Daphne e Rogério

Eu já teria revirado cada milímetro daquele cenário de “The Sims” no primeiro dia. Teria tentado entrar em todas as casas e buracos possíveis, teria destruído a casa cada dia de um jeito diferente e explodido o moleque na primeira oportunidade, ou em todas as oportunidades que surgissem, se ele reaparecesse diariamente (como aconteceu com a casa quando colocaram fogo). Ou pior, ia tentar torturá-lo pra arrancar alguma informação ou pedir resgate pros ets chefes kkkk

Maaas, já que decidiram ficar com aquela criatura, talvez devessem ter tentado explorar mais a parte emocional, tentar fazer com que ele aprendesse a amar, sentir, ter empatia, etc. Ele implorou por afeto o tempo todo e quando pensei que poderia ter uma reviravolta (na cena da dança em frente ao carro ou das nuvens), logo tudo volta ao insuportável normal e o pouco de atenção que o menino recebe vem em forma de interesse para tentar descobrir pistas de como sair dali.
Entendi as metáforas citadas sobre vida perfeita, família margarina, etc mas pra mim a mensagem principal era clara: “crie a criança e vocês terão a liberdade”. Criar vai além de manter vivo, tem a ver também com cuidado, educação, inteligência emocional e pertencimento. E acho que talvez eles tenham falhado nisso. Ou não… ou a libertação era a morte física mesmo de tanto desgaste (físico, no caso do pai e mental no caso da mãe) e só. Tudo isso pra poderem criar mais um corretor de imóveis extraterrestre pra vender casas perfeitas no condomínio de Lúcifer! :)