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Últimas opiniões enviadas

  • Matheus Coelho

    Pra quem não sabe, Midsommar é um filme sobre um grupo de pessoas esquisitas que cresceram em um ambiente exótico e acreditam em coisas duvidáveis, como...

    Comentário contando partes do filme. Mostrar.

    liberdade, igualdade e fraternidade, os princípios da sociedade liberal moderna. O outro grupo do filme é o de pessoas normais, que usualmente matam forasteiros.

    Mas agora falando sério. O filme tem uma pegada culturalista bem notável, e remete à época em que os etnógrafos ficavam procurando exoticidade e partiam do pressuposto de que o comportamento humano é completamente maleável e dependente das condições sociais.

    É claro que uma população aos moldes do culto de Harga não existiria, mas, entre outros exemplos, como todas as mortes não consentidas foram direcionadas àqueles de fora do grupo, é válido refletir sobre o filme em uma perspectiva relativista cultural (e, portanto, moral). Isso faz sentido se for verdade que a moral humana é altruísta paroquial (vejam "parochial altruism"), o que significa que tendemos a manter vivos aqueles de dentro do nosso grupo e a matar (ou pelo menos não ligar para a morte) daqueles de fora dele.

    Dito isso, o filme poderia muito ter explorado um pouco mais a questão da natureza humana; o que é mais ou menos natural ali, considerando que os exóticos e esquisitos não são somente os habitantes do povoado, mas também aqueles jovens, que moram em grandes cidades com energia elétrica -- novidades culturais muito mais recentes do que os povoados agrícolas.

    Convém ressaltar o seguinte. Eu conheço ao menos um antropólogo que escreve sobre folclore, violência e organização social. Seu nome é William Buckner e ele publica sobre a relação entre religião, cooperação e violência em sociedades antigas e contemporâneas de pequena-escala, seja em tribos ou povoados agrícolas como o de Midsommar. (Infelizmente, ele não fez uma resenha sobre Midsommar, mas fez de filmes similares.) Outra coisa legal é que Buckner não é culturalista, mas evolucionista. Embora ele tenha um interesse em religião primitiva e uma formação forte em antropologia cultural, ele também estuda biologia e tenta entender como os humanos parecem ter comportamentos que, à primeira vista, contradizem uma natureza humana universal. Um exemplo que me vem à mente agora é seu texto sobre o culto dos homens (The Point of Mens Cult, Nautilus), em que mostra que em várias sociedades tradicionais pelo mundo os homens mantêm um culto opressivo e secreto que, se violado, permite a seus membros estuprar mulheres e crianças.

    Por fim, como biólogo interessado na relação entre antropologia e biologia, eu só consigo pensar que queria muito ter tido a oportunidade daqueles dois, no filme. Mas sem a parte final.

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  • Matheus Coelho

    Tem mais semelhanças com A Onda do que podemos imaginar. Os produtores estão de parabéns em mostrar o lado tribalista de tudo isso, convocando especialistas para esmiuçar o modus operandi do mecanismo psicológico da identidade de grupo. Isso não é um documentário sobre gente estúpida, mas um experimento de psicologia social.

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  • Michael Wellington
    Michael Wellington

    E o teu perfil é uma biblioteca pra um ateu, como eu! Cara, indico Plan 9 From Outer Space, Metropolis e Pi, caso não tenha visto. Indicar moderno é tenso XD Agora, sobre seu gosto cético, conhece "The Invention of Lying"? Parece que não vi na sua lista. Outra, o "Cloud Atlas" também é dos caralho. Dá uma olhada!

  • Gustavo
    Gustavo

    Não conhecia esse game Outlast... Houve uma época, entre 1995 e 2000, em que eu era fanático por games e estava sempre por dentro das coisas. Hoje é o cinema que toma conta das obsessões, ha! Mas lembro que, em termos de survival horror, o único que zerei foi o Resident Evil 2 pra N64.

  • Gustavo
    Gustavo

    Do Predador só vi os filmes-solo. Sei lá, como sou fã da série Alien desde os 12, 13 anos, achei meio que um sacrilégio misturar as duas coisas - mas admito que nessa questão sou meio mente fechada, mesmo. Não curto muito crossovers...

    Sobre o game eu só vi o trailer e li uma ou duas resenhas, não joguei. Parece muito bem feito, tem até as vozes do elenco original, mas não sei se gostaria de comprá-lo. Esses games que misturam suspense e sobrevivência me deixam aflito demais - até hoje não consegui terminar o primeiro Dead Space, ha!

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