Quando a trágica história de uma família se entrelaça com a história de uma nação em guerra. Onde a história desses irmãos começa?, questiona a protagonista numa das cenas finais. No amor ou no horror? Eu não tenho muitas palavras pra descrever o turbilhão e a complexidade de sensações e emoções que Dennis traz com esse filme. Provavelmente é a história mais aterradora de sua filmografia e Dennis conduz a intricada trama com maestria. Lubna Azabal, por sua vez, é o rosto e o coração do longa. Ela É o filme e é impossível pensar "Incêndios" sem pensar em sua magnífica interpretação como Nawal. Se for pra pontuar alguns pequenos deslizes, seria a facilidade com que os irmãos conseguem acesso a certas informações; isso me tirou do filme por certos segundos. Mas nada grave e nada que diminua o impacto dessa obra nada menos que espetacular.
Não é exatamente um filme ruim. Mas falta bastante coisa. A criação visual de mundo é nada menos que fantástica, mas a construção do mesmo pelo roteiro é fraca. Em praticamente nenhum momento me senti totalmente envolvido pelo universo dos 4 reinos, por falta de uma construção mais completa e convincente. Existem 4 e não vemos devidamente nenhum; ficamos localizados numa espécie de "capital" (?) (favor me corrijam sobre isso) e aí reduzidos a um castelo... Os personagens também não possuem aquele primor de construção; os chefes dos respectivos reinos são caricatos e irritantes e Mãe Ginger não é uma antagonista convincente nem por um minuto.
Como ela acaba de fato não sendo a vilã principal, eu tentei relevar isso, mas o filme nem tenta disfarçar.
O filme anda por um caminho extremamente previsível e cheio de frases de efeito desde o primeiro minuto, então admito que a reviravolta na transição do segundo pro terceiro ato de fato me deu um certo frio na barriga, tornando essa a parte mais empolgante do filme. Mas com todas as falhas que já apontei, o twist perde o impacto que deveria ter conforme o filme avança, tornando o que poderia ser um evento em algo ok. É um filme que precisava ter (bem) mais do que a hora e meia que possui. Não é ruim, mas tinha base pra ser muuuito melhor. Uma pena.
"Nerve" possui boas temáticas: não só apenas como as pessoas, principalmente jovens, podem ficar obcecados com a fama e o sucesso instantâneo (com pessoas ávidas para assisti-las na mesma proporção) como também explora as formas de encarar a vida: ser um jogador, viver se arriscando ou um observador, em uma posição de conforto porém apenas conformado? É claro que o filme potencializa as duas posições ao seu extremo, porém até certo ponto da história temos personagens que não são unidimensionais, tem camadas (mesmo que não sejam aqueeelas camadas), um ponto positivo para um filme voltado pro público adolescente. Contudo, o filme perde um pouco quando decide focar em picuinhas bobas e no romance que, por mais que seja eficiente, cai na obviedade em uma narrativa que até então tinha a imprevisibilidade como força motora. A trilha sonora no entanto é absurdamente boa e casa muito bem praticamente em todos os momentos. Já a fotografia, bem, tem seus momentos, mas chega uma hora em que tanto neon na tela perde o sentido e não fica bem nem esteticamente falando. Gosto também de como o roteiro vai ficando cada vez mais pesado e os diretores criam muito bem uma atmosfera de pesadelo que se instaura na vida da protagonista em apenas uma noite.
A sequência na arena é boa em partes, mas perde pelo discurso extremamente óbvio de "vamos salvar os animais e as plantas" e pela cena de Vee "acordando" depois de supostamente ter levado um tiro e a resolução pra coisa toda... enfim, foi um desfecho bem abaixo do que o filme tinha apresentado até então.
No fim das contas, "Nerve" tem uma premissa interessante com uma execução um tanto quanto falha, mas que definitivamente tem algo a dizer.
O que mais me chocou (hihihi) no filme foi o cara morar em Macaé e mentir pra esposa que foi jogar futebol... no Rio de Janeiro. Fora isso, o filme tem uma fotografia de esquete do Parafernalha, uma ou outra cena que faz rir, falha em construir uma narrativa bem costurada, uma edição no mínimo estranha... Enfim.
e a insistência de Rob em salvar Beth beira o ridículo às vezes, principalmente quando eles se deparam com a situação do prédio em que a menina mora. Ponto positivo pro roteiro que reconhece isso e trata a coisa toda de maneira meio cômica usando uma pérola de Hud.
Mas as cenas de ação são muito bem executadas e gostei dessa visão """minimalista""" pra um filme de monstro, visto que não é um filme grandioso, tirando duas ou três cenas. O resto se passa nas ruas, becos e túneis, criando uma atmosfera claustrofóbica e agoniante. Gostei bastante dessa introdução.
"A Cura Mortal" eleva novamente o nível da franquia, que se perdeu o pouco no filme anterior. Enquanto "Prova de Fogo" inseriu 800 plots sem fechar muito bem nenhum e colocou mais uns 20 coadjuvantes na roda, esse aqui apresenta uma trama mais concisa, focada, direcionada, algo importantíssimo para um final de série. Há também um forte senso de urgência aqui; o roteiro não para em nenhum segundo, mesmo quando não estão acontecendo cenas de ação grandiosas (que quando acontecem, são magníficas:
destaco a cena do ônibus e a sequência final, que culmina na morte de Teresa
). A trama em si também é bastante interessante: é certo matar umas pessoas aqui para tentar salvar outras ali? E Teresa é o rosto de toda essa ambiguidade; foi, pra mim, a personagem que teve o arco mais interessante em toda a trilogia. O filme tem sim a desnecessária inserção de um novo coadjuvante, os antagonistas são unidimensionais demais (Janson um tom mais acima, Ava um pouco mais contida) e o final é tão decepcionante quanto o do livro (pensei que eles poderiam mudar, já que basicamente 90% do filme é diferente da obra original), mas Maze Runner encerra sua trajetória nos cinemas de forma satisfatória, com um filme divertido e empolgante.
Eu gosto muito mesmo dessa franquia, acho que dela saíram as animações mais divertidas dos últimos anos. Mas aqui a coisa desanda bastante. Lucy fica presa num plot desnecessário sobre maternidade; Agnes e sua obsessão por unicórnios deixa de ser fofo e passa a tomar tempo demais do filme (que já é curto) e o background da família do Gru, esse sim com potencial pra se tornar um plot interessante, é simplesmente cuspido na nossa cara em 2 minutos. E, particularmente, Dru é um personagem deveras irritante. Mas nem tudo são trevas. Os minions se destacam novamente e aqui as aparições dele me remeteram às do esquilinho Scrat em "A era do gelo": de fora da trama principal, servem como alívio cômico em um humor nonsense, algo que a franquia sabe fazer muito bem. Assim como eles, o vilão Bratt também é uma das coisas mais divertidas que a franquia já apresentou. Além disso, o design de produção é encantador, principalmente no covil de Bratt. Apesar desse longa decepcionante, sei que a franquia é capaz de mais do que fez aqui.
The Box: o filme começa em cima, com a melhor história. É uma narrativa bem original, com boas atuações e que mantém o espectador intrigado durante todo o tempo.
Pessoalmente, seu final em aberto foi a cereja no topo do bolo.
The Birthday Party: a queda aqui é inevitável, sendo esse uma das piores coisas que eu já assisti. Tem graves problemas de direção e edição, uma trilha sonora intrusiva demais e a personagem Carla é uma incógnita, mas não no sentido bom e sim no sentido que ela não tem NENHUMA função na história a não ser fazer o papel da esquisita e lembrar o espectador de que, embora seja tudo mais cômico do que outra coisa, ainda se trata de uma história de "horror". Não funciona de jeito nenhum.
Don't Fall: Ensaia um clichê no começo, mas acaba seguindo outro caminho. Nada absurdamente bom mas tem qualidades, principalmente no que diz respeito à direção de seus últimos 5 minutos. Podia ser mais longo.
Her Only Living Son: O segundo melhor, consegue fazer o filme terminar por cima novamente. Embora não tão bom quando "The Box", consegue trazer um pouco da inquietação da primeira história. Traz ainda uma sutil crítica ao racismo e tem um final emocionante e de arrepiar.
Saldo final: podia ser muito melhor do que foi mas tem sua relevância, mais por trás das câmeras do que na frente delas.
Não gostei muito da fotografia desse filme; imprime um caráter um tanto quanto amador pra um filme de uma diretora que é tudo menos amadora. Talvez fizeram essa escolha pra passar uma impressão meio documental (as entrevistas com celebridades e os flashforwards com os protagonistas ajudam nesse aspecto, e são extremamente desnecessárias), mas não colou. Seus personagens são fúteis e vazios de propósito, pois são frutos da sociedade em que estão inseridos, mas não custava um pouco mais de profundidade. Temos uma boa oportunidade com o deslocado Marc, mas não é muito (nada) aproveitada. Mas o filme tem seus highlights: a cena da invasão à casa de Audrina
são muito bem feitas. E ainda temos Emma Watson sendo uma atrizona da porra. Não que sua personagem seja ótima, mas ela sabe sair de uma personagem como Hermione direto pra esse filme e ainda consegue ser um bom alívio cômico no terceiro ato, onde o longa cresce um pouco com os protagonistas precisando encarar as consequências de seus atos. O filme tem ainda um ótimo cuidado com cenários, figurino e trilha sonora, não devendo nada nesses aspectos. Não chega a ser um filme aborrecido, mas obviamente sabemos que Coppola é capaz de muito mais do que isso aqui.
O filme tem um roteiro muito inteligente: cria um ótimo background pra sua protagonista, insere Steve até meio tarde na narrativa (porém no momento certo), tem um humor bem dosado que não interfere muito na seriedade das questões retratadas no filme (bejo marvel), personagens carismáticos... Muita coisa funciona.
Contudo, peca no seu clímax. Estávamos indo bem sem um vilão megalomaníaco e clichê, com um plano de destruir o mundo por motivo meio besta... e isso é basicamente que recebemos no final. Não tiro o mérito totalmente, não é totalmente inútil pois se insere na mitologia na qual a Mulher Maravilha está. Mas ainda assim fica abaixo da originalidade que o filme mantinha até então.
Ainda assim, é um filme de ação bem satisfatório. Não sei se o suficiente pra empolgar muito pro resto da carreira da DC, visto que ainda teremos Zack Snyder de novo pela frente, mas não deixa de ser um acerto.
o que foi aquela cena do iate pegando fogo? De longe uma das piores coisas que eu já vi em um filme. Quando vi, fiquei de boca aberta. Como que um estúdio como a Paramount me libera uma cena com efeitos especiais piores que a de um video game ruim? A cena de ação clímax não fica muito atrás, porém disfarça melhor a pobreza dos efeitos. Desabafei.
Bom, voltando. Trata-se de uma comédia divertida e sem pretensões de ser muito mais que isso. Não gargalhei o filme inteiro, mas também não acho que ele perde o ritmo ou algo do tipo. O filme se mantém "confortável de assistir" (não sei se esse termo existe, mas ok) do início ao fim. A trama não é enorme coisa, mas está de acordo com o que a temática do filme. O roteiro também possui certas furadas, mas nada de absurdo. Tirando isso e os efeitos especiais pavorosos de ruins, é um filme "ok", com personagens carismáticos o suficiente para carregarem a trama de forma tranquila até o final. P.S.: As aparições do elenco antigo são extremamente forçadas e desnecessárias.
Sim, o conflito principal é meio clichê (duas personalidades opostas que se odeiam mas são forçadas a trabalharem juntas; conflito esse que se repete duas vezes com um personagem diferente), mas como a maioria dos filmes da Illumination vem fazendo, o maior trunfo aqui são as diversas cenas hilárias que permeiam todo o filme. Outro problema que encontrei foram as diversas aparições esporádicas do controle de animais, que, abrupto e mal desenvolvido, acabou soando como um antagonismo repetitivo. O pessoal do esgoto sim tem o real potencial de serem vilões da trama, o que faz com que o plot da carrocinha seja ainda mais desnecessário. Assim, por mais que sua narrativa não seja excepcional e certas coisas sejam repetitivas mesmo para a curta duração do filme, possui um roteiro muito bem amarrado com tramas conectadas (nada fica voando por aí) e momentos hilariantes (salsichas cantando Grease fizeram meu dia).
Esse aqui perde o que o primeiro tinha de melhor: a dinâmica entre seus mágicos protagonistas. Há uma inversão de papeis: no original, eram visto como anti-heróis. Aqui, são quase que vítimas o tempo todo. Parte desse problema se dá pelo fato de que o roteiro tem 800 plots pra lidar, e o FBI atrás deles fica em quinto, sexto plano. Essa bandalheira de plots, aliás, nos dá algo recorrente nesse tipo de filme (ausente no primero, porém): o excesso de reviravoltas. A primeira é boa, a segunda ok, a terceira atura-se, daí em diante, de tanto querer surpreender, fica previsível. O filme funciona mesmo quando os 4 estão trabalhando juntos, na prática
(toda a sequência do furto do chip é excelente, assim como a do avião no finzinho do filme)
, o que nos dá uma ótima sequência solta no meio e um terceiro ato competente, embora por vezes cansativo devido às inúmeras reviravoltas desnecessárias que citei. Assim, tem muito pouco brilho em relação ao anterior, mas não chega a ser um total desperdício.
A história do filme em si nem é tão ruim, o problema é que tudo muito mal dirigido, editado, fotografado... Em vários (vários mesmo) momentos, me perguntei: "como que a Universal aprovou uma coisa dessas?" Não sei o que aconteceu com Tate Taylor, que dirigiu o irretocável "Histórias Cruzadas", ou com a equipe que parecia estar mais bêbada produzindo o filme do que a personagem da Emily Blunt, mas é tudo feito de forma surpreendentemente ruim. O terceiro ato dá uma subida no nível, com as peças do quebra cabeça se encaixando, nos dando um final melhor do que esperado (pelo menos, pra um começo e meio tão ruins). Porém, não salva o filme, que é muito indigesto e desconfortável, só que pelos motivos errados.
(a chegada da lua de sangue é tão sem impacto que chega a doer)
e meio arrastado, com o roteiro tentando colocar seus (muitos) personagens em seus devidos lugares. O filme engata depois, mostrando uma aventura até interessante, além de coisas surpreendentes como a origem do Jack Sparrow
O filme brilha mesmo no terceito ato, com os melhores efeitos especiais do filme todo e com um ritmo mais frenético, incluindo uma sequência bastante claustrofóbica. Quem gostou dos outros 4 filmes, não tem do que reclamar muito desse (meu caso). Quem acha que a série devia ter parado no terceiro (ou no primeiro), não vai se agradar com esse. Não é o melhor dos 5 nem de longe, mas conseguiu me agradar.
Gente, não gostei de quase nada nesse filme. Falta profundidade em praticamente tudo. A doença da Eve é tratada de modo superficial; vemos os três cantando uma música de nem dois minutos "ui, acho que somos uma banda"; Cass, a personagem mais carismática do filme, é jogada muito pra escanteio... o que mais funciona aqui são as músicas e a fotografia (essa última ainda menos; às vezes, o diretor muda a fotografia do filme sem motivo aparente: fica lindo visualmente, mas nada acrescenta narrativamente). Eu geralmente gosto desses filmes indie sobre bandas mais indies ainda, mas esse aqui não funcionou pra mim.
Começa muito bem, mostrando o cotidiano de Sam e tudo o que acontece naquele dia; o roteiro estabelece bem os personagens e tramas que vamos acompanhar repetidamente durante o resto de sua duração. Então, acompanhamos Sam em sua jornada para entender qq tá acon tesenu com a sua vida, já que acorda sempre no mesmo dia. É aí que o filme acaba se perdendo aos poucos. Não sabe se segue o caminho de desvendar o "mistério", se parte pro "viva cada dia como se fosse o último" e por aí vai. Mas felizmente o filme se recupera no final. Juliet é uma personagem maravilhosa, e o filme poderia estudá-la muito mais. Ao perder o rumo no segundo ato, perde também a oportunidade de trabalhar uma personagem com grande potencial. Zoey Deutch tem o carisma necessário para uma protagonista de um filme desses; já com Halston, apesar de ser competente, tenho medo de que fique presa ao papel de "melhor amiga bitch que não é tão bitch assim" da protagonista que fez antes em "Cidades de Papel". Esse longa tem uma fotografia lindíssima, uma trilha sonora simplesmente maravilhosa e um final que sim, poderia ter sido melhor se não fosse a falta de foco da segunda metade no geral, mas é agridoce da maneira certa e faz o filme terminar por cima. Recomendo.
Esse filme é uma sequência de cenas fortes, incômodas e por vezes perturbadoras, de uma melancolia impressionante. Com uma narrativa ousada e atuações entregues de todos os envolvidos, adoro o jeito como Haneke pega aquelas pessoas que possuem uma vida perfeita e descortina o interior delas pouco a pouco. Tragicamente lindíssimo.
Achei bastante divertido! Michel não vale um grão de arroz, mas achei legal assistir suas tramoias e sua correria por Paris. Além disso, a inovação na montagem é muito interessante (gostei muito da curta porém bem feita cena em que a passagem de tempo é marcada pelos postes se acendendo nas ruas da cidade). Até senti uma estranheza no começo, mas depois dá pra se acostumar. Recomendadíssimo.
No momento em que descobrimos que Missy pratica hipnose, ainda no começo, já dá pra ter uma boa noção do que está acontecendo e do rumo que o filme vai tomar. Talvez a maior surpresa seja a personagem Rose, e deve-se crédito a Allison Williams, que soube balancear a megera e a doçura muito bem.
Gosto de Allison desde "Girls" e fico contente que ela esteja atuando tão bem com uma boa personagem em um filme com essa repercussão. A parte cômica do filme não desaponta, e a obsessão de Rod por "gente branca transformando negros em escravos sexuais" é hilária. Além disso, o filme é válido por criticar a estereotipação de pessoas negras. Não achei essa coca-cola toda, mas é um bom entreterimento, um suspense bem construído (em partes) e que ainda faz uma boa crítica. Vale a pena.
O filme fica levemente arrastado no segundo ato, o personagem Tony é apresentado de forma um tanto quanto caricatural (mas o roteiro o desenvolve melhor com o tempo) e os antagonistas não são tão bem desenvolvidos quando poderiam. Porém, o longa tem cenas simplesmente hilárias, não perdendo o humor nem em seus momentos mais trágicos. Ruth entrou na minha lista de personagens mais adoráveis do cinema, mesclando uma melancolia e humor sem ficar forçada em nenhum dos dois lados. Além disso, ainda tem uma história de investigação e crime bastante interessante e bem construída. E quero registrar aqui o meu profundo ódio por aquele detetive. Tománocu.
Sexo, ciúmes, inveja, traição, violência; essa história tinha tudo pra ser um thriller erótico da porra, mas infelizmente teve seu potencial todo desperdiçado. A melhor coisa do filme é Garett Clayton: ele consegue mostrar com eficiência a doçura, esperteza e sensualidade de um jovem novato em uma indústria devoradora e as indas e vindas pelas quais o personagem passa durante o filme. Fora isso, o filme traz personagens mal desenvolvidos, com atores bons não tendo material pra trabalhar direito. Joe e Harlow são uma tentativa de antagonismo que funciona (pouco) no último ato do filme (de fato, o sorriso Franco me dá medo na cena da piscina no final). Mas o personagem de Allen é simplesmente irritante (a cena do reboque do carro é terrível). Além disso, os conflitos do filme, apesar de importantes, são trabalhados de forma totalmente superficial. Bem fraco. Uma pena.
"O Lagosta" dispara críticas a todos os lados: tanto à sociedade que coloca "casamento" como sinônimo de "felicidade", quanto àquela parcela completamente desprendida que não se relaciona com ninguém ("todos dançamos sozinhos, por isso ouvimos música eletrônica" é uma frase que diz muito"). E o melhor: os dá motivos para serem assim. É uma maneira niilista e crua de se enxergar o mundo, mas funciona completamente. O roteiro ainda consegue mesclar isso a acontecimentos surpreendentes e momentos hilários (por um mundo que tenha um gif de Ariane Labed dançando). Uma história do amor impossível sob a ótica crua, niilista e absurda de Yorgos Lanthimos. Maravilhoso.
P.S.: em alguns momentos, o filme me lembrou "Ela", pelo protagonista ser um bigodudo simpático e solitário e pelo mundo distópico com relacionamentos distorcidos.
A Favorita
3.9 1,2K Assista Agoraum "mean girls" historico: sarah é a regina george, abigail é a cady e anne é o aaron samuels.
Incêndios
4.5 1,9KQuando a trágica história de uma família se entrelaça com a história de uma nação em guerra. Onde a história desses irmãos começa?, questiona a protagonista numa das cenas finais. No amor ou no horror?
Eu não tenho muitas palavras pra descrever o turbilhão e a complexidade de sensações e emoções que Dennis traz com esse filme. Provavelmente é a história mais aterradora de sua filmografia e Dennis conduz a intricada trama com maestria. Lubna Azabal, por sua vez, é o rosto e o coração do longa. Ela É o filme e é impossível pensar "Incêndios" sem pensar em sua magnífica interpretação como Nawal.
Se for pra pontuar alguns pequenos deslizes, seria a facilidade com que os irmãos conseguem acesso a certas informações; isso me tirou do filme por certos segundos. Mas nada grave e nada que diminua o impacto dessa obra nada menos que espetacular.
O Quebra-Nozes e os Quatro Reinos
3.0 229 Assista AgoraNão é exatamente um filme ruim. Mas falta bastante coisa. A criação visual de mundo é nada menos que fantástica, mas a construção do mesmo pelo roteiro é fraca. Em praticamente nenhum momento me senti totalmente envolvido pelo universo dos 4 reinos, por falta de uma construção mais completa e convincente. Existem 4 e não vemos devidamente nenhum; ficamos localizados numa espécie de "capital" (?) (favor me corrijam sobre isso) e aí reduzidos a um castelo... Os personagens também não possuem aquele primor de construção; os chefes dos respectivos reinos são caricatos e irritantes e Mãe Ginger não é uma antagonista convincente nem por um minuto.
Como ela acaba de fato não sendo a vilã principal, eu tentei relevar isso, mas o filme nem tenta disfarçar.
Nerve: Um Jogo Sem Regras
3.3 1,2K Assista Agora"Nerve" possui boas temáticas: não só apenas como as pessoas, principalmente jovens, podem ficar obcecados com a fama e o sucesso instantâneo (com pessoas ávidas para assisti-las na mesma proporção) como também explora as formas de encarar a vida: ser um jogador, viver se arriscando ou um observador, em uma posição de conforto porém apenas conformado? É claro que o filme potencializa as duas posições ao seu extremo, porém até certo ponto da história temos personagens que não são unidimensionais, tem camadas (mesmo que não sejam aqueeelas camadas), um ponto positivo para um filme voltado pro público adolescente. Contudo, o filme perde um pouco quando decide focar em picuinhas bobas e no romance que, por mais que seja eficiente, cai na obviedade em uma narrativa que até então tinha a imprevisibilidade como força motora. A trilha sonora no entanto é absurdamente boa e casa muito bem praticamente em todos os momentos. Já a fotografia, bem, tem seus momentos, mas chega uma hora em que tanto neon na tela perde o sentido e não fica bem nem esteticamente falando. Gosto também de como o roteiro vai ficando cada vez mais pesado e os diretores criam muito bem uma atmosfera de pesadelo que se instaura na vida da protagonista em apenas uma noite.
A sequência na arena é boa em partes, mas perde pelo discurso extremamente óbvio de "vamos salvar os animais e as plantas" e pela cena de Vee "acordando" depois de supostamente ter levado um tiro e a resolução pra coisa toda... enfim, foi um desfecho bem abaixo do que o filme tinha apresentado até então.
No fim das contas, "Nerve" tem uma premissa interessante com uma execução um tanto quanto falha, mas que definitivamente tem algo a dizer.
Chocante
2.6 93O que mais me chocou (hihihi) no filme foi o cara morar em Macaé e mentir pra esposa que foi jogar futebol... no Rio de Janeiro. Fora isso, o filme tem uma fotografia de esquete do Parafernalha, uma ou outra cena que faz rir, falha em construir uma narrativa bem costurada, uma edição no mínimo estranha... Enfim.
Cloverfield: Monstro
3.2 1,4K Assista Agora"Cloverfield - Monstro" tem um início clichê de filme de terror
e a insistência de Rob em salvar Beth beira o ridículo às vezes, principalmente quando eles se deparam com a situação do prédio em que a menina mora. Ponto positivo pro roteiro que reconhece isso e trata a coisa toda de maneira meio cômica usando uma pérola de Hud.
Maze Runner: A Cura Mortal
3.3 564 Assista Agora"A Cura Mortal" eleva novamente o nível da franquia, que se perdeu o pouco no filme anterior. Enquanto "Prova de Fogo" inseriu 800 plots sem fechar muito bem nenhum e colocou mais uns 20 coadjuvantes na roda, esse aqui apresenta uma trama mais concisa, focada, direcionada, algo importantíssimo para um final de série. Há também um forte senso de urgência aqui; o roteiro não para em nenhum segundo, mesmo quando não estão acontecendo cenas de ação grandiosas (que quando acontecem, são magníficas:
destaco a cena do ônibus e a sequência final, que culmina na morte de Teresa
Meu Malvado Favorito 3
3.4 404 Assista AgoraEu gosto muito mesmo dessa franquia, acho que dela saíram as animações mais divertidas dos últimos anos. Mas aqui a coisa desanda bastante. Lucy fica presa num plot desnecessário sobre maternidade; Agnes e sua obsessão por unicórnios deixa de ser fofo e passa a tomar tempo demais do filme (que já é curto) e o background da família do Gru, esse sim com potencial pra se tornar um plot interessante, é simplesmente cuspido na nossa cara em 2 minutos. E, particularmente, Dru é um personagem deveras irritante. Mas nem tudo são trevas. Os minions se destacam novamente e aqui as aparições dele me remeteram às do esquilinho Scrat em "A era do gelo": de fora da trama principal, servem como alívio cômico em um humor nonsense, algo que a franquia sabe fazer muito bem. Assim como eles, o vilão Bratt também é uma das coisas mais divertidas que a franquia já apresentou. Além disso, o design de produção é encantador, principalmente no covil de Bratt. Apesar desse longa decepcionante, sei que a franquia é capaz de mais do que fez aqui.
XX
2.7 241The Box: o filme começa em cima, com a melhor história. É uma narrativa bem original, com boas atuações e que mantém o espectador intrigado durante todo o tempo.
Pessoalmente, seu final em aberto foi a cereja no topo do bolo.
The Birthday Party: a queda aqui é inevitável, sendo esse uma das piores coisas que eu já assisti. Tem graves problemas de direção e edição, uma trilha sonora intrusiva demais e a personagem Carla é uma incógnita, mas não no sentido bom e sim no sentido que ela não tem NENHUMA função na história a não ser fazer o papel da esquisita e lembrar o espectador de que, embora seja tudo mais cômico do que outra coisa, ainda se trata de uma história de "horror". Não funciona de jeito nenhum.
Don't Fall: Ensaia um clichê no começo, mas acaba seguindo outro caminho. Nada absurdamente bom mas tem qualidades, principalmente no que diz respeito à direção de seus últimos 5 minutos. Podia ser mais longo.
Her Only Living Son: O segundo melhor, consegue fazer o filme terminar por cima novamente. Embora não tão bom quando "The Box", consegue trazer um pouco da inquietação da primeira história. Traz ainda uma sutil crítica ao racismo e tem um final emocionante e de arrepiar.
Saldo final: podia ser muito melhor do que foi mas tem sua relevância, mais por trás das câmeras do que na frente delas.
Bling Ring - A Gangue de Hollywood
3.0 1,7K Assista AgoraNão gostei muito da fotografia desse filme; imprime um caráter um tanto quanto amador pra um filme de uma diretora que é tudo menos amadora. Talvez fizeram essa escolha pra passar uma impressão meio documental (as entrevistas com celebridades e os flashforwards com os protagonistas ajudam nesse aspecto, e são extremamente desnecessárias), mas não colou. Seus personagens são fúteis e vazios de propósito, pois são frutos da sociedade em que estão inseridos, mas não custava um pouco mais de profundidade. Temos uma boa oportunidade com o deslocado Marc, mas não é muito (nada) aproveitada. Mas o filme tem seus highlights: a cena da invasão à casa de Audrina
e a cena da saída do tribunal
Mulher-Maravilha
4.1 2,9K Assista AgoraO filme tem um roteiro muito inteligente: cria um ótimo background pra sua protagonista, insere Steve até meio tarde na narrativa (porém no momento certo), tem um humor bem dosado que não interfere muito na seriedade das questões retratadas no filme (bejo marvel), personagens carismáticos... Muita coisa funciona.
Contudo, peca no seu clímax. Estávamos indo bem sem um vilão megalomaníaco e clichê, com um plano de destruir o mundo por motivo meio besta... e isso é basicamente que recebemos no final. Não tiro o mérito totalmente, não é totalmente inútil pois se insere na mitologia na qual a Mulher Maravilha está. Mas ainda assim fica abaixo da originalidade que o filme mantinha até então.
Ainda assim, é um filme de ação bem satisfatório. Não sei se o suficiente pra empolgar muito pro resto da carreira da DC, visto que ainda teremos Zack Snyder de novo pela frente, mas não deixa de ser um acerto.
Baywatch: S.O.S. Malibu
2.8 445 Assista AgoraAntes de mais nada:
o que foi aquela cena do iate pegando fogo? De longe uma das piores coisas que eu já vi em um filme. Quando vi, fiquei de boca aberta. Como que um estúdio como a Paramount me libera uma cena com efeitos especiais piores que a de um video game ruim? A cena de ação clímax não fica muito atrás, porém disfarça melhor a pobreza dos efeitos. Desabafei.
Bom, voltando. Trata-se de uma comédia divertida e sem pretensões de ser muito mais que isso. Não gargalhei o filme inteiro, mas também não acho que ele perde o ritmo ou algo do tipo. O filme se mantém "confortável de assistir" (não sei se esse termo existe, mas ok) do início ao fim. A trama não é enorme coisa, mas está de acordo com o que a temática do filme. O roteiro também possui certas furadas, mas nada de absurdo. Tirando isso e os efeitos especiais pavorosos de ruins, é um filme "ok", com personagens carismáticos o suficiente para carregarem a trama de forma tranquila até o final.
P.S.: As aparições do elenco antigo são extremamente forçadas e desnecessárias.
Pets: A Vida Secreta dos Bichos
3.5 938 Assista AgoraSim, o conflito principal é meio clichê (duas personalidades opostas que se odeiam mas são forçadas a trabalharem juntas; conflito esse que se repete duas vezes com um personagem diferente), mas como a maioria dos filmes da Illumination vem fazendo, o maior trunfo aqui são as diversas cenas hilárias que permeiam todo o filme. Outro problema que encontrei foram as diversas aparições esporádicas do controle de animais, que, abrupto e mal desenvolvido, acabou soando como um antagonismo repetitivo. O pessoal do esgoto sim tem o real potencial de serem vilões da trama, o que faz com que o plot da carrocinha seja ainda mais desnecessário. Assim, por mais que sua narrativa não seja excepcional e certas coisas sejam repetitivas mesmo para a curta duração do filme, possui um roteiro muito bem amarrado com tramas conectadas (nada fica voando por aí) e momentos hilariantes (salsichas cantando Grease fizeram meu dia).
Truque de Mestre: O 2º Ato
3.5 941 Assista AgoraEsse aqui perde o que o primeiro tinha de melhor: a dinâmica entre seus mágicos protagonistas. Há uma inversão de papeis: no original, eram visto como anti-heróis. Aqui, são quase que vítimas o tempo todo. Parte desse problema se dá pelo fato de que o roteiro tem 800 plots pra lidar, e o FBI atrás deles fica em quinto, sexto plano. Essa bandalheira de plots, aliás, nos dá algo recorrente nesse tipo de filme (ausente no primero, porém): o excesso de reviravoltas. A primeira é boa, a segunda ok, a terceira atura-se, daí em diante, de tanto querer surpreender, fica previsível. O filme funciona mesmo quando os 4 estão trabalhando juntos, na prática
(toda a sequência do furto do chip é excelente, assim como a do avião no finzinho do filme)
A Garota no Trem
3.6 1,6K Assista AgoraA história do filme em si nem é tão ruim, o problema é que tudo muito mal dirigido, editado, fotografado... Em vários (vários mesmo) momentos, me perguntei: "como que a Universal aprovou uma coisa dessas?" Não sei o que aconteceu com Tate Taylor, que dirigiu o irretocável "Histórias Cruzadas", ou com a equipe que parecia estar mais bêbada produzindo o filme do que a personagem da Emily Blunt, mas é tudo feito de forma surpreendentemente ruim. O terceiro ato dá uma subida no nível, com as peças do quebra cabeça se encaixando, nos dando um final melhor do que esperado (pelo menos, pra um começo e meio tão ruins). Porém, não salva o filme, que é muito indigesto e desconfortável, só que pelos motivos errados.
Piratas do Caribe: A Vingança de Salazar
3.3 1,1K Assista AgoraO primeiro ato é o mais embolado
(a chegada da lua de sangue é tão sem impacto que chega a doer)
e a ligação entre Carina e Barbossa.
God Help The Girl
3.6 238Gente, não gostei de quase nada nesse filme. Falta profundidade em praticamente tudo. A doença da Eve é tratada de modo superficial; vemos os três cantando uma música de nem dois minutos "ui, acho que somos uma banda"; Cass, a personagem mais carismática do filme, é jogada muito pra escanteio... o que mais funciona aqui são as músicas e a fotografia (essa última ainda menos; às vezes, o diretor muda a fotografia do filme sem motivo aparente: fica lindo visualmente, mas nada acrescenta narrativamente). Eu geralmente gosto desses filmes indie sobre bandas mais indies ainda, mas esse aqui não funcionou pra mim.
Antes Que Eu Vá
3.5 474 Assista AgoraComeça muito bem, mostrando o cotidiano de Sam e tudo o que acontece naquele dia; o roteiro estabelece bem os personagens e tramas que vamos acompanhar repetidamente durante o resto de sua duração. Então, acompanhamos Sam em sua jornada para entender qq tá acon tesenu com a sua vida, já que acorda sempre no mesmo dia. É aí que o filme acaba se perdendo aos poucos. Não sabe se segue o caminho de desvendar o "mistério", se parte pro "viva cada dia como se fosse o último" e por aí vai. Mas felizmente o filme se recupera no final.
Juliet é uma personagem maravilhosa, e o filme poderia estudá-la muito mais. Ao perder o rumo no segundo ato, perde também a oportunidade de trabalhar uma personagem com grande potencial. Zoey Deutch tem o carisma necessário para uma protagonista de um filme desses; já com Halston, apesar de ser competente, tenho medo de que fique presa ao papel de "melhor amiga bitch que não é tão bitch assim" da protagonista que fez antes em "Cidades de Papel".
Esse longa tem uma fotografia lindíssima, uma trilha sonora simplesmente maravilhosa e um final que sim, poderia ter sido melhor se não fosse a falta de foco da segunda metade no geral, mas é agridoce da maneira certa e faz o filme terminar por cima. Recomendo.
A Professora de Piano
4.0 686 Assista AgoraEsse filme é uma sequência de cenas fortes, incômodas e por vezes perturbadoras, de uma melancolia impressionante. Com uma narrativa ousada e atuações entregues de todos os envolvidos, adoro o jeito como Haneke pega aquelas pessoas que possuem uma vida perfeita e descortina o interior delas pouco a pouco. Tragicamente lindíssimo.
Acossado
4.1 510 Assista AgoraAchei bastante divertido! Michel não vale um grão de arroz, mas achei legal assistir suas tramoias e sua correria por Paris. Além disso, a inovação na montagem é muito interessante (gostei muito da curta porém bem feita cena em que a passagem de tempo é marcada pelos postes se acendendo nas ruas da cidade). Até senti uma estranheza no começo, mas depois dá pra se acostumar. Recomendadíssimo.
Corra!
4.2 3,6K Assista AgoraPra um filme tido com tão "surpreendente", ele até que é meio previsível.
No momento em que descobrimos que Missy pratica hipnose, ainda no começo, já dá pra ter uma boa noção do que está acontecendo e do rumo que o filme vai tomar. Talvez a maior surpresa seja a personagem Rose, e deve-se crédito a Allison Williams, que soube balancear a megera e a doçura muito bem.
Já Não Me Sinto em Casa Nesse Mundo
3.3 382 Assista AgoraO filme fica levemente arrastado no segundo ato, o personagem Tony é apresentado de forma um tanto quanto caricatural (mas o roteiro o desenvolve melhor com o tempo) e os antagonistas não são tão bem desenvolvidos quando poderiam. Porém, o longa tem cenas simplesmente hilárias, não perdendo o humor nem em seus momentos mais trágicos. Ruth entrou na minha lista de personagens mais adoráveis do cinema, mesclando uma melancolia e humor sem ficar forçada em nenhum dos dois lados. Além disso, ainda tem uma história de investigação e crime bastante interessante e bem construída. E quero registrar aqui o meu profundo ódio por aquele detetive. Tománocu.
King Cobra
2.6 254Sexo, ciúmes, inveja, traição, violência; essa história tinha tudo pra ser um thriller erótico da porra, mas infelizmente teve seu potencial todo desperdiçado. A melhor coisa do filme é Garett Clayton: ele consegue mostrar com eficiência a doçura, esperteza e sensualidade de um jovem novato em uma indústria devoradora e as indas e vindas pelas quais o personagem passa durante o filme. Fora isso, o filme traz personagens mal desenvolvidos, com atores bons não tendo material pra trabalhar direito. Joe e Harlow são uma tentativa de antagonismo que funciona (pouco) no último ato do filme (de fato, o sorriso Franco me dá medo na cena da piscina no final). Mas o personagem de Allen é simplesmente irritante (a cena do reboque do carro é terrível). Além disso, os conflitos do filme, apesar de importantes, são trabalhados de forma totalmente superficial. Bem fraco. Uma pena.
O Lagosta
3.8 1,5K Assista Agora"O Lagosta" dispara críticas a todos os lados: tanto à sociedade que coloca "casamento" como sinônimo de "felicidade", quanto àquela parcela completamente desprendida que não se relaciona com ninguém ("todos dançamos sozinhos, por isso ouvimos música eletrônica" é uma frase que diz muito"). E o melhor: os dá motivos para serem assim. É uma maneira niilista e crua de se enxergar o mundo, mas funciona completamente. O roteiro ainda consegue mesclar isso a acontecimentos surpreendentes e momentos hilários (por um mundo que tenha um gif de Ariane Labed dançando). Uma história do amor impossível sob a ótica crua, niilista e absurda de Yorgos Lanthimos. Maravilhoso.
P.S.: em alguns momentos, o filme me lembrou "Ela", pelo protagonista ser um bigodudo simpático e solitário e pelo mundo distópico com relacionamentos distorcidos.