Pieces of a Woman não é apenas sobre a traumática perda irreparável, em que os personagens de LaBeouf e Kirby sofrem, mas também um olhar sobre a misericórdia, arraigada de um sentimento ainda mais profundo que circula na história de mãe e filha (Kirby e Burstyn) repousando no ato final com toda franqueza, na tentativa de continuar cultivando as sementes.
Que história bonita, humana. grande atuação do Riz Ahmed, totalmente convincente, direção segura do Darius Marder sem deixar cair no piegas. Um dos melhores filmes da temporada.
Os encontros ocasionais que se sucedem em relacionamentos, se atraem, se chocam e se decepcionam, na metonímia da traição, da mentira nos sentimentos, que na dúbia relação de amar e ser abusivo, cuidar e machucar, coloca os personagens na roda da insegurança dos tempos modernos, por denotar coragem para infidelidade sem olhar às consequências emocionais que se deflagram por estarem tão pertos. Um dos grandes trabalhos de Mike Nichols, premiado por A Primeira Noite de um Homem(1967) vale conferir..
Tudo acaba. Tudo termina. Desde relacionamentos duradouros ou até mesmo aqueles que são vividos rapidamente, o que fica é a forma de como aconteceu tais vínculos entre duas almas, em quais momentos de cada um, seu grau de intensidade, sua maneira de conhecer um ao outro, faz essa experiência ser válida, importante ou pode até ser destruídor emocionalmente, para algum dos lados. Kar Wai sabe expressar pela estética narrativa um conto em três partes, onde se encontram e se perdem no lugar, no tempo mas que fica em algum lugar em nós.
Poucos filmes relatam de maneira tão intensa a angústia de um personagem no seu inferno, relutante de prazeres destrutivos. No caso de Shame, segundo trabalho do ótimo diretor Steve Mcqueen, presenciamos Brandon, cidadão da NY contemporânea, agitada e fria, condizente com seu semblante de busca e ao mesmo tempo de perdição. Sua trajetória de homem, solteiro, bem-sucedido porém carregado de um passado familiar aparentemente traumático, visto na presença de sua irmã Sissy, cantora com transtornos de comportamento, o oposto da calma em Brandon que compatilham do mesmo dna de emoções e frustrações. Seu ímpeto no descontrole obsessivo pelo sexo, fio condutor da narrativa, denota falta de algo, na sua alma perene, refletida na dificuldade de ter um relacionamento afetivo, maduro com alguém que possa trocar, dividir, talvez por medo de decepção jogando Brandon na solitude desafiadora de sentido maior, iluminado pela escuridão da modernidade líquida, de sempre à procura de alguém mesmo sabendo que não consegue ter.
Âncorado na experiência do encontro, entre dois amigos que não se viam por muito tempo, mas se nutre pela admiração, numa bela conversa sobre assuntos que tocam nos dias atuais, poder sentar numa mesa é abrir diálogo sobre presente e futuro, vida é arte, saindo do cotidiano normal, relata uma observação expressa à ambos personagens de Shaw e Gregory. Vê se uma certa simplicidade, no encontro, no roteiro fluído pelo diálogo, na direção de Malle, no ambiente tranquilo, da amizade. Meu Jantar com André, lida com uma breve análise de passagem do tempo, às mudanças que ocorrem, aventuras é suas percepções, num valorozo encontro de dois velhos amigos. Simples e bonito.
Naquele imensidão do deserto americano, vemos Travis, totalmente perdido, sem destino indo a lugar algum. Wim Wenders narra de maneira lenta seu road sobre a dificuldade de ter um vínculo afetivo em forma de álbum, onde em cada momento travis retorna para o que deixou, sua família, seu filho Hunter e também Jane, a bela Natassja Kinski, numa atuação de carga emocional, contrapondo com Harry Dean Stanton, mais frio porém angustiado com sua incapacidade de lidar com passado. Com certeza um dos melhores filmes da década de oitenta, esteticamente vivo sob o árido do deserto, alinhado ao vermelho que une Travis, Hunter e Jane como uma forma de amor, que não sabemos o motivo, se perdeu em algum lugar. Paris,Texas é para ser visto com os sentidos sobre as relações humanas, que permeiam nossas dificuldades interiores as vezes perdidos no deserto sempre em busca de se encontrar, para ficar tudo bem.
Juntos com Mean Streets, Goodfellas, Cassino e The Departed, Scorsese nós brinda com o seu quarto filme sobre o homem é suas relações mafiosas, no seu brilhantismo narrativo, buscando interpretações dos ídolos de todo amante do cinema. De Niro e Al Pacino, inesquecíveis também por Heat de 1995, além de Joe Pesci, Harvey Keitel é Anna Paquim discreta, fazem O Irlandês ser uma carta de Scorsese sobre suas obras anteriores, com elegância de mestre, no gênero gângster, tratando do tempo, sobre o fim, mas que será eterno para os cinéfilos.
Visto que o cinema atual, ou pelo menos dos últimos vinte anos, tem tomado por uma qualidade técnica, visual é fotográfica, aliada a montagem, ditaram um certo padrão de se ver filmes, proporcionado pela tecnologia presente. Mas conseguir um olhar mais autoral em suas obras, independentemente do gênero quê serve para história ser contada, com uma coerência criativa. Drive mostra um pouco da assinatura de Nicolas Winding Refn, numa história relativamente simples mas carregado de estilo é cores que metaforicamente condiz com a narrativa de personagens distantes, sozinhos na qual se encontram e se olham, sentem algo que apenas seus olhos dizem, num lugar que ambos rejeitam, levando o nosso herói a ter a vingança, para proteger ela, sua vizinha que é algo a mais para ele, em sua trajetória sentimental do dublê que não fala, mas age, dirige é sente, acompanhando por uma trilha sonora retrowave nostálgica, anos 80 que embala o coração de nosso protagonista, como fonte de inspiração para Refn realizar o projeto, afirma ter encontrado seu desejo de filma-lo, abordo de uma carona com Ryan Gosling na mesma L.A ao som de nw, ou seja daquilo que pertence afetivamente, também inspira é molda sua criatividade no cinema.
"The Lighthouse" mais que o farol ou sobre o farol; aqui Robert Eggers apresenta a condição de dois indivíduos inclinados ao obscurantismo psicológico presente em situação de isolamento. Thomas e Ephraim; um velho sábio de sua natureza naquele lugar é um jovem acatando sua tarefa momentânea na ilha, compactuam da prisão física e mental, proporcionado pela escuridão do farol e seus mistérios invadindo os olhos sob a névoa cinzenta que habita em cada um deles. Eggers consegue criar sua atmosfera inspirado pelo surrealismo alemão em sua abordagem sobre medo, solidão é paranóia. "Não mate gaivotas"
Roteiro exuberante de Robert Towne premiado inclusive, trama envolvente e grande trabalho de Nicholson além da Faye Dunaway. Um dos meus preferidos do Polanski. Não dá pra esquecer Chinatown.
Pedaços De Uma Mulher
3.8 544 Assista AgoraPieces of a Woman não é apenas sobre a traumática perda irreparável, em que os personagens de LaBeouf e Kirby sofrem, mas também um olhar sobre a misericórdia, arraigada de um sentimento ainda mais profundo que circula na história de mãe e filha (Kirby e Burstyn) repousando no ato final com toda franqueza, na tentativa de continuar cultivando as sementes.
O Som do Silêncio
4.1 986 Assista AgoraQue história bonita, humana. grande atuação do Riz Ahmed, totalmente convincente, direção segura do Darius Marder sem deixar cair no piegas. Um dos melhores filmes da temporada.
Closer: Perto Demais
3.9 3,3K Assista AgoraOs encontros ocasionais que se sucedem em relacionamentos, se atraem, se chocam e se decepcionam, na metonímia da traição, da mentira nos sentimentos, que na dúbia relação de amar e ser abusivo, cuidar e machucar, coloca os personagens na roda da insegurança dos tempos modernos, por denotar coragem para infidelidade sem olhar às consequências emocionais que se deflagram por estarem tão pertos. Um dos grandes trabalhos de Mike Nichols, premiado por A Primeira Noite de um Homem(1967) vale conferir..
Amores Expressos
4.2 355 Assista AgoraTudo acaba. Tudo termina. Desde relacionamentos duradouros ou até mesmo aqueles que são vividos rapidamente, o que fica é a forma de como aconteceu tais vínculos entre duas almas, em quais momentos de cada um, seu grau de intensidade, sua maneira de conhecer um ao outro, faz essa experiência ser válida, importante ou pode até ser destruídor emocionalmente, para algum dos lados. Kar Wai sabe expressar pela estética narrativa um conto em três partes, onde se encontram e se perdem no lugar, no tempo mas que fica em algum lugar em nós.
Shame
3.6 2,0K Assista AgoraPoucos filmes relatam de maneira tão intensa a angústia de um personagem no seu inferno, relutante de prazeres destrutivos. No caso de Shame, segundo trabalho do ótimo diretor Steve Mcqueen, presenciamos Brandon, cidadão da NY contemporânea, agitada e fria, condizente com seu semblante de busca e ao mesmo tempo de perdição. Sua trajetória de homem, solteiro, bem-sucedido porém carregado de um passado familiar aparentemente traumático, visto na presença de sua irmã Sissy, cantora com transtornos de comportamento, o oposto da calma em Brandon que compatilham do mesmo dna de emoções e frustrações. Seu ímpeto no descontrole obsessivo pelo sexo, fio condutor da narrativa, denota falta de algo, na sua alma perene, refletida na dificuldade de ter um relacionamento afetivo, maduro com alguém que possa trocar, dividir, talvez por medo de decepção jogando Brandon na solitude desafiadora de sentido maior, iluminado pela escuridão da modernidade líquida, de sempre à procura de alguém mesmo sabendo que não consegue ter.
Meu Jantar com André
4.1 77Âncorado na experiência do encontro, entre dois amigos que não se viam por muito tempo, mas se nutre pela admiração, numa bela conversa sobre assuntos que tocam nos dias atuais, poder sentar numa mesa é abrir diálogo sobre presente e futuro, vida é arte, saindo do cotidiano normal, relata uma observação expressa à ambos personagens de Shaw e Gregory. Vê se uma certa simplicidade, no encontro, no roteiro fluído pelo diálogo, na direção de Malle, no ambiente tranquilo, da amizade. Meu Jantar com André, lida com uma breve análise de passagem do tempo, às mudanças que ocorrem, aventuras é suas percepções, num valorozo encontro de dois velhos amigos. Simples e bonito.
Paris, Texas
4.3 697 Assista AgoraNaquele imensidão do deserto americano, vemos Travis, totalmente perdido, sem
destino indo a lugar algum. Wim Wenders narra de maneira lenta seu road sobre a dificuldade de ter um vínculo afetivo em forma de álbum, onde em cada momento travis retorna para o que deixou, sua família, seu filho Hunter e também Jane, a bela Natassja Kinski, numa atuação de carga emocional, contrapondo com Harry Dean Stanton, mais frio porém angustiado com sua incapacidade de lidar com passado. Com certeza um dos melhores filmes da década de oitenta, esteticamente vivo sob o árido do deserto, alinhado ao vermelho que une Travis, Hunter e Jane como uma forma de amor, que não sabemos o motivo, se perdeu em algum lugar. Paris,Texas é para ser visto com os sentidos sobre as relações humanas, que permeiam nossas dificuldades interiores as vezes perdidos no deserto sempre em busca de se encontrar, para ficar tudo bem.
O Irlandês
4.0 1,5K Assista AgoraJuntos com Mean Streets, Goodfellas, Cassino e The Departed, Scorsese nós brinda com o seu quarto filme sobre o homem é suas relações mafiosas, no seu brilhantismo narrativo, buscando interpretações dos ídolos de todo amante do cinema. De Niro e Al Pacino, inesquecíveis também por Heat de 1995, além de Joe Pesci, Harvey Keitel é Anna Paquim discreta, fazem O Irlandês ser uma carta de Scorsese sobre suas obras anteriores, com elegância de mestre, no gênero gângster, tratando do tempo, sobre o fim, mas que será eterno para os cinéfilos.
Drive
3.9 3,5K Assista AgoraVisto que o cinema atual, ou pelo menos dos últimos vinte anos, tem tomado por uma qualidade técnica, visual é fotográfica, aliada a montagem, ditaram um certo padrão de se ver filmes, proporcionado pela tecnologia presente. Mas conseguir um olhar mais autoral em suas obras, independentemente do gênero quê serve para história ser contada, com uma coerência criativa. Drive mostra um pouco da assinatura de Nicolas Winding Refn, numa história relativamente simples mas carregado de estilo é cores que metaforicamente condiz com a narrativa de personagens distantes, sozinhos na qual se encontram e se olham, sentem algo que apenas seus olhos dizem, num lugar que ambos rejeitam, levando o nosso herói a ter a vingança, para proteger ela, sua vizinha que é algo a mais para ele, em sua trajetória sentimental do dublê que não fala, mas age, dirige é sente, acompanhando por uma trilha sonora retrowave nostálgica, anos 80 que embala o coração de nosso protagonista, como fonte de inspiração para Refn realizar o projeto, afirma ter encontrado seu desejo de filma-lo, abordo de uma carona com Ryan Gosling na mesma L.A ao som de nw, ou seja daquilo que pertence afetivamente, também inspira é molda sua criatividade no cinema.
O Farol
3.8 1,6K Assista Agora"The Lighthouse" mais que o farol ou sobre o farol; aqui Robert Eggers apresenta a condição de dois indivíduos inclinados ao obscurantismo psicológico presente em situação de isolamento. Thomas e Ephraim; um velho sábio de sua natureza naquele lugar é um jovem acatando sua tarefa momentânea na ilha, compactuam da prisão física e mental, proporcionado pela escuridão do farol e seus mistérios invadindo os olhos sob a névoa cinzenta que habita em cada um deles. Eggers consegue criar sua atmosfera inspirado pelo surrealismo alemão em sua abordagem sobre medo, solidão é paranóia. "Não mate gaivotas"
Chinatown
4.1 635 Assista AgoraRoteiro exuberante de Robert Towne premiado inclusive, trama envolvente e grande trabalho de Nicholson além da Faye Dunaway. Um dos meus preferidos do Polanski. Não dá pra esquecer Chinatown.
O Destino de Uma Nação
3.7 723 Assista AgoraGrande atuação do Gary Oldman!!! Favorito no Oscar, ótima fotografia e iluminação.