O filme é ótimo, achei excelentes as sacadas de uma personagem feminina como cavaleira e todas as vezes que ela foge dos padrões de "donzela medieval", é bem óbvio que é uma RELEITURA das histórias do rei Arthur e não uma reprodução. Não vejo anacronia nem falta de contexto nas cantorias dos dragões, até porque é divertidíssimo kkkkkkkkkk e afinal, se você já está vendo dragões siameses cantando e florestas mágicas, Cher e Elvis são o de menos.
Eu achei lindo e necessário, além de uma fofura. Eu que tô quase sempre acompanhando o cinema LGBT mais voltado pra questão histórica do meio, resistência ou drama, vivência com preconceito e os filmes relacionados a contracultura que eu amo. Mas gostei bastante dessa narrativa e dos caminhos que ela tomou também. As vezes a gente quer ver um pouco de fofura e quer se ver sem aquela pá de esteriótipos que os filmes senso comunzão do que é ser gay vendem sobre esse trajeto de se assumir. O protagonista e o meio em que ele vive estão bem longe da minha condição social, mas eu me identifiquei em bastante coisa, sobretudo nas vivências da escola.
Inclusive aquele diálogo do Ethan e do Simon, diz muito sobre a vivência das gays afeminadas, que pode parecer mais fácil do ponto de vista de quem ainda está no armário, mas é permeada por lutas diárias
Me identifico muito mais com o Ethan do que com o Simon, me vi no Ethan e vibrei com a presença dele ali <3 . Mas muitos de nós já fomos o Simon no colegial, (sem carro) mas com bastante insegurança, repressão.
Pra mim que sou apaixonado pelo formato dos filmes para o público jovem dos anos 90, achei lindo nos ver num filme assim kkkkkkkkkkk saí do cinema com um sorriso bobo que me acompanhou no ônibus e quando cheguei em casa.
P.S: Aguardo ansiosamente uma versão filmíca de Will & Will com meu mozão Tiny Coper kkkkkkkk espero que Love, Simon impulsione outros filmes do gênero.
É o primeiro filme que eu vejo das duas atrizes, e poucos filmes me fizeram passar tanto nervoso como eu passei vendo esse, incrível, duas atuações monstronas. Faz jus as boas críticas sim!
Pra mim Javier Beltrán destruiu, entregou um Lorca excelente, fiquei instigadíssimo e também despedaçado, é bizarro demais pensar que um cara como García Lorca foi assassinado pelo fascismo. Quanto a atuação do Robert Pattinson achei dura mas tava nítido que ele tava se esforçando (a escolha que foi meio sem nexo, pq Pattinson n tinha nada a ver com Dalí) kkkkkkkkk mas foi de boas pra mim, até porque da metade pro final eu 100% tinha cagado pro Dalí. E não achei o filme raso.
P.S: Eu jurava que o ator que fazia o Lorca era o Daniel Brühl.
Eu terminei esse filme com uma dor tão grande no meu peito. Um filme da década de 60 que falou de lesbofobia e misoginia de uma maneira extremamente crua e direta. Os diálogos, as expressões, é tudo tão forte que é quase impossível não ficar estarrecido diante do que as pessoas foram capazes de fazer com essas mulheres, do quão elas foram expostas. Caralho. Agora eu entendo perfeitamente porque Caio Fernando fez questão de colocar esse filme na boca de Saul e Raul, em "Aqueles Dois".
obs: cacilda, existe uma versão de 1936, tô passada.
Nossa que filme incrível e bem feito. É genuinamente encantador, visualmente glamouroso. Mas o que mais me chamou atenção foram as atuações, de uma simpatia tão grande que quando a gente percebe o filme já está acabando.
Icônico e com questões importantes das vivências e expressividades afrobrasileiras. Riquíssimo. Pra quem assiste Orí, é uma oportunidade de ouvir mais de Eduardo O. Oliveira e Hamilton Cardoso, duas caras importantes pro movimento negro e ainda ouvir aquela análise de Beatriz Nascimento a respeito da nossa História negra e dos quilombos não apenas como lugares físicos, mas espaços de luta, esperança e identidades. A discussão a respeito do Soul e do Samba e as diversas visões a respeito destas duas expressões culturais também é algo incrível e enriquecedor. É tudo tão natural que quando a gente percebe o documentário já terminou, a gente fica imerso.
É gratificante ver um filme do gênero com negros, lésbicas, pessoas trans e bissexuais, pessoas surdas, as próprias mães de homossexuais e afins. Porque a História do movimento é composta por múltiplas trajetórias e por pessoas múltiplas também e isto nem sempre aparece nas representações fílmicas. O filme é extremamente necessário, é um dos melhores que vi sobre a temática da HIV e sobre ativismo LGBT, e gente isso é fruto de um trabalho de pesquisa fantástico, é só olhar as fotos do "Act Up" no google e ver com os próprios olhos o quão fiel o filme foi ao movimento, que é mega importante, significativo, corajoso e inspirador. O filme consegue ser instigante do ponto de vista da ação política, da união apesar das divergências e diferenças e também muito forte e real quando se aprofunda na AIDS e na subjetividade que esses grupos criaram para enfrentar essa situação, acho que diferente de algumas narrativas, não rola uma "higienização" do tema, do ponto de vista de não pesar a mão, acho que foi fortíssimo e era para ser forte mesmo. Também gostei bastante como se relaciona a questão entre a luta e a diversão, ou política e expressividade. Me faz pensar em como esses momentos de alegria são importantes e são políticos também, sentimento ao qual eu me senti imerso indo à minha primeira parada LGBT e pareço retornar toda vez que revejo a importância das paradas, dos atos, ou das próprias boates em alguns contextos.
Fiquei emocionadíssimo com aquela narração do personagem que é estudante de História quando ele fala das revoltas de 1848 e aparecem cenas do movimento LGBT com gravações de manifestações e atos reais. Também sou estudante de História e não vou mentir chorei com a cena e com o que veio em seguida
Ótimo filme, é bem despretensioso mas traz temas importantes como o dilema entre homossexualidade e religião e a própria questão racial. Além do fato de ser excelente ver personagens negros protagonizando filmes com temática LGBT, uma visibilidade mais do que necessária!
Eu tô muito impressionado, além da relação individuo/causa ser extremamente bem trabalhada, tem toda uma linguagem sobre as pessoas que movem uma revolução e a História propriamente dita.
O filme pinta Masha P. Johnson (ativista trans e negra que estava na linha de frente da rebelião de Stonewall) como uma figurante e é protagonizado por um gay branco heteronormativo (que pelo que eu li nem existiu na vida real). Se for pra fazer nessa perspectiva melhor nem chamar de Stonewall. E ainda traz no final a seguinte mensagem "esse filme é dedicado aos heróis não reconhecidos da rebelião de stonewall". É "dedicado" mas invisibiliza essas mesmas pessoas. P.S: mesmo tratadas como plano de fundo durante a narrativa inteira, o que salva o filme são as bichas.
Beatriz é fantástica, é triste demais perceber o quão invisibilizada essa mulher foi, e como a vida dela foi cortada no auge. Essa mulher tem uma importância enorme nas discussões raciais, é impressionante ver como ela dialoga com todos esses espaços de cultura negra e os expõe numa perspectiva de continuidade, resistência e preservação cultural, além da dinamicidade de se adequar em diferentes contextos, como a Escola de Samba enquanto manifestação de uma ancestralidade bantu. Maravilhosa, poética, fantástica. Decepcionante não ter um ode à ela em Sergipe que foi onde ela nasceu, reflexo de uma História excludente, que precisa ser repensada.
Eu tô muito contemplado por essa adaptação de "Aqueles Dois" que é meu conto preferido do Caio Fernando. Lindão, bem ambientado, fiel demais ao texto, eu fui ver despretensiosamente e me peguei chorando no final, assim como chorei lendo o conto, homofobia é realmente uma bosta, mas a sutileza e a altivez que esses personagens respondem a isso é de encher os olhos, uma narrativa que não explícita, mas que diz tanta coisa. <3
Senti falta de terem mencionado "The Children's Hour" (conhecido no Brasil como "Infâmia"), no diálogo dos dois sobre filmes, na adaptação trocaram por Psicose, mas o primeiro faz muito mais sentido justamente por ser um filme que aborda a questão da lesbianidade
Filme belíssimo, inclusive a Miriam é uma referência para a personagem da Lady Gaga em AHS Hotel, notei na hora. Me interessei em assistir pelo Bowie mas me encantei pela Susan Sarandon, atuação maravilhosa e uma química enorme com a Catherine Deneuve.
Emocionante, glamouroso, vibrante e extremamente importante. A sinopse tá corretíssima "um guia fundamental de auto-consciência histórica e cultural".Engraçado como as vezes a gente se equivoca achando que por termos como "representatividade" e "empoderamento" serem muito utilizados hoje, essas coisas sejam próprias da nossa geração, sendo que elas sempre estiveram presentes nas vidas dos LGBT's, negros e mulheres. Paris Is Burning tem essa linguagem muito forte, na questão racial e de gênero. É sempre bom fazer esse trabalho da memória.
Eu achei o filme lindo, amei a força que a diretora teve ao tratar dos papeis que são atribuídos à mulher e da dificuldade de inclusão no mercado de trabalho (sobretudo para a época em que a trama se passa). Creio que o fato da Maya ser uma diretora em um espaço cinematográfico excludente e muitas vezes machista foi importante na construção, além do fato óbvio dela estar falando sobre a mãe. A Zoe enfatizou ainda mais a força da personagem, que além do gênero, traz ótimas falas sobre questão racial. Mark Ruffalo foi excelente, a bipolaridade na minha leiga opinião foi bem trabalhada, consegui compreender a proposta, e Ruffalo acentuou bem os momentos do personagem, foi bem natural. A relação da família creio eu que é o que "adocica" o filme, porque é realmente algo muito gostoso de ver, principalmente pela atuação das meninas, nesse ponto a diretora caprichou; a cena do Mark e da Zoe chorando no parque traduz parte da minha concepção do que é ter filhos, me emocionei bastante. Pra mim o ponto alto do filme são os diálogos, achei tudo muito inteligente, bem humorado e com várias reflexões. O filme pra mim é 10/10.
"Eu quero te contar todos os meus segredos. Todas essas coisas que me fazem parecer... feio. Nunca me senti assim antes. Sempre sou tão brega, você ri de mim. [...] você ri por dentro" <3 Um absurdo reduzir esse filme a pornô, tem uma história muito boa, achei bastante voltado pro cotidiano, em partes me lembrou Looking, talvez pelo contexto em San Francisco. As cenas de sexo foram simplesmente lindas e super naturais, passa longe de pornografia, mesmo tendo dedo da Naked Sword no meio kkkkkkkkk. E apesar das histórias dos personagens ao redor do Jesse serem curtinhas dá pra sentir certa profundidade. A própria relação do Jesse com o Ben me pareceu muito forte mesmo aparecendo rapidamente. E o Jesse enquanto protagonista representa muitas pessoas, tem toda uma relação de pressão social na vida dele, meio que uma sinuca de bico entre fazer o que você ama e sobreviver nesse mundo cão, o sexo é só mais um elemento nesse papo todo. E pra mim fica muito clara a desconstrução da imagem de pornô numa das primeiras cenas do filme.
Achei que a ideia da opressão estar em qualquer grupo ou "sociedade" poderia ser mais direta, partindo disso, alguns elementos são bons e poderiam ser trabalhados, tipo a coisa da tecnologia avançada ou da "cura" estar o tempo todo escondida enquanto a população encarava as mazelas do fim do mundo, mas no geral achei o filme péssimo. E sendo apaixonado pelo primeiro filme foi decepcionante. Muito elemento avulso, efeito especial, confusão, um romance desconexo, uma distorção total da protagonista que parece tentar representar uma coisa humanizada tipo "até os heróis erram" mas só perde a essência mesmo. Muito blá blá blá pra pouca história, poderia ter feito o feijão com arroz mesmo, fora o desperdício total da Octavia Spencer que apareceu pouquíssimo, mas pra mim foi de longe a melhor personagem (e o cabelo tava lindo <3 ). Enfim, vou fingir que acabou em Divergente mesmo.
Filme cabuloso demais. Já tinha me interessado pela proposta e me surpreendi, acho que não só esteve dentro das minhas expectativas como foi além do que eu esperava. Achei que o Jordan Peele costurou muito bem o suspense/terror com a questão da discriminação racial, fiquei feliz em saber que o diretor do filme é negro, ele conseguiu captar muito bem o quão aterrorizante o racismo é. Me lembrou muito a realidade segregacionista estadunidense, acho que nenhum filme de terror consegue ser mais assustador do que aquelas fotos de pessoas brancas sorrindo ao lado de pessoas negras enforcadas, importantíssimo o filme trazer esse ambiente e ao mesmo tempo estar situado na atualidade: 1- porque não estamos tão distantes temporalmente deste período e ainda carregamos as marcas dele; 2- porque várias metáforas da trama que parecem remeter somente à um passado escravista e tal, são facilmente visualizadas atualmente. E por esse ultimo fator achei incrível que o filme parte de comportamentos muitas vezes baseados em esteriótipos e que passam batido, de modo que o personagem do Daniel Kaluuya (e essa foi mais uma atuação excelente desse ator) se sente incomodado porém não dá tanta importância, mas que escondem por trás dessas "opiniões" algo muito cruel. O discurso que parte dos personagens brancos quando o bicho pega no filme, não é muito diferente de alguns absurdos que vem sendo falados por ai. Por isso achei que esse quesito também foi muito bem trabalhado. Resumindo: "Corra!" é um puta de um filme! E não diria só que é um filme crítico, mas é um filme necessário.
Esse é sem sombra de dúvidas um dos melhores filmes que eu já assisti. Conseguiu mostrar por metáforas o quão cruel a homofobia pode ser, desde o extremo que é a morte física, até todas as censuras que a gente passa desde a infância e que explodem na adolescência (na maioria das vezes), sobretudo em realidades de não-aceitação, que chegam a nos despedaçar. É tudo muito simbólico, mas não fica na coisa puramente estética, é forte e dói pra caralho de assistir de tão reais que são algumas vivências representadas. Daqueles filmes que te fazem pensar na quantidade de coisas difíceis das quais você sobreviveu e vem sobrevivendo todos os dias. Além de ter todo esse significado, é um filme visualmente lindo e com um roteiro e direção formidáveis, tudo muito bem amarrado. Trabalho excelente do Stephen Dunn. Dentro de uns 300 filmes sobre sair do armário que eu já assisti (alguns maravilhosos no humor ou no drama, outros estereotipados e/ou romantizados), esse conseguiu ser extremamente marcante!
Filme bonito do cabrunco. Eu tô destruído. Acho que o Thiago Cazado manda muito bem nas representações homoafetivas e acho que ele faz isso de maneira muito humanizada e diversa, já era um grande fã dos curtas e achei o longa sensível e muito sincero, apoio muito esse trabalho. Pra quem não gosta de romance água com açúcar é melhor poupar a crítica intelectualizada, pra quem gosta: só vai bebê <3 P.S: a vida nem sempre é um poço de profundidade.
O filme inteiro a vida das duas mulheres é permeada por um machismo nojento, em duas horas de filme eu fiquei agoniado, nem imagino o quão horrível é conviver com isso. E mesmo assim a cada momento elas conseguiram superar e tomar a dianteira das suas vidas. Achei fantástico como ocorre um empoderamento mutuo em Thelma & Louise do começo ao fim do filme e em como a personagem da Thelma se desenvolve quando se dá conta que ela é livre! Me deixou a mesma impressão que Wild com a Reese Witherspoon, ambos protagonizados por mulheres e na minha humilde visão acho que ambos representam muito bem a ideia de liberdade sartriana, sobretudo Thelma & Louise.
Filme lindo e extremamente poético, me provando mais uma vez como temos um cinema nacional de qualidade, algo que me impressionou foi a época em que ele foi produzido e a ideia que ele comporta. O filme vai muito além da questão da homossexualidade, e isso é legal, porque ela é posta de forma muito humanizada e sensível. Pra mim o ponto alto são os diálogos, que são construídos numa qualidade imensa, sobretudo no Zeca da Curva que apesar da simplicidade tem uma filosofia de vida bem bonita, acho incrível o depoimento do engenheiro, inclusive que atuação linda do Ênio e alguns pontos como o dialogo entre o advogado e o José Roberto, assim como do primo do Zeca, são bem bacanas. É um filme apaixonante!
Fiquei surpreso com a questão da "cura" religiosa estar presente, mas fora de um espectro cristão, até pesquisarei mais a respeito. Filme importantíssimo se tratando de países africanos nos quais a população LGBT corre diversos riscos diante de uma homossexualidade ainda criminalizada e demonizada. Achei o roteiro um pouco arrastado em alguns momentos, gostaria de ver algo mais forte na paixão do Manga e do Sory, mas ainda assim é um bom filme, vale a pena conferir. A relação família/sociedade/religião e homossexualidade estão presentes, sobretudo a relação com a família, que é muito bem trabalhada.
A Espada Mágica: A Lenda de Camelot
3.6 59 Assista AgoraO filme é ótimo, achei excelentes as sacadas de uma personagem feminina como cavaleira e todas as vezes que ela foge dos padrões de "donzela medieval", é bem óbvio que é uma RELEITURA das histórias do rei Arthur e não uma reprodução. Não vejo anacronia nem falta de contexto nas cantorias dos dragões, até porque é divertidíssimo kkkkkkkkkk e afinal, se você já está vendo dragões siameses cantando e florestas mágicas, Cher e Elvis são o de menos.
Com Amor, Simon
4.0 1,2K Assista AgoraEu achei lindo e necessário, além de uma fofura. Eu que tô quase sempre acompanhando o cinema LGBT mais voltado pra questão histórica do meio, resistência ou drama, vivência com preconceito e os filmes relacionados a contracultura que eu amo. Mas gostei bastante dessa narrativa e dos caminhos que ela tomou também. As vezes a gente quer ver um pouco de fofura e quer se ver sem aquela pá de esteriótipos que os filmes senso comunzão do que é ser gay vendem sobre esse trajeto de se assumir. O protagonista e o meio em que ele vive estão bem longe da minha condição social, mas eu me identifiquei em bastante coisa, sobretudo nas vivências da escola.
Inclusive aquele diálogo do Ethan e do Simon, diz muito sobre a vivência das gays afeminadas, que pode parecer mais fácil do ponto de vista de quem ainda está no armário, mas é permeada por lutas diárias
Me identifico muito mais com o Ethan do que com o Simon, me vi no Ethan e vibrei com a presença dele ali <3 . Mas muitos de nós já fomos o Simon no colegial, (sem carro) mas com bastante insegurança, repressão.
Pra mim que sou apaixonado pelo formato dos filmes para o público jovem dos anos 90, achei lindo nos ver num filme assim kkkkkkkkkkk saí do cinema com um sorriso bobo que me acompanhou no ônibus e quando cheguei em casa.
P.S: Aguardo ansiosamente uma versão filmíca de Will & Will com meu mozão Tiny Coper kkkkkkkk espero que Love, Simon impulsione outros filmes do gênero.
O Que Terá Acontecido a Baby Jane?
4.4 829 Assista AgoraÉ o primeiro filme que eu vejo das duas atrizes, e poucos filmes me fizeram passar tanto nervoso como eu passei vendo esse, incrível, duas atuações monstronas. Faz jus as boas críticas sim!
Poucas Cinzas: Salvador Dalí
3.4 316Pra mim Javier Beltrán destruiu, entregou um Lorca excelente, fiquei instigadíssimo e também despedaçado, é bizarro demais pensar que um cara como García Lorca foi assassinado pelo fascismo.
Quanto a atuação do Robert Pattinson achei dura mas tava nítido que ele tava se esforçando (a escolha que foi meio sem nexo, pq Pattinson n tinha nada a ver com Dalí) kkkkkkkkk mas foi de boas pra mim, até porque da metade pro final eu 100% tinha cagado pro Dalí.
E não achei o filme raso.
P.S: Eu jurava que o ator que fazia o Lorca era o Daniel Brühl.
Infâmia
4.4 300Eu terminei esse filme com uma dor tão grande no meu peito. Um filme da década de 60 que falou de lesbofobia e misoginia de uma maneira extremamente crua e direta. Os diálogos, as expressões, é tudo tão forte que é quase impossível não ficar estarrecido diante do que as pessoas foram capazes de fazer com essas mulheres, do quão elas foram expostas. Caralho.
Agora eu entendo perfeitamente porque Caio Fernando fez questão de colocar esse filme na boca de Saul e Raul, em "Aqueles Dois".
obs: cacilda, existe uma versão de 1936, tô passada.
O Mágico de Oz
4.2 1,3K Assista AgoraNossa que filme incrível e bem feito. É genuinamente encantador, visualmente glamouroso. Mas o que mais me chamou atenção foram as atuações, de uma simpatia tão grande que quando a gente percebe o filme já está acabando.
O Negro, da Senzala ao Soul
4.4 2Icônico e com questões importantes das vivências e expressividades afrobrasileiras. Riquíssimo. Pra quem assiste Orí, é uma oportunidade de ouvir mais de Eduardo O. Oliveira e Hamilton Cardoso, duas caras importantes pro movimento negro e ainda ouvir aquela análise de Beatriz Nascimento a respeito da nossa História negra e dos quilombos não apenas como lugares físicos, mas espaços de luta, esperança e identidades. A discussão a respeito do Soul e do Samba e as diversas visões a respeito destas duas expressões culturais também é algo incrível e enriquecedor. É tudo tão natural que quando a gente percebe o documentário já terminou, a gente fica imerso.
120 Batimentos por Minuto
4.0 190 Assista AgoraÉ gratificante ver um filme do gênero com negros, lésbicas, pessoas trans e bissexuais, pessoas surdas, as próprias mães de homossexuais e afins. Porque a História do movimento é composta por múltiplas trajetórias e por pessoas múltiplas também e isto nem sempre aparece nas representações fílmicas. O filme é extremamente necessário, é um dos melhores que vi sobre a temática da HIV e sobre ativismo LGBT, e gente isso é fruto de um trabalho de pesquisa fantástico, é só olhar as fotos do "Act Up" no google e ver com os próprios olhos o quão fiel o filme foi ao movimento, que é mega importante, significativo, corajoso e inspirador. O filme consegue ser instigante do ponto de vista da ação política, da união apesar das divergências e diferenças e também muito forte e real quando se aprofunda na AIDS e na subjetividade que esses grupos criaram para enfrentar essa situação, acho que diferente de algumas narrativas, não rola uma "higienização" do tema, do ponto de vista de não pesar a mão, acho que foi fortíssimo e era para ser forte mesmo.
Também gostei bastante como se relaciona a questão entre a luta e a diversão, ou política e expressividade. Me faz pensar em como esses momentos de alegria são importantes e são políticos também, sentimento ao qual eu me senti imerso indo à minha primeira parada LGBT e pareço retornar toda vez que revejo a importância das paradas, dos atos, ou das próprias boates em alguns contextos.
Fiquei emocionadíssimo com aquela narração do personagem que é estudante de História quando ele fala das revoltas de 1848 e aparecem cenas do movimento LGBT com gravações de manifestações e atos reais. Também sou estudante de História e não vou mentir chorei com a cena e com o que veio em seguida
Naz & Maalik
3.2 4Ótimo filme, é bem despretensioso mas traz temas importantes como o dilema entre homossexualidade e religião e a própria questão racial. Além do fato de ser excelente ver personagens negros protagonizando filmes com temática LGBT, uma visibilidade mais do que necessária!
Rogue One: Uma História Star Wars
4.2 1,7K Assista AgoraEu tô muito impressionado, além da relação individuo/causa ser extremamente bem trabalhada, tem toda uma linguagem sobre as pessoas que movem uma revolução e a História propriamente dita.
Stonewall: Onde o Orgulho Começou
3.1 95 Assista AgoraO filme pinta Masha P. Johnson (ativista trans e negra que estava na linha de frente da rebelião de Stonewall) como uma figurante e é protagonizado por um gay branco heteronormativo (que pelo que eu li nem existiu na vida real). Se for pra fazer nessa perspectiva melhor nem chamar de Stonewall.
E ainda traz no final a seguinte mensagem "esse filme é dedicado aos heróis não reconhecidos da rebelião de stonewall". É "dedicado" mas invisibiliza essas mesmas pessoas.
P.S: mesmo tratadas como plano de fundo durante a narrativa inteira, o que salva o filme são as bichas.
Ôrí
4.5 10Beatriz é fantástica, é triste demais perceber o quão invisibilizada essa mulher foi, e como a vida dela foi cortada no auge. Essa mulher tem uma importância enorme nas discussões raciais, é impressionante ver como ela dialoga com todos esses espaços de cultura negra e os expõe numa perspectiva de continuidade, resistência e preservação cultural, além da dinamicidade de se adequar em diferentes contextos, como a Escola de Samba enquanto manifestação de uma ancestralidade bantu. Maravilhosa, poética, fantástica. Decepcionante não ter um ode à ela em Sergipe que foi onde ela nasceu, reflexo de uma História excludente, que precisa ser repensada.
Aqueles Dois
3.4 22Eu tô muito contemplado por essa adaptação de "Aqueles Dois" que é meu conto preferido do Caio Fernando. Lindão, bem ambientado, fiel demais ao texto, eu fui ver despretensiosamente e me peguei chorando no final, assim como chorei lendo o conto, homofobia é realmente uma bosta, mas a sutileza e a altivez que esses personagens respondem a isso é de encher os olhos, uma narrativa que não explícita, mas que diz tanta coisa. <3
Senti falta de terem mencionado "The Children's Hour" (conhecido no Brasil como "Infâmia"), no diálogo dos dois sobre filmes, na adaptação trocaram por Psicose, mas o primeiro faz muito mais sentido justamente por ser um filme que aborda a questão da lesbianidade
Fome de Viver
3.8 349 Assista AgoraFilme belíssimo, inclusive a Miriam é uma referência para a personagem da Lady Gaga em AHS Hotel, notei na hora. Me interessei em assistir pelo Bowie mas me encantei pela Susan Sarandon, atuação maravilhosa e uma química enorme com a Catherine Deneuve.
Paris is Burning
4.5 242Emocionante, glamouroso, vibrante e extremamente importante. A sinopse tá corretíssima "um guia fundamental de auto-consciência histórica e cultural".Engraçado como as vezes a gente se equivoca achando que por termos como "representatividade" e "empoderamento" serem muito utilizados hoje, essas coisas sejam próprias da nossa geração, sendo que elas sempre estiveram presentes nas vidas dos LGBT's, negros e mulheres. Paris Is Burning tem essa linguagem muito forte, na questão racial e de gênero. É sempre bom fazer esse trabalho da memória.
Sentimentos que Curam
3.7 113 Assista AgoraEu achei o filme lindo, amei a força que a diretora teve ao tratar dos papeis que são atribuídos à mulher e da dificuldade de inclusão no mercado de trabalho (sobretudo para a época em que a trama se passa). Creio que o fato da Maya ser uma diretora em um espaço cinematográfico excludente e muitas vezes machista foi importante na construção, além do fato óbvio dela estar falando sobre a mãe. A Zoe enfatizou ainda mais a força da personagem, que além do gênero, traz ótimas falas sobre questão racial. Mark Ruffalo foi excelente, a bipolaridade na minha leiga opinião foi bem trabalhada, consegui compreender a proposta, e Ruffalo acentuou bem os momentos do personagem, foi bem natural. A relação da família creio eu que é o que "adocica" o filme, porque é realmente algo muito gostoso de ver, principalmente pela atuação das meninas, nesse ponto a diretora caprichou; a cena do Mark e da Zoe chorando no parque traduz parte da minha concepção do que é ter filhos, me emocionei bastante. Pra mim o ponto alto do filme são os diálogos, achei tudo muito inteligente, bem humorado e com várias reflexões. O filme pra mim é 10/10.
I Want Your Love
2.7 34"Eu quero te contar todos os meus segredos. Todas essas coisas que me fazem parecer... feio. Nunca me senti assim antes. Sempre sou tão brega, você ri de mim. [...] você ri por dentro" <3
Um absurdo reduzir esse filme a pornô, tem uma história muito boa, achei bastante voltado pro cotidiano, em partes me lembrou Looking, talvez pelo contexto em San Francisco. As cenas de sexo foram simplesmente lindas e super naturais, passa longe de pornografia, mesmo tendo dedo da Naked Sword no meio kkkkkkkkk. E apesar das histórias dos personagens ao redor do Jesse serem curtinhas dá pra sentir certa profundidade. A própria relação do Jesse com o Ben me pareceu muito forte mesmo aparecendo rapidamente. E o Jesse enquanto protagonista representa muitas pessoas, tem toda uma relação de pressão social na vida dele, meio que uma sinuca de bico entre fazer o que você ama e sobreviver nesse mundo cão, o sexo é só mais um elemento nesse papo todo.
E pra mim fica muito clara a desconstrução da imagem de pornô numa das primeiras cenas do filme.
o personagem principal brocha por estar imerso em seus problemas e não existe brochar na linguagem tradicional da pornografia
A Série Divergente: Convergente
2.8 599 Assista AgoraAchei que a ideia da opressão estar em qualquer grupo ou "sociedade" poderia ser mais direta, partindo disso, alguns elementos são bons e poderiam ser trabalhados, tipo a coisa da tecnologia avançada ou da "cura" estar o tempo todo escondida enquanto a população encarava as mazelas do fim do mundo, mas no geral achei o filme péssimo. E sendo apaixonado pelo primeiro filme foi decepcionante. Muito elemento avulso, efeito especial, confusão, um romance desconexo, uma distorção total da protagonista que parece tentar representar uma coisa humanizada tipo "até os heróis erram" mas só perde a essência mesmo. Muito blá blá blá pra pouca história, poderia ter feito o feijão com arroz mesmo, fora o desperdício total da Octavia Spencer que apareceu pouquíssimo, mas pra mim foi de longe a melhor personagem (e o cabelo tava lindo <3 ).
Enfim, vou fingir que acabou em Divergente mesmo.
Corra!
4.2 3,6K Assista AgoraFilme cabuloso demais. Já tinha me interessado pela proposta e me surpreendi, acho que não só esteve dentro das minhas expectativas como foi além do que eu esperava. Achei que o Jordan Peele costurou muito bem o suspense/terror com a questão da discriminação racial, fiquei feliz em saber que o diretor do filme é negro, ele conseguiu captar muito bem o quão aterrorizante o racismo é.
Me lembrou muito a realidade segregacionista estadunidense, acho que nenhum filme de terror consegue ser mais assustador do que aquelas fotos de pessoas brancas sorrindo ao lado de pessoas negras enforcadas, importantíssimo o filme trazer esse ambiente e ao mesmo tempo estar situado na atualidade: 1- porque não estamos tão distantes temporalmente deste período e ainda carregamos as marcas dele; 2- porque várias metáforas da trama que parecem remeter somente à um passado escravista e tal, são facilmente visualizadas atualmente.
E por esse ultimo fator achei incrível que o filme parte de comportamentos muitas vezes baseados em esteriótipos e que passam batido, de modo que o personagem do Daniel Kaluuya (e essa foi mais uma atuação excelente desse ator) se sente incomodado porém não dá tanta importância, mas que escondem por trás dessas "opiniões" algo muito cruel. O discurso que parte dos personagens brancos quando o bicho pega no filme, não é muito diferente de alguns absurdos que vem sendo falados por ai. Por isso achei que esse quesito também foi muito bem trabalhado.
Resumindo: "Corra!" é um puta de um filme! E não diria só que é um filme crítico, mas é um filme necessário.
O Monstro no Armário
3.7 237 Assista AgoraEsse é sem sombra de dúvidas um dos melhores filmes que eu já assisti. Conseguiu mostrar por metáforas o quão cruel a homofobia pode ser, desde o extremo que é a morte física, até todas as censuras que a gente passa desde a infância e que explodem na adolescência (na maioria das vezes), sobretudo em realidades de não-aceitação, que chegam a nos despedaçar. É tudo muito simbólico, mas não fica na coisa puramente estética, é forte e dói pra caralho de assistir de tão reais que são algumas vivências representadas. Daqueles filmes que te fazem pensar na quantidade de coisas difíceis das quais você sobreviveu e vem sobrevivendo todos os dias.
Além de ter todo esse significado, é um filme visualmente lindo e com um roteiro e direção formidáveis, tudo muito bem amarrado. Trabalho excelente do Stephen Dunn.
Dentro de uns 300 filmes sobre sair do armário que eu já assisti (alguns maravilhosos no humor ou no drama, outros estereotipados e/ou romantizados), esse conseguiu ser extremamente marcante!
Sobre Nós
2.8 47Filme bonito do cabrunco. Eu tô destruído. Acho que o Thiago Cazado manda muito bem nas representações homoafetivas e acho que ele faz isso de maneira muito humanizada e diversa, já era um grande fã dos curtas e achei o longa sensível e muito sincero, apoio muito esse trabalho. Pra quem não gosta de romance água com açúcar é melhor poupar a crítica intelectualizada, pra quem gosta: só vai bebê <3
P.S: a vida nem sempre é um poço de profundidade.
Thelma & Louise
4.2 967 Assista AgoraO filme inteiro a vida das duas mulheres é permeada por um machismo nojento, em duas horas de filme eu fiquei agoniado, nem imagino o quão horrível é conviver com isso. E mesmo assim a cada momento elas conseguiram superar e tomar a dianteira das suas vidas. Achei fantástico como ocorre um empoderamento mutuo em Thelma & Louise do começo ao fim do filme e em como a personagem da Thelma se desenvolve quando se dá conta que ela é livre!
Me deixou a mesma impressão que Wild com a Reese Witherspoon, ambos protagonizados por mulheres e na minha humilde visão acho que ambos representam muito bem a ideia de liberdade sartriana, sobretudo Thelma & Louise.
O Menino e o Vento
4.3 62Filme lindo e extremamente poético, me provando mais uma vez como temos um cinema nacional de qualidade, algo que me impressionou foi a época em que ele foi produzido e a ideia que ele comporta. O filme vai muito além da questão da homossexualidade, e isso é legal, porque ela é posta de forma muito humanizada e sensível. Pra mim o ponto alto são os diálogos, que são construídos numa qualidade imensa, sobretudo no Zeca da Curva que apesar da simplicidade tem uma filosofia de vida bem bonita, acho incrível o depoimento do engenheiro, inclusive que atuação linda do Ênio e alguns pontos como o dialogo entre o advogado e o José Roberto, assim como do primo do Zeca, são bem bacanas.
É um filme apaixonante!
Destino
3.2 3Fiquei surpreso com a questão da "cura" religiosa estar presente, mas fora de um espectro cristão, até pesquisarei mais a respeito. Filme importantíssimo se tratando de países africanos nos quais a população LGBT corre diversos riscos diante de uma homossexualidade ainda criminalizada e demonizada. Achei o roteiro um pouco arrastado em alguns momentos, gostaria de ver algo mais forte na paixão do Manga e do Sory, mas ainda assim é um bom filme, vale a pena conferir. A relação família/sociedade/religião e homossexualidade estão presentes, sobretudo a relação com a família, que é muito bem trabalhada.