sempre é mais fácil culparmos aos outros pela nossa própria infelicidade, uma vida levada sem a autenticidade que ela pede, nos faz cair no buraco do outro facilmente, muitas vezes porque não cavamos o nosso próprio. gostei bastante.
o filme é lento e muito simples. não tem muito além daquilo que ele mostra, seus diálogos não escondem grandiosidades pretensas, e ele não é pretensioso, o que me fez gostar dele. é um filme que dura pelo que ele é. e é um filme de trabalho, de função, de ser uma peça funcional e alegre em um sistema que mata, e ainda mais, buscar ser o mais eficiente possível em sua tarefa. sua família está ali, todos sabem o que acontece ao lado, todos pedem para permanecer nesse lugar, nessa vida. quando falam de como o nazismo na alemanha ditou o funcionamento do mundo do trabalho (seja pela criação de conceitos e novas empresas que então se tornaram multinacionais) principalmente pelo corpo. o corpo levado a exaustão e então descartado, o corpo destituído de passado, de quem é, o corpo menos que o animal não-humano, o corpo para o trabalho. a mente dos gestores para pensar como gerir bem esse corpo. para além de um fazer altamente disciplinar entre os seus gestores, o nazismo e a solução final foram exemplos capitalísticos de pura necropolítica. A gente sempre esquece disso quando visita seus museus, seus troféus, quando acredita e segue fielmente o neoliberalismo, quando elogia os países europeus pelos seus bons IDH's, pela sua baixa criminalidade, quando deseja morar lá por tudo que conquistaram e a riqueza que construíram em cima de cadáveres e cadáveres, como boa parte dos primeiros Estados Nação, e dos mais recentes, como Israel. Com o sangue de quem foram feitos os seus, os meus, os nossos olhos? já diria Donna Haraway. Precisamos lembrar que todo monumento histórico é um monumento de barbárie. E essa barbárie é o regozijo de muitos.
onde tem virginie efira tem uma premissa bacana. bem bobo, em geral, mas é pura psicanálise encontrando cinema e explicitando o fino véu da realidade e ficção. personagens, personagens. achei bacana.
realmente parece um filme documentário. eu achei que haveriam coisas mais cruas, no sentido do que era dito em algumas reviews do filme, mas não me decepcionei, acho que o filme gera uma revolta interior misturada com uma identificação (que não costumo gostar em filmes), afinal, quem nunca fez algo, se empurrou um pouco além do próprio limite, mudou de postura e opinião, e preferências, a partir da opinião de um certo amigo? aquele que maquia tudo a ser mais leve, mais legal, mais divertido talvez, quase sempre, forçando em cima dos próprios amigos como tudo DEVE ser mais legal e divertido pra ele,
que é a Gemma, claramente incomodada pelo interesse do Badger pela Tara
O filme que é divertido ao tempo que gera uma atmosfera de "mds essas meninas sozinhas e bêbadas, que perigo!" se torna angustiante porque estamos sempre entre a animação e a angústia, culpa, tristeza e arrependimento de Tara, com aquele sentimento de "não quero mais estar aqui" tomando conta de toda cena com ela, junto com nossa vontade de correr embora junto, nem que seja pra acabar o filme. muito bacana.
Comecei a conhecer Kiarostami pelo belissimo, engraçado e poderoso Onde fica a casa do meu amigo? Pesquisei com o filme, com Ahmad, com o velho carpinteiro, seus caminhos em zigue-zague e o fazer de uma infância. Agora, vejo Sabor de Cereja com a calma necessária a ele. Um filme profundamente poético, como Kiarostami é, poeta de muitas linguagens, do cinema, da poesia literária, das imagens, dos sons, da geografia do lugar que filma, porque ele é profundamente imerso no lugar do qual fala, de onde filma e com quem faz isso. Poderoso, quero muito ver os outros dele.
filme muito bom, que realmente o principal é o elenco. julianne e natalie são já esperadas de se ter uma atuação interessante, profunda, mesmo com a moore sendo mais básica (achei assim) vou fingir e comprei bem a ideia de que a própria gracie faz de si uma personagem, uma insinuação de inocência, ingenuidade, aquela que sempre foi protegida e que caiu nas mãos de um amor proibido, pura sensibilidade à flor da pele, a cobra que não morde mas morde, e ela assopra a mordida, acaricia a presa enquanto continua sufocando ela. e todos se sufocam, mesmo georgie, mesmo cassidy, se não é real que eles se veem, estão bem, tudo está bom em família, talvez eles mesmos se convencem fortemente disso, afinal, é o que ser família? fingir, aparentemente sim, visto a encenação de família que é a gracie, joe e seus três filhos. mas, a salva de palmas principal eu dou ao Charlie Melton. a postura, a voz, o olhar, o rosto, os traços, a expressão, a tremedeira, a hesitação, tipicamente adolescente e adulta? ao mesmo tempo se vê ele aos 13, e se vê muito bem como ter sido quem foi aos 13, acontecido o que aconteceu, o fez ser quem é aos 35. um menino tornado sedutor, tornado amante, tornado jovem pai, tornado adulto, tornado pai, tornado marido, mas não feito, ou feito a si mesmo desse jeito. tornado, sim. o personagem joe não é infantilizado, necessariamente, ele exibe sua camada de uma infância cristalizada, do feito e não feito, mas principalmente do não-dito. jovem tímido que uma adulta enxergou. há uma sombra, um acinzentamento nele ao trabalhar, ao ser pai, uma inadequação que não está na fala, na preocupação, nem no tom ou no corpo ou nas marcas de expressão do rosto mas em tudo! a inadequação não está visível e ao mesmo tempo está completamente exposta no estranhamento de cada cena. o sexo mostrado é estranho justamente por isso. não há mais aquela diferença de idade, não se exibe inadequação mas ainda assim
(não atribuo isso à elizabeth estar uma dupla da gracie! ou não tão somente a isso)
mas a esse véu de inadequação, de pequenez, que marca os movimentos, e pensamentos rápidos de joe, que torna a si mesmo adulto em pequenos e breves vislumbres ao longo do filme. a natalie é sublime pela pura metalinguagem que seu corpo se torna. é uma atriz que se faz atriz três vezes. uma de sua persona, duas de sua elizabeth, três de sua gracie. quando chegamos ao jantar em família, após ele, elizabeth se torna uma sombra, que novamente, apenas vislumbres se fazem mostrar. filme muito bom, apesar dos diálogos (talvez propositalmente ja que o que nao rola mesmo nesse circulo de personagens é dialogo) e um final pessimo. o joe no canto do estádio na formatura dos próprios filhos foi uma puta cena. quando ele diz que tudo vai mudar e que ele não consegue imaginar é esses filhos, que nunca realmente foram seus, ou ao menos que ele nunca realmente se tornou um pai, se vão. e por um minuto, eu vejo ele se tornando ali.
uma graça de filme. a shay mitchell sempre combina com uma personagem de enjoada kkkkkkkkkkkkk pena que o ator é lindo mas nao tem quimica nenhuma com nenhuma das atrizes
li esse livro adolescente, alegre de ver como ele é leve e divertido ao mesmo tempo. ótimo filme pra passar uma horinha tranquila, com cabeça solta e de boa.
muito bom!!!!!! aula de metalinguagem, porém assassino um pouco previsivel ne meio ruim que eles sempre botam os assassinos tranquilos, agindo ok e na hora do finale dão uma despirocada federal
achei ok, mas até parece que um homem ia mudar de estrutura total dps de umas horinhas de crise. amo a alisson brie, merecia mais destaque, ela em horse girl é absurdaaaaa
Anatomia de uma Queda
4.0 808 Assista Agorasempre é mais fácil culparmos aos outros pela nossa própria infelicidade, uma vida levada sem a autenticidade que ela pede, nos faz cair no buraco do outro facilmente, muitas vezes porque não cavamos o nosso próprio. gostei bastante.
Bata Antes de Entrar
2.3 997 Assista Agorase eu pudesse avaliar negativamente daria -10 pra essa bomba, quase q mh mae tira o nome da minha certidão porque botei esse filme pra gente assistir.
Zona de Interesse
3.6 594 Assista Agorao filme é lento e muito simples. não tem muito além daquilo que ele mostra, seus diálogos não escondem grandiosidades pretensas, e ele não é pretensioso, o que me fez gostar dele. é um filme que dura pelo que ele é. e é um filme de trabalho, de função, de ser uma peça funcional e alegre em um sistema que mata, e ainda mais, buscar ser o mais eficiente possível em sua tarefa. sua família está ali, todos sabem o que acontece ao lado, todos pedem para permanecer nesse lugar, nessa vida. quando falam de como o nazismo na alemanha ditou o funcionamento do mundo do trabalho (seja pela criação de conceitos e novas empresas que então se tornaram multinacionais) principalmente pelo corpo. o corpo levado a exaustão e então descartado, o corpo destituído de passado, de quem é, o corpo menos que o animal não-humano, o corpo para o trabalho. a mente dos gestores para pensar como gerir bem esse corpo. para além de um fazer altamente disciplinar entre os seus gestores, o nazismo e a solução final foram exemplos capitalísticos de pura necropolítica. A gente sempre esquece disso quando visita seus museus, seus troféus, quando acredita e segue fielmente o neoliberalismo, quando elogia os países europeus pelos seus bons IDH's, pela sua baixa criminalidade, quando deseja morar lá por tudo que conquistaram e a riqueza que construíram em cima de cadáveres e cadáveres, como boa parte dos primeiros Estados Nação, e dos mais recentes, como Israel.
Com o sangue de quem foram feitos os seus, os meus, os nossos olhos? já diria Donna Haraway.
Precisamos lembrar que todo monumento histórico é um monumento de barbárie. E essa barbárie é o regozijo de muitos.
Dente Canino
3.8 1,2K Assista Agoratentando terminar esse... tá difícil
Sibyl
3.2 31 Assista Agoraonde tem virginie efira tem uma premissa bacana.
bem bobo, em geral, mas é pura psicanálise encontrando cinema e explicitando o fino véu da realidade e ficção. personagens, personagens. achei bacana.
How to Have Sex
3.7 110 Assista Agorarealmente parece um filme documentário. eu achei que haveriam coisas mais cruas, no sentido do que era dito em algumas reviews do filme, mas não me decepcionei, acho que o filme gera uma revolta interior misturada com uma identificação (que não costumo gostar em filmes), afinal, quem nunca fez algo, se empurrou um pouco além do próprio limite, mudou de postura e opinião, e preferências, a partir da opinião de um certo amigo? aquele que maquia tudo a ser mais leve, mais legal, mais divertido talvez, quase sempre, forçando em cima dos próprios amigos como tudo DEVE ser mais legal e divertido pra ele,
que é a Gemma, claramente incomodada pelo interesse do Badger pela Tara
Gosto de Cereja
4.0 224 Assista AgoraComecei a conhecer Kiarostami pelo belissimo, engraçado e poderoso Onde fica a casa do meu amigo?
Pesquisei com o filme, com Ahmad, com o velho carpinteiro, seus caminhos em zigue-zague e o fazer de uma infância. Agora, vejo Sabor de Cereja com a calma necessária a ele. Um filme profundamente poético, como Kiarostami é, poeta de muitas linguagens, do cinema, da poesia literária, das imagens, dos sons, da geografia do lugar que filma, porque ele é profundamente imerso no lugar do qual fala, de onde filma e com quem faz isso. Poderoso, quero muito ver os outros dele.
Jogo Perigoso
3.5 1,1K Assista AgoraMike flanagan você sempre será maravilhoso.
Crime Imperfeito
1.7 13 Assista Agoradefinitivamente um filme já feito kkkkk péssimo
Doente de Mim Mesma
3.9 95 Assista AgoraQue agoniaaaaaaaaaaaa
A Sociedade da Neve
4.2 719 Assista Agoraai, gente, que filmaço!!!!! chorei tanto, me emocionei em inúmeros momentos. de arrepiar mesmo.
Segredos de um Escândalo
3.5 313 Assista Agorafilme muito bom, que realmente o principal é o elenco. julianne e natalie são já esperadas de se ter uma atuação interessante, profunda, mesmo com a moore sendo mais básica (achei assim) vou fingir e comprei bem a ideia de que a própria gracie faz de si uma personagem, uma insinuação de inocência, ingenuidade, aquela que sempre foi protegida e que caiu nas mãos de um amor proibido, pura sensibilidade à flor da pele, a cobra que não morde mas morde, e ela assopra a mordida, acaricia a presa enquanto continua sufocando ela. e todos se sufocam, mesmo georgie, mesmo cassidy, se não é real que eles se veem, estão bem, tudo está bom em família, talvez eles mesmos se convencem fortemente disso, afinal, é o que ser família? fingir, aparentemente sim, visto a encenação de família que é a gracie, joe e seus três filhos.
mas, a salva de palmas principal eu dou ao Charlie Melton.
a postura, a voz, o olhar, o rosto, os traços, a expressão, a tremedeira, a hesitação, tipicamente adolescente e adulta? ao mesmo tempo se vê ele aos 13, e se vê muito bem como ter sido quem foi aos 13, acontecido o que aconteceu, o fez ser quem é aos 35. um menino tornado sedutor, tornado amante, tornado jovem pai, tornado adulto, tornado pai, tornado marido, mas não feito, ou feito a si mesmo desse jeito. tornado, sim.
o personagem joe não é infantilizado, necessariamente, ele exibe sua camada de uma infância cristalizada, do feito e não feito, mas principalmente do não-dito. jovem tímido que uma adulta enxergou. há uma sombra, um acinzentamento nele ao trabalhar, ao ser pai, uma inadequação que não está na fala, na preocupação, nem no tom ou no corpo ou nas marcas de expressão do rosto mas em tudo! a inadequação não está visível e ao mesmo tempo está completamente exposta no estranhamento de cada cena.
o sexo mostrado é estranho justamente por isso. não há mais aquela diferença de idade, não se exibe inadequação mas ainda assim
(não atribuo isso à elizabeth estar uma dupla da gracie! ou não tão somente a isso)
a natalie é sublime pela pura metalinguagem que seu corpo se torna. é uma atriz que se faz atriz três vezes. uma de sua persona, duas de sua elizabeth, três de sua gracie. quando chegamos ao jantar em família, após ele, elizabeth se torna uma sombra, que novamente, apenas vislumbres se fazem mostrar.
filme muito bom, apesar dos diálogos (talvez propositalmente ja que o que nao rola mesmo nesse circulo de personagens é dialogo) e um final pessimo. o joe no canto do estádio na formatura dos próprios filhos foi uma puta cena. quando ele diz que tudo vai mudar e que ele não consegue imaginar é esses filhos, que nunca realmente foram seus, ou ao menos que ele nunca realmente se tornou um pai, se vão. e por um minuto, eu vejo ele se tornando ali.
em resumo: brabissimoooo
Um Presente da Tiffany
3.1 49uma graça de filme. a shay mitchell sempre combina com uma personagem de enjoada kkkkkkkkkkkkk pena que o ator é lindo mas nao tem quimica nenhuma com nenhuma das atrizes
Saltburn
3.5 856divertidissimo, otimas atuações e a esmerald é impecável, né? mds como q essa mulher demorou tanto pra dirigir e roteirizar? perfeita
Anônimo
3.7 741não gosto muito de ação, mas filme bom da pêga!!!!!!!!!!
O Mundo Depois de Nós
3.2 889 Assista Agorapesismokkkk sam esmail me decepcionou profundamente nesse aqui
Amor à Primeira Vista
3.5 126 Assista Agorali esse livro adolescente, alegre de ver como ele é leve e divertido ao mesmo tempo. ótimo filme pra passar uma horinha tranquila, com cabeça solta e de boa.
Pânico
3.4 1,1K Assista Agoramuito bom!!!!!! aula de metalinguagem, porém assassino um pouco previsivel ne
meio ruim que eles sempre botam os assassinos tranquilos, agindo ok e na hora do finale dão uma despirocada federal
Belo Desastre
2.3 118 Assista AgoraÉ muita vergonha alheia, bom que eles abraçaram que era ruim e se esforçaram pra entregar algo ruim engraçado
O Telefone Preto
3.5 1,0K Assista Agoraé isso que ele é. madeline mcgraw sensacional. final bacana, mas o desenvolvimento em geral fraquinho.
Entre Realidades
2.9 307 Assista Agorapq q vcs odeiam a alison brie? ela ta absurda nesse filme, gente, e o filme é incrivel, tenham paciencia de ver, namoralzinha
Alguém Que Eu Costumava Conhecer
2.7 42 Assista Agoraachei ok, mas até parece que um homem ia mudar de estrutura total dps de umas horinhas de crise. amo a alisson brie, merecia mais destaque, ela em horse girl é absurdaaaaa
Ajustando Um Amor
2.7 44 Assista Agoraqueria saber quem mentiu pro pete davidson dizendo que ele é ator.
Morte Morte Morte
3.1 639 Assista Agoramt bom kkaajjsksodkej a cena do borderline é simplesmente tudo