Quem fez este filme estava, definitivamente, sob o efeito de LSD - fato nítido durante as viagens no tempo, o universo cerebral de Bob Esponja e, claro, o Golfinho que é fada madrinha. Não que o problema esteja no roteiro propriamente dito (já que o universo de Bob Esponja gira em volta de fantasia), é a maneira com que ele é apresentado na tela que cria a atmosfera irritantemente alucinógena. Já assistiu "Hora de Aventura" e achou "viajado"? Este filme é pior. Não há foco, apenas uma série de imagens coloridas e desconexas. A questão é que, mesmo quando o filme é de besteirol, tudo tem limites e esta produção estrapola todos, dando mais ênfase à um enredo nonsense e cheio de desvios do que às tiradas cômicas em si, além de que, por ter um caráter prolixo, o filme arranca poucas risadas (da parte de adultos e crianças). Por fim, concluo que, com mais foco, poderia ter sido uma boa comédia infantil, uma vez que a história, como aparenta no trailer, é boa - uma pena ter sido mal conduzida. Já o por quê de Antonio Banderas ter topado fazer parte do filme é algo que nunca saberemos.
O diferencial que me atraiu neste filme foi, definitivamente, a dublagem, uma vez que, diferente do que costuma ocorrer (principalmente nos filmes mais "leves"), todas as palavras de baixo calão faladas no áudio original foram preservadas no português - isso quando não foram adicionadas. Acredito que se o palavrão estava no script dos atores é porque harmoniza com a cena e, logo, deve permanecer na dublagem.
"Enrolados" é o exemplo clássico do que acontece quando coloca-se uma celebridade para fazer (ou melhor, não fazer) o trabalho de um profissional. A dublagem foi para o buraco com Luciano Huck, que, sem sequer ser ator, deu voz ao mocinho da história. Tudo bem, faz-se qualquer atrocidade para atrair o público. Mas, numa boa, quem é que vai assistir um filme infantil porque o Luciano Huck dublou alguém? Pois é, ninguém. E se não bastasse essa falha, o filme em si não é lá essas coisas - não tem a beleza clássica de "A Bela e a Fera" ou o frescor de "Frozen", não traz grandes mensagens e pouco tem em comum com o conto de fadas original. A vilã foi a única personagem que não me entendiou completamente - graças a sua veia cômica - mas, de resto, a história de Rapunzel é uma decepção no hall das princesas Disney.
Baseado no musical de Soundheim, "Caminhos da Floresta" é uma história que vai além do que se pode ver. Ao longo das viagens que empreendem para realizarem seus anseios, os personagens dos contos de fadas acabam representando todos os papéis que somos obrigados a incorporar no decorrer de nossas vidas (o padeiro e sua mulher em conflito sobre o que devem priorizar, um desejo ou suas morais; a Bruxa, que é o perfeito arquétipo da mãe possessiva e superprotetora; as irmãs de Cinderela, incapazes de enxergar o quanto já têm até que, literalmente, já não podem ver, e Chapeuzinho Vermelho, que, após uma má experiência com Johnny Depp, aprende a diferenciar "simpático" de "bondoso"). Além disso, há uma interessante desconstrução da figura do príncipe encantado, que se revela um digníssimo canalha, e do "felizes para sempre", que acontece na metade do filme e, obviamente, não permanece na trama, para o júbilo dos realistas de plantão. Infelizmente, metáforas e detalhes como esses costumam passar despercebidos por quem vai ao cinema. Aliás, na sessão em que estive, foram várias as pessoas que saíram da sala. Musical não é um gênero apreciado pelo brasileiro. Se o teatro já é subestimado, que dirá um filme em inglês com trezentas músicas que incitam a filosofia. Não obstante, "Caminhos da Floresta" é, sim, apreciável, mas não por qualquer um. Recomendaria à fãs Tim Burton, os que admiram cenários lúgubres e músicas no estilo das de "Sweeney Todd: O Barbeiro Demoníaco da Rua Fleet", que também foi escrito por Soundheim. Para esses, assistir à "Caminhos da Floresta", cuja vida, devo dizer, está em 50% na interpretação ao mesmo tempo dramática e cômica de Meryl Streep, será uma ótima experiência. Quanto aos que, porventura, tenham tido contato com o musical antes da versão cinematográfica, sejam razoáveis: não daria para colocar TODAS as músicas no filme, algumas tiveram que, para o bem da produção, ser deixadas de lado.
Particularmente, considero Marlon Wayans um bom ator que só se mete em furada. O filme arranca duas ou três risadas, que se valem de uma zona de conforto e não apresentam nenhuma novidade cômica, isto é, o que existe de engraçado em "Inatividade Parnormal" são umas poucas tiradas que repetem a receita de "Todo Mundo em Pânico". Quanto as tentativas mais... "ousadas" de se provocar risos na produção, como a cena em que Wayans trai a esposa com uma boneca, assumo que achei-as engraçadíssimas. Sim, engraçadíssimas, mas não pelas cenas em si, que eram nauseantes de tão apelativas, mas pelo fato de alguém tê-las escrito e acreditado que dariam certo no filme. Ri à beça desse cara. Aliás, não só dele, como de todos os coitados envolvidos na produção, que, na verdade, excedeu o limite do que se pode considerar apelativo e passou para o ridículo. Assista se estiver muito entediado ou simplesmente com vontade de jogar tempo fora.
Os Croods são, obviamente, uma representação do que somos ainda hoje. Com uma admirável tecnologia de animação e enfoque para os conflitos de um patriarca que hesita em deixar sua filha crescer - ao mesmo tempo em que hesita em se deixar fazê-lo também - , a produção tem lá seus méritos, mas não achar toda a graça que disseram ter a história. Pela maneira que haviam me descrito, achei que fosse rolar de rir - é possível, sim, dar umas risadas, mas nada que revolucione a "média de risos" provocada por filmes infantis. Assista despretensiosamente.
Por trás das tiradas cômicas, existe uma mensagem belíssima sobre a real importância da vida. Um ótimo filme para quem anda precisando refletir (e quem não anda?), mas não tem cabeça para produções mais "pesadas".
Quem precisa de Boa Noite Cinderela? Esse filme bota para dormir muita gente, com certeza. No meu caso, as tiradas cômicas de Johnny Depp fizeram as vezes da cafeína e me mantiveram acordada, tal qual a interessante (porém pouco explorada, para a tristeza da nação) personagem de Helena Bonham Carter. É suspeito falar, mas esses dois salvam qualquer produção.
Assisti-lo foi uma frustração completa. Você fica esperando o filme acontecer, mas não acontece. O protagonista é fraco, o par romântico não é carismático e, diferente da impressão que transmite o trailer, de comédia esse filme não tem nada. A única personagem que pôde dar certo brilho ao longa é a de Barbara Hershey, que surta em suas cenas de "mulher traída", colorindo com o sentimento de uma boainterpretação um filme que não poderia ser mais cinzento e parado.
O caso da Bling Ring é muito interessante, pois denuncia com que tipo de concepções a sociedade anda criando (ou infectando?) seus jovens, mas, infelizmente, o filme não fez jus ao livro da jornalista Nancy Jo Sales.
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Bob Esponja: Um Herói Fora D'Água
3.0 519 Assista AgoraQuem fez este filme estava, definitivamente, sob o efeito de LSD - fato nítido durante as viagens no tempo, o universo cerebral de Bob Esponja e, claro, o Golfinho que é fada madrinha. Não que o problema esteja no roteiro propriamente dito (já que o universo de Bob Esponja gira em volta de fantasia), é a maneira com que ele é apresentado na tela que cria a atmosfera irritantemente alucinógena. Já assistiu "Hora de Aventura" e achou "viajado"? Este filme é pior. Não há foco, apenas uma série de imagens coloridas e desconexas.
A questão é que, mesmo quando o filme é de besteirol, tudo tem limites e esta produção estrapola todos, dando mais ênfase à um enredo nonsense e cheio de desvios do que às tiradas cômicas em si, além de que, por ter um caráter prolixo, o filme arranca poucas risadas (da parte de adultos e crianças).
Por fim, concluo que, com mais foco, poderia ter sido uma boa comédia infantil, uma vez que a história, como aparenta no trailer, é boa - uma pena ter sido mal conduzida.
Já o por quê de Antonio Banderas ter topado fazer parte do filme é algo que nunca saberemos.
Professora Sem Classe
2.7 2,0K Assista AgoraO diferencial que me atraiu neste filme foi, definitivamente, a dublagem, uma vez que, diferente do que costuma ocorrer (principalmente nos filmes mais "leves"), todas as palavras de baixo calão faladas no áudio original foram preservadas no português - isso quando não foram adicionadas. Acredito que se o palavrão estava no script dos atores é porque harmoniza com a cena e, logo, deve permanecer na dublagem.
Enrolados
3.8 2,8K Assista Agora"Enrolados" é o exemplo clássico do que acontece quando coloca-se uma celebridade para fazer (ou melhor, não fazer) o trabalho de um profissional. A dublagem foi para o buraco com Luciano Huck, que, sem sequer ser ator, deu voz ao mocinho da história.
Tudo bem, faz-se qualquer atrocidade para atrair o público. Mas, numa boa, quem é que vai assistir um filme infantil porque o Luciano Huck dublou alguém?
Pois é, ninguém. E se não bastasse essa falha, o filme em si não é lá essas coisas - não tem a beleza clássica de "A Bela e a Fera" ou o frescor de "Frozen", não traz grandes mensagens e pouco tem em comum com o conto de fadas original.
A vilã foi a única personagem que não me entendiou completamente - graças a sua veia cômica - mas, de resto, a história de Rapunzel é uma decepção no hall das princesas Disney.
Caminhos da Floresta
2.9 1,7K Assista AgoraBaseado no musical de Soundheim, "Caminhos da Floresta" é uma história que vai além do que se pode ver.
Ao longo das viagens que empreendem para realizarem seus anseios, os personagens dos contos de fadas acabam representando todos os papéis que somos obrigados a incorporar no decorrer de nossas vidas (o padeiro e sua mulher em conflito sobre o que devem priorizar, um desejo ou suas morais; a Bruxa, que é o perfeito arquétipo da mãe possessiva e superprotetora; as irmãs de Cinderela, incapazes de enxergar o quanto já têm até que, literalmente, já não podem ver, e Chapeuzinho Vermelho, que, após uma má experiência com Johnny Depp, aprende a diferenciar "simpático" de "bondoso"). Além disso, há uma interessante desconstrução da figura do príncipe encantado, que se revela um digníssimo canalha, e do "felizes para sempre", que acontece na metade do filme e, obviamente, não permanece na trama, para o júbilo dos realistas de plantão.
Infelizmente, metáforas e detalhes como esses costumam passar despercebidos por quem vai ao cinema. Aliás, na sessão em que estive, foram várias as pessoas que saíram da sala. Musical não é um gênero apreciado pelo brasileiro. Se o teatro já é subestimado, que dirá um filme em inglês com trezentas músicas que incitam a filosofia.
Não obstante, "Caminhos da Floresta" é, sim, apreciável, mas não por qualquer um.
Recomendaria à fãs Tim Burton, os que admiram cenários lúgubres e músicas no estilo das de "Sweeney Todd: O Barbeiro Demoníaco da Rua Fleet", que também foi escrito por Soundheim. Para esses, assistir à "Caminhos da Floresta", cuja vida, devo dizer, está em 50% na interpretação ao mesmo tempo dramática e cômica de Meryl Streep, será uma ótima experiência.
Quanto aos que, porventura, tenham tido contato com o musical antes da versão cinematográfica, sejam razoáveis: não daria para colocar TODAS as músicas no filme, algumas tiveram que, para o bem da produção, ser deixadas de lado.
Tudo Que Uma Garota Quer
2.8 345 Assista AgoraO filme não é nada demais, ainda que tenha um certo charme.
Inatividade Paranormal 2
2.3 293 Assista AgoraParticularmente, considero Marlon Wayans um bom ator que só se mete em furada.
O filme arranca duas ou três risadas, que se valem de uma zona de conforto e não apresentam nenhuma novidade cômica, isto é, o que existe de engraçado em "Inatividade Parnormal" são umas poucas tiradas que repetem a receita de "Todo Mundo em Pânico".
Quanto as tentativas mais... "ousadas" de se provocar risos na produção, como a cena em que Wayans trai a esposa com uma boneca, assumo que achei-as engraçadíssimas.
Sim, engraçadíssimas, mas não pelas cenas em si, que eram nauseantes de tão apelativas, mas pelo fato de alguém tê-las escrito e acreditado que dariam certo no filme.
Ri à beça desse cara. Aliás, não só dele, como de todos os coitados envolvidos na produção, que, na verdade, excedeu o limite do que se pode considerar apelativo e passou para o ridículo.
Assista se estiver muito entediado ou simplesmente com vontade de jogar tempo fora.
Oz: Mágico e Poderoso
3.2 2,1K Assista AgoraA história é bonita, porém simples. A grande "mágica" do filme reside em seu aspecto visual.
Os Croods
3.7 1,1K Assista AgoraOs Croods são, obviamente, uma representação do que somos ainda hoje.
Com uma admirável tecnologia de animação e enfoque para os conflitos de um patriarca que hesita em deixar sua filha crescer - ao mesmo tempo em que hesita em se deixar fazê-lo também - , a produção tem lá seus méritos, mas não achar toda a graça que disseram ter a história. Pela maneira que haviam me descrito, achei que fosse rolar de rir - é possível, sim, dar umas risadas, mas nada que revolucione a "média de risos" provocada por filmes infantis.
Assista despretensiosamente.
Mansão Mal-Assombrada
2.6 294Um clássico de infância.
As Mil Palavras
3.1 703 Assista AgoraPor trás das tiradas cômicas, existe uma mensagem belíssima sobre a real importância da vida. Um ótimo filme para quem anda precisando refletir (e quem não anda?), mas não tem cabeça para produções mais "pesadas".
Todo Mundo em Pânico
3.3 1,2K Assista AgoraEscroto e engraçado, uma verdadeira antítese da comédia baseada nos clichês dos filmes de terror.
O Cavaleiro Solitário
3.2 1,4K Assista AgoraQuem precisa de Boa Noite Cinderela? Esse filme bota para dormir muita gente, com certeza. No meu caso, as tiradas cômicas de Johnny Depp fizeram as vezes da cafeína e me mantiveram acordada, tal qual a interessante (porém pouco explorada, para a tristeza da nação) personagem de Helena Bonham Carter. É suspeito falar, mas esses dois salvam qualquer produção.
Toast: A História de uma Criança com Fome
3.6 503 Assista AgoraImpossível não gostar da odiável Mrs. Potter, vivida por Helena Bonham Carter.
Branca de Neve e o Caçador
3.0 4,3K Assista AgoraCharlize Theron, interpretando uma das recriações mais esplendorosas da Rainha Má, salvou o filme.
O Primeiro Amor de um Homem
2.5 33 Assista AgoraAssisti-lo foi uma frustração completa. Você fica esperando o filme acontecer, mas não acontece. O protagonista é fraco, o par romântico não é carismático e, diferente da impressão que transmite o trailer, de comédia esse filme não tem nada.
A única personagem que pôde dar certo brilho ao longa é a de Barbara Hershey, que surta em suas cenas de "mulher traída", colorindo com o sentimento de uma boainterpretação um filme que não poderia ser mais cinzento e parado.
Bling Ring - A Gangue de Hollywood
3.0 1,7K Assista AgoraO caso da Bling Ring é muito interessante, pois denuncia com que tipo de concepções a sociedade anda criando (ou infectando?) seus jovens, mas, infelizmente, o filme não fez jus ao livro da jornalista Nancy Jo Sales.