Há filmes estranhos e engraçados, que incomodam pelo absurdo, como O Grande Lebowsky (1998) e Quero Ser John Malkovitch (1999), e há filmes que provocam incômodo pelo realismo sombrio com o qual abordam seus temas, como O Operário (2004) e A Caça (2012).
O último bom filme que assisti recentemente - O Sacrificio do Cervo Sagrado, (2017), do diretor grego Yorgos Lanthimos- é do tipo que provoca incômodo do início ao fim, mas não pertence a nenhuma das duas categorias mencionadas acima. Pode ser descrito como um "horror doméstico sobrenatural", porque a trama inclui elementos de horror e de sobrenatural, mas isso é dizer pouco, porque tal descrição não inclui a peculiar estranheza do filme. E sim, é um filme diferentão, daqueles que você lembrará por toda a vida, sempre acompanhado de certo mal-estar.
Traz um tipo de horror psicológico que encontramos em filmes como A Bruxa (2015). A trama aborda a impotência da racionalidade humana - e da Ciência - diante de doenças aparentemente causadas por forças inexplicáveis e terríveis, mas o filme também trata de temas como culpa, família, vingança e responsabilidade. Há muitas camadas de interpretação e muitos artigos na net explorando a riqueza de obra tão estranha e magistral.
O filme é muito bom, mas certamente não para o grande público, por ter muito de monotonia e pelo ritmo calmo como a história progride. De qualquer forma, é obrigatório para quem gosta de saber o que há de bom no cinema alternativo mundial.
Filme de 1994, baseado em conto de Stephen King, "Um Sonho de Liberdade" - "The Shawnshank Redemption" no original - é daqueles filmes obrigatórios. Embora ficcional, a obra é convincente ao mostrar as fragilidades da burocracia econômica e estatal. Já na prisão, dispondo de conhecimento privilegiado do sistema financeiro e fiscal, o protagonista decide auxiliar na feitura das declarações de imposto de renda dos guardas e na lavagem de dinheiro praticada pelo diretor. Com isso, naturalmente, recebe alguma condescendência das autoridades. Em certo momento do filme, Dufresne, que foi condenado injustamente, reflete: "Lá fora eu era um santo. Entrei na prisão e me tornei um vigarista". Ao que "Red", seu comparsa, interpretado por Morgan Freeman, responde com uma bela gargalhada. Outro aspecto interessante do filme é sobre certos usos "acidentais" do conhecimento. A trama, no que tem de alegórica, sugere que o saber adquirido pela curiosidade descompromissada pode se revelar importante quando menos esperamos, como no caso de Dufresne com a Geologia. Isto é: não apenas o conhecimento técnico revelou-se útil, mas também o conhecimento amador, diletante. Não sendo um homem particularmente poderoso ou magnânimo, e ainda em situação desfavorável, Dufresne realiza feitos inusitados e impressionantes, tudo isso porque possui inteligência, conhecimento e astúcia. Enfim... É um ótimo filme para assistir, especialmente em família.
Bacurau é um filme ruim. Apesar da história interessante, o filme diverte apenas no que tem de lunático e utópico; um vilarejo cheio de gente pobre, feia e mal vestida que incorpora todas as ilusões sociais de certos grupos da nossa esquerda artística. No vilarejo do filme se escondem marginais procurados, aceitos pela comunidade, putas e travestis estão bem integrados e curandeiras também. A religião não está presente, a igreja está permanentemente fechada. O povo compartilha os alimentos segundo a consciência de cada um e, como ninguém é de ferro, psicotrópicos são utilizados para variar a rotina. Os habitantes são, em maioria, pardos e negros, e todos os vilões do filme são brancos, a maioria estadunidenses. Assim, Bacurau consiste numa comunidade utópica que mistura tudo que há de ruim: quilombo, favela, puteiro e rave. Com personagens rasos e mal desenvolvidos, é um filme que não convence e fica totalmente abaixo do potencial de seu diretor. É puro desperdício. O ego de Kleber Mendonça deve ter subido muito pra lançar uma coisa tão chinfrim. É difícil pensar que o diretor de O Som ao Redor, um filme sóbrio e convincente, é o mesmo diretor do delirante Bacurau. Há, no meio cinéfilo, o ditado de que quanto mais premiado o filme, pior deve ser. Não concordo com o dito, mas infelizmente é o que acontece a Bacurau. Espero que o próximo filme de Mendonça não siga pelo mesmo caminho.
Tem aquela atriz bonitinha - a Luiza Mel dos gringos - que fez a Buffy, e ela é a melhor coisa do filme. O grito é daqueles filmes de terror baseados em sustos. O problema é que a alma penada usa maquiagem de gasparzinho com cabelo emo escorrido na cara, o que não assusta em nada e soa meio ridículo. Demorei mais de uma década para assistir este filme, e pra quê? É uma bosta. Totalmente não recomendável. Talvez, na época do lançamento, quando era adolescente, eu tomasse um susto. Mas é mais provável que desse risada.
Com diretora que ostenta um sobrenome desses, confesso que eu esperava mais. Infelizmente, Lost in Translation não passa de mais um daqueles filmes mostrando como são vazias e entediantes as vidas das pessoas de classe alta. O que este filme tem de novo? Bem, ele mostra que a vida delas continua vazia e entediante quando estão morando em outro país, como o Japão. Mas isso não é exatamente uma novidade é? O filme é tão despropositado que começa com um close na bunda da Scarlett Johansson - sugerindo uma dimensão erótica na trama- e termina com um selinho amargo, sem nunca passar pelo erotismo de fato. O melhor momento do filme é uma festa chata em que músicas bregas são cantadas. Terrível! Eu, que nunca estudei cinema, faria um filme muito melhor, e nem tenho Coppola no nome.
Filme pretensioso e cansativo, ao estilo pedante de Mallick. O cinema de Mallick é legal de assistir alcoolizado ou -- insiria aqui sua droga de preferência. Sóbrio não dá, é martírio. A mania de tentar ser filosófico, disperso e metafísico só enchateia filmes que poderiam ser bons. A duração não ajuda: abusa da paciência do espectador. Vale aqui a máxima de Paulo Francis: "O diretor é genial, mas o filme é uma merda". Não que o filme seja muito ruim; mas está longe de ser o que falam por aí. Está abaixo de Platoon, Fulmetal Jacket e mesmo de O Resgate do Soldado Ryan.
Há mais de dez anos, em algum canal de TV - acho que foi na extinta Play TV, passou uma interessante resenha sobre este filme. O enredo parecia inusitado e criativo, promissor, e foi o suficiente para eu querer assistir. Mas o tempo passou e eu me esqueci o nome do filme. Persistiu, porém, a vontade de assisti-lo. Foi só em 2021, no Segundo Ano da Peste, que eu descobri o nome, baixei o torrent e finalmente assisti Stranger Than Fiction.
E então, o filme é bom ou ruim?
Bem... eu não diria que é um filme ruim, mas com certeza está fadado a ser mais interessante para amantes de Literatura que para o público geral. E sou obrigado a escrever isso pois existe um grande problema no desenvolvimento da obra: as relações acontecem com mais facilidade do que deveriam. Quero dizer: as reações e comportamentos dos coadjuvantes não são verossímeis. A secretária, uma negra norte americana, é demasiado complacente com a escritora em crise, quando o esperado seria que brigassem e não se suportassem - afinal a escritora inglesa é terrivelmente arrogante e autocentrada , ao ponto de irritar o expectador. Pessoas vividas sabem que os negros norte-americanos não levam desaforo pra casa, por isso uma mulher negra americana sendo destratada por uma inglesa metida soa ridículo e inverossímil. O professor de literatura decide passar o tempo tentando descobrir de quem é a voz narrativa que o protagonista escuta, mas faz isso sem ter nenhum bom motivo, simplesmente aceita a história fantástica de um desconhecido que possivelmente é esquizofrênico. Já a confeiteira esquerdista trata afetuosamente o sujeito que ela detesta e vai além, apaixonando-se pelo mesmo, que aliás é morno, monótono, burocrata, sem beleza e que e nada tem a ver com ela.
A piada é que, com isso tudo, o expectador fica com a sensação de que são os coadjuvantes que fazem parte de um roteiro invisível e abusivo, no qual são privados de autonomia e necessariamente devem ajudar o protagonista. É claro que os coadjuvantes precisam se comportar como se comportam para que a trama vá para frente - esse não é o problema; o problema é que suas motivações ou não existem ou são mal explicadas e não convencem.
Claro que os que gostam de Literatura e de obras relacionadas, especialmente se possuírem interesse em gnosticismo hollywoodiano, poderão dar um desconto e focar na boa atuação de Will Ferrel e Emma Thompson.
Assim, Stranger Than Fiction, na opinião crítica deste blogueiro metido a cinéfilo, está longe de ser um grande filme e é apenas ligeiramente divertido e engraçado. Numa comparação qualitativa, eu diria que fica uma estrela abaixo de The Professor (2018), filme que tem ritmo semelhante e intensidade igualmente amena, mas com a vantagem de possuir personagens com justificações convincentes.
Para não parecer chato demais, vale dizer que a atuação de Emma Thompson como escritora está magistral, convincente e charmosa.
Dei ao filme duas estrelas e meio. Considero que três estrelas sejas bom, portanto, duas estrelas e meio seria algo como quase-bom.
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O Sacrifício do Cervo Sagrado
3.7 1,2K Assista AgoraFilme Estranho, Bom e Sinistro
Há filmes estranhos e engraçados, que incomodam pelo absurdo, como O Grande Lebowsky (1998) e Quero Ser John Malkovitch (1999), e há filmes que provocam incômodo pelo realismo sombrio com o qual abordam seus temas, como O Operário (2004) e A Caça (2012).
O último bom filme que assisti recentemente - O Sacrificio do Cervo Sagrado, (2017), do diretor grego Yorgos Lanthimos- é do tipo que provoca incômodo do início ao fim, mas não pertence a nenhuma das duas categorias mencionadas acima. Pode ser descrito como um "horror doméstico sobrenatural", porque a trama inclui elementos de horror e de sobrenatural, mas isso é dizer pouco, porque tal descrição não inclui a peculiar estranheza do filme. E sim, é um filme diferentão, daqueles que você lembrará por toda a vida, sempre acompanhado de certo mal-estar.
Traz um tipo de horror psicológico que encontramos em filmes como A Bruxa (2015). A trama aborda a impotência da racionalidade humana - e da Ciência - diante de doenças aparentemente causadas por forças inexplicáveis e terríveis, mas o filme também trata de temas como culpa, família, vingança e responsabilidade. Há muitas camadas de interpretação e muitos artigos na net explorando a riqueza de obra tão estranha e magistral.
O filme é muito bom, mas certamente não para o grande público, por ter muito de monotonia e pelo ritmo calmo como a história progride. De qualquer forma, é obrigatório para quem gosta de saber o que há de bom no cinema alternativo mundial.
Um Sonho de Liberdade
4.6 2,4K Assista AgoraFilme de 1994, baseado em conto de Stephen King, "Um Sonho de Liberdade" - "The Shawnshank Redemption" no original - é daqueles filmes obrigatórios.
Embora ficcional, a obra é convincente ao mostrar as fragilidades da burocracia econômica e estatal. Já na prisão, dispondo de conhecimento privilegiado do sistema financeiro e fiscal, o protagonista decide auxiliar na feitura das declarações de imposto de renda dos guardas e na lavagem de dinheiro praticada pelo diretor. Com isso, naturalmente, recebe alguma condescendência das autoridades.
Em certo momento do filme, Dufresne, que foi condenado injustamente, reflete: "Lá fora eu era um santo. Entrei na prisão e me tornei um vigarista". Ao que "Red", seu comparsa, interpretado por Morgan Freeman, responde com uma bela gargalhada.
Outro aspecto interessante do filme é sobre certos usos "acidentais" do conhecimento. A trama, no que tem de alegórica, sugere que o saber adquirido pela curiosidade descompromissada pode se revelar importante quando menos esperamos, como no caso de Dufresne com a Geologia. Isto é: não apenas o conhecimento técnico revelou-se útil, mas também o conhecimento amador, diletante.
Não sendo um homem particularmente poderoso ou magnânimo, e ainda em situação desfavorável, Dufresne realiza feitos inusitados e impressionantes, tudo isso porque possui inteligência, conhecimento e astúcia.
Enfim... É um ótimo filme para assistir, especialmente em família.
Bacurau
4.3 2,7K Assista AgoraBacurau é um filme ruim.
Apesar da história interessante, o filme diverte apenas no que tem de lunático e utópico; um vilarejo cheio de gente pobre, feia e mal vestida que incorpora todas as ilusões sociais de certos grupos da nossa esquerda artística. No vilarejo do filme se escondem marginais procurados, aceitos pela comunidade, putas e travestis estão bem integrados e curandeiras também. A religião não está presente, a igreja está permanentemente fechada. O povo compartilha os alimentos segundo a consciência de cada um e, como ninguém é de ferro, psicotrópicos são utilizados para variar a rotina. Os habitantes são, em maioria, pardos e negros, e todos os vilões do filme são brancos, a maioria estadunidenses.
Assim, Bacurau consiste numa comunidade utópica que mistura tudo que há de ruim: quilombo, favela, puteiro e rave. Com personagens rasos e mal desenvolvidos, é um filme que não convence e fica totalmente abaixo do potencial de seu diretor. É puro desperdício. O ego de Kleber Mendonça deve ter subido muito pra lançar uma coisa tão chinfrim. É difícil pensar que o diretor de O Som ao Redor, um filme sóbrio e convincente, é o mesmo diretor do delirante Bacurau.
Há, no meio cinéfilo, o ditado de que quanto mais premiado o filme, pior deve ser. Não concordo com o dito, mas infelizmente é o que acontece a Bacurau. Espero que o próximo filme de Mendonça não siga pelo mesmo caminho.
O Grito
2.8 998 Assista AgoraTem aquela atriz bonitinha - a Luiza Mel dos gringos - que fez a Buffy, e ela é a melhor coisa do filme. O grito é daqueles filmes de terror baseados em sustos. O problema é que a alma penada usa maquiagem de gasparzinho com cabelo emo escorrido na cara, o que não assusta em nada e soa meio ridículo. Demorei mais de uma década para assistir este filme, e pra quê? É uma bosta. Totalmente não recomendável. Talvez, na época do lançamento, quando era adolescente, eu tomasse um susto. Mas é mais provável que desse risada.
Encontros e Desencontros
3.8 1,7K Assista AgoraCom diretora que ostenta um sobrenome desses, confesso que eu esperava mais. Infelizmente, Lost in Translation não passa de mais um daqueles filmes mostrando como são vazias e entediantes as vidas das pessoas de classe alta. O que este filme tem de novo? Bem, ele mostra que a vida delas continua vazia e entediante quando estão morando em outro país, como o Japão. Mas isso não é exatamente uma novidade é? O filme é tão despropositado que começa com um close na bunda da Scarlett Johansson - sugerindo uma dimensão erótica na trama- e termina com um selinho amargo, sem nunca passar pelo erotismo de fato. O melhor momento do filme é uma festa chata em que músicas bregas são cantadas. Terrível! Eu, que nunca estudei cinema, faria um filme muito melhor, e nem tenho Coppola no nome.
Além da Linha Vermelha
3.9 382 Assista AgoraFilme pretensioso e cansativo, ao estilo pedante de Mallick. O cinema de Mallick é legal de assistir alcoolizado ou -- insiria aqui sua droga de preferência. Sóbrio não dá, é martírio. A mania de tentar ser filosófico, disperso e metafísico só enchateia filmes que poderiam ser bons. A duração não ajuda: abusa da paciência do espectador. Vale aqui a máxima de Paulo Francis: "O diretor é genial, mas o filme é uma merda". Não que o filme seja muito ruim; mas está longe de ser o que falam por aí. Está abaixo de Platoon, Fulmetal Jacket e mesmo de O Resgate do Soldado Ryan.
Mais Estranho que a Ficção
3.9 603Há mais de dez anos, em algum canal de TV - acho que foi na extinta Play TV, passou uma interessante resenha sobre este filme. O enredo parecia inusitado e criativo, promissor, e foi o suficiente para eu querer assistir. Mas o tempo passou e eu me esqueci o nome do filme. Persistiu, porém, a vontade de assisti-lo. Foi só em 2021, no Segundo Ano da Peste, que eu descobri o nome, baixei o torrent e finalmente assisti Stranger Than Fiction.
E então, o filme é bom ou ruim?
Bem... eu não diria que é um filme ruim, mas com certeza está fadado a ser mais interessante para amantes de Literatura que para o público geral. E sou obrigado a escrever isso pois existe um grande problema no desenvolvimento da obra: as relações acontecem com mais facilidade do que deveriam. Quero dizer: as reações e comportamentos dos coadjuvantes não são verossímeis. A secretária, uma negra norte americana, é demasiado complacente com a escritora em crise, quando o esperado seria que brigassem e não se suportassem - afinal a escritora inglesa é terrivelmente arrogante e autocentrada , ao ponto de irritar o expectador. Pessoas vividas sabem que os negros norte-americanos não levam desaforo pra casa, por isso uma mulher negra americana sendo destratada por uma inglesa metida soa ridículo e inverossímil. O professor de literatura decide passar o tempo tentando descobrir de quem é a voz narrativa que o protagonista escuta, mas faz isso sem ter nenhum bom motivo, simplesmente aceita a história fantástica de um desconhecido que possivelmente é esquizofrênico. Já a confeiteira esquerdista trata afetuosamente o sujeito que ela detesta e vai além, apaixonando-se pelo mesmo, que aliás é morno, monótono, burocrata, sem beleza e que e nada tem a ver com ela.
A piada é que, com isso tudo, o expectador fica com a sensação de que são os coadjuvantes que fazem parte de um roteiro invisível e abusivo, no qual são privados de autonomia e necessariamente devem ajudar o protagonista. É claro que os coadjuvantes precisam se comportar como se comportam para que a trama vá para frente - esse não é o problema; o problema é que suas motivações ou não existem ou são mal explicadas e não convencem.
Claro que os que gostam de Literatura e de obras relacionadas, especialmente se possuírem interesse em gnosticismo hollywoodiano, poderão dar um desconto e focar na boa atuação de Will Ferrel e Emma Thompson.
Assim, Stranger Than Fiction, na opinião crítica deste blogueiro metido a cinéfilo, está longe de ser um grande filme e é apenas ligeiramente divertido e engraçado. Numa comparação qualitativa, eu diria que fica uma estrela abaixo de The Professor (2018), filme que tem ritmo semelhante e intensidade igualmente amena, mas com a vantagem de possuir personagens com justificações convincentes.
Para não parecer chato demais, vale dizer que a atuação de Emma Thompson como escritora está magistral, convincente e charmosa.
Dei ao filme duas estrelas e meio. Considero que três estrelas sejas bom, portanto, duas estrelas e meio seria algo como quase-bom.