dany

é aquele típico humor do cinema brasileiro: grotesco e machista, o que me incomoda bastante. no entanto, do início até a metade, o filme é muito divertido, o que se deve muito às atrizes maravilhosas, que já são naturalmente cômicas. chorei de rir algumas vezes, mas não o fiz sozinha, ouvi o cinema inteiro rir (e não foram aquelas risadas falsas que vemos nas "comédias" de seriados norte-americanos, que vocês adoram puxar um saco). sobre o final, é difícil formar uma opinião. de fato, um final super criativo, onde poderia ter sido passada uma mensagem muito bacana sobre relacionamentos, é realmente uma pena ter sido tão mal executado. dói criticar filmes brasileiros, porque devemos valorizar o que é nosso, mas também devemos ajudar a melhorar o nível que temos: criticar quando for necessário, ovacionar quando for merecido.

apenas melhor diálogo dos filmes de romance. adorei o jeito que a katharina é retratada: cabeça-dura e independente. é difícil ver uma mocinha que foge do padrão de menina meiguinha. katharina é chata, mas acho que essa é uma das coisas que torna o filme especial.

intensidade é a palavra que define. que final lindo, que diálogos incríveis! a atuação do elenco inteiro foi sensacional, sem comentar que todos os papéis do filme são de dificílima interpretação, principalmente em relação às expressões faciais - é difícil fingir que você tem um problema psiquiátrico sem parecer meio forçado. acho legal que o enredo nos aproxima da realidade de quem tem um desses problemas, de quem vive numa clínica de reabilitação. sentir-se afogado no raso não é um privilégio dos malucos. todo ser humano viverá, em algum momento de sua vida, momentos de confusão interna. que atire a primeira pedra quem nunca surtou, teve um momento de extrema loucura, nem que fosse por alguns segundos.