j'aime les gens qui doutent, les gens qui trop écoutent leur coeur se balancer. ceux qui avec leur chaîne, pour pas qui ça nous gêne, font un bruit de grelot.
a américa pela américa: 'três anúncios para um crime', a folk movie, caindo como uma luva para o oscar 2018. (ainda assim, um faroeste contemporâneo a ser visto, principalmente por quem confunde os eua com a disney).
nem mesmo einstein falaria tão bem da relatividade das coisas como fala craig gillespie em ‘i, tonya’. sim, essa afirmação é um deboche, o mesmo deboche que permeia de maneira genial o filme que conta a história dessa espécie de macunaíma norte-americana, a anti-heroína patinadora que atraiu a atenção do mundo todo na década de 90. aplausos!
que bela porcaria. quem escreveu esse roteiro pensou em tudo, menos na vergonha alheia que ele pode causar. apesar da produção legalzinha e de interpretações razoáveis, a ideia foi tão mal desenvolvida que, da crítica ou alerta sempre urgentes ao fanatismo religioso e ao conservadorismo só sobrou um filme ridículo. raso, para ser menos enfático.
os talentos de brichta e lula carvalho não são suficientes para salvar bingo de um roteiro manco, apoiado por uma série de muletas fáceis, disponíveis, lugares comuns previsíveis que evitam o aprofundamento de qualquer personagem. todos me parecem rasos: a mãe, o filho, a diretora, o gringo, o amigo, o palhaço. filme oco.
james ivory sendo james ivory, em plena forma, adaptando a obra de andré aciman e espiado pelo não menos competente luca guadagnino. ou, quando a aristocracia vai ao cinema e tenta ser popular. se ganhar o oscar é porque conseguiu.
um roteiro surpreendente. um filme duro, por vezes frio. quase nenhuma condescendência, quase nenhum maneirismo. argumento pertinente e original. direção sóbria, madura, segura. atuações convincentes. quaisquer problemas nas sequências conclusivas que eu, clemente, perdoei em razão do fôlego preso.
ainda que fique evidente a recusa aos lugares comuns, às soluções mais fáceis, há nesse filme uma espécie de intuição, algo de empírico que guia a personagem principal e o nosso olhar. e o filme, aparentemente tão decupado e calculado, ganha em singeleza. é definitivamente um filme sobre amor e, portanto, sobre carências. mas de uma maneira exatamente autêntica - e não importa se o amor é carnal, paternal, filial ou ainda tenha vieses sociológicos. é a escolha por um trajetória pouco plausível para a personagem principal que deixa, paradoxalmente, o filme crível, verossímil, humano e absolutamente arrebatador. bravo.
um filme com a marca registrada techiné (ainda que o roteiro tenha sido dividido com céline sciamma, que assinou tomboy). sendo assim, eis a crueza e até a violência de suas histórias sob o terno e delicado olhar do cineasta. os filmes de andré techiné são sempre um exercício de semiótica, e é por isso que a sinopse aqui do filmow não faz jus em absoluto ao que o filme representa. é um desperdício deixar passar as entrelinhas, não pensar na construção das personagens e seus signos. damien, o filhinho de mamãe, pequeno burguês branco, e tom, o mestiço filho adotivo de sitiantes da montanha. em 3 trimestres, o percurso desses dois estudantes que brigam sem mesmo saber ao certo o porquê, tem muito a revelar. e qualquer aproximação política de uma europa em conflitos subrepticios pode ser uma analogia ousada, mas não inapropriada. destaque para a maestria com que sandrine kiberlain faz a mãe dos sonhos.
texto, muito texto! textão da melhor qualidade transbordando pela tela. toma lá, dá cá, rápido e certeiro. afiadíssimos todos e a direção brilhante, inclusive. muito bom!
lembrou-me tennessee williams, só que inglês - o que faz toda a diferença (de qualquer mareira, imagino o quão bom ficaria também no palco). um balão inflado de fleuma pronto a explodir. tudo muito correto, como um relógio - ou uma bomba relógio. e então, vem a magnífica cena final. não é um filme para se guardar ao lado dos preferidos (tanta correção talvez leve consigo algo de mais cativante). mas é uma obra maiúscula, não me resta dúvida.
eu não acho que todo mundo deva assistir a aquarius, mas eu gostaria. eu não acredito que todo mundo possa gostar ou mesmo aproveitar aquarius, mas gostaria. eu não estou certo de que a dimensão dessa obra-prima possa caber no olhar da maioria dos espectadores, mas gostaria. eu gostaria mesmo que aquarius pudesse trazer a todos, como traz a mim, o acalento, a lucidez, a fé e a dignidade que esse filme encerra.
pra mim o filme não escapa dos clichês próprios de uma história de reencontro. por vezes me pareceu um programa de auditório de domingo com aquela matéria de-volta-pra-casa feita pela hábil e técnica manipulação hollywoodiana. não me pegou. de certa forma até constrangeu.
tão relevante fazer re-brotar os anos 70 por agora... tão relevante esse odor adocicado. roteiro, direção de arte, atuações impecáveis. enfim, um orgulho. um filme redondo, se é que vc que assistiu me entende.
uma grata surpresa. a sensação de estar vendo uma parábola sobre a queda do muro de berlim e sobre o que nos levou à letargia de nossa época. há algo a mais nos entreframes que deixa essa filme mais especial.
poucas vezes devo ter passado tanta vergonha alheia. é tudo um desastre (salvo a atuação de paloma duarte - deu dó dela alí). tudo é inverossímil (salvo os diálogos de bêbado, com a profundidade de uma gilete, muito apropriados aos personagens, claro, muito bêbados). o roteiro tem mais furos que uma peneira, o ritmo, bem, não há ritmo, e as atuações são no geral constrangedoras.
7 Minutos
2.3 7que droga!
Conquistar, Amar e Viver Intensamente
3.4 66 Assista Agoraj'aime les gens qui doutent, les gens qui trop écoutent leur coeur se balancer. ceux qui avec leur chaîne, pour pas qui ça nous gêne, font un bruit de grelot.
Três Anúncios Para um Crime
4.2 2,0K Assista Agoraa américa pela américa: 'três anúncios para um crime', a folk movie, caindo como uma luva para o oscar 2018. (ainda assim, um faroeste contemporâneo a ser visto, principalmente por quem confunde os eua com a disney).
Eu, Tonya
4.1 1,4K Assista Agoranem mesmo einstein falaria tão bem da relatividade das coisas como fala craig gillespie em ‘i, tonya’. sim, essa afirmação é um deboche, o mesmo deboche que permeia de maneira genial o filme que conta a história dessa espécie de macunaíma norte-americana, a anti-heroína patinadora que atraiu a atenção do mundo todo na década de 90. aplausos!
O Estudante
3.5 51que bela porcaria. quem escreveu esse roteiro pensou em tudo, menos na vergonha alheia que ele pode causar. apesar da produção legalzinha e de interpretações razoáveis, a ideia foi tão mal desenvolvida que, da crítica ou alerta sempre urgentes ao fanatismo religioso e ao conservadorismo só sobrou um filme ridículo. raso, para ser menos enfático.
Bingo - O Rei das Manhãs
4.1 1,1K Assista Agoraos talentos de brichta e lula carvalho não são suficientes para salvar bingo de um roteiro manco, apoiado por uma série de muletas fáceis, disponíveis, lugares comuns previsíveis que evitam o aprofundamento de qualquer personagem. todos me parecem rasos: a mãe, o filho, a diretora, o gringo, o amigo, o palhaço. filme oco.
O Idioma do Desejo
2.9 67deixou a desejar.
Me Chame Pelo Seu Nome
4.1 2,6K Assista Agorajames ivory sendo james ivory, em plena forma, adaptando a obra de andré aciman e espiado pelo não menos competente luca guadagnino. ou, quando a aristocracia vai ao cinema e tenta ser popular. se ganhar o oscar é porque conseguiu.
Mãe!
4.0 3,9K Assista Agora5 menos 1 ponta.
Tomcat
3.0 234 estrelas para esse filme que eu não quero assistir nunca mais.
Garotos do Leste
3.5 52 Assista Agoraum roteiro surpreendente. um filme duro, por vezes frio. quase nenhuma condescendência, quase nenhum maneirismo. argumento pertinente e original. direção sóbria, madura, segura. atuações convincentes. quaisquer problemas nas sequências conclusivas que eu, clemente, perdoei em razão do fôlego preso.
ainda que fique evidente a recusa aos lugares comuns, às soluções mais fáceis, há nesse filme uma espécie de intuição, algo de empírico que guia a personagem principal e o nosso olhar. e o filme, aparentemente tão decupado e calculado, ganha em singeleza. é definitivamente um filme sobre amor e, portanto, sobre carências. mas de uma maneira exatamente autêntica - e não importa se o amor é carnal, paternal, filial ou ainda tenha vieses sociológicos. é a escolha por um trajetória pouco plausível para a personagem principal que deixa, paradoxalmente, o filme crível, verossímil, humano e absolutamente arrebatador. bravo.
Quando Se Tem 17 Anos
3.8 72um filme com a marca registrada techiné (ainda que o roteiro tenha sido dividido com céline sciamma, que assinou tomboy). sendo assim, eis a crueza e até a violência de suas histórias sob o terno e delicado olhar do cineasta. os filmes de andré techiné são sempre um exercício de semiótica, e é por isso que a sinopse aqui do filmow não faz jus em absoluto ao que o filme representa. é um desperdício deixar passar as entrelinhas, não pensar na construção das personagens e seus signos. damien, o filhinho de mamãe, pequeno burguês branco, e tom, o mestiço filho adotivo de sitiantes da montanha. em 3 trimestres, o percurso desses dois estudantes que brigam sem mesmo saber ao certo o porquê, tem muito a revelar. e qualquer aproximação política de uma europa em conflitos subrepticios pode ser uma analogia ousada, mas não inapropriada.
destaque para a maestria com que sandrine kiberlain faz a mãe dos sonhos.
Irmãos
3.3 33os eloquentes silêncios desta obra realista, por vezes quase documental, dizem mais que muitos diálogos. não é filme para espectador preguiçoso.
Qual é o Nome do Bebê?
4.0 159texto, muito texto! textão da melhor qualidade transbordando pela tela. toma lá, dá cá, rápido e certeiro. afiadíssimos todos e a direção brilhante, inclusive. muito bom!
Departure
3.4 44lembrou-me tennessee williams, só que inglês - o que faz toda a diferença (de qualquer mareira, imagino o quão bom ficaria também no palco). um balão inflado de fleuma pronto a explodir. tudo muito correto, como um relógio - ou uma bomba relógio. e então, vem a magnífica cena final. não é um filme para se guardar ao lado dos preferidos (tanta correção talvez leve consigo algo de mais cativante). mas é uma obra maiúscula, não me resta dúvida.
Aquarius
4.2 1,9K Assista Agoraeu não acho que todo mundo deva assistir a aquarius, mas eu gostaria. eu não acredito que todo mundo possa gostar ou mesmo aproveitar aquarius, mas gostaria. eu não estou certo de que a dimensão dessa obra-prima possa caber no olhar da maioria dos espectadores, mas gostaria. eu gostaria mesmo que aquarius pudesse trazer a todos, como traz a mim, o acalento, a lucidez, a fé e a dignidade que esse filme encerra.
Lion: Uma Jornada para Casa
4.3 1,9K Assista Agorapra mim o filme não escapa dos clichês próprios de uma história de reencontro. por vezes me pareceu um programa de auditório de domingo com aquela matéria de-volta-pra-casa feita pela hábil e técnica manipulação hollywoodiana. não me pegou. de certa forma até constrangeu.
Tatuagem
4.2 923tão relevante fazer re-brotar os anos 70 por agora... tão relevante esse odor adocicado. roteiro, direção de arte, atuações impecáveis. enfim, um orgulho. um filme redondo, se é que vc que assistiu me entende.
Um Corpo que Cai
4.2 1,3K Assista Agorabem, se há um filme pra se chamar de seu, este é o meu.
Ferrugem e Osso
3.9 822 Assista Agoramarion cotillard sendo marion cotillard e filme francês sendo filme francês. muito bom!
O Homem Que Amava Yngve
4.0 121uma grata surpresa. a sensação de estar vendo uma parábola sobre a queda do muro de berlim e sobre o que nos levou à letargia de nossa época. há algo a mais nos entreframes que deixa essa filme mais especial.
Teus Olhos Meus
4.0 577poucas vezes devo ter passado tanta vergonha alheia. é tudo um desastre (salvo a atuação de paloma duarte - deu dó dela alí). tudo é inverossímil (salvo os diálogos de bêbado, com a profundidade de uma gilete, muito apropriados aos personagens, claro, muito bêbados). o roteiro tem mais furos que uma peneira, o ritmo, bem, não há ritmo, e as atuações são no geral constrangedoras.
Dunkirk
3.8 2,0K Assista Agoraum filme de guerra, subgênero fuga, excelente!
Divinas
4.2 219 Assista Agoraa ótica feminista da banlieue. vale muito.