Não adianta, virei uma fã irremediável de "Yellowstone" desde que vi o Jimmy carregando um bezerro no colo. Me pergunto: tenho algum defeito de caráter por gostar de personagens tão detestáveis? Adorei a Betty, extremamente alucicrazy com o seu sotaque irritante. Me lembrou um pouco da dinâmica que existia em "Sons of Anarchy": a violência comendo solta nas mãos de personagens que não valem nada, mas que são extremamente cativantes - bom, pelo menos pra mim. Tava sentindo falta de me sentir fisgada assim por uma série.
Sempre que estiver me sentindo enfadada com a vida, sei que posso voltar pra esse filme e me permitir ter alguma dose de encanto com o bom humor e o carisma dessa história. Também existe genialidade nas ideias simples.
Como lésbica, rata de academia e fã de filmes B obscuros, não poderia ter terminado essa sessão mais satisfeita. A mistura entre o realismo brutal e sanguinolento com as pitadas de fantasia psicodélica realmente me agradaram muito.
Admiro a coragem da Rose Glass por não ter descartado o seu final otimista e nonsense - uma mulher gigante e musculosa atacando um velho psicopata prestes a matar o amor da vida dela, uma espécie de "Attack of the 50 foot woman" repaginado.
Era um dos meus filmes mais esperados do ano, uma expectativa incontrolável que foi plenamente satisfeita. Lou, quero você e seu mullet pra mim, mas tenho medo de apanhar da Jackie - hmm, na verdade, acho que isso seria tão satisfatório.
Além do mais, deixou margem para interpretar que o tal "nascimento de uma estrela" pode ser tanto sobre a ascenção da personagem da Lady Gaga quanto sobre a reconstrução/mitificação da figura de Jackson Maine após a sua morte, algo bastante comum no mundo da música.
Esse é um dos principais na minha lista de filmes favoritos da infância. É um daqueles filmes que você acaba preferindo assistir dublado porque, além da dublagem ser excelente, remete a um sentimento de nolstalgia muito gostoso.
Ele é querido, atencioso, é ele que o povo quer! Eu gosto desse Superman essencialmente bom e com dilemas relacionados à sua identidade enquanto descobre gradativamente o alcance dos seus poderes. A história dessa série me lembrou algumas características de "Superman esma a Klan" - começando pelas caracterizações dos personagens. Para o público adulto que já conhece bem o persoangem, talvez essa animação soe muito boba (e ela é mesmo, apesar de ter pontos muito positivos), mas voltada para um público mais jovem, que não conhece o Superman para além dos filmes de Zack Snyder, acredito que vale muito a pena.
O sentimento principal que esse filme causou em mim, apesar de algumas imagens impactantes e momentos macabros, não foi exatamente medo, mas angústia. E grande parte disso se deve ao desenvolvimento da Mia, com todo o seu histórico de luto e traumas que a transformam em uma personagem extremamente vulnerável e, ao mesmo tempo, perigosa. Apesar de toda a dinâmica de grupo da primeira metade do filme, a Sophie Wilde carrega esse filme nas costas. Em alguns momentos, a expressividade e entrega dela me lembrou a Mia Goth surtando/sofrendo em Pearl. Espero ver essa menina em outros filmes de terror, quem sabe um dia atuando ao lado da própria Mia Goth? Não sei, tô sonhando aqui. Gosto também da simplicidade da ideia geral do filme, que trabalha com temas já bem batidos - um grupo de jovens que toma decisões estúpidas, possessão de espíritos e objetos amaldiçoados - de maneira criativa. Os clichês não estão esgotados, sempre dá pra brincar com eles, afinal.
Algo de que eu gosto muito no Clint, como diretor e ator, é que mesmo sendo uma das figuras mais representativas de uma masculinidade dita tradicional, é a maneira como ele sempre consegue subverter essa lógica de dureza que os seus personagens trazem inicialmente pra algo muito mais delicado, afetuoso e humano. Cada filme do Clint, pelo menos desde "Os Imperdoáveis", sempre traz algum ponto interessantíssimo de discussão a respeito do próprio legado de vida que ele carrega consigo, sempre olhando a frente, se colocando de maneira sincera e questionadora diante do símbolo que ele foi e ainda é. É um movimento de olhar para si mesmo e para as diferenças que é fascinante. E esse filme? É lindo, Hilary Swank é uma grande atriz e, dos filmes mais recentes do Clint, provavelmente só fica abaixo mesmo de "Gran Torino" que, na minha opinião, foi o ápice do Clint como diretor.
É sempre um enorme prazer maratonar Fleabag, uma série tão curta e marcante. É um clichê falar sobre o quanto é fácil pra muitas pessoas se identificarem com a Fleabag por ela ser uma personagem tão real e com questões pessoais altamente identificáveis por qualquer um que já tenha experimentado o luto, a solidão e a culpa - mas esse é um clichê inescapável, no final das contas. Porque se trata de uma história muito simples e profundamente humana, que diz respeito à ela, mas que também poderia ser sobre mim, você, qualquer um de nós. O que me encanta nessa reta final da história é a maneira como ela aborda o amor de uma maneira tão intensa e, ao mesmo tempo, realista. Não só o amor entre duas pessoas que se conhecem, se conectam e se apaixonam, mas também aquele amor por alguém que é, ao mesmo tempo, tão próximo e tão diferente de você - no caso, a relação das duas irmãs. Por falar em irmãs, que personagem excelente é a Claire! A relação das duas é um pilar fundamental durante toda a série e, nessa segunda etapa, adquire um tom de importância que, no final das contas, é uma das coisas mais bonitas que poderiam ter sido feitas. Adoro terminar de assistir esses 12 episódios com a mesma sensação de que a vida é repleta de dores, erros, arrependimentos, mas também de amor e recomeços - ainda que solitários, mas que não deixam de ser bonitos também.
Imagina viver sozinha (na verdade, nem tão só assim...) num casarão cheio de comôdos vazios e silenciosos, no meio de um pântano imerso em uma neblina que ecoa tragédias do passado e com um fantasma enlutado em eterna amargura assombrando o local? Coragem ou insanidade?
O filme evita ao máximo a identificação com os personagens, exceto no ponto alto da história: a cena final, quando a câmera finalmente foca no rosto da Dani alterando a expressão de dor e desespero pra um sorriso de libertação. Ela encontrou esperança de recomeço e acolhimento na situação mais bizarra possível, em outras palavras, ela finalmente achou uma família e deixou de estar só.
Impecável em sua atmosfera! Uma ótima representação do medo que a assolava o imaginário cristão nestes tempos em que tudo era visto dentro de uma ótica do sagrado/profano. Embora eu acredite que seria mais verossímil se o local da narrativa fosse a própria Inglaterra, ao invés de América. Afinal, ao aportar nas novas terras, os medos do velho mundo receberam ingredientes nativos, algo que não ficou evidente no filme. É um filme que se leva a sério, trabalhando de maneira muito clara com a representação clássica do mito da bruxa enquanto uma figura feminina apodrecida pela corrupção do pecado. Interessantíssimo como o filme mostra isso de forma tão evidente ao mostrar como que a filha mais velha, se tornando mulher, é o tempo inteiro tratada como um ser mais vulnerável à influência maligna, ainda que seja a mais consciente de todos ali.
Portanto, encerrá-la com a morte da personagem foi bastante coerente.
Não que os outros personagens não pudessem se sustentar por si mesmos, todos são ótimos, clássicos ou não, mas é que o destino de todos, de uma forma ou outra, estava ligado à Vanessa Ives. Penny Dreadful nunca se propôs a ser uma série de terror, e se manteve fiel a sua proposta do começo ao fim: ser uma releitura do horror clássico, aquele em que a alma está na melancolia diante dos mistérios da vida e da morte. Cada um dos personagens encarnava perfeitamente esta melancolia, o romantismo profundamente marcado e teatral com diálogos eruditos e refinados. Foi uma série absolutamente linda, séria e digna, que em nenhum momento se permitiu ser cúmplice do público para entregar situações cômicas ou cínicas. Todos os clichês do gótico foram abraçados sem nenhum pudor em uma Londres opressiva e cinzenta, típico cenário que todo fã dos clássicos do horror adora. Essa série é uma pérola gótica, no sentido real da palavra, sem piadinhas dessa vez.
É engraçado sem soar forçado, com várias piadas que realmente funcionam. Simples e inteligente, com personagens interessantes e uma trilha sonora FODA! Como não amar?
Vejo Penny Dreadful como um maravilhoso tributo ao horror gótico clássico. É um trabalho sensível, inteligente e que realmente se leva a sério. Pessoalmente, enquanto fã de histórias de terror, admito ter sido uma experiência incrível acompanhar personagens já tão familiares contando as suas próprias histórias no cenário da velha Londres vitoriana.
Rossellini fez um grande retrato do que teria sido a construção da imagem pública de Luís XIV, ressaltando o processo de centralização do poder real após a morte do cardeal Mazzarin, que exercia um papel importante na França. O diretor ressalta o valor da aparência e das etiquetas para a projeção do poder real. O valor dado a imagem não era apenas um mero capricho da vaidade de um rei soberbo e arrogante, mas uma necessidade política necessária para estabilizar de vez a ordem social nas mãos da monarquia. Isso fica bastante evidente ao longo de boa parte do filme, pois o autor nos apresenta o seu personagem como um homem que acima de tudo teria plena consciência do seu papel de representante da coroa francesa. Não é por mera vaidade que, por exemplo, o Delfim decide um novo modelo de vestimentas baseado em trajes muito mais exuberantes. Há sempre uma razão calculada por trás de cada escolha aparentemente simples, e a intenção é de concentrar toda as expectativas da corte, do parlamento e do povo francês a disposição do monarca. E é neste sentido que ele decide transferir a corte para Versalhes, um lugar que segundo Colbert seria apenas uma “casa” se comparada ao Louvre, o “palácio” (BURKE, p. 79).
É curioso imaginar como seria se essa prática existisse na realidade e estivesse sendo comercializada para todas as pessoas, sem restrições. O que têm de gente que preferiria apagar da memória boa parte de suas vidas simplesmente por não conseguir - ou não querer - lidar com decepções, perdas, etc. é uma coisa assustadora. No caso dos personagens, que recorrem ao apagamento por conta de uma decepção amorosa, fica a questão de pensar se realmente vale a pena perder lembranças tão importantes por conta de uma neutralidade sentimental tão vazia e oca. Quantas vezes nós desabafamos com um amigo sobre a vontade de "nunca ter conhecido tal pessoa" pelo simples fato de que, no final das contas, deu ruim? Várias vezes, né?! Mas aí, se realmente pudéssemos "nunca ter conhecido tal pessoa" ou "esquecer que essa pessoa existe" (literalmente!) seria como se um buraco negro sugasse parte de nós - as tristezas, as dores, as decepções - e deixasse no lugar um nada. E qualquer coisa é melhor do que o nada. Comparação meio bizarra e tosca, eu sei, mas acho que vale. O que eu tirei do filme, no final, é que o ser humano realmente não tem limites quando se trata de conseguir comercializar e lucrar em cima das próprias desgraças - a incapacidade de seguir em frente diante de alguns "deu ruim" - e que a fraqueza e impulso tolo são ainda piores uma fossa profunda vivida com dignidade. Os corações partidos podem se remendar com o tempo, então pra quê tentar apagar algo que um dia foi tão bonito? O amor têm dessas coisas, às vezes dá, às vezes não, e vida que segue - de preferência, com um brilho eterno de uma mente rica em lembranças.
O roteiro do filme é fiel ao livro e durante a projeção, quem já leu o livro, pode perceber a transposição de cenas e diálogos escritos por King. O suspense não é nada mais que a fachada da história, não se enganem achando que é o principal. O Nevoeiro não se prende somente ao sobrenatural, mas aborda o contexto psicológico, social e religioso de seus personagens. As alterações do filme em relação ao conto são justificáveis, especialmente o final, capaz de deixar o próprio King com inveja. Creio que O Nevoeiro não é apenas um filme de ficção e não deve ser analisado dessa forma, ele pode ser bem mais interessante e profundo se pararmos para pensar na interação social entre os personagens naquela situação extrema.
Yellowstone (1ª Temporada)
4.1 76 Assista AgoraNão adianta, virei uma fã irremediável de "Yellowstone" desde que vi o Jimmy carregando um bezerro no colo. Me pergunto: tenho algum defeito de caráter por gostar de personagens tão detestáveis? Adorei a Betty, extremamente alucicrazy com o seu sotaque irritante. Me lembrou um pouco da dinâmica que existia em "Sons of Anarchy": a violência comendo solta nas mãos de personagens que não valem nada, mas que são extremamente cativantes - bom, pelo menos pra mim. Tava sentindo falta de me sentir fisgada assim por uma série.
Harry & Sally: Feitos um Para o Outro
3.9 504 Assista AgoraSempre que estiver me sentindo enfadada com a vida, sei que posso voltar pra esse filme e me permitir ter alguma dose de encanto com o bom humor e o carisma dessa história. Também existe genialidade nas ideias simples.
Love Lies Bleeding: O Amor Sangra
3.6 135Como lésbica, rata de academia e fã de filmes B obscuros, não poderia ter terminado essa sessão mais satisfeita. A mistura entre o realismo brutal e sanguinolento com as pitadas de fantasia psicodélica realmente me agradaram muito.
Admiro a coragem da Rose Glass por não ter descartado o seu final otimista e nonsense - uma mulher gigante e musculosa atacando um velho psicopata prestes a matar o amor da vida dela, uma espécie de "Attack of the 50 foot woman" repaginado.
Nasce Uma Estrela
4.0 2,4K Assista AgoraEu não tava preparada pro final desse filme, confesso que me entristeceu bem mais do que o esperado.
Além do mais, deixou margem para interpretar que o tal "nascimento de uma estrela" pode ser tanto sobre a ascenção da personagem da Lady Gaga quanto sobre a reconstrução/mitificação da figura de Jackson Maine após a sua morte, algo bastante comum no mundo da música.
Dennis: O Pimentinha
2.7 439Esse é um dos principais na minha lista de filmes favoritos da infância. É um daqueles filmes que você acaba preferindo assistir dublado porque, além da dublagem ser excelente, remete a um sentimento de nolstalgia muito gostoso.
Minhas Aventuras com o Superman (1ª Temporada)
3.9 16 Assista AgoraEle é querido, atencioso, é ele que o povo quer! Eu gosto desse Superman essencialmente bom e com dilemas relacionados à sua identidade enquanto descobre gradativamente o alcance dos seus poderes. A história dessa série me lembrou algumas características de "Superman esma a Klan" - começando pelas caracterizações dos personagens. Para o público adulto que já conhece bem o persoangem, talvez essa animação soe muito boba (e ela é mesmo, apesar de ter pontos muito positivos), mas voltada para um público mais jovem, que não conhece o Superman para além dos filmes de Zack Snyder, acredito que vale muito a pena.
Fale Comigo
3.6 968 Assista AgoraO sentimento principal que esse filme causou em mim, apesar de algumas imagens impactantes e momentos macabros, não foi exatamente medo, mas angústia. E grande parte disso se deve ao desenvolvimento da Mia, com todo o seu histórico de luto e traumas que a transformam em uma personagem extremamente vulnerável e, ao mesmo tempo, perigosa. Apesar de toda a dinâmica de grupo da primeira metade do filme, a Sophie Wilde carrega esse filme nas costas. Em alguns momentos, a expressividade e entrega dela me lembrou a Mia Goth surtando/sofrendo em Pearl. Espero ver essa menina em outros filmes de terror, quem sabe um dia atuando ao lado da própria Mia Goth? Não sei, tô sonhando aqui. Gosto também da simplicidade da ideia geral do filme, que trabalha com temas já bem batidos - um grupo de jovens que toma decisões estúpidas, possessão de espíritos e objetos amaldiçoados - de maneira criativa. Os clichês não estão esgotados, sempre dá pra brincar com eles, afinal.
Menina de Ouro
4.2 1,8K Assista AgoraAlgo de que eu gosto muito no Clint, como diretor e ator, é que mesmo sendo uma das figuras mais representativas de uma masculinidade dita tradicional, é a maneira como ele sempre consegue subverter essa lógica de dureza que os seus personagens trazem inicialmente pra algo muito mais delicado, afetuoso e humano. Cada filme do Clint, pelo menos desde "Os Imperdoáveis", sempre traz algum ponto interessantíssimo de discussão a respeito do próprio legado de vida que ele carrega consigo, sempre olhando a frente, se colocando de maneira sincera e questionadora diante do símbolo que ele foi e ainda é. É um movimento de olhar para si mesmo e para as diferenças que é fascinante. E esse filme? É lindo, Hilary Swank é uma grande atriz e, dos filmes mais recentes do Clint, provavelmente só fica abaixo mesmo de "Gran Torino" que, na minha opinião, foi o ápice do Clint como diretor.
Fleabag (2ª Temporada)
4.7 889 Assista AgoraÉ sempre um enorme prazer maratonar Fleabag, uma série tão curta e marcante. É um clichê falar sobre o quanto é fácil pra muitas pessoas se identificarem com a Fleabag por ela ser uma personagem tão real e com questões pessoais altamente identificáveis por qualquer um que já tenha experimentado o luto, a solidão e a culpa - mas esse é um clichê inescapável, no final das contas. Porque se trata de uma história muito simples e profundamente humana, que diz respeito à ela, mas que também poderia ser sobre mim, você, qualquer um de nós. O que me encanta nessa reta final da história é a maneira como ela aborda o amor de uma maneira tão intensa e, ao mesmo tempo, realista. Não só o amor entre duas pessoas que se conhecem, se conectam e se apaixonam, mas também aquele amor por alguém que é, ao mesmo tempo, tão próximo e tão diferente de você - no caso, a relação das duas irmãs. Por falar em irmãs, que personagem excelente é a Claire! A relação das duas é um pilar fundamental durante toda a série e, nessa segunda etapa, adquire um tom de importância que, no final das contas, é uma das coisas mais bonitas que poderiam ter sido feitas. Adoro terminar de assistir esses 12 episódios com a mesma sensação de que a vida é repleta de dores, erros, arrependimentos, mas também de amor e recomeços - ainda que solitários, mas que não deixam de ser bonitos também.
A Mulher de Preto
3.0 50Imagina viver sozinha (na verdade, nem tão só assim...) num casarão cheio de comôdos vazios e silenciosos, no meio de um pântano imerso em uma neblina que ecoa tragédias do passado e com um fantasma enlutado em eterna amargura assombrando o local? Coragem ou insanidade?
Carol
3.9 1,5K Assista AgoraCarol, entre na minha casa e faça o que quiser comigo.
Midsommar: O Mal Não Espera a Noite
3.6 2,8K Assista AgoraO filme evita ao máximo a identificação com os personagens, exceto no ponto alto da história: a cena final, quando a câmera finalmente foca no rosto da Dani alterando a expressão de dor e desespero pra um sorriso de libertação. Ela encontrou esperança de recomeço e acolhimento na situação mais bizarra possível, em outras palavras, ela finalmente achou uma família e deixou de estar só.
Alucarda
3.5 217 Assista AgoraQue insanidade deliciosa.
Parasita
4.5 3,6K Assista AgoraUma mordida no pêssego e uma lida n'O Capital.
Sombras da Vida
3.8 1,3K Assista AgoraMe fez tentar ir atrás de algum sentido na ausência de sentidos.
Lost Hearts
4.0 5Esse me deu um frio na espinha.
A Bruxa
3.6 3,4K Assista AgoraImpecável em sua atmosfera! Uma ótima representação do medo que a assolava o imaginário cristão nestes tempos em que tudo era visto dentro de uma ótica do sagrado/profano. Embora eu acredite que seria mais verossímil se o local da narrativa fosse a própria Inglaterra, ao invés de América. Afinal, ao aportar nas novas terras, os medos do velho mundo receberam ingredientes nativos, algo que não ficou evidente no filme. É um filme que se leva a sério, trabalhando de maneira muito clara com a representação clássica do mito da bruxa enquanto uma figura feminina apodrecida pela corrupção do pecado. Interessantíssimo como o filme mostra isso de forma tão evidente ao mostrar como que a filha mais velha, se tornando mulher, é o tempo inteiro tratada como um ser mais vulnerável à influência maligna, ainda que seja a mais consciente de todos ali.
Não é atoa que por escolha própria ela se entrega ao Sabá das bruxas no final: é a libertação do corpo feminino do ódio cristão.
Penny Dreadful (3ª Temporada)
4.2 646 Assista AgoraVanessa Ives era o coração de Penny Dreaful, não há dúvidas.
Portanto, encerrá-la com a morte da personagem foi bastante coerente.
Freaks and Geeks (1ª Temporada)
4.6 546 Assista AgoraÉ engraçado sem soar forçado, com várias piadas que realmente funcionam. Simples e inteligente, com personagens interessantes e uma trilha sonora FODA! Como não amar?
Penny Dreadful (1ª Temporada)
4.3 1,0K Assista AgoraVejo Penny Dreadful como um maravilhoso tributo ao horror gótico clássico. É um trabalho sensível, inteligente e que realmente se leva a sério. Pessoalmente, enquanto fã de histórias de terror, admito ter sido uma experiência incrível acompanhar personagens já tão familiares contando as suas próprias histórias no cenário da velha Londres vitoriana.
O Absolutismo - A Ascensão de Luís XIV
3.5 12Rossellini fez um grande retrato do que teria sido a construção da imagem pública de Luís XIV, ressaltando o processo de centralização do poder real após a morte do cardeal Mazzarin, que exercia um papel importante na França. O diretor ressalta o valor da aparência e das etiquetas para a projeção do poder real. O valor dado a imagem não era apenas um mero capricho da vaidade de um rei soberbo e arrogante, mas uma necessidade política necessária para estabilizar de vez a ordem social nas mãos da monarquia. Isso fica bastante evidente ao longo de boa parte do filme, pois o autor nos apresenta o seu personagem como um homem que acima de tudo teria plena consciência do seu papel de representante da coroa francesa. Não é por mera vaidade que, por exemplo, o Delfim decide um novo modelo de vestimentas baseado em trajes muito mais exuberantes. Há sempre uma razão calculada por trás de cada escolha aparentemente simples, e a intenção é de concentrar toda as expectativas da corte, do parlamento e do povo francês a disposição do monarca. E é neste sentido que ele decide transferir a corte para Versalhes, um lugar que segundo Colbert seria apenas uma “casa” se comparada ao Louvre, o “palácio” (BURKE, p. 79).
Brilho Eterno de uma Mente sem Lembranças
4.3 4,7K Assista AgoraÉ curioso imaginar como seria se essa prática existisse na realidade e estivesse sendo comercializada para todas as pessoas, sem restrições. O que têm de gente que preferiria apagar da memória boa parte de suas vidas simplesmente por não conseguir - ou não querer - lidar com decepções, perdas, etc. é uma coisa assustadora. No caso dos personagens, que recorrem ao apagamento por conta de uma decepção amorosa, fica a questão de pensar se realmente vale a pena perder lembranças tão importantes por conta de uma neutralidade sentimental tão vazia e oca. Quantas vezes nós desabafamos com um amigo sobre a vontade de "nunca ter conhecido tal pessoa" pelo simples fato de que, no final das contas, deu ruim? Várias vezes, né?! Mas aí, se realmente pudéssemos "nunca ter conhecido tal pessoa" ou "esquecer que essa pessoa existe" (literalmente!) seria como se um buraco negro sugasse parte de nós - as tristezas, as dores, as decepções - e deixasse no lugar um nada. E qualquer coisa é melhor do que o nada. Comparação meio bizarra e tosca, eu sei, mas acho que vale. O que eu tirei do filme, no final, é que o ser humano realmente não tem limites quando se trata de conseguir comercializar e lucrar em cima das próprias desgraças - a incapacidade de seguir em frente diante de alguns "deu ruim" - e que a fraqueza e impulso tolo são ainda piores uma fossa profunda vivida com dignidade. Os corações partidos podem se remendar com o tempo, então pra quê tentar apagar algo que um dia foi tão bonito? O amor têm dessas coisas, às vezes dá, às vezes não, e vida que segue - de preferência, com um brilho eterno de uma mente rica em lembranças.
O Homem-Leopardo
3.6 23Suspeitei do Dr. Galbraith desde o começo.
O Nevoeiro
3.5 2,6K Assista AgoraO roteiro do filme é fiel ao livro e durante a projeção, quem já leu o livro, pode perceber a transposição de cenas e diálogos escritos por King. O suspense não é nada mais que a fachada da história, não se enganem achando que é o principal. O Nevoeiro não se prende somente ao sobrenatural, mas aborda o contexto psicológico, social e religioso de seus personagens. As alterações do filme em relação ao conto são justificáveis, especialmente o final, capaz de deixar o próprio King com inveja. Creio que O Nevoeiro não é apenas um filme de ficção e não deve ser analisado dessa forma, ele pode ser bem mais interessante e profundo se pararmos para pensar na interação social entre os personagens naquela situação extrema.