega, pois Mora leva o nome das Moiras, que tentaram seduzir Ulisses enquanto ele voltava pra casa, na enorme saga de Homero. Eu comecei a assistir sem ler a sinopse e quando vi o nome familiar dela somada a paixão de um marinheiro, ficou muito claro sobre o que seria. Achei bem massa a construção da narrativa, mas dá um soninho. Rs
O Silêncio dos Inocentes
4.4 2,8K Assista AgoraGente, que filme. Anthony Hopkins está impecável. O jeito de olhar, o jeito de falar, os sonidos que ele faz com a boca, a atuação desse homem é impressionante!
Na cena que ele olha para a policial pela primeira vez, pedindo pra ver a credencial dela, mas na realidade ele quer olhá-la, é de arrepiar. A sensação que dá é que ele tira um raio x da alma dela só com o olhar e depois olha a credencial.
A brincadeira desse filme é que um dos cuidados ditos é pra não deixar o Hannibal entrar na sua mente, pois ele é manipulador. O curioso é que essa armadilha que caracteriza o Hannibal pega o/a espectador/a, visto que toda a narrativa construída coloca ele num lugar que alimenta isso, cativando quem assiste. Acho essa sacada genial, pois acaba que ficamos imersos e somos seduzidos/as pela psicopatia de Hannibal. Filmaço.
Orfeu do Carnaval
3.7 123 Assista AgoraAchei esse filme incrível! Pois reconta o mito grego de Orfeu e Eurídice pela perspectiva brasileira. Como seria se eles fossem daqui? É o que o filme mostra. No mito grego, Eurídice implora para Perséfone e Hades para que ela possa voltar pro mundo dos vivos e ficar com o grande amor da sua vida, que desce ao mundo dos mortos para buscá-la. Perséfone e Hades - os deuses do submundo -, permitem que ela volte, com uma condição: que Orfeu a guie no caminho de volta, mas que em nenhum momento ele olhe para trás, para vê-la. Ele só poderia vê-la depois que eles chegassem ao mundo dos vivos. Coisa que Orfeu descumpre, e acaba olhando Eurídice, que volta para o mundo dos mortos para sempre.
Para quem não conhece esse mito, muita coisa vai fazer sentido depois de conhecer. Achei genial usarem a umbanda como símbolo do gesto de Orfeu para retomar o contato com a Eurídice, mas sem poder olhar para trás. Achei incrível a sacada de chamar de Hermes o condutor dos bondes, pois Hermes é o deus mensageiro, conhecido por saber andar em todos os lugares possíveis e imagináveis. E Orfeu, no mito grego, era um grande musicista, já que é filho de Apolo, o deus que também é da música.
Pra além de toda a sacada de recontar essa história de um modo tão bonito, a fotografia desse filme é maravilhosa! Dá vontade de emoldurar cada cena.
White Building
3.3 2O filme começa despretensioso, com meninos sonhando em participar de um concurso, se apresentando com dança. O plano de fundo desse início são as desigualdades e dificuldades enfrentadas por eles, jovens de periferia. Há uma melancolia nos olhares dos meninos, mas ao mesmo tempo aqueles sonhos de juventude de poder ter fama e dinheiro através daquilo que gostam. Contudo, aos poucos, os planos deles vão se desmoronando. O cotidiano também, com a dureza da especulação imobiliária literalmente invadindo suas vidas. O clima fica cada vez mais denso e pesado, tonando-se sufocante pra quem assiste. Um filme melancólico, triste e de imersão completa nos silêncios dos espaços entre os diálogos de pai e filho, irmã e filho e amigos.
Balada do Amor e do Ódio
3.7 302Ai gente... não rolou não. Eu confesso que julguei o filme pela capa e o começo realmente nos faz pensar que vai ser interessante. Mas, falhou na missão... como alguém disse ali embaixo, se ficasse na parte dos palhaços matando fascistas teria sido mais interessante.
Drive My Car
3.8 382 Assista AgoraLindo. Eu não senti o tempo passar. Esse filme prende por cada detalhe, principalmente dos diálogos que ocorrem.
Fiquei muito mexida, pois é um filme sobre a vida. Sobre as angústias que a gente guarda no peito mas que uma hora precisamos por pra fora de algum modo.
Eu chorei demais nesse final, gente! O silêncio e ao mesmo tempo tanto sendo dito através dos sinais. Lindo, sensível, maravilhoso!
Édipo Rei
3.8 54Senti falta de alguns pontos que são bem impactantes no livro. Esperava que fosse ver no filme isso também, mas a releitura de Pasolini deixou passar coisas que eu não passaria. O mensageiro de Corinto era uma parte bem impactante no livro, a presença dele para tudo. Lembro que isso me prendeu bastante na leitura. No filme achei que passou batido.
Contudo, um ponto interessante: Pasolini põe à tona as teorias de que a Jocasta sabia que Édipo era seu filho, pelas expressões, pelo olhar, pelos diálogos que ela tem com Édipo. Achei muito bem construído o modo pelo qual ele incita a provocar quem assiste a pensar nessa questão.
Nota 7/10
Tróia
3.6 1,2K Assista AgoraPeço licença ao grande Casimiro (herói brasileiro) pra usar uma expressão dele ao falar desse filme:
Hollywood pegou a mitologia grega e fez um filme À MODA CARALHO cagando tudo.
Não dá, gente!
Closer: Perto Demais
3.9 3,3K Assista AgoraO personagem de Jude Law era um cara que idealizava o amor, ficava fantasiando pra ver se isso talvez aguçasse sua mente pra produzir algum livro, que no fim, deu errado. Jane era a mina que também idealizava o amor, e parece que dizer quem ela realmente era, seria quebrar essa idealização (apesar dela ser a personagem mais sensata dentro de tudo isso). O médico era um cara solitário e desequilibrado que tinha o desejo da “família tradicional” e que no fim fez foi questão de dar uma de “macho alfa” e pagar de “comedor” disputando ou se mostrando o foda, como se as duas mulheres ali não fossem indivíduos com autonomia e desejo. A personagem da Júlia Roberts tava nesse bololô todo só buscando preencher algum vazio e no fim, cedeu ao seu próprio vazio, apesar de ficar difícil de saber, já que só se deduz que a personagem escolheu “não ser feliz” pelo diálogo que os dois homens têm no final do filme. Ela ficou muito apagada no final.
No fim, o que me trouxe um certo prazer, foi ver a cara de tonto do Daniel ao entender que nem a mina que ele achava que um dia estendeu o tapete pra ele passar, foi verdadeira por completo. E que bom. Dá uma certa satisfação saber que ela não contou o nome real pra ele pra ver a cara dele de paspalho no final. Ele definitivamente foi o personagem que mais me irritou.
Não Olhe para Cima
3.7 1,9K Assista AgoraTinha potencial, principalmente pela crítica social que pretende fazer e por atores e atrizes maravilhosos. Porém, achei bem fraco :(
O Tigre e o Dragão
3.6 455 Assista AgoraBelíssimo! Há licença poética para as/os espadachins voando.
Que fotografia!
Bicho de Sete Cabeças
4.0 1,1K Assista AgoraE a pergunta que fica é: quem é o bicho de sete cabeças?
E o que eu vejo, é que o bicho de sete cabeças é toda essa estrutura que aniquila e desumaniza, uma família que não dialoga com seu filho, um ambiente de tortura que foi “naturalmente” aceito pela sociedade - o manicômio (um espaço que nunca deveria existir), o dinheiro público sendo usado pra fomentar a tortura desse espaço, a medicina que é muito além de ser conivente: é aquela que legitima tudo o que ocorre ali, a mídia que criminaliza e é sensacionalista em relação a maconha... enfim, Neto foi uma das vítimas desse bicho de sete cabeças.
Bagdad Café
4.0 242 Assista AgoraO estereótipo da mulher negra agressiva me incomodou bastante naquele início (depois melhora). Mas me lembrei de um livro em que a autora bell hooks comenta acerca desses estereótipos na indústria cinematográfica.
Fora essa questão, é um belo filme. Personagens curiosos e apesar de não haver muito diálogo, é um filme que prende bastante.
A música tocada no decorrer do filme pelo menino deixa tudo ainda mais poético e bonito.
É sobre amizade, sobre afeto, sobre acolhimento também, ainda que isso não seja dito, mas feito, com ações muito significativas.
História de um Casamento
4.0 1,9K Assista AgoraUm filme sobre a vida como ela é... sobre entender que as coisas mudam no processo, que há situações que ficam insustentáveis para vivenciar, ainda que o amor prevaleça. Se nos anula, se nos apaga, se nos deixa solitários dentro de algo que é pra ser potente, é preciso deixar ir. E deixar ir é um processo longo, doloroso, vagaroso. E o filme mostra isso, mostra esse processo lento e as etapas, todas elas. Da raiva à aceitação. Belíssimo!
Ghost: Do Outro Lado da Vida
3.6 1,6K Assista AgoraUm clássico dos anos 90 que merece ser visto principalmente pela atuação impecável de Whoopi Goldberg. Ela é uma atriz espetacular e dificilmente o filme teria o mesmo impacto sem a presença dela.
Mulheres à Beira de um Ataque de Nervos
4.0 550 Assista AgoraEu chorei de rir assistindo!
E o melhor é ver a ironia: as moças sofrendo por um velho covarde e bonachão.
Me apaixonei pelo Antonio Banderas nesse filme.
E a outra com o namorado terrorista? Hahahah fantástico!
O Patrão: Radiografia de um Crime
3.9 56 Assista AgoraFilmaço. Baita elenco, mas tire pra assistir num dia que a sua cabeça esteja boa, pois é bem pesado. Todo o decorrer do filme é um clima angustiante e sufocante.