Primitivo, rude, fantasioso. Quando comecei a ver, jurava se tratar de uma crônica mais ou menos realista, isto é, histórica, factual, de um homem primitivo vivendo a sua rotina primitiva. Aí, apareceram dinossauros. Pensei: realista não é, então vamos ver o que diabos é.
A história não deixa de ser uma crônica, mas bem fantasista — o que, de forma alguma, é demérito aqui. Na verdade, acho que não fosse a dose de liberdade narrativa, eu teria dormido. O estilo da animação é desenho 2D, do jeito que eu gosto. Parece uma HQ animada. A gente anda nas pegadas do protagonista (não me pergunte o nome dele; até porque também nem importa), acompanha o drama clássico das famílias trucidadas, humana e animal, o que é um truque dos roteiristas para "desenfrear" e jogar os personagens na direção da ação e aventura.
O imaginável então acontece: os caçadores se aproximam. A partir desse ponto, eu já estava aceitando tudo o mais que viesse. Gostei especialmente dos dois últimos episódios — "Morte no Gelo" e "Terror da Lia de Sangue". O primeiro título desenrola uma interessante mensagem sobre a inteligência animal. O segundo, parece saído de um script de Conan, o Bárbaro. Aliás, o desenho inteiro, não fosse por ser ambientado nalgum espaço-tempo lá atrás, na História, onde homens e dinossauros compartilharam a terra, parece uma versão menos sexista e mais bem aventurosa de Conan.
Divertidozinho. Legal rever o Scrat, protagonista moral da série, melhor escape cômico; aliás, melhor escape. Aqui, ele continua disputando a noz. O bebê a tiracolo faz os episódios serem bem piegas e irritantes (porque a gente, lógico, torce pelo Scrat), mas OK. Nada tão odioso também.
Eu vi e achei brilhante! Acho que foi uma única série que vi em 2020 inteiro (continuo sem muito tesão por séries...) e sinto que meu tempo não foi, sabe, gasto. Vi rapidinho também, em 2 ou 3 prestações, e o legal é que cada um tem uma percepção. A mim, a história história pareceu uma biografia sem grande relação com uma estrutura fechadinha da ficção (apesar de ser ficção; e, aliás, já tô de olho na tradução do livro), o que até explicou, pra mim, as faltas em relação ao Scheibel e a Jolene. Quer dizer, é tudo contado de um jeito que a ambição da garota sempre soterra a sua sensibilidade. Os amores que passam por ela são tão... vejamos, ligeiros que dá a impressão de futilidade, sabe, de pouca importância mesmo. Ela ama mesmo é o xadrez e vencer nele. Eu gostei. Gostei de não terem masculinizado a moça para fazê-la soar mais determinada (que nem fizeram com uma certa garotinha em GoT...), mas senti falta de uma expressão maior ainda de machismo. A gente tem uma mulher num tempo que mulheres eram recatadas e do lar, a gente tem os anos 60 e tem xadrez, um esporte intelectual e necessariamente masculino, e quando cheguei no fim da série, pareceu que tudo não passou de um passeio pra Beth. Ok, foi só impressão e não afetou o meu prazer em ter visto a série.
Primal (1ª Temporada)
4.5 51Primitivo, rude, fantasioso. Quando comecei a ver, jurava se tratar de uma crônica mais ou menos realista, isto é, histórica, factual, de um homem primitivo vivendo a sua rotina primitiva. Aí, apareceram dinossauros. Pensei: realista não é, então vamos ver o que diabos é.
A história não deixa de ser uma crônica, mas bem fantasista — o que, de forma alguma, é demérito aqui. Na verdade, acho que não fosse a dose de liberdade narrativa, eu teria dormido. O estilo da animação é desenho 2D, do jeito que eu gosto. Parece uma HQ animada. A gente anda nas pegadas do protagonista (não me pergunte o nome dele; até porque também nem importa), acompanha o drama clássico das famílias trucidadas, humana e animal, o que é um truque dos roteiristas para "desenfrear" e jogar os personagens na direção da ação e aventura.
O imaginável então acontece: os caçadores se aproximam. A partir desse ponto, eu já estava aceitando tudo o mais que viesse. Gostei especialmente dos dois últimos episódios — "Morte no Gelo" e "Terror da Lia de Sangue". O primeiro título desenrola uma interessante mensagem sobre a inteligência animal. O segundo, parece saído de um script de Conan, o Bárbaro. Aliás, o desenho inteiro, não fosse por ser ambientado nalgum espaço-tempo lá atrás, na História, onde homens e dinossauros compartilharam a terra, parece uma versão menos sexista e mais bem aventurosa de Conan.
Recomendo demais.
A Era do Gelo: Histórias do Scrat
3.8 16Divertidozinho. Legal rever o Scrat, protagonista moral da série, melhor escape cômico; aliás, melhor escape. Aqui, ele continua disputando a noz. O bebê a tiracolo faz os episódios serem bem piegas e irritantes (porque a gente, lógico, torce pelo Scrat), mas OK. Nada tão odioso também.
O Gambito da Rainha
4.4 931 Assista AgoraEu vi e achei brilhante! Acho que foi uma única série que vi em 2020 inteiro (continuo sem muito tesão por séries...) e sinto que meu tempo não foi, sabe, gasto. Vi rapidinho também, em 2 ou 3 prestações, e o legal é que cada um tem uma percepção. A mim, a história história pareceu uma biografia sem grande relação com uma estrutura fechadinha da ficção (apesar de ser ficção; e, aliás, já tô de olho na tradução do livro), o que até explicou, pra mim, as faltas em relação ao Scheibel e a Jolene. Quer dizer, é tudo contado de um jeito que a ambição da garota sempre soterra a sua sensibilidade. Os amores que passam por ela são tão... vejamos, ligeiros que dá a impressão de futilidade, sabe, de pouca importância mesmo. Ela ama mesmo é o xadrez e vencer nele. Eu gostei. Gostei de não terem masculinizado a moça para fazê-la soar mais determinada (que nem fizeram com uma certa garotinha em GoT...), mas senti falta de uma expressão maior ainda de machismo. A gente tem uma mulher num tempo que mulheres eram recatadas e do lar, a gente tem os anos 60 e tem xadrez, um esporte intelectual e necessariamente masculino, e quando cheguei no fim da série, pareceu que tudo não passou de um passeio pra Beth. Ok, foi só impressão e não afetou o meu prazer em ter visto a série.
O Gambito da Rainha
4.4 931 Assista AgoraInstigante: essa é a minha palavra para a série. Atuação sensacional, história inusual, fiquei vidrado até o último episódio.