"Uma festa na periferia de São Paulo. Como barracos no morro, as pessoas se amontoam para dançar ao som do Dj Black Jahmanta. O Rapper Thaíde conduz a festa, sem suspeitar que será palco de um ajuste de contas. Esta é a oportunidade que Dj Air esperou durante toda sua vida. É o momento de mostrar à todos quem é o melhor dj da região."
Produzido por Térreo Estúdio e Terpins Greco Estúdio
Que material incrível! Esse documentário é um daqueles raros materiais que vez e outra nos deparamos por acaso, e deixam aquela sensação quentinha no coração! Apesar de ter mais de 15 anos, não perde em nada para uma produção mais recente. Não apenas pelo valor nostálgico, mas em termos técnicos... é um material de primeira! Recomendo assistir às 6 partes. É uma pena que não seja mais promovido, pois mostra que os idosos de hoje já foram jovens, e que além de curtir o que há de melhor na cidade, também lutaram pra mudar as coisas (em termos políticos e culturais principalmente), algo mais necessário do que nunca nom tempos atuais. Se voce leu até aqui, aproveita que agora esses videos estão no youtube, e além de assistir, compartilha com alguem que não viveu aquela época. https://www.youtube.com/watch?v=nrKEddbKUpE
Gostaria muito de assistir a esse filme. Descobri que teve participação direta da arquiteta Lina Bo Bardi, e teve cenas gravadas em Florianópolis, na mítica déc. de 1970. Caso alguem encontrar onde possa assistir ou baixar, seria muito bom. O link que o colega colocou num comentário anterior, leva a um site, mas infelizmente o link torrent não está mais ativo.
Queria ter gostado do filme, realmente, pois prometia algo além, que não sei dizer, mas senti que não foi alcançado. Para além das observações pertinentes que os entendidos do assunto certamente já terão feito nos demais comentários, algo que realmente me incomodou, sendo um filme que se propõe baseado em uma história real, foi a representação do Paolo Gucci. Considerando que na época um dos principais valores / diferenciais da marca era ser uma empresa familiar,
como alguém que cresceu nesse meio, e que se preparou para atuar no ramo da família, foi tão incompreendido e pouco valorizado? Seria mesmo ele um completo idiota, ou alguém com uma visão diferente, que tinha o direito legítimo de expressar uma outra visão dos Gucci, mas não teve chance nem espaço?
Pesquisando mais sobre ele, fica claro que o filme generalizou muito sobre sua história, e talvez tenha sido esse o tempero que faltou no filme, pois pareceu tão natural que
o outro primo (Maurizzio) decidisse tomar o controle da empresa, sem que o Paolo oferecesse alguma resistência, que não teria justificado as brigas pelo direito de uso da marca, que entraram para a história, mas foram ofuscadas pelo posterior assassinato.
Na minha humilde opinião, a verdadeira história da empresa, e que poderia estar melhor representada, foi a do choque de visões sobre o que seria melhor para a marca, que não por acaso, se tornou algo completamente diferente, como Paolo já sinalizava décadas antes.
Adoro séries animadas, mas por muito tempo desdenhei dessa por causa da descrição, pensei, é mais uma dessas séries bobas sobre adolescentes... ah como eu estava enganado! A série é genial, muito bem construída, desmistifica muita coisa que a gente passa a entender apenas quando já está adulto, e queria ter compreendido antes. Mas sem sombra de dúvida o maior mérito é explorar as questões sexuais, tanto de gênero (SIM, temos que falar sobre isso!) como de relacionamentos abusivos, machismo, etc. Mas tudo de forma leve e fluída, sem radicalismos (alô ativistas, ódio só afasta as pessoas). Enfim, fiquei viciado pela primeira vez em uma série, e isso não é pouca coisa pra quem normalmente perde o interesse muito rápido. Se voce leu até aqui, fica minha dica de outra série maravilhosa que tem na netflix: Tuca e Bertie.
Iria fazer um comentário ácido, mas vou aproveitar o espaço e fazer uma sugestão pra quem gostou da proposta mas assim como eu ficou desapontado: Os Inocentes -1961. Eu já conhecia o filme antes da série, então tirando os pares românticos originais (<3), nada surpreendeu.
O filme é um clássico imperdível, não acredito que eu tenha muito pra acrescentar numa obra já tão consolidada e que dispensa apresentação. Como pequena contribuição posso falar um pouco sobre minha experiência pessoal com o espaço e tempo retratado no filme. Pra minha geração, nascida nos anos 1990 é difícil imaginar o Brasil retratado no filme, tão analógico... se não soubesse que foi gravado no final daquela década, acharia que se passa pelo menos duas décadas antes. A característica que mais me chama atenção dessa época, e que no filme tem um papel importantíssimo, é a precariedade da comunicação, a dificuldade tanto em realizar ligações e mandar cartas, como a de se locomover pelo território. Mas acontece que foi exatamente nesse brasil em transformação dos anos 90 que eu e milhares de outros crescemos, mesmo que muitos não nos lembremos ou pelo menos não entendíamos o que se passava pois éramos crianças pequenas, parte importante de quem somos veio dessa experiência geracional. Agora adultos, olhar para aquele brasil pode causar estranhamento, mas é só lembrar que em parte fomos um pouco Josué e nossas mães um pouco Dora pra perceber quanto essa obra prima fala de nós.
Uma versão contemporânea da clássica história dos pais, que subestimando seus filhos, os deixam se virar por conta própria num teste de superação e sobrevivência, achando que não terão sucesso. Já devo ter assistido a essa história tantas vezes e em tantos formatos diferentes, mas quase sempre ambientada na natureza selvagem ou em uma grande cidade caótica. Confesso que conheço muito pouco da África, menos ainda da Nigéria, e minhas referências cinematográficas* quase sempre são carregadas de generalismo e superficialidade, então assistir um filme tão simples na proposta mas tão rico no contexto certamente me deixou muito mais curioso em conhecer as múltiplas faces da África contemporânea.
*outro filme que me abriu os olhos pro cinema africado foi "O Menino que Descobriu o Vento - 2019", que se passa em um contexto completamente diferente, mas traz uma mensagem igualmente poderosa. Recomendo ambos.
É uma pena que a sinopse do filme apresentada aqui (e na Netflix) esteja tão rasa.
O filme trata da jornada de uma comunidade espanhola que vive às avessas com sua identidade cultural, e que busca uma possível ligação com outro país que não seja a Espanha. No entanto os motivos para a troca de bandeira não são lá muito nobres, a população está apenas interessada em obter vantagens financeiras, pois não estão satisfeitos com a estagnação do lugar. Nessa intenção os populares do vilarejo não economizam esforços em criar um contexto que justifique o pedido de revisão de nacionalidade, abrindo mão da sua identidade própria e adotando uma cultura totalmente diferente. Para nós brasileiros a história pode parecer só mais uma comédia pastelão, mas na verdade ele é bem mais do que isso. Ocorre que o tema da falta de identificação cultural e separatismo é algo extremamente comum no contexto europeu atual, especialmente na Espanha onde existe uma pressão latente sobre a independência da Catalunha. Logo tratar um tema tão sério traz muita responsabilidade, e provavelmente não era a intenção do diretor tomar partido nessa questão. Assim, o filme sendo uma comédia, se aproveita dos exageros próprios do gênero pra se isentar de tomar partido e desenvolve uma ótima história que contribui muito na compreensão de como podem ser esses temas tão delicados. No entanto o enredo poderia ser muito mais enxuto, existe um excesso de histórias paralelas que nada acrescentam, tirando o foco em vários momentos, como as tramas amorosas. Enfim, certamente o filme vale a pena ser assistido, principalmente se você busca uma típica comédia espanhola.
PS: depois desse filme você não vai mais conseguir olhar a Oktoberfest da mesma maneira.
Sempre acostumado com a versão que aprendi na escola sobre os primórdios do capitalismo, sobre a revolução que representou sobre a antiga organização social, e também sobre as novas mazelas que criou, num contexto sempre distante e europeu, não poderia deixar de observar o quanto esse filme me fez refletir sobre esse processo acontecendo aqui e ainda hoje, num contexto absolutamente brasileiro. Se a total precarização dos ambientes de trabalho contrasta muito com a felicidade e auto estima dos pequenos empreendedores, patrões de si mesmos, a total ausência do estado seja regulando a atividade e cobrando impostos, reflete também no crescimento desordenado e na acumulação de problemas típicos de cidade grande em pleno sertão, onde teoricamente haveria pelo menos espaço para diminuir os problemas da industrialização desenfreada. Um filme brasileiro, essencial na compreensão de que país somos.
Esse é um daqueles filmes que de início apresenta todos os ingredientes de uma boa comédia romântica, que a gente já saca a moral nos primeiros minutos,ainda assiste e se emociona com o final feliz. Porém, conforme se desenvolve vai se aproximando muito mais da vida real, apresentando as complexidades e contradições da nossa sociedade, onde muitas vezes não podemos simplesmente explorar todas as potencialidades de um novo sentimento sem que hajam implicações. Gosto muito dele, pois ajuda a lembrar que ao fazer uma escolha inevitavelmente deixamos algo de lado, e o máximo que podemos levar disso é a fantasia de um dia se perguntar como poderia ter sido diferente. No fim, o que fica é aquele sentimento de que a vida é curta demais para viver tudo, mas que devemos aproveitar ao máximo aquilo que temos, e não ter medo de mudar.
Embora tudo levasse a pensar que seria mais um filme leve exaltando a cidade luz, ele não é. A trama perde a leveza inicial conforme se aprofunda na vida das personagens. Faz questionar os valores que costumeiramente as pessoas tendem a generalizar como pesos e medidas insensíveis. Uma casa ou lar? União por conveniência ou família? Amor ou razão? Sem dúvida vale suportar os momentos onde o filme parece se arrastar, pois há aqueles onde a história deslancha de forma magnífica. Paris é muito mais que pano de fundo, é um modo de viver, de sentir, de sobreviver.
Basicamente, dramas familiares. Caricatos, talvez. Profundos e verdadeiros, com certeza. Ótimo em demonstrar como pequenas relações tóxicas podem se potencializar e com o tempo entrar em colapso. Sem vilões, a não ser a busca pelo sentido da vida, e sua falta.
Não li o livro, tampouco me identifico com o gênero romântico, mas acredito que outros assim como eu em algum momento assistirão e por isso deixo registrado minha impressão. A história é envolvente, se passa em uma época fascinante, possui personagens interessantes e de muito potencial. Mas voltando ao filme, ele é fraco, os atores são superficiais e não ajudam a conduzir a história, além fotografia que é duvidosa e não combina com a forma como as cenas são conduzidas. Não assistiria de novo, embora considere ler o livro.
Mais um daqueles filmes onde o que se salva são a fotografia, cenários e figurino. Estou certo a acreditar que é uma tendência das super produções se ocuparem tanto desses detalhes que esquecem do principal: fazer a história funcionar. Nessa fantástica produção a história original é expandida de tal forma, que todos personagens periféricos disputam atenção com os protagonistas prejudicando o andamento da história. Se voce busca pela história clássica, pule direto para o filme de 1991.
Se você é daqueles que procura ação em um filme de terror/barra/suspense, está diante de um banquete. Se veio até aqui pelo terror, no máximo encontrará um aperitivo. Na minha opinião o que salva é a ambientação. Cenografia muito bem trabalhada.
Batalha, a Guerra do Vinil
4.4 3Mais informações sobre:
"Uma festa na periferia de São Paulo. Como barracos no morro, as pessoas se amontoam para dançar ao som do Dj Black Jahmanta. O Rapper Thaíde conduz a festa, sem suspeitar que será palco de um ajuste de contas. Esta é a oportunidade que Dj Air esperou durante toda sua vida. É o momento de mostrar à todos quem é o melhor dj da região."
Produzido por Térreo Estúdio e Terpins Greco Estúdio
Batalha, a Guerra do Vinil
4.4 3Muito animal esse mini curta! O som, o video, os bonecos, o contexto.. muito bom! Tem disponível pra assistir gratuitamente nesses lugares:
Vimeo - https://vimeo.com/41163775
Ilha 70
4.2 2Que material incrível! Esse documentário é um daqueles raros materiais que vez e outra nos deparamos por acaso, e deixam aquela sensação quentinha no coração! Apesar de ter mais de 15 anos, não perde em nada para uma produção mais recente. Não apenas pelo valor nostálgico, mas em termos técnicos... é um material de primeira! Recomendo assistir às 6 partes. É uma pena que não seja mais promovido, pois mostra que os idosos de hoje já foram jovens, e que além de curtir o que há de melhor na cidade, também lutaram pra mudar as coisas (em termos políticos e culturais principalmente), algo mais necessário do que nunca nom tempos atuais. Se voce leu até aqui, aproveita que agora esses videos estão no youtube, e além de assistir, compartilha com alguem que não viveu aquela época. https://www.youtube.com/watch?v=nrKEddbKUpE
Prata Palomares
3.6 4Gostaria muito de assistir a esse filme. Descobri que teve participação direta da arquiteta Lina Bo Bardi, e teve cenas gravadas em Florianópolis, na mítica déc. de 1970. Caso alguem encontrar onde possa assistir ou baixar, seria muito bom. O link que o colega colocou num comentário anterior, leva a um site, mas infelizmente o link torrent não está mais ativo.
Homeless
3.0 2Queria muito assistir, mas não localizei em nenhum lugar.. até baixei, mas não acho legenda em português :c Alguém já achou com legenda?
Casa Gucci
3.2 706 Assista AgoraQueria ter gostado do filme, realmente, pois prometia algo além, que não sei dizer, mas senti que não foi alcançado.
Para além das observações pertinentes que os entendidos do assunto certamente já terão feito nos demais comentários, algo que realmente me incomodou, sendo um filme que se propõe baseado em uma história real, foi a representação do Paolo Gucci.
Considerando que na época um dos principais valores / diferenciais da marca era ser uma empresa familiar,
como alguém que cresceu nesse meio, e que se preparou para atuar no ramo da família, foi tão incompreendido e pouco valorizado? Seria mesmo ele um completo idiota, ou alguém com uma visão diferente, que tinha o direito legítimo de expressar uma outra visão dos Gucci, mas não teve chance nem espaço?
Pesquisando mais sobre ele, fica claro que o filme generalizou muito sobre sua história, e talvez tenha sido esse o tempero que faltou no filme, pois pareceu tão natural que
o outro primo (Maurizzio) decidisse tomar o controle da empresa, sem que o Paolo oferecesse alguma resistência, que não teria justificado as brigas pelo direito de uso da marca, que entraram para a história, mas foram ofuscadas pelo posterior assassinato.
Na minha humilde opinião, a verdadeira história da empresa, e que poderia estar melhor representada, foi a do choque de visões sobre o que seria melhor para a marca, que não por acaso, se tornou algo completamente diferente, como Paolo já sinalizava décadas antes.
Big Mouth (1ª Temporada)
4.0 234 Assista AgoraAdoro séries animadas, mas por muito tempo desdenhei dessa por causa da descrição, pensei, é mais uma dessas séries bobas sobre adolescentes... ah como eu estava enganado! A série é genial, muito bem construída, desmistifica muita coisa que a gente passa a entender apenas quando já está adulto, e queria ter compreendido antes. Mas sem sombra de dúvida o maior mérito é explorar as questões sexuais, tanto de gênero (SIM, temos que falar sobre isso!) como de relacionamentos abusivos, machismo, etc. Mas tudo de forma leve e fluída, sem radicalismos (alô ativistas, ódio só afasta as pessoas). Enfim, fiquei viciado pela primeira vez em uma série, e isso não é pouca coisa pra quem normalmente perde o interesse muito rápido. Se voce leu até aqui, fica minha dica de outra série maravilhosa que tem na netflix: Tuca e Bertie.
A Maldição da Mansão Bly
3.9 923 Assista AgoraIria fazer um comentário ácido, mas vou aproveitar o espaço e fazer uma sugestão pra quem gostou da proposta mas assim como eu ficou desapontado: Os Inocentes -1961. Eu já conhecia o filme antes da série, então tirando os pares românticos originais (<3), nada surpreendeu.
Nome Próprio
3.3 294 Assista AgoraGostaria muito de assistir esse filme mas não encontro para baixar em lugar algum :/
O Poço
3.7 2,1K Assista AgoraCentro Vertical de Autogestão = sociedade? Nessa metáfora, quem seriam os cozinheiros?
A Síndrome de Veneza
4.5 1Tenho muito interesse em assistir a este filme, porém por mai que procure, não encontro. Se alguém tiver alguma dica, seria legal compartilhar aqui :)
O Homem Que Inventou o Natal
3.6 30 Assista AgoraUma envolvente história sobre a relação de autor e obra.
Central do Brasil
4.1 1,8K Assista AgoraO filme é um clássico imperdível, não acredito que eu tenha muito pra acrescentar numa obra já tão consolidada e que dispensa apresentação.
Como pequena contribuição posso falar um pouco sobre minha experiência pessoal com o espaço e tempo retratado no filme. Pra minha geração, nascida nos anos 1990 é difícil imaginar o Brasil retratado no filme, tão analógico... se não soubesse que foi gravado no final daquela década, acharia que se passa pelo menos duas décadas antes. A característica que mais me chama atenção dessa época, e que no filme tem um papel importantíssimo, é a precariedade da comunicação, a dificuldade tanto em realizar ligações e mandar cartas, como a de se locomover pelo território.
Mas acontece que foi exatamente nesse brasil em transformação dos anos 90 que eu e milhares de outros crescemos, mesmo que muitos não nos lembremos ou pelo menos não entendíamos o que se passava pois éramos crianças pequenas, parte importante de quem somos veio dessa experiência geracional. Agora adultos, olhar para aquele brasil pode causar estranhamento, mas é só lembrar que em parte fomos um pouco Josué e nossas mães um pouco Dora pra perceber quanto essa obra prima fala de nós.
Aprendiz de Mecânico
3.5 12Uma versão contemporânea da clássica história dos pais, que subestimando seus filhos, os deixam se virar por conta própria num teste de superação e sobrevivência, achando que não terão sucesso. Já devo ter assistido a essa história tantas vezes e em tantos formatos diferentes, mas quase sempre ambientada na natureza selvagem ou em uma grande cidade caótica. Confesso que conheço muito pouco da África, menos ainda da Nigéria, e minhas referências cinematográficas* quase sempre são carregadas de generalismo e superficialidade, então assistir um filme tão simples na proposta mas tão rico no contexto certamente me deixou muito mais curioso em conhecer as múltiplas faces da África contemporânea.
*outro filme que me abriu os olhos pro cinema africado foi "O Menino que Descobriu o Vento - 2019", que se passa em um contexto completamente diferente, mas traz uma mensagem igualmente poderosa. Recomendo ambos.
A Pequena Suíça
2.5 13 Assista AgoraÉ uma pena que a sinopse do filme apresentada aqui (e na Netflix) esteja tão rasa.
O filme trata da jornada de uma comunidade espanhola que vive às avessas com sua identidade cultural, e que busca uma possível ligação com outro país que não seja a Espanha. No entanto os motivos para a troca de bandeira não são lá muito nobres, a população está apenas interessada em obter vantagens financeiras, pois não estão satisfeitos com a estagnação do lugar. Nessa intenção os populares do vilarejo não economizam esforços em criar um contexto que justifique o pedido de revisão de nacionalidade, abrindo mão da sua identidade própria e adotando uma cultura totalmente diferente. Para nós brasileiros a história pode parecer só mais uma comédia pastelão, mas na verdade ele é bem mais do que isso. Ocorre que o tema da falta de identificação cultural e separatismo é algo extremamente comum no contexto europeu atual, especialmente na Espanha onde existe uma pressão latente sobre a independência da Catalunha. Logo tratar um tema tão sério traz muita responsabilidade, e provavelmente não era a intenção do diretor tomar partido nessa questão. Assim, o filme sendo uma comédia, se aproveita dos exageros próprios do gênero pra se isentar de tomar partido e desenvolve uma ótima história que contribui muito na compreensão de como podem ser esses temas tão delicados. No entanto o enredo poderia ser muito mais enxuto, existe um excesso de histórias paralelas que nada acrescentam, tirando o foco em vários momentos, como as tramas amorosas. Enfim, certamente o filme vale a pena ser assistido, principalmente se você busca uma típica comédia espanhola.
PS: depois desse filme você não vai mais conseguir olhar a Oktoberfest da mesma maneira.
Estou Me Guardando Para Quando o Carnaval Chegar
4.3 209Sempre acostumado com a versão que aprendi na escola sobre os primórdios do capitalismo, sobre a revolução que representou sobre a antiga organização social, e também sobre as novas mazelas que criou, num contexto sempre distante e europeu, não poderia deixar de observar o quanto esse filme me fez refletir sobre esse processo acontecendo aqui e ainda hoje, num contexto absolutamente brasileiro. Se a total precarização dos ambientes de trabalho contrasta muito com a felicidade e auto estima dos pequenos empreendedores, patrões de si mesmos, a total ausência do estado seja regulando a atividade e cobrando impostos, reflete também no crescimento desordenado e na acumulação de problemas típicos de cidade grande em pleno sertão, onde teoricamente haveria pelo menos espaço para diminuir os problemas da industrialização desenfreada. Um filme brasileiro, essencial na compreensão de que país somos.
Saneamento Básico, O Filme
3.7 708 Assista AgoraSem dúvida é uma das pérolas do cinema nacional.
Antes do Adeus
3.5 307 Assista AgoraEsse é um daqueles filmes que de início apresenta todos os ingredientes de uma boa comédia romântica, que a gente já saca a moral nos primeiros minutos,ainda assiste e se emociona com o final feliz. Porém, conforme se desenvolve vai se aproximando muito mais da vida real, apresentando as complexidades e contradições da nossa sociedade, onde muitas vezes não podemos simplesmente explorar todas as potencialidades de um novo sentimento sem que hajam implicações. Gosto muito dele, pois ajuda a lembrar que ao fazer uma escolha inevitavelmente deixamos algo de lado, e o máximo que podemos levar disso é a fantasia de um dia se perguntar como poderia ter sido diferente. No fim, o que fica é aquele sentimento de que a vida é curta demais para viver tudo, mas que devemos aproveitar ao máximo aquilo que temos, e não ter medo de mudar.
Minha Querida Dama
3.4 63 Assista AgoraEmbora tudo levasse a pensar que seria mais um filme leve exaltando a cidade luz, ele não é. A trama perde a leveza inicial conforme se aprofunda na vida das personagens. Faz questionar os valores que costumeiramente as pessoas tendem a generalizar como pesos e medidas insensíveis. Uma casa ou lar? União por conveniência ou família? Amor ou razão? Sem dúvida vale suportar os momentos onde o filme parece se arrastar, pois há aqueles onde a história deslancha de forma magnífica. Paris é muito mais que pano de fundo, é um modo de viver, de sentir, de sobreviver.
Os Olhos Amarelos dos Crocodilos
3.5 42 Assista AgoraBasicamente, dramas familiares. Caricatos, talvez. Profundos e verdadeiros, com certeza. Ótimo em demonstrar como pequenas relações tóxicas podem se potencializar e com o tempo entrar em colapso. Sem vilões, a não ser a busca pelo sentido da vida, e sua falta.
Mommy
4.3 1,2K Assista AgoraSinceramente, gostaria de saber em qual estado de espírito deveria estar ao assistir ao filme, talvez ajudasse a entender oq o torna tão especial.
Orgulho e Preconceito
4.2 2,8K Assista AgoraNão li o livro, tampouco me identifico com o gênero romântico, mas acredito que outros assim como eu em algum momento assistirão e por isso deixo registrado minha impressão. A história é envolvente, se passa em uma época fascinante, possui personagens interessantes e de muito potencial. Mas voltando ao filme, ele é fraco, os atores são superficiais e não ajudam a conduzir a história, além fotografia que é duvidosa e não combina com a forma como as cenas são conduzidas. Não assistiria de novo, embora considere ler o livro.
A Bela e a Fera
3.3 699 Assista AgoraMais um daqueles filmes onde o que se salva são a fotografia, cenários e figurino. Estou certo a acreditar que é uma tendência das super produções se ocuparem tanto desses detalhes que esquecem do principal: fazer a história funcionar. Nessa fantástica produção a história original é expandida de tal forma, que todos personagens periféricos disputam atenção com os protagonistas prejudicando o andamento da história. Se voce busca pela história clássica, pule direto para o filme de 1991.
O Pacto dos Lobos
3.4 228Se você é daqueles que procura ação em um filme de terror/barra/suspense, está diante de um banquete. Se veio até aqui pelo terror, no máximo encontrará um aperitivo. Na minha opinião o que salva é a ambientação. Cenografia muito bem trabalhada.