Midnight Mass não é uma série de entretenimento imediato. Ela é excelente naquilo que se propõem, compor uma narrativa, criar vínculo com personagens, criar uma trama misteriosa, trazer reflexões filosóficas dignas. Porém quem está acostumado a séries que lhe serviam de emoção a cada plot twist e não tem um vínculo com a construção literária em si. Com certeza achará a série imperfeita ou fraca.
Mike Flanagan é um exímio contador de história e faz com Midnight Mass o que todo excelente livro faz com seu leitor: o apresenta o universo em volta, nos torna familiarizados com os personagens que vivem naquele universo, suas falhas e virtudes humanas. O que torna uma trama interessante é o quanto conhecemos das pessoas que nela estão envolvidos. Mike Flanagan prepara muito bem esse terreno e só assim surge os misteriosos.
Flanagan faz um tema comum e desgastado de uma mitologia que já conhecemos um alicerce para discutir a espiritualidade como crescimento do indivíduo em relação as suas crenças divinas (independente de religião) e como a imbecilidade dogmática somado a arrogância e egocentrismo da natureza humana faz da religião uma das coisas mais abomináveis que o ser humano utiliza para subjugar, oprimir, destruir e matar. Mas ao mesmo tempo, a série apresenta a beleza da existência humana. Como a consciência sobre a nossa existência faz com que busquemos respostas e incógnitas diante do cosmos.
Não sei se todos terão a mesma experiência, mas a série em sua subjetividade fala muito dos tempos atuais. Como as pessoas justificam mortes inocentes em nome de um “bem maior”, em prol de “uma narrativa sagrada”, em referência “a um messias salvador”. A razão, o bom-senso, a empatia, o discernimento entre certo e errado se dilui em um desejo indivídual, esse ópio da loucura e insensatez.
Gostei da série, porém, mesmo diante da espinha dorsal da trama central, seria interessante desenvolver a origem ,mesmo que breve de alguns personagens secundários da mitologia grega. A série me fez lembrar outra série animada com a mesma temática, porém mais antiga, Guerreiros Míticos. Essa em questão utiliza cada episódio para narrar a origem de cada personagem grego.
Comparar a temporada anterior a atual é uma injustiça para com as duas realizações. Ambas são magníficas. Cada qual com sua forma única de execução e narrativa. A Maldição da Mansão Bly não é terror, mas sim um drama de profunda reflexão envolto em um mistério muito bem coordenado, longe de concepções clichês e feitos repetitivos. A temporada em questão trará uma longa jornada de reflexão sobre a finitude da vida, a naturalidade da morte e a importância de viver um dia por vez. Pois as verdades e as razões perdem seu significado com o tempo, tornando uma única coisa valiosa: a experiência de viver.
Aconteceu o que eu mais temia. Requentaram, serviram com uma nova embalagem, mas não tem o mesmo vigor que outrora. O roteiro fraco e cheio de clichês que antigamente, funcionavam, mas agora só impressiona crianças que nunca tiveram contato com suspense ou horror.
As histórias contadas são repetições de tudo que já foi narrado em filmes de short-stories ou séries de suspense com episódios individuais: A noite do Halloween, o amor que volta do túmulo e muitas outras histórias estão sendo contadas desde 1950.
Confesso dei um crédito ao retorno de Creepshow-A série, devido as pessoas envolvidas: Joe Hill, filho do escritor Stephen King, também um excelente contista como o pai.
Greg Nicotero, mestre em maquiagem de terror. Já trabalhou com o mestre George A. Romero e na série The Walking Dead. O ator Jeffrey Combs, o eterno Dr. West de Reanimator.
E a direção de David Bruckner que fez VHS. John Harrison que é pai de um dos meus filmes favoritos divido em três contos - Contos da Escuridão. E meu idolo, Tom Savini que dispensa apresentações, pois além de vários trabalhos com os mestres do terror (inclusive Tarantino) ele fez parceria com Stephen King e George A. Romero para produzirem o clássico Contos da Crypta (creepshow)
Então realmente não sei o que aconteceu. A produtora Shutter, responsável pela série, tem a fama de ter roteiros bem medianos, mesmo os efeitos visuais serem muito bons. Considero que seja dedo dos produtores. Pois as histórias são bem medianas, clichês e previsíveis. O episódio "A mão do macaco" que é baseado em um conto clássico do escritor William Wymark Jacobs,não souberam aproveitar. A única história que teve um vigor de criatividade foi o conto da maleta.
Creepshow já teve um desgaste em sua imagem quando fizeram desenho animado por volta do fim dos anos 80. O retorno deveria ser com contos realmente interessantes e com uma dose considerável de suspense e humor negro. Como as séries Night Visions e Masters of Horror. Ambas cheia de histórias intrigantes, jamais contadas e cheias de suspense. Masters of Horror reuniu para cada episodio os melhores diretores do gênero e os melhores roteiristas. Creepshow foi um fiasco. A forma como as histórias foram contadas, não seriam surpreendentes nem nos anos 80. Pois nos anos 80 quem procurava por suspense e horror, tinha The Twilight Zone de 1950 com referência de bons roteiros. Em tempos de A Maldição da Mansão Hills e Black Mirror. O roteiro deveria vir a altura.
Tinha tudo para ser mais uma história de casa assombrada como a série Amityville, mas para minha surpresa, não foi. O suspense é apenas pano de fundo para nos apresentar um roteiro muito bem escrito que debate assuntos como depressão, drogas, pedofilia, traição, sexualidade e outros conflitos de família e da própria natureza humana. Ótima fotografia, narrativa imersiva, suspense sem "jump scar" com personagens e narrativas realmente tétricas que fazem com que entremos na atmosfera dos lugares que estamos presenciando.
A série não é nenhum "creme de la creme", mas também não se compara aos comentários que li por aqui. Vale uma boa diversão sem compromisso. Ainda não ganhou o título de "piores séries teenager" como True Blood, Vampire Diares e outras porcarias do gênero.
É uma versão mais séria do "Sobrenatural". O roteiro é excelente e tem ótima base histórica. Pela inteligência da construção do enredo, valeria mais algumas temporadas. Infelizmente ficou só em uma, mas vale assistir uma ou duas vezes
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Missa da Meia-Noite
3.9 730Midnight Mass não é uma série de entretenimento imediato. Ela é excelente naquilo que se propõem, compor uma narrativa, criar vínculo com personagens, criar uma trama misteriosa, trazer reflexões filosóficas dignas. Porém quem está acostumado a séries que lhe serviam de emoção a cada plot twist e não tem um vínculo com a construção literária em si. Com certeza achará a série imperfeita ou fraca.
Mike Flanagan é um exímio contador de história e faz com Midnight Mass o que todo excelente livro faz com seu leitor: o apresenta o universo em volta, nos torna familiarizados com os personagens que vivem naquele universo, suas falhas e virtudes humanas. O que torna uma trama interessante é o quanto conhecemos das pessoas que nela estão envolvidos. Mike Flanagan prepara muito bem esse terreno e só assim surge os misteriosos.
Flanagan faz um tema comum e desgastado de uma mitologia que já conhecemos um alicerce para discutir a espiritualidade como crescimento do indivíduo em relação as suas crenças divinas (independente de religião) e como a imbecilidade dogmática somado a arrogância e egocentrismo da natureza humana faz da religião uma das coisas mais abomináveis que o ser humano utiliza para subjugar, oprimir, destruir e matar. Mas ao mesmo tempo, a série apresenta a beleza da existência humana. Como a consciência sobre a nossa existência faz com que busquemos respostas e incógnitas diante do cosmos.
Não sei se todos terão a mesma experiência, mas a série em sua subjetividade fala muito dos tempos atuais. Como as pessoas justificam mortes inocentes em nome de um “bem maior”, em prol de “uma narrativa sagrada”, em referência “a um messias salvador”. A razão, o bom-senso, a empatia, o discernimento entre certo e errado se dilui em um desejo indivídual, esse ópio da loucura e insensatez.
16/10/2021
The Stand
3.1 6502/10/2021 - (análise pessoal) A série não me cativou. Talvez por eu assistido a primeira versão que na época julguei mais interessante.
O Sangue de Zeus (1ª Temporada)
3.6 88 Assista AgoraGostei da série, porém, mesmo diante da espinha dorsal da trama central, seria interessante desenvolver a origem ,mesmo que breve de alguns personagens secundários da mitologia grega.
A série me fez lembrar outra série animada com a mesma temática, porém mais antiga, Guerreiros Míticos. Essa em questão utiliza cada episódio para narrar a origem de cada personagem grego.
A Maldição da Mansão Bly
3.9 922 Assista AgoraComparar a temporada anterior a atual é uma injustiça para com as duas realizações. Ambas são magníficas. Cada qual com sua forma única de execução e narrativa. A Maldição da Mansão Bly não é terror, mas sim um drama de profunda reflexão envolto em um mistério muito bem coordenado, longe de concepções clichês e feitos repetitivos. A temporada em questão trará uma longa jornada de reflexão sobre a finitude da vida, a naturalidade da morte e a importância de viver um dia por vez. Pois as verdades e as razões perdem seu significado com o tempo, tornando uma única coisa valiosa: a experiência de viver.
Creepshow (1ª Temporada)
3.4 50Aconteceu o que eu mais temia. Requentaram, serviram com uma nova embalagem, mas não tem o mesmo vigor que outrora. O roteiro fraco e cheio de clichês que antigamente, funcionavam, mas agora só impressiona crianças que nunca tiveram contato com suspense ou horror.
As histórias contadas são repetições de tudo que já foi narrado em filmes de short-stories ou séries de suspense com episódios individuais: A noite do Halloween, o amor que volta do túmulo e muitas outras histórias estão sendo contadas desde 1950.
Confesso dei um crédito ao retorno de Creepshow-A série, devido as pessoas envolvidas: Joe Hill, filho do escritor Stephen King, também um excelente contista como o pai.
Greg Nicotero, mestre em maquiagem de terror. Já trabalhou com o mestre George A. Romero e na série The Walking Dead. O ator Jeffrey Combs, o eterno Dr. West de Reanimator.
E a direção de David Bruckner que fez VHS. John Harrison que é pai de um dos meus filmes favoritos divido em três contos - Contos da Escuridão. E meu idolo, Tom Savini que dispensa apresentações, pois além de vários trabalhos com os mestres do terror (inclusive Tarantino) ele fez parceria com Stephen King e George A. Romero para produzirem o clássico Contos da Crypta (creepshow)
Então realmente não sei o que aconteceu. A produtora Shutter, responsável pela série, tem a fama de ter roteiros bem medianos, mesmo os efeitos visuais serem muito bons. Considero que seja dedo dos produtores. Pois as histórias são bem medianas, clichês e previsíveis. O episódio "A mão do macaco" que é baseado em um conto clássico do escritor William Wymark Jacobs,não souberam aproveitar. A única história que teve um vigor de criatividade foi o conto da maleta.
Creepshow já teve um desgaste em sua imagem quando fizeram desenho animado por volta do fim dos anos 80. O retorno deveria ser com contos realmente interessantes e com uma dose considerável de suspense e humor negro. Como as séries Night Visions e Masters of Horror. Ambas cheia de histórias intrigantes, jamais contadas e cheias de suspense. Masters of Horror reuniu para cada episodio os melhores diretores do gênero e os melhores roteiristas. Creepshow foi um fiasco. A forma como as histórias foram contadas, não seriam surpreendentes nem nos anos 80. Pois nos anos 80 quem procurava por suspense e horror, tinha The Twilight Zone de 1950 com referência de bons roteiros. Em tempos de A Maldição da Mansão Hills e Black Mirror. O roteiro deveria vir a altura.
Continuo preferindo os filmes e a série original.
A Maldição da Residência Hill
4.4 1,4K Assista AgoraTinha tudo para ser mais uma história de casa assombrada como a série Amityville, mas para minha surpresa, não foi. O suspense é apenas pano de fundo para nos apresentar um roteiro muito bem escrito que debate assuntos como depressão, drogas, pedofilia, traição, sexualidade e outros conflitos de família e da própria natureza humana. Ótima fotografia, narrativa imersiva, suspense sem "jump scar" com personagens e narrativas realmente tétricas que fazem com que entremos na atmosfera dos lugares que estamos presenciando.
Escola de Magia (1ª Temporada)
3.5 86A série não é nenhum "creme de la creme", mas também não se compara aos comentários que li por aqui. Vale uma boa diversão sem compromisso. Ainda não ganhou o título de "piores séries teenager" como True Blood, Vampire Diares e outras porcarias do gênero.
Magnífica 70 (1ª Temporada)
4.3 83Série com roteiro fantástico e bem costurado do começo ao fim. Nada de finais clichês e conclusões banais
Ash vs Evil Dead (1ª Temporada)
4.2 457 Assista AgoraToda que não seja brochando com a releitura que fizeram de "Um drink no inferno"
Anos 80: A Década Que Nos Criou
4.1 10Esse recado foi MODERADO.
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Equipe Filmow.comApparitions
4.3 26É uma versão mais séria do "Sobrenatural". O roteiro é excelente e tem ótima base histórica. Pela inteligência da construção do enredo, valeria mais algumas temporadas. Infelizmente ficou só em uma, mas vale assistir uma ou duas vezes