A performance de Halle Bailey é ótima mas fora a insersão de representatividade nessa versão, o resto é mais uma cópia cuspida da animação, inclusive as mesmas piadas, só que num resultado bem inferior ao "A Pequena Sereia" de 1989. Já a nova roupagem dos personagens é um tanto traumatizante, transformaram o simpático Linguado em um peixe que parece que está morto e o carismático Sebastião em um caranguejo que dá arrepios. O visual é bonito quando estão em seus (poucos) números musicais em cheio de cores, o contrário de cenas noturnas que são bem escuras. A vilã Úrsula de Melissa McCarthy, que aqui é a mais fiel na aparência de todos os personagens, é prejudicada em meio a péssima iluminação das cenas noturnas. Como todos os outros live-action's, nenhum deles se tornará tão bom quanto os originais. Esse então, não tem o brilho e nem a magia que esperamos ver, parece que o legado da Disney está sendo esquecido.
Uma linda e lúdica história de amor dentro da guerra. É tudo tão encantador, a trilha sonora é mágica e misteriosa, a direção de arte é sofisticada e coloca na tela recursos inovadores em seus efeitos visuais para a época. O ator encanta com sua atuação, especialmente nas sequências finais e memoráveis.
Greta Gerwig nos transporta para o mundo de bonecas e brinca com todas as metalinguagens possíveis, sem colocar limites. No início somos apresentados à origem da boneca e logo adentramos ao mundo cor-de-rosa da "Barbieland", que é esteticamente espetacular. Sua direção de arte é impecável em cada detalhe dos cenários, das cores, dos figurinos, dos móveis que retratam toda a estética dos brinquedos remetendo ao plástico e efeitos na tela em animação. Fiquei fascinado pelo visual. Vemos a desconstrução física e emocional da boneca perfeita. O filme vai muito mais além do explorar a crise existencial dela, ele entra fundo na complexidade do que é ser mulher. Através da Barbie no mundo real, presenciamos o choque de gerações. Além disso também conhecemos várias camadas da masculinidade de Ken. A própria marca Mattel se aproveita e conta sua história, mostrando como as mudanças durante os anos em relação a boneca foram necessárias, junto da sociedade. Margot Robbie prova que foi a escolha perfeita, como ela é literalmente uma boneca linda (até com pés chatos, rs) e Ryan Gosling, tome as minhas palmas, me arrisco a dizer que é a melhor atuação da sua carreira. O maior acerto da diretora foi assumir no filme que a Barbie é uma boneca mesmo e abraçar todos os absurdos. Pra mim, isso que tornou o filme tão gostoso.
A cada filme que eu assisto da Kelly Reichardt fico mais apaixonado pela sua estética e estilo narrativo. Seus roteiros são sempre cheio de profundidade, onde a construção sob o desenvolvimento dos personagens sempre importantes para os acontecimentos significativos pela frente. Tanto o desempenho de Jesse Eisenber quanto de Dakota Fanning são brilhantes. É sobre a crise da identidade juvenil, sobre agir sem pensar no que pode causar negativamente. É a obra mais consequencial da cineasta.
Achei interessante em dois pontos específicos: a época se passando numa era medieval futurística (apesar de muitas vezes isso confundir) e no protagonista sendo um cavaleiro gay. A representatividade é boa mas achei a animação cheia de clichês e muito parecida com outras atuais. Visualmente me incomodou, algumas cenas os gráficos pareciam estar inacabados, principalmente na profundidade das cenas.
Decidi assistir para me divertir, com a mente aberta e achei que ele se encaixou bem no gênero DC cômico como Shazam. Acho que se a pretensão foi ser um besteirol assumido de super-herói, funcionou bem, seja na atuação exageradamente proposital de Ezra Miller como Barry no passado, nas sequências beirando ao bizarro mas bem divertidas, como a inicial dos bebês que me arrancaram boas risadas ou nas participações especiais em CGI pra lá de estranhas mas que acabaram fazendo sentido. Os efeitos visuais não me incomodoram tanto. Mas precisava esse exagêro cômico ? Precisava ter multiverso ? Precisava essa duração enorme ? Não, não e não.
Depois de um tempo investindo em obras mais conceituais e artísticas, Wes Anderson volta a fisgar um novo público com essa obra mais comercial. Mais uma vez ele oferece uma experiência única e caprichosa tecnicamente e visualmente. Achei genial a forma que ele mostra a criação do filme pelo narrador, pela pessoas por trás das câmeras e pela sociedade espelhada pelos personagens presentes na história. A história é bem simples, leve e descontraída mas seguindo com os elementos que são a marca de Anderson: os enquadramentos dos personagens, takes sublimes, universo fictício próprio e visual esplendoroso. Você percebe como o roteiro é incrível quando até mesmo um ser de outro planeta consegue te comover. O elenco é uma perfeição, até mesmo Margot Robbie, Willem Dafoe e Jeff Goldblum estão excelentes em suas breves aparições. Um vasto estudo da sociedade, suas ambições extremas e existencialismo na forma mais genial e inteligente possível. Um dos meus filmes favoritos do ano até agora.
Fiquei encantado, eu adoro essa estética suburbana oitentista cheias de iluminações, cores, fumaça e cenários de prédios de beco noturnos. A abertura deixa no ar a vontade de ser um musical mas acaba sendo um noir com toques de suspense e drama, ele tem uma identidade própria. Tudo é bem velado: os poucos números musicais, as cenas sensuais sem ser eróticas, a violência, sem sangue explícito e até mesmo os diálogos, provocativos mas sem um enredo linear. Mesmo sem um roteiro fixo a seguir, o filme consegue abordar diversos temas como a homossexualidade, questões sociais, gangues e romance. É experimental e extasiante. O elenco, estelar: Andrea Riseborough, Harry Melling, Karl Glusman e Demi Moore como nunca vimos antes.
Nunca imaginei que o jogo Tetris renderia um filme, ainda mais com tanta história por trás. O jogo, conhecido por ser um dos mais viciantes de todos os tempos fez jus ao título ao já, nos primeiros minutos do filme, conseguir me prender a atenção. Os elementos visuais em pixels que fazem parte da dinâmica da narrativa criam um vínculo real entre a realidade na história com a realidade que vivem os personagens, achei de uma criatividade imensa além de ser uma atração para não cansar o público. É interessantíssima toda a questão para conseguirem o licenciamento do jogo e o perigo que enfrentaram em meio à toda corrupção em volta.
Ben Affleck conseguiu fazer um grande filme que tinha tudo pra ser chato e cansativo, mas por conta da ótima dinâmica dos bastidores do mercado publicitário e principalmente das atuações, eu colocando em destaque a excelente performance de Matt Damon, o resultado foi uma grata surpresa. Incrível como um "simples" tênis pode envolver uma história tão poderosa por trás, ou mais que isso. O filme não conta apenas a criação de um tênis ou a ascensão de uma marca e sim o nascimento de uma das maiores lendas do basquete de todos os tempos.
Animação que segue a mesma linha de todas da Illumination. Visual lindo mas roteiro ruim e repleto de clichês e trilha sonora popular para chamar a atenção do público, fora a overdose de referências do jogo para agradar os fãs, porque sabem que essa fórmula dá certo. Achei muito chato, personagens sem o carisma que eu esperava e não acho que mereça ganhar outros filmes.
Um thriller psicológico cult experimental é como eu poderia definir. Sinestesia pura através de uma visita na mente dos personagens que geram várias consequências. Uma obra complexa, bastante difícil, profunda, agressiva e provocativa. Fiquei impactado, ainda mais por assistir na tela do cinema. Débora Falabella e Darío Grandinetti magistrais.
Peter Pan & Wendy é a melhor adaptação desde 1953. O excelente David Lowery fez uma reimaginação linda, sombria, lúdica e com mudanças hábeis e necessárias, que fizeram toda a diferença. A representatividade é bem notável, sem soar como forçada. O elenco parece ter sido escolhido a dedo, todos me encantaram. O pequeno Alexander Molony nasceu pra ser Pan da mesma forma que Ever Anderson para ser Wendy. Jude Law é um Capitão Gancho assustador, viscoso, asqueroso... odiável mas incrível. Que delícia ver ele vivendo esse vilão icônico. Sem dúvidas um dos melhores live actions da Disney.
A entrega convincente de James Franco é bem notável, o que faz o filme merecer a atenção. Tanto os trejeitos quanto a essência de Dean, ele conseguiu captar toda a timidez, rebeldia e comportamentos improváveis perfeitamente. O estilo da filmagem, apesar do baixo orçamento e dos cenários simples, achei que deu um charme bem intimista, como se estivéssemos acompanhando ele durante os bastidores.
Enquanto o primeiro entregou bastantes piadas divertidas, um ótimo vilão e bons embates, aqui tivemos o contrário. Esse é sem dúvidas um show de vergonha alheia, ao nível Thor: Amor e Trovão. Difícil apontar qual personagem aparece mais sofrível entre as crianças e adultos. As novas personagens só pioram a situação. E Zachary Levi parece que fez escola com Henry Cavill, a mesma expressão durante o filme inteiro. A aparição da Mulher Maravilha então, desnecessária.
A série voltou a subir o nível depois da segunda temporada razoável. Muitos fatores deram um novo fôlego para a série. A conexão perfeita com a última trilogia de Star Wars, os episódios focando em outros mandalorianos e expandindo a história deles, os novos personagens, a incersão da Nova República (achei fantástica a direção de arte dessa cidade) e sua burocracia, os piratas e até mesmo o episódio aleatório mas bem divertido onde Bo-Katan Kryze, Din Djarin e Grogu visitam o planeta de Plazir-15 onde fomos agraciados com as participações especiais surpresa de Lizzo, Jack Black e Christopher Lloyd. A temporada por fim teve seus dois últimos episódios cheio de ação e ótimas cenas de batalha. E na cena final terminamos com o momento que poderia muito bem terminar ali ? Será ? Talvez seja a hora de terminar mesmo porquê até mesmo o fofo Grogu parece que está ficando sem função, mas se tiver mais eu vou adorar.
A série é muito envolvente, traz uma trama que parece surreal mas é moldada toda de realidade do fanatismo onde embarcamos dentro da mente de uma jovem lunática, obsecada por sua diva pop. É muito interessante ver como Dre, a protagonista vivida pela excelente Nirine S. Brown, vai mudando por causa da sua estrela do pop, inclusive se afastando de sua melhor amiga, personagem de Chloe Bailey. A cada novo episódio vemos Dre cada vez mais próxima de conseguir ir ao show da cantora Ni’Jah e somos surpreendidos por várias reviravoltas surpreendentes. A série traz tons de slasher, terror e drama com ótimas doses de humor ácido e uma gama de personagens muito interessantes, como a de Billie Eillish. Os minutos finais do último episódio são o ponto alto, onde cada um pode interpretar da forma que quiser a série.
A primeira temporada terminou com o momento chave, a morte de Pedro Dom, o ponto em que se inicia nessa segunda parte. O diretor usa a ideia certeira de retomar há meses passados com recortes que não foram mostrados no início e que podemos ver mais camadas do personagem central. A qualidade se eleva em seu nível mais alto, tanto na parte técnica como nas sequências mais intensas. Paralelamente temos mais um capítulo interessantíssimo do pai de Dom nos anos 70 em uma operação infiltrado dentro de uma aldeia indígena, que traz os maiores momentos da temporada. Gabriel Leone e Flávio Tolezani atingem seu auge, os dois estão absurdos de bons mais uma vez. Raquel Villar surge compondo novas feições à sua personagem, agora mais madura, Dhonata Augusto como o novo amigo de Dom e Milton Filho como a presidiária Alcione também brilharam.
Enxerguei o filme como quase um experimental que necessita de uma atenção especial na sua narrativa lenta, que aborda temas polêmicos e o ponto sentimental mais profundo de cada personagem em meio às seus dramas particulares, que aos poucos vão se conectando um com o outro. O núcleo de Xavier Dolan/ Marilyn Castonguay é o que desperta mais atenção.
Uma das minhas comédias favoritas dos anos 90, acho tão icônica quanto "Esqueceram de Mim", irretocável. O bebê percorrendo todo o trajeto da historinha do livro que ele tanto conhece, a relação entre a mãe dele com sua babá e os bandidos. Os personagens são o ponto forte do filme, todos cativantes, especialmente os bandidos que são particularmente memoráveis e engraçadíssimos. O bebê também se destaca por sua fofura e esperteza. A montagem é excelente e envolvente, usando recursos que convencem até mesmos nas cenas do pequeno sendo içado lá nas alturas. Roteiro simples mas caprichado que entrega absolutamente tudo o que promete: muitas risadas e momentos emocionantes. As sequências do zoológico, do terreno de obras e do final já considero clássicas. Sempre será muito querido por mim.
É tão frustrante você assistir uma animação da Disney, ainda mais sendo grande fã do estúdio icônico e pensar que está vendo uma animação de outro lugar. Em quesito de histórias de aventuras, ao pensar que já entregaram algo tão engajante e caprichado como "Atlantis", aqui é apenas um roteiro bem simplório, sem encanto, personagens apagados e mascotes fofos aleatórios para disfarçar o desenrolar enfadonho. Defeitos não faltam: foco na questão biológica, que chega a ser tediosa, principalmente ao público intantil, nome de personagens bem complicados e o maior deles, a representatividade aqui não é nada válida e não dá espaço algum para o público se apegar ou se identificar com algum personagem. De sobra resta apenas a bonita fotografia animada.
O filme é de uma quietude imensa, apesar de ser composto por musica em uma das tramas centrais. Aos poucos bem lentamente, vamos adentrando às emoções veladas desses personagens. O elenco é lindo, que delícia ver Luisa Arraes e Gabriel Leone tão confortáveis falando em italiano. As locações são um charme e a ambientação dá uma sensação de acolhimento em meio as paisagens italianas. Uma pena que a grande reviravolta da trama para por ali assim como um aprofundamento maior em torno dos personagens.
Lindo e comovente. O aprendizado do menino em um novo ambiente e a batalha pelo afeto do mesmo entre um casal em crise. As interpretações de Richard Bohringer e Anémone dão um suspiro no coração, as crianças também são apaixonantes. A história é inspiradora, inocente tanto quanto poderosa. Uma obra prima de Jean-Loup Hubert.
Que bela obra, que roteiro encantador. É de uma sensibilidade imensa, o clima melancólico, triste. Nós sofremos juntos dos personagens e suas dores internas do passado. Mesmo com o machismo estampado no protagonista com seu comportamento conservador, é impossível termos qualquer tipo de raiva dele. Sublime e comovente.
A Pequena Sereia
3.3 528 Assista AgoraA performance de Halle Bailey é ótima mas fora a insersão de representatividade nessa versão, o resto é mais uma cópia cuspida da animação, inclusive as mesmas piadas, só que num resultado bem inferior ao "A Pequena Sereia" de 1989. Já a nova roupagem dos personagens é um tanto traumatizante, transformaram o simpático Linguado em um peixe que parece que está morto e o carismático Sebastião em um caranguejo que dá arrepios. O visual é bonito quando estão em seus (poucos) números musicais em cheio de cores, o contrário de cenas noturnas que são bem escuras. A vilã Úrsula de Melissa McCarthy, que aqui é a mais fiel na aparência de todos os personagens, é prejudicada em meio a péssima iluminação das cenas noturnas.
Como todos os outros live-action's, nenhum deles se tornará tão bom quanto os originais. Esse então, não tem o brilho e nem a magia que esperamos ver, parece que o legado da Disney está sendo esquecido.
A Planta Dourada
3.7 4Uma linda e lúdica história de amor dentro da guerra. É tudo tão encantador, a trilha sonora é mágica e misteriosa, a direção de arte é sofisticada e coloca na tela recursos inovadores em seus efeitos visuais para a época.
O ator encanta com sua atuação, especialmente nas sequências finais e memoráveis.
Barbie
3.9 1,6K Assista AgoraGreta Gerwig nos transporta para o mundo de bonecas e brinca com todas as metalinguagens possíveis, sem colocar limites.
No início somos apresentados à origem da boneca e logo adentramos ao mundo cor-de-rosa da "Barbieland", que é esteticamente espetacular. Sua direção de arte é impecável em cada detalhe dos cenários, das cores, dos figurinos, dos móveis que retratam toda a estética dos brinquedos remetendo ao plástico e efeitos na tela em animação. Fiquei fascinado pelo visual.
Vemos a desconstrução física e emocional da boneca perfeita. O filme vai muito mais além do explorar a crise existencial dela, ele entra fundo na complexidade do que é ser mulher. Através da Barbie no mundo real, presenciamos o choque de gerações. Além disso também conhecemos várias camadas da masculinidade de Ken.
A própria marca Mattel se aproveita e conta sua história, mostrando como as mudanças durante os anos em relação a boneca foram necessárias, junto da sociedade.
Margot Robbie prova que foi a escolha perfeita, como ela é literalmente uma boneca linda (até com pés chatos, rs) e Ryan Gosling, tome as minhas palmas, me arrisco a dizer que é a melhor atuação da sua carreira.
O maior acerto da diretora foi assumir no filme que a Barbie é uma boneca mesmo e abraçar todos os absurdos. Pra mim, isso que tornou o filme tão gostoso.
Movimentos Noturnos
2.9 72 Assista AgoraA cada filme que eu assisto da Kelly Reichardt fico mais apaixonado pela sua estética e estilo narrativo. Seus roteiros são sempre cheio de profundidade, onde a construção sob o desenvolvimento dos personagens sempre importantes para os acontecimentos significativos pela frente.
Tanto o desempenho de Jesse Eisenber quanto de Dakota Fanning são brilhantes.
É sobre a crise da identidade juvenil, sobre agir sem pensar no que pode causar negativamente. É a obra mais consequencial da cineasta.
Nimona
4.1 235 Assista AgoraAchei interessante em dois pontos específicos: a época se passando numa era medieval futurística (apesar de muitas vezes isso confundir) e no protagonista sendo um cavaleiro gay. A representatividade é boa mas achei a animação cheia de clichês e muito parecida com outras atuais.
Visualmente me incomodou, algumas cenas os gráficos pareciam estar inacabados, principalmente na profundidade das cenas.
The Flash
3.1 752 Assista AgoraDecidi assistir para me divertir, com a mente aberta e achei que ele se encaixou bem no gênero DC cômico como Shazam. Acho que se a pretensão foi ser um besteirol assumido de super-herói, funcionou bem, seja na atuação exageradamente proposital de Ezra Miller como Barry no passado, nas sequências beirando ao bizarro mas bem divertidas, como a inicial dos bebês que me arrancaram boas risadas ou nas participações especiais em CGI pra lá de estranhas mas que acabaram fazendo sentido. Os efeitos visuais não me incomodoram tanto.
Mas precisava esse exagêro cômico ? Precisava ter multiverso ? Precisava essa duração enorme ? Não, não e não.
Asteroid City
3.1 201 Assista AgoraDepois de um tempo investindo em obras mais conceituais e artísticas, Wes Anderson volta a fisgar um novo público com essa obra mais comercial.
Mais uma vez ele oferece uma experiência única e caprichosa tecnicamente e visualmente. Achei genial a forma que ele mostra a criação do filme pelo narrador, pela pessoas por trás das câmeras e pela sociedade espelhada pelos personagens presentes na história.
A história é bem simples, leve e descontraída mas seguindo com os elementos que são a marca de Anderson: os enquadramentos dos personagens, takes sublimes, universo fictício próprio e visual esplendoroso. Você percebe como o roteiro é incrível quando até mesmo um ser de outro planeta consegue te comover.
O elenco é uma perfeição, até mesmo Margot Robbie, Willem Dafoe e Jeff Goldblum estão excelentes em suas breves aparições.
Um vasto estudo da sociedade, suas ambições extremas e existencialismo na forma mais genial e inteligente possível.
Um dos meus filmes favoritos do ano até agora.
Please Baby Please
3.2 19 Assista AgoraFiquei encantado, eu adoro essa estética suburbana oitentista cheias de iluminações, cores, fumaça e cenários de prédios de beco noturnos.
A abertura deixa no ar a vontade de ser um musical mas acaba sendo um noir com toques de suspense e drama, ele tem uma identidade própria.
Tudo é bem velado: os poucos números musicais, as cenas sensuais sem ser eróticas, a violência, sem sangue explícito e até mesmo os diálogos, provocativos mas sem um enredo linear.
Mesmo sem um roteiro fixo a seguir, o filme consegue abordar diversos temas como a homossexualidade, questões sociais, gangues e romance. É experimental e extasiante. O elenco, estelar: Andrea Riseborough, Harry Melling, Karl Glusman e Demi Moore como nunca vimos antes.
Tetris
3.8 179 Assista AgoraNunca imaginei que o jogo Tetris renderia um filme, ainda mais com tanta história por trás.
O jogo, conhecido por ser um dos mais viciantes de todos os tempos fez jus ao título ao já, nos primeiros minutos do filme, conseguir me prender a atenção.
Os elementos visuais em pixels que fazem parte da dinâmica da narrativa criam um vínculo real entre a realidade na história com a realidade que vivem os personagens, achei de uma criatividade imensa além de ser uma atração para não cansar o público.
É interessantíssima toda a questão para conseguirem o licenciamento do jogo e o perigo que enfrentaram em meio à toda corrupção em volta.
AIR: A História Por Trás do Logo
3.6 244 Assista AgoraBen Affleck conseguiu fazer um grande filme que tinha tudo pra ser chato e cansativo, mas por conta da ótima dinâmica dos bastidores do mercado publicitário e principalmente das atuações, eu colocando em destaque a excelente performance de Matt Damon, o resultado foi uma grata surpresa.
Incrível como um "simples" tênis pode envolver uma história tão poderosa por trás, ou mais que isso. O filme não conta apenas a criação de um tênis ou a ascensão de uma marca e sim o nascimento de uma das maiores lendas do basquete de todos os tempos.
Super Mario Bros.: O Filme
3.9 789 Assista AgoraAnimação que segue a mesma linha de todas da Illumination. Visual lindo mas roteiro ruim e repleto de clichês e trilha sonora popular para chamar a atenção do público, fora a overdose de referências do jogo para agradar os fãs, porque sabem que essa fórmula dá certo.
Achei muito chato, personagens sem o carisma que eu esperava e não acho que mereça ganhar outros filmes.
Bem-Vinda, Violeta!
3.3 7 Assista AgoraUm thriller psicológico cult experimental é como eu poderia definir. Sinestesia pura através de uma visita na mente dos personagens que geram várias consequências.
Uma obra complexa, bastante difícil, profunda, agressiva e provocativa. Fiquei impactado, ainda mais por assistir na tela do cinema.
Débora Falabella e Darío Grandinetti magistrais.
Peter Pan & Wendy
2.5 137 Assista AgoraPeter Pan & Wendy é a melhor adaptação desde 1953. O excelente David Lowery fez uma reimaginação linda, sombria, lúdica e com mudanças hábeis e necessárias, que fizeram toda a diferença. A representatividade é bem notável, sem soar como forçada.
O elenco parece ter sido escolhido a dedo, todos me encantaram. O pequeno Alexander Molony nasceu pra ser Pan da mesma forma que Ever Anderson para ser Wendy.
Jude Law é um Capitão Gancho assustador, viscoso, asqueroso... odiável mas incrível. Que delícia ver ele vivendo esse vilão icônico.
Sem dúvidas um dos melhores live actions da Disney.
James Dean
3.8 79 Assista AgoraA entrega convincente de James Franco é bem notável, o que faz o filme merecer a atenção. Tanto os trejeitos quanto a essência de Dean, ele conseguiu captar toda a timidez, rebeldia e comportamentos improváveis perfeitamente.
O estilo da filmagem, apesar do baixo orçamento e dos cenários simples, achei que deu um charme bem intimista, como se estivéssemos acompanhando ele durante os bastidores.
Shazam! Fúria dos Deuses
2.8 352 Assista AgoraEnquanto o primeiro entregou bastantes piadas divertidas, um ótimo vilão e bons embates, aqui tivemos o contrário. Esse é sem dúvidas um show de vergonha alheia, ao nível Thor: Amor e Trovão. Difícil apontar qual personagem aparece mais sofrível entre as crianças e adultos. As novas personagens só pioram a situação.
E Zachary Levi parece que fez escola com Henry Cavill, a mesma expressão durante o filme inteiro. A aparição da Mulher Maravilha então, desnecessária.
O Mandaloriano: Star Wars (3ª Temporada)
3.9 150 Assista AgoraA série voltou a subir o nível depois da segunda temporada razoável. Muitos fatores deram um novo fôlego para a série. A conexão perfeita com a última trilogia de Star Wars, os episódios focando em outros mandalorianos e expandindo a história deles, os novos personagens, a incersão da Nova República (achei fantástica a direção de arte dessa cidade) e sua burocracia, os piratas e até mesmo o episódio aleatório mas bem divertido onde Bo-Katan Kryze, Din Djarin e Grogu visitam o planeta de Plazir-15 onde fomos agraciados com as participações especiais surpresa de Lizzo, Jack Black e Christopher Lloyd.
A temporada por fim teve seus dois últimos episódios cheio de ação e ótimas cenas de batalha. E na cena final terminamos com o momento que poderia muito bem terminar ali ? Será ?
Talvez seja a hora de terminar mesmo porquê até mesmo o fofo Grogu parece que está ficando sem função, mas se tiver mais eu vou adorar.
Enxame
3.8 99 Assista AgoraA série é muito envolvente, traz uma trama que parece surreal mas é moldada toda de realidade do fanatismo onde embarcamos dentro da mente de uma jovem lunática, obsecada por sua diva pop.
É muito interessante ver como Dre, a protagonista vivida pela excelente Nirine S. Brown, vai mudando por causa da sua estrela do pop, inclusive se afastando de sua melhor amiga, personagem de Chloe Bailey.
A cada novo episódio vemos Dre cada vez mais próxima de conseguir ir ao show da cantora Ni’Jah e somos surpreendidos por várias reviravoltas surpreendentes.
A série traz tons de slasher, terror e drama com ótimas doses de humor ácido e uma gama de personagens muito interessantes, como a de Billie Eillish.
Os minutos finais do último episódio são o ponto alto, onde cada um pode interpretar da forma que quiser a série.
Dom (2ª Temporada)
3.1 31 Assista AgoraA primeira temporada terminou com o momento chave, a morte de Pedro Dom, o ponto em que se inicia nessa segunda parte.
O diretor usa a ideia certeira de retomar há meses passados com recortes que não foram mostrados no início e que podemos ver mais camadas do personagem central.
A qualidade se eleva em seu nível mais alto, tanto na parte técnica como nas sequências mais intensas.
Paralelamente temos mais um capítulo interessantíssimo do pai de Dom nos anos 70 em uma operação infiltrado dentro de uma aldeia indígena, que traz os maiores momentos da temporada.
Gabriel Leone e Flávio Tolezani atingem seu auge, os dois estão absurdos de bons mais uma vez. Raquel Villar surge compondo novas feições à sua personagem, agora mais madura, Dhonata Augusto como o novo amigo de Dom e Milton Filho como a presidiária Alcione também brilharam.
Miraculum
2.8 10Enxerguei o filme como quase um experimental que necessita de uma atenção especial na sua narrativa lenta, que aborda temas polêmicos e o ponto sentimental mais profundo de cada personagem em meio às seus dramas particulares, que aos poucos vão se conectando um com o outro.
O núcleo de Xavier Dolan/ Marilyn Castonguay é o que desperta mais atenção.
Ninguém Segura Este Bebê
2.9 573 Assista AgoraUma das minhas comédias favoritas dos anos 90, acho tão icônica quanto "Esqueceram de Mim", irretocável.
O bebê percorrendo todo o trajeto da historinha do livro que ele tanto conhece, a relação entre a mãe dele com sua babá e os bandidos. Os personagens são o ponto forte do filme, todos cativantes, especialmente os bandidos que são particularmente memoráveis e engraçadíssimos. O bebê também se destaca por sua fofura e esperteza.
A montagem é excelente e envolvente, usando recursos que convencem até mesmos nas cenas do pequeno sendo içado lá nas alturas. Roteiro simples mas caprichado que entrega absolutamente tudo o que promete: muitas risadas e momentos emocionantes.
As sequências do zoológico, do terreno de obras e do final já considero clássicas. Sempre será muito querido por mim.
Mundo Estranho
3.1 135É tão frustrante você assistir uma animação da Disney, ainda mais sendo grande fã do estúdio icônico e pensar que está vendo uma animação de outro lugar.
Em quesito de histórias de aventuras, ao pensar que já entregaram algo tão engajante e caprichado como "Atlantis", aqui é apenas um roteiro bem simplório, sem encanto, personagens apagados e mascotes fofos aleatórios para disfarçar o desenrolar enfadonho.
Defeitos não faltam: foco na questão biológica, que chega a ser tediosa, principalmente ao público intantil, nome de personagens bem complicados e o maior deles, a representatividade aqui não é nada válida e não dá espaço algum para o público se apegar ou se identificar com algum personagem. De sobra resta apenas a bonita fotografia animada.
Duetto
2.7 13 Assista AgoraO filme é de uma quietude imensa, apesar de ser composto por musica em uma das tramas centrais. Aos poucos bem lentamente, vamos adentrando às emoções veladas desses personagens.
O elenco é lindo, que delícia ver Luisa Arraes e Gabriel Leone tão confortáveis falando em italiano. As locações são um charme e a ambientação dá uma sensação de acolhimento em meio as paisagens italianas.
Uma pena que a grande reviravolta da trama para por ali assim como um aprofundamento maior em torno dos personagens.
Aprendendo a Viver
3.8 3Lindo e comovente. O aprendizado do menino em um novo ambiente e a batalha pelo afeto do mesmo entre um casal em crise. As interpretações de Richard Bohringer e Anémone dão um suspiro no coração, as crianças também são apaixonantes.
A história é inspiradora, inocente tanto quanto poderosa. Uma obra prima de Jean-Loup Hubert.
Cartas de Amor
3.7 7Que bela obra, que roteiro encantador. É de uma sensibilidade imensa, o clima melancólico, triste. Nós sofremos juntos dos personagens e suas dores internas do passado.
Mesmo com o machismo estampado no protagonista com seu comportamento conservador, é impossível termos qualquer tipo de raiva dele.
Sublime e comovente.