Há um bom tempo eu não fazia resenha, andava meio desanimado. Mas, depois de assistir a esse filmaço, achei que estava na hora de voltar a esticar os dedos sobre o teclado.É o tipo de filme que eu mais gosto: um noir clássico, com uma diva clássica e uma trama que, se por um lado não é tão intrincada, por outro possui o tom certo e suficiente para alavancar reflexões acerca da índole humana. Mildred Pierce é, antes de tudo, uma mãe; e é por meio dessa condição que ela busca sua garra para se fazer na vida. Fica claro, desde o momento em que nos é apresentada sua família, a quem essa mãe tem como xodó: Veda. A insuportável e esnobe Veda. Mildred, sendo uma mulher forte, é capaz de fazer o possível e o impossível pra chegar onde precisa chegar... o problema é que, num desespero parar agradar sua filha mais velha, ela se cega e atua unicamente em função disso. Talvez "se cegar" não seja o termo certo, pois ela parece saber o jeito fútil e vazio com que sua filha leva a vida, só que se mostra incapaz de encarar a verdade, mesmo com todos avisando e ela mesma presenciando. O filme ilustra bem a insaciável fome que as pessoas podem ter em se mostrar alguém superior, alguém que por mais que ganhe tudo, sempre precisará ter mais um tantinho para alimentar a própria imagem, seja com dinheiro, seja com status. Mas, o principal, a abordagem do filme em relação ao amor incondicional de uma mãe é retratada de uma forma excepcionalmente suave, sem cair em um clichê cafona; e é nessa linha que ele escancara a devoção de Mildred por Veda, culminando num desfecho inevitável, porém bastante satisfatório. A direção de Michael Curtiz foi sensacional! Destaque para o começo, com um plano sequencial para a cena do assassinato até a descoberta do corpo por Wally nos trinques! Recomendadíssimo!
Rever esse filme no cinema foi uma experiência maravilhosa! Uma obra original, delicada, inocente e, ao mesmo tempo, cheia de mensagens...enfim, um daqueles filmes pra assistir sempre que puder!
Este é o tipo de documentário que todos deveriam assistir. Elucidador, chocante e um ótimo alerta sobre os perigos da megalomania, do preconceito e da crueldade. Nos é mostrado, de forma fria e direta, os mecanismos do nazismo e da mancha sangrenta deixada por ele na humanidade. São cenas reais e quando digo isso, digo com enorme pesar e ojeriza, incrédulo com os níveis de crueldade que o homem foi capaz de chegar. Outro alerta que fica no ar diz respeito a facilidade com que uma minoria poderosa consegue articular e manipular uma massa desesperada, de forma a converte-la para o mais vil caminho - note que isso é algo muito comum até nos dias de hoje. Que este chocante conjunto de imagens e narração nos sirva para lembrar do quão importante é a tolerância e a humildade, a calma e o companheirismo e, principalmente, que nos faça entender o quão terrível pode ser a ausência destes elementos.
Mesmo sendo um filme que claramente apela para as sensações em detrimento do uso de muito diálogo, achei que as coisas ficaram um pouco jogadas em certos momentos. O filme tem cenas interessantes que aguçam sim as sensações, como a sequência em que Ayrton aparece já mais velho indo atras de seu irmão. Deixou a desejar, mas não é todo ruim.
Incrível como nós nunca assistimos o mesmo filme duas vezes... Depois de ver novamente este maravilhoso clássico de 1932, com mais maturidade e, ouso dizer, com mais inteligência emocional, fui enxergando detalhes que me ajudaram a ter uma interpretação mais profunda sobre as situações e as personagens. Temos aqui um grande hotel em Berlim, um lugar majestoso, recheado por carregadores, porteiros, seguranças, balconistas e hóspedes. Um lugar feito de emoções passageiras, porém recicláveis... um verdadeiro ciclo vicioso! - "Pessoas vêm. Pessoas Vão. Nunca nada acontece!" . As personagens se trombam pelo hotel, criam um afeto um pelo outro e depois se vão, dando espaço para que outras pessoas possam repetir o processo. Diferentes personalidades, diferentes histórias jogados num mesmo ambiente. Seria este Grande Hotel o mundo propriamente dito? Nos é apresentado então um grupo em especial, formado por pessoas com quase nada em comum, cada qual com o seu problema, com sua preocupação, mas que se cruzam de forma verdadeira e emocionante. Uma dançarina dramática e, apesar da fama, solitária. Um barão justo e charmoso, porém desesperado por dinheiro. Uma datilógrafa com língua afiada, todavia carismática. Um humilde trabalhador, determinado a passar seus últimos dias na melhor das situações. Um ganancioso e antipático magnata industrial, aparentemente um homem justo que vai cedendo aos desvirtuamentos aos poucos. O filme ainda é capaz de colocar uma questão social bastante interessante e até mesmo audaciosa para a época: O confronto entre o magnata industrial e o oprimido trabalhador. O personagem de Lionel Barrymore é um empregado - ignorado e negligenciado - de Wallace Beery e em dado momento do filme, em meio a uma briga, a questão é levantada: "Por que você se considera o melhor? Melhor do que eu, hein, Senhor Magnata Industrial?". O filme é, num todo, encantador! Atuações soberbas... Gostaria de dar especial atenção as duas atrizes:
Greta Garbo traz em todos os seus movimentos e olhares, os ares do cinema mudo, dando certo ar teatral e nostálgico para o filme. Que olhos! Que expressões faciais!
Joan Crawford. Toda vez que essa mulher aparece, a tela ilumina. Natural, espontânea e romântica. Não tem como não elogiar!
A futilidade é algo perigoso, mais perigoso ainda quando a dura realidade bate na porta e destrói tudo aquilo que sustenta sua imagem. Jasmine, personagem muito real nos círculos sociais mais abastados, nos faz pensar quão efêmera é uma vida baseada em ostentações e superficialidades e o quão trágico pode ser o distanciamento das coisas simples que a vida nos oferece. Depois de perder tudo (e abalar sua sanidade), Jasmine é obrigada a enfrentar uma realidade não muito agradável e entrar num mundo social totalmente distante do seu, é ai que a personagem se perde num marasmo de conflitos com o passado e o presente e, na tentativa de ascender de novo, cria situações embaraçosas fundadas em mentiras. Engraçado notar que os problemas de Jasmine teriam tomado desenrolares diferentes se não fosse seu ego e suas atitudes dramáticas. Uma clara homenagem à personagem Blanche Dubois de Tenesse Williams, em ambos os casos temos mulheres encarando declínios sociais, choques de realidade e sofrendo de colapsos nervosos. Woody mais uma vez critico e elegante acertou na receita do filme e soube contrapor muito bem dois patamares sociais bem diferentes, além de, como é recorrente em suas obras, criticar a superficialidade com que algumas pessoas encaram a vida. PS: Cate esta MAGNIFICA!
Simplesmente fantástico. A obra é uma homenagem a vários outros musicais e filmes, eu acho que o mais evidente é A Dama das Camélias com a Greta Garbo. Temos aqui uma história de amor, já contada antes de uma maneira diferente, mas com uma paixão recheada por efeitos sonoros, com músicas maravilhosamente orquestradas e transportadas de uma outro ambiente, de um outro tempo (como Like a Virgin) para a atmosfera da boemia Parisiense da virada do século XX. Além de ótimos efeitos visuais, com uma fotografia apaixonante, somos prestigiados com uma atuação soberba de Nicole Kidman e Ewan McGregor.
Não é o melhor do Fritz (na minha opinião), mas mesmo assim, um ótimo filme...fazer ficar com pena do vilão e com raiva dos heróis destruindo o maniqueísmo é sempre fantástico! Ótimo exemplo de cinema expressionista!
Um dos filmes favoritos do meu pai! Quando eu cresci e comprei virou o nosso filme... Linda história! Esse filme, A Espera de um Milagre e um Sonho de Liberdade, são histórias que mostram a capacidade que o Stephen King tem de criar enredos apaixonantes fora do gênero "terror".
Sensível, original e surreal de uma maneira apaixonante. Um filme que trabalha uma ideia que provavelmente já passou pela cabeça de muitas pessoas: Apagar alguém da nossa mente. Um elenco muito forte de nome, que geralmente trabalha em blockbusters deu um show nessa narrativa cult sobre o amor, o arrependimento, sua perda e novamente o arrependimento...
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Um Amor de Professora
3.8 14Se o filme por si só já é um deleite, tudo fica ainda mais maravilhoso quando você é estudante de jornalismo!!
Alma em Suplício
4.2 140 Assista AgoraHá um bom tempo eu não fazia resenha, andava meio desanimado. Mas, depois de assistir a esse filmaço, achei que estava na hora de voltar a esticar os dedos sobre o teclado.É o tipo de filme que eu mais gosto: um noir clássico, com uma diva clássica e uma trama que, se por um lado não é tão intrincada, por outro possui o tom certo e suficiente para alavancar reflexões acerca da índole humana.
Mildred Pierce é, antes de tudo, uma mãe; e é por meio dessa condição que ela busca sua garra para se fazer na vida. Fica claro, desde o momento em que nos é apresentada sua família, a quem essa mãe tem como xodó: Veda. A insuportável e esnobe Veda.
Mildred, sendo uma mulher forte, é capaz de fazer o possível e o impossível pra chegar onde precisa chegar... o problema é que, num desespero parar agradar sua filha mais velha, ela se cega e atua unicamente em função disso. Talvez "se cegar" não seja o termo certo, pois ela parece saber o jeito fútil e vazio com que sua filha leva a vida, só que se mostra incapaz de encarar a verdade, mesmo com todos avisando e ela mesma presenciando.
O filme ilustra bem a insaciável fome que as pessoas podem ter em se mostrar alguém superior, alguém que por mais que ganhe tudo, sempre precisará ter mais um tantinho para alimentar a própria imagem, seja com dinheiro, seja com status. Mas, o principal, a abordagem do filme em relação ao amor incondicional de uma mãe é retratada de uma forma excepcionalmente suave, sem cair em um clichê cafona; e é nessa linha que ele escancara a devoção de Mildred por Veda, culminando num desfecho inevitável, porém bastante satisfatório. A direção de Michael Curtiz foi sensacional! Destaque para o começo, com um plano sequencial para a cena do assassinato até a descoberta do corpo por Wally nos trinques! Recomendadíssimo!
Oldboy
4.3 2,3K Assista AgoraAinda abismado.
Forrest Gump: O Contador de Histórias
4.5 3,8K Assista AgoraRever esse filme no cinema foi uma experiência maravilhosa! Uma obra original, delicada, inocente e, ao mesmo tempo, cheia de mensagens...enfim, um daqueles filmes pra assistir sempre que puder!
Minha Luta
4.1 42 Assista AgoraEste é o tipo de documentário que todos deveriam assistir. Elucidador, chocante e um ótimo alerta sobre os perigos da megalomania, do preconceito e da crueldade. Nos é mostrado, de forma fria e direta, os mecanismos do nazismo e da mancha sangrenta deixada por ele na humanidade. São cenas reais e quando digo isso, digo com enorme pesar e ojeriza, incrédulo com os níveis de crueldade que o homem foi capaz de chegar. Outro alerta que fica no ar diz respeito a facilidade com que uma minoria poderosa consegue articular e manipular uma massa desesperada, de forma a converte-la para o mais vil caminho - note que isso é algo muito comum até nos dias de hoje.
Que este chocante conjunto de imagens e narração nos sirva para lembrar do quão importante é a tolerância e a humildade, a calma e o companheirismo e, principalmente, que nos faça entender o quão terrível pode ser a ausência destes elementos.
Praia do Futuro
3.4 935 Assista AgoraMesmo sendo um filme que claramente apela para as sensações em detrimento do uso de muito diálogo, achei que as coisas ficaram um pouco jogadas em certos momentos. O filme tem cenas interessantes que aguçam sim as sensações, como a sequência em que Ayrton aparece já mais velho indo atras de seu irmão. Deixou a desejar, mas não é todo ruim.
Grande Hotel
3.8 118 Assista AgoraIncrível como nós nunca assistimos o mesmo filme duas vezes...
Depois de ver novamente este maravilhoso clássico de 1932, com mais maturidade e, ouso dizer, com mais inteligência emocional, fui enxergando detalhes que me ajudaram a ter uma interpretação mais profunda sobre as situações e as personagens.
Temos aqui um grande hotel em Berlim, um lugar majestoso, recheado por carregadores, porteiros, seguranças, balconistas e hóspedes. Um lugar feito de emoções passageiras, porém recicláveis... um verdadeiro ciclo vicioso! - "Pessoas vêm. Pessoas Vão. Nunca nada acontece!" .
As personagens se trombam pelo hotel, criam um afeto um pelo outro e depois se vão, dando espaço para que outras pessoas possam repetir o processo. Diferentes personalidades, diferentes histórias jogados num mesmo ambiente. Seria este Grande Hotel o mundo propriamente dito?
Nos é apresentado então um grupo em especial, formado por pessoas com quase nada em comum, cada qual com o seu problema, com sua preocupação, mas que se cruzam de forma verdadeira e emocionante.
Uma dançarina dramática e, apesar da fama, solitária.
Um barão justo e charmoso, porém desesperado por dinheiro.
Uma datilógrafa com língua afiada, todavia carismática.
Um humilde trabalhador, determinado a passar seus últimos dias na melhor das situações.
Um ganancioso e antipático magnata industrial, aparentemente um homem justo que vai cedendo aos desvirtuamentos aos poucos.
O filme ainda é capaz de colocar uma questão social bastante interessante e até mesmo audaciosa para a época: O confronto entre o magnata industrial e o oprimido trabalhador. O personagem de Lionel Barrymore é um empregado - ignorado e negligenciado - de Wallace Beery e em dado momento do filme, em meio a uma briga, a questão é levantada: "Por que você se considera o melhor? Melhor do que eu, hein, Senhor Magnata Industrial?".
O filme é, num todo, encantador! Atuações soberbas... Gostaria de dar especial atenção as duas atrizes:
Greta Garbo traz em todos os seus movimentos e olhares, os ares do cinema mudo, dando certo ar teatral e nostálgico para o filme. Que olhos! Que expressões faciais!
Joan Crawford. Toda vez que essa mulher aparece, a tela ilumina. Natural, espontânea e romântica. Não tem como não elogiar!
É isso, galera! Pra quem não viu, eu indico!!!!!!
Jejum de Amor
4.0 89 Assista AgoraSimples assim: Me mijo de rir!
Blue Jasmine
3.7 1,7K Assista AgoraA futilidade é algo perigoso, mais perigoso ainda quando a dura realidade bate na porta e destrói tudo aquilo que sustenta sua imagem. Jasmine, personagem muito real nos círculos sociais mais abastados, nos faz pensar quão efêmera é uma vida baseada em ostentações e superficialidades e o quão trágico pode ser o distanciamento das coisas simples que a vida nos oferece. Depois de perder tudo (e abalar sua sanidade), Jasmine é obrigada a enfrentar uma realidade não muito agradável e entrar num mundo social totalmente distante do seu, é ai que a personagem se perde num marasmo de conflitos com o passado e o presente e, na tentativa de ascender de novo, cria situações embaraçosas fundadas em mentiras. Engraçado notar que os problemas de Jasmine teriam tomado desenrolares diferentes se não fosse seu ego e suas atitudes dramáticas. Uma clara homenagem à personagem Blanche Dubois de Tenesse Williams, em ambos os casos temos mulheres encarando declínios sociais, choques de realidade e sofrendo de colapsos nervosos.
Woody mais uma vez critico e elegante acertou na receita do filme e soube contrapor muito bem dois patamares sociais bem diferentes, além de, como é recorrente em suas obras, criticar a superficialidade com que algumas pessoas encaram a vida.
PS: Cate esta MAGNIFICA!
Meia-Noite em Paris
4.0 3,8K Assista AgoraSem comentários...simplesmente maravilhoso!
Ilha do Medo
4.2 4,0K Assista AgoraMartin Scorsese sempre se renovando e acertando!
Moulin Rouge: Amor em Vermelho
4.1 1,8K Assista AgoraSimplesmente fantástico. A obra é uma homenagem a vários outros musicais e filmes, eu acho que o mais evidente é A Dama das Camélias com a Greta Garbo. Temos aqui uma história de amor, já contada antes de uma maneira diferente, mas com uma paixão recheada por efeitos sonoros, com músicas maravilhosamente orquestradas e transportadas de uma outro ambiente, de um outro tempo (como Like a Virgin) para a atmosfera da boemia Parisiense da virada do século XX. Além de ótimos efeitos visuais, com uma fotografia apaixonante, somos prestigiados com uma atuação soberba de Nicole Kidman e Ewan McGregor.
M, o Vampiro de Dusseldorf
4.3 279 Assista AgoraNão é o melhor do Fritz (na minha opinião), mas mesmo assim, um ótimo filme...fazer ficar com pena do vilão e com raiva dos heróis destruindo o maniqueísmo é sempre fantástico! Ótimo exemplo de cinema expressionista!
Conta Comigo
4.3 1,9K Assista AgoraUm dos filmes favoritos do meu pai! Quando eu cresci e comprei virou o nosso filme...
Linda história! Esse filme, A Espera de um Milagre e um Sonho de Liberdade, são histórias que mostram a capacidade que o Stephen King tem de criar enredos apaixonantes fora do gênero "terror".
Brilho Eterno de uma Mente sem Lembranças
4.3 4,7K Assista AgoraSensível, original e surreal de uma maneira apaixonante. Um filme que trabalha uma ideia que provavelmente já passou pela cabeça de muitas pessoas: Apagar alguém da nossa mente. Um elenco muito forte de nome, que geralmente trabalha em blockbusters deu um show nessa narrativa cult sobre o amor, o arrependimento, sua perda e novamente o arrependimento...