Convencer um grupo de pessoas de que elas estão indo para o espaço a fim de salvar a humanidade, e que terão possivelmente que passar gerações inteiras lá dentro, pra no final das contas tudo não passar de um experimento científico psicológico-eugenista-biológico mais antiético da História é muito foda.
O problema é que a potencialidade dessa história incrível, digna de um livro do Asimov foi totalmente cagada. Não sei se foi a perda de ritmo e coesão narrativa do fim da trama ou se foi a pressa de fazer tudo acontecer em três episódios de 1h30 cada. Só sei que esperava bem mais.
E aquele final Alguém me explica aquele final?! Se a série não tiver uma continuação, aquilo não faz sentido algum - elo menos pra mim ainda não fez!
O final foi tão destoante do decorrer da série que tive que tirar um ponto e meio só por isso. Que que foi isso? Mudou o diretor ou o roteirista no final? oO
TWD sempre foi uma série para além de meros mortos vivos grunhindo e caçando os vivos.
Dá pra perceber nitidamente o reflexo dos conflitos filosóficos nos personagens, principalmente o Rick. A mudança de personalidade que ele sofreu foi muito coerente e bem feita.
Pela primeira vez um programa sobre zumbis mostra detalhadamente as adaptações necessárias e naturais que o mundo sofreria, que os humanos sofreriam, diante da terra de ninguém que o planeta aparentemente se transformou.
Me surpreendi com o primeiro episódio, me surpreendi depois com o segundo.
Achei que a série fosse fraca, pois essas tentativas de misturar personagens quase nunca dá certo. Mas estou percebendo que tem um clima sombrio e de seriedade nessa série que me fez sentir vontade de prosseguir e ver no que dá. Fora as atuações que estão ótimas.
A única coisa que não me cheirou muito bem de cara foi a analogia entre Amon e Satã. Quando estavam relacionando a divindade egípcia com algo como os vampiros, tudo bem, podia ser legal, mas insistir nesse colonialismo cristão de demonizar crenças não-cristãs tá mó fora de moda.
O último episódio não fez bem eu ficar revoltado, mas me fez entender que num cenário onde os indivíduos (e coalizões de indivíduos) fazem as regras, as coisas funcionam de modo diferente se pensarmos em nossa sociedade hoje, com um Estado mediando as relações através de leis e etc.
Numa comunidade onde as alianças e rivalidades tem um peso potencialmente letal 24 h por dia, ninguém pode marcar bobeira, não existe almoço grátis.
E isso me faz pensar em até que ponto pessoas desse tipo não seriam contaminadas pra indelevelmente por esse tipo de lógico, a ponto de não ser capaz de se readaptar a uma lógica mais pacífica, social, com um sistema funcionando e velando por todos, por assim dizer.
Assistindo a esses últimos episódios fiquei pensando sobre as diferenças fundamentais entre não só o cristianismo e o politeísmo nórdico, mas entre os cristãos e os nórdicos em si.
As visões que ambos tem sobre a estrutura da vida, sobre nosso papel e nosso destino deviam impactar diretamente no dia-a-dia desses caras. A julgar pela série, os nórdicos parecem ter um olhar de quem não se arrepende do que faz, de quem aceita as intempéries da vida, assim como as coisas boas que ela traz também. Talvez a religião deles e essa atitude sejam reflexos da vida difícil que eles levavam no norte europeu, com temperaturas extremas, escassez de comida etc. Vc acaba aprendendo a naturalizar o sofrimento e torná-lo parte indissociável da vida (bem diferente de hoje em dia, que tentamos afastar o sofrimento e a morte como se não fossem partes naturais da vida; ok, ninguém quer sofrer, todos tentam diminuir o sofrimento, mas hoje fazemos muito mais que isso: nós não o toleramos.)
O olhar cristão, por outro lado, é um olhar profundo também, mas de maneira diferente. Ele parece sempre estar pronto a pedir desculpa, a pedir pela misericórdia de alguém. Parece sempre preparado para sofrer. É um olhar diferente sobre a nossa relação com o sofrimento, sei lá. Os nórdicos parecem encarar o sofrimento quase com uma atitude desafiadora...irônica. O cristão encara o sofrimento....sofrendo. Não sei se a atitude cristã chega a ser mais sincera, ou se a nórdica colocava um certo orgulho pra camuflar a dor.
Minha surpresa ao saber que o Robocop do novo filme foi interpretado por Joel Kinnaman, o detetive Holder da série, foi tão grande quanto a que tive vendo o final dessa segunda temporada. Teve cara de final de série, e espero que eles consigam manter o ritmo e qualidade impecável também na terceira e quarta.
Achei o fim emocionante, com o papaizão badass ex-máfia russa vendo
o vídeo até então desaparecido da filha e tendo aquele alívio por saber que sim, ela o amava mesmo sabendo ser sua filha adotiva. É sempre emocionante ver alguém durão se emocionar.
Quem diria que tudo não passou de um mal entendido quase coletivo, entre pessoas envolvidas na política, que obviamente atrai o tipo perfeito pra "desfazer" situações como a que Rosie se envolveu.
Finalmente, fico tão impressionado com as atuações, principalmente dos detetives, que é até difícil tecer mais comentários.
Só vi o piloto, mas fiquei instigado em acompanhar.
É complicado fazer uma série baseada numa história contada por um ótimo filme, que ainda contava com o carisma de Brad Pitt e Bruce Willis, mas a série parece que vai ampliar o plot original e introduzir ainda mais bizarrrices paradoxais causadas pela viagem no tempo.
Muito interessante saber sobre um povo culturalmente tão diferente dos europeus conquistados pelo Império Romano e como, mesmo com esse potencial isolamento, sua influência cultura nos rodeio, principalmente em várias palavras do inglês.
Ótimo complemento pra quem é fã da série Vikings, do History Channel!
Acho que essas séries tem até algumas semelhanças com aquele recente filme Her. Trazem questões atuais travestidas de questões futuristas. Mas ao mesmo tempo também dizem respeito sim às questões mais futuristas como a das consequências e possibilidade de inteligências artificias. http://www.vero.jor.br/2014/03/a-questao-o-que-sou-eu-frente-as.html
O segundo episódio foi simplesmente épico. [Tem alguns spoilers]
Retrata um mundo possivelmente futurista mas que guarda muitas semelhanças com nosso presente.
Pessoas que trabalham pesado para sustentar um mundo de frivolidades e fuga de coisas que realmente importam. Um mundo onde coisas intrinsecamente irreais são o foco de todos, representam a direção para onde todos os recursos financeiros convergem.
Apps estão presentes na vida de todos o tempo todo, seja no trabalho, seja no quarto, na rua, na sala.
Aliás, nesse universo fictício parece não existir rua, ou elas existem de forma tão discreta e sem importância que nem foi necessário mostrá-las. Tudo o que é "relevante" acontece por causa dos aplicativos - dessa vez não só restritos aos celulares e tablets, mas também às paredes das casas!
Parece existir também uma paranoia absurda com relação à limpeza e à boa alimentação.
Jogos eletrônicos de tiro em primeira pessoa não tratam mais do extermínio de uma praga zumbi num mundo pós-apocalíptico, mas à sumária eliminação de pessoas acima do peso. É como se toda a indústria tivesse se aliado em prol de um mundo direcionado totalmente ao trabalho; o projeto de transformar cada mulher e homem numa mera peça de uma enorme engrenagem social voltada para a produção e satisfação de prazeres da classe ociosa que só usufrui do que os que estão abaixo deles geram.
Além disso, ainda existe uma crítica discreta mas muito bem posicionada sobre o modo como a sociedade de entretenimento em massa tem o poder de engolfar as críticas feitas a ela mesma, transformando isso também num outro elemento de entretenimento e de geração de dinheiro e mais zumbis dependentes do sistema.
É mais ou menos o que acontece em nosso mundo, com indivíduos consumistas e capitalistas ao extremo que usam camisas de Che Guevara, provavelmente sem fazer a mínima ideia de quem ele foi e o que representou. O capitalismo engloba os ícones opositores e os transforma em itens de entretenimento do próprio capitalismo.
Ascensão
3.6 45Eu daria a nota máxima pra essa série só pelo plot.
Convencer um grupo de pessoas de que elas estão indo para o espaço a fim de salvar a humanidade, e que terão possivelmente que passar gerações inteiras lá dentro, pra no final das contas tudo não passar de um experimento científico psicológico-eugenista-biológico mais antiético da História é muito foda.
E aquele final Alguém me explica aquele final?! Se a série não tiver uma continuação, aquilo não faz sentido algum - elo menos pra mim ainda não fez!
Mestres da Ficção Científica
3.2 3Alguém tem o link pra download??
Dig (1ª Temporada)
3.5 18O final foi tão destoante do decorrer da série que tive que tirar um ponto e meio só por isso. Que que foi isso? Mudou o diretor ou o roteirista no final? oO
The Walking Dead (5ª Temporada)
4.2 1,4K Assista AgoraTWD sempre foi uma série para além de meros mortos vivos grunhindo e caçando os vivos.
Dá pra perceber nitidamente o reflexo dos conflitos filosóficos nos personagens, principalmente o Rick. A mudança de personalidade que ele sofreu foi muito coerente e bem feita.
Pela primeira vez um programa sobre zumbis mostra detalhadamente as adaptações necessárias e naturais que o mundo sofreria, que os humanos sofreriam, diante da terra de ninguém que o planeta aparentemente se transformou.
Penny Dreadful (1ª Temporada)
4.3 1,0K Assista AgoraMe surpreendi com o primeiro episódio, me surpreendi depois com o segundo.
Achei que a série fosse fraca, pois essas tentativas de misturar personagens quase nunca dá certo. Mas estou percebendo que tem um clima sombrio e de seriedade nessa série que me fez sentir vontade de prosseguir e ver no que dá. Fora as atuações que estão ótimas.
A única coisa que não me cheirou muito bem de cara foi a analogia entre Amon e Satã. Quando estavam relacionando a divindade egípcia com algo como os vampiros, tudo bem, podia ser legal, mas insistir nesse colonialismo cristão de demonizar crenças não-cristãs tá mó fora de moda.
The Walking Dead (5ª Temporada)
4.2 1,4K Assista AgoraEpisódio cheio de referência àquela teoria das janelas quebradas e ao lance do verniz social.
A loucura é como a gravidade: basta um empurrãozinho.
12 Monkeys (1ª Temporada)
4.0 131Só vai até o nono episódio mesmo?
The Walking Dead (5ª Temporada)
4.2 1,4K Assista AgoraO último episódio não fez bem eu ficar revoltado, mas me fez entender que num cenário onde os indivíduos (e coalizões de indivíduos) fazem as regras, as coisas funcionam de modo diferente se pensarmos em nossa sociedade hoje, com um Estado mediando as relações através de leis e etc.
Numa comunidade onde as alianças e rivalidades tem um peso potencialmente letal 24 h por dia, ninguém pode marcar bobeira, não existe almoço grátis.
E isso me faz pensar em até que ponto pessoas desse tipo não seriam contaminadas pra indelevelmente por esse tipo de lógico, a ponto de não ser capaz de se readaptar a uma lógica mais pacífica, social, com um sistema funcionando e velando por todos, por assim dizer.
Vikings (3ª Temporada)
4.4 465 Assista AgoraAssistindo a esses últimos episódios fiquei pensando sobre as diferenças fundamentais entre não só o cristianismo e o politeísmo nórdico, mas entre os cristãos e os nórdicos em si.
As visões que ambos tem sobre a estrutura da vida, sobre nosso papel e nosso destino deviam impactar diretamente no dia-a-dia desses caras. A julgar pela série, os nórdicos parecem ter um olhar de quem não se arrepende do que faz, de quem aceita as intempéries da vida, assim como as coisas boas que ela traz também. Talvez a religião deles e essa atitude sejam reflexos da vida difícil que eles levavam no norte europeu, com temperaturas extremas, escassez de comida etc. Vc acaba aprendendo a naturalizar o sofrimento e torná-lo parte indissociável da vida (bem diferente de hoje em dia, que tentamos afastar o sofrimento e a morte como se não fossem partes naturais da vida; ok, ninguém quer sofrer, todos tentam diminuir o sofrimento, mas hoje fazemos muito mais que isso: nós não o toleramos.)
O olhar cristão, por outro lado, é um olhar profundo também, mas de maneira diferente. Ele parece sempre estar pronto a pedir desculpa, a pedir pela misericórdia de alguém. Parece sempre preparado para sofrer. É um olhar diferente sobre a nossa relação com o sofrimento, sei lá. Os nórdicos parecem encarar o sofrimento quase com uma atitude desafiadora...irônica. O cristão encara o sofrimento....sofrendo. Não sei se a atitude cristã chega a ser mais sincera, ou se a nórdica colocava um certo orgulho pra camuflar a dor.
Enfim, só viajando aqui. kk
The Killing (2ª Temporada)
4.4 223 Assista AgoraMinha surpresa ao saber que o Robocop do novo filme foi interpretado por Joel Kinnaman, o detetive Holder da série, foi tão grande quanto a que tive vendo o final dessa segunda temporada. Teve cara de final de série, e espero que eles consigam manter o ritmo e qualidade impecável também na terceira e quarta.
Achei o fim emocionante, com o papaizão badass ex-máfia russa vendo
o vídeo até então desaparecido da filha e tendo aquele alívio por saber que sim, ela o amava mesmo sabendo ser sua filha adotiva. É sempre emocionante ver alguém durão se emocionar.
E putz...que final quanto ao assassinato, hein?
Quem diria que tudo não passou de um mal entendido quase coletivo, entre pessoas envolvidas na política, que obviamente atrai o tipo perfeito pra "desfazer" situações como a que Rosie se envolveu.
Finalmente, fico tão impressionado com as atuações, principalmente dos detetives, que é até difícil tecer mais comentários.
"Yo Linden! You're my ride!"
12 Monkeys (1ª Temporada)
4.0 131Só vi o piloto, mas fiquei instigado em acompanhar.
É complicado fazer uma série baseada numa história contada por um ótimo filme, que ainda contava com o carisma de Brad Pitt e Bruce Willis, mas a série parece que vai ampliar o plot original e introduzir ainda mais bizarrrices paradoxais causadas pela viagem no tempo.
The Killing (1ª Temporada)
4.3 332 Assista AgoraÉpico! Baixando correndo a segunda temporada!
Zero Hour
3.0 30Achei o tema da série bem ousado. Tem uns mimimi no meio, mas vale a pena.
Vikings - Documentário - BBC
4.0 3Muito interessante saber sobre um povo culturalmente tão diferente dos europeus conquistados pelo Império Romano e como, mesmo com esse potencial isolamento, sua influência cultura nos rodeio, principalmente em várias palavras do inglês.
Ótimo complemento pra quem é fã da série Vikings, do History Channel!
Black Mirror (2ª Temporada)
4.4 753 Assista AgoraAcho que essas séries tem até algumas semelhanças com aquele recente filme Her. Trazem questões atuais travestidas de questões futuristas. Mas ao mesmo tempo também dizem respeito sim às questões mais futuristas como a das consequências e possibilidade de inteligências artificias. http://www.vero.jor.br/2014/03/a-questao-o-que-sou-eu-frente-as.html
Black Mirror (1ª Temporada)
4.4 1,3K Assista AgoraO segundo episódio foi simplesmente épico. [Tem alguns spoilers]
Retrata um mundo possivelmente futurista mas que guarda muitas semelhanças com nosso presente.
Pessoas que trabalham pesado para sustentar um mundo de frivolidades e fuga de coisas que realmente importam. Um mundo onde coisas intrinsecamente irreais são o foco de todos, representam a direção para onde todos os recursos financeiros convergem.
Apps estão presentes na vida de todos o tempo todo, seja no trabalho, seja no quarto, na rua, na sala.
Aliás, nesse universo fictício parece não existir rua, ou elas existem de forma tão discreta e sem importância que nem foi necessário mostrá-las. Tudo o que é "relevante" acontece por causa dos aplicativos - dessa vez não só restritos aos celulares e tablets, mas também às paredes das casas!
Parece existir também uma paranoia absurda com relação à limpeza e à boa alimentação.
Jogos eletrônicos de tiro em primeira pessoa não tratam mais do extermínio de uma praga zumbi num mundo pós-apocalíptico, mas à sumária eliminação de pessoas acima do peso. É como se toda a indústria tivesse se aliado em prol de um mundo direcionado totalmente ao trabalho; o projeto de transformar cada mulher e homem numa mera peça de uma enorme engrenagem social voltada para a produção e satisfação de prazeres da classe ociosa que só usufrui do que os que estão abaixo deles geram.
Além disso, ainda existe uma crítica discreta mas muito bem posicionada sobre o modo como a sociedade de entretenimento em massa tem o poder de engolfar as críticas feitas a ela mesma, transformando isso também num outro elemento de entretenimento e de geração de dinheiro e mais zumbis dependentes do sistema.
É mais ou menos o que acontece em nosso mundo, com indivíduos consumistas e capitalistas ao extremo que usam camisas de Che Guevara, provavelmente sem fazer a mínima ideia de quem ele foi e o que representou. O capitalismo engloba os ícones opositores e os transforma em itens de entretenimento do próprio capitalismo.