47 Ronins me deixou decepcionado nem tanto pelos efeitos "hollywoodianescos" inseridos na história, mas por que a impressão que dava era que os atores não compraram a história. Que é importantíssima dentro da cultura japonesa e que é riquíssima por si só.
Keanu Reeves não consegue entrar no contexto de Samurai e na minha opinião ele apresenta uma de suas piores atuações na carreira. Salvo o ator que interpreta Asano e a atriz que interpreta sua filha Mika (Ko Shibasaki).
Esse é um filme para ser assistido como uma pequena distração de domingo. 47 Ronins é um filme de ação que consegue ser mediano apesar da história incrível (sobretudo quando se descobre que é baseada em uma história real). Os fãs dos filmes sobre samurais certamente ficarão desapontados, mas ele merece ser assistido apenas como uma tentativa (mal sucedida) de blockbuster.
Scorcese. DiCaprio. Jonah Hill. McConaughey. Todos excelentes no filme fazem com que O Lobo de Wall Street tenha os elementos necessários para ser lembrado por muito tempo.
Jordan Belfort (DiCaprio) é um vendedor nato que enxergou nas ações de pequeno valor uma oportunidade de vender o sonho americano para todos aqueles que quisessem enriquecer rápido apostando no mercado de ações - e esses são muitos.
Não tarda para que Belfort alavanque esse esquema junto com seu sócio Danny Porush (Jonah Hill) tornando-o um negócio capaz de movimentar grandes cifras. A ideia chave é seguir o primeiro ensinamento aprendido em Wall Street com Mark Hannah (McConaughey): venda sem se importar com a outra parte e use todo o tipo de estimulante que você conseguir colocar as mãos para se manter afiado. Se possível, prostitutas são bem-vindas a essa combinação.
Scorcese consegue apresentar de forma incrível como muitas vezes a construção de fortuna nada tem a ver com trabalho duro, bons hábitos e comportamento ético, mas justamente com os seus opostos. Não há lição de moral, não sequer uma lição que o filme busca passar apenas a história do homem que chegou ao topo de Wall Street atropelando tudo que passou por sua frente.
A parte final da história protagonizada por Joe e Selligman é um pouco menos sinuosa que a primeira parte, mas não menos surpreendente. O filme continua a se desenvolver com o aparecimento de novos personagens que também marcam a vida de Joe como P (Mia Goth), L (Willem Dafoe) e K (Jamie Bell).
O nascimento de seu filho e os conflitos decorrentes do mesmo são o que impulsionam a segunda parte do filme de Lars Von Trier. Sua tentativa de reencontrar a capacidade de orgasmo através do masoquismo com K e seu envolvimento com o "cobrador de dívidas" L trazem elementos até então não explorados pelo filme e o aparecimento de P encaminha o filme pro final.
Ninformaníaca - Volume II é a parte que marca a assinatura de Von Trier no filme e o reencontro dele com suas posições marcadamente niilistas. A posição materialista e de culpa de Joe e uma visão mais transcendental e compreensiva de Selligman se chocam de maneira definitiva em um final que justifica a fama do diretor.
Robocop chegou perto de fazer o que "Batman" de Christopher Nolan conseguiu. Humanizar um personagem com um traço típico de super-herói. É fácil se solidarizar ao drama da história de Alex Murphy. Joel Kinnaman faz um Robocop crível e sem alegria com a sua nova forma de humano-robô. É surpreendente que num filme de ação a parte dramática tenha sido tão bem feita, ponto para Padilha na direção pela opção de explorar esse lado do personagem.
Para mim o problema começa na hora do filme se apresentar como um thriller de ação. Apesar de ter algumas cenas de ação o roteiro nessa parte não é tão bom e já da metade pro final do filme eu fiquei com a impressão que RoboCop estava em uma sequência louca e sem sentido de execuções.
Na minha opinião o que faltou em RoboCop foi explorar melhor os antagonistas com diálogos mais inteligentes e sagazes. A decepção é que Padilha tinha na mão o que geralmente falta aos filmes de ação: um bom elenco. Não dá pra reclamar de um filme que tem no cast Gary Oldman, Samuel L Jackson, Michael Keaton e Abbie Cornish. Pra mim a primeira parte do filme ficou boa, quando ele está no drama, agora quando parte para a ação o RoboCop de Alexandre Padilha decepciona.
Trapaça não tem um roteiro brilhante, uma história inovadora ou uma direção fora do comum, mas o fato de contar com bons atores e a melhor atuação de Christian Bale que eu assisti contribuíram para que eu saísse do cinema plenamente satisfeito com o filme.
Acho que o aspecto mais rico do filme foi ter assistido figurinhas carimbadas de Hollywood conseguindo dar vida a personagens improváveis. Além da impecável atuação de Bale também me chamaram a atenção Jeremy Renner, Bradley Cooper e Amy Adams. Particularmente, Jeremy Renner rouba a cena uma vez que suas atuações em "O Legado Bourne" e "Missão Impossível: Protocolo Fantasma" foram, no máximo, discretas.
Apesar de Trapaça ser uma história que envolve golpistas e sua vida após terem sido pegos em uma investigação do FBI a boa atuação de boa parte do elenco faz com que o filme mereça a recepção que teve pelas críticas.
Só não creio que seja um filme que merecesse a indicação para Melhor Filme e não acho que Jennifer Lawrence tenha merecido a indicação para melhor atriz coadjuvante.
Aposta arriscada do "selo" que mais tem feito sucesso no cinema nos últimos anos. Marvel tem sido sinônimo de altas bilheterias. Os Guardiões da Galáxia deve ser o filme mais difícil de emplacar até agora, mas que pode conseguir consolidar de vez uma base de fãs uma vez que trará novas referências do Universo Marvel para as telonas.
As dificuldades de Theodore (Joaquin Phoenix) com relacionamentos são retratadas em dois aspectos nesse filme de Spike Jonze: através das lembranças de seu casamento com Catherine (Rooney Mara) e no relacionamento que ele começa a desenvolver com Samantha (Scarlett Johansson).
O filme cresce em dimensão e profundidade na medida em que se desenvolve o relacionamento de Theodore e Samantha. Mesmo o espectador mais cético deverá se pegar ponderando acerca de seus próprios relacionamentos ou sobre a validade de um relacionamento entre um humano e um Sistema Operacional! Na minha opinião, aí está a riqueza desse belo filme de Spike Jonze que se utiliza de uma metáfora improvável para falar com ternura e colorido das belezas e agruras de todo relacionamento.
A fotografia no filme também chama a atenção já que há um diálogo através das cores quando a cidade é mostrada como cinzenta e Theodore (roupa, escritório e casa) vive seus momentos com Samantha em cores. Phoenix tem uma ótima atuação e Scarlett Johansson também, mas é difícil de esquecer a imagem dela ao ouvir sua voz e isso acaba comprometendo algumas cenas. Destaque para Rooney Mara, que eu só descobri que estava no filme nos créditos e tem boa atuação também.
"Ela" é um filme introspectivo, tocante e profundo que dialoga conosco através de ricas metáforas sobre relacionamentos. Tanto Jonze quanto o seu elenco estão de parabéns!
É verdade que o trabalho de Steve McQueen foi facilitado pela história absolutamente incrível (não em um sentido positivo) que ele tinha nas mãos, mas o diretor usa de cenas e enquadramentos riquíssimos para que 12 Anos de Escravidão explore com detalhe a capacidade humana de buscar justificativa para comportamentos moralmente inaceitáveis com base em rótulos e pseudo-argumentos (religião, leis, etc.).
Em seu desenvolvimento o filme apresente diversos diálogos memoráveis: como o de Bass (Pitt) e Edwin Epps (Fassbender) sobre a barbárie que a escravidão representa; o de Patsey (Lupita Nyong'o) e o protagonista Solomon (Chiwetel Ejiofor) sobre a incessante agonia de uma vida de escravidão, o de Solomon e Eliza (Adepero Oduye) acerca do sofrimento pela sua separação de seus filhos e a rápida, mas marcante, interação entre Solomon e Ford (Cumberbatch) quando esse mostra que, quando a dificuldade chega, o escravo não passa de uma propriedade para o seu comprador.
Destacam-se no filme as atuações de Michael Fassbender (irretocável!), a de Lupita Nyong'o, Sarah Paulson (Mary Epps) e a de Chiwetel Ejiofor, que dá vida a um dos personagens mais ricos que já foi interpretado no cinema.
Quando reúne talento na direção e no elenco Hollywood se mostra capaz de produzir filmes marcantes.
Foi o primeiro filme de Lars Von Trier que eu assisti e logo percebi que eu deveria saber mais sobre esse diretor.
A apresentação de um dos elementos de maior cobiça, luxúria e vaidade da nossa sociedade como algo extremamente carnal, banal e pueril é perturbador. Von Trier explora o sexo justamente em seu "oposto hollywoodiano", sem frases de amor e clichês românticos, mas recheados de dor, vícios e xingamentos.
Além disso o diretor não desperdiça o elenco impressionante que foi capaz de juntar e explora brilhantemente o diálogo entre Joe e Seligman enquanto apresenta pacientemente cada personagem da trama de acordo com sua relevância.
Engana-se quem acha que irá ver nesse filme uma espécie de pornô do século XXI. Em sua primeira parte (!!), Ninfomaníaca já se mostra como um dos filmes mais originais dos últimos tempos e se constrói como uma narrativa devastadora de uma das maiores obsessões dos nossos tempos.
Não é imprevisível nem recheado de boas atuações, mas se desenvolve através de um bom roteiro e mantém o espectador focado na trama. Esse tipo de filme, com essa capacidade de manter tenso quem assiste e esperando pelo desfecho tem sido cada vez mais raro nos últimos tempos. Ao menos na minha opinião. Controle Absoluto se destaca onde outros falham: roteiro e direção.
Ponto para D. J. Caruso (diretor), Dan McDermott (roteirista da história) e Michelle Monaghan (Rachel Holloman, no filme) que faz uma coadjuvante bastante crível e que consegue passar a tensão que a trama precisa.
O filme poderia ser melhor. Acho que eles tinham uma química pra usar: um psicodrama com fortes elementos de ação. Seria mais ou menos o encontro de Efeito Borboleta com a trilogia Bourne. Acontece que as cenas de ação, sobretudo de luta são ruins e o drama de viver uma vida que, em princípio, não é a sua é mal explorado.
Achei ruim a escolha dos protagonistas, sobretudo a do Colin Farrell. Confesso que terminei de assistir com a frustração clássica de quem vê um filme que tem um bom enredo, mas que poderia ser (bem) melhor explorado.
Andrew Garfield é um homem-aranha mais crível e (muito) mais interessante que Tobey Maguire - nada contra o ator. Na minha opinião a franquia foi refeita tomando uma guinada mais adolescente com protagonistas mais jovens e carismáticos que a dupla anterior (Maguire e Dunst).
O filme deixa a desejar um pouco na evolução do personagem. Garfield sai de estudante nerd a herói da cidade de Nova Iorque muito rápido,
sua revelação para Emma Stone (Gwen) de que o mesmo é o homem aranha me pareceu muito pouco impactante. Acho que faltou ao filme explorar momentos mais agudos, como quando a atriz está presa no laboratório e o Lagarto chega. Além disso achei que o aspecto irreverente de Parker, que poderia "adicionar tempero" ao filme e que casaria perfeitamente com Garfield foi pouco explorado.
Em síntese, acho que temos um casal de protagonistas melhor, mas ainda mal explorados. O roteiro poderia ter apresentado mais nuances. O Espetacular Homem-Aranha é um filme agradável e com alguns momentos engraçados, mas essa é a receita de comédias românticas e não de filmes de super herói.
Em geral, tenho um certo pé atrações com filmes que são adaptações de livros, mas como Jackson já mostrou, ele não parece ter problemas em explorar os pontos fortes do filme e criar uma narrativa capaz de ser fiel ao livro e colocar um pouco mais de "tempero" evitando romper a fidelidade à obra original.
O Hobbit - A Desolação de Smaug consegue explorar o caráter lúdico do livro de Tolkien sem deixar de lado a ação, que aparece nas "entrelinhas" do que está no livro, como quando o diretor utiliza os sumiços de Gandalf para investigar outras questões. Além disso a presença de Legolas no filme não é determinante para o andamento da trama, mas acrescenta elementos com os quais os espectadores de "O Senhor dos Anéis" irão gostar.
Desolação de Smaug é um filme mais tenso que Uma Jornada Inesperada, assim como As Duas Torres é mais tenso que A Sociedade do Anel. A certeza é que teremos um excelente fechamento no terceiro filme.
Eu costumo esperar pouco, bem pouco de filmes de super heróis. Lanterna Verde conseguiu me surpreender. Negativamente.
Fazer um bom filme desse gênero não é pra qualquer diretor e Martin Campbell confirma essa teoria mostrando que não estava apto para o trabalho. A atuação de Ryan Reynolds merece destaque também, uma vez que foi uma de suas piores atuações na carreira.
Na minha opinião Gary Ross superou seu trabalho na primeira parte da trilogia conseguindo dotar a história de mais profundidade ao apresentar o estresse pós-jogos de Katniss e Peeta e o complexo contexto em que ambos estão envolvidos antes que o "Massacre Quaternário" comece.
Cinna (Lenny Kravitz) e Ceasar (Stanley Tucci) estão perfeitos como coadjuvantes e a escolha de Philip Seymou Hoffman também me pareceu bastante acertada.
"Em chamas" não é perfeito, longe disso, mas é um filme consistente e que consegue manter a atenção do público durante todo o seu transcorrer.
Não é perfeito, mas a experiência 3D é realmente colocada em outro nível. Acho que para um filme majoritariamente focado em uma única atriz "Gravidade" faz um ótimo trabalho.
Tem os clichês Hollywoodianos de sempre, mas, ainda assim, trata-se de um filme bem acima da média (em roteiro e direção).
Boa dupla, ótima química, mas a história não era muito boa. Diminuindo o apelo do filme e fazendo-o parecer um pouco como uma (longa) propaganda do Google.
Tinha tempo que não saia do cinema satisfeito com um filme de ação. Del Toro, obrigado por isso.
Pacific Rim é um clássico filme de robô x monstros com cenas de ação interessantes e uma história bem construída. Achei que diretor teve alguma dificuldade em manter o nível do filme na hora de fechar a história, mas ainda assim o desenvolvimento até chegar lá é muito bom.
Destaque para a dupla de pesquisadores (Gorman e Day) que roubam a cena do filme juntamente com Idris Elba que esteve perfeito como comandante.
A melhor coisa que o diretor fez foi explorar melhor o personagem "Loki". Thor me parece um pouco óbvio. O filme tem algumas cenas interessantes, especialmente no início durante a apresentação da história. Depois a única parte que realmente me empolgou
, mas ainda assim isso não foi suficiente para sustentar o filme.
É interessante notar que Hollywood tem tido mais sucesso no humor de seus filmes de ação do quem em suas cenas de combate. A cena a qual a minha sessão mais reagiu foi quando o Thor pendurou seu martelo no porta casacos.
O filme que prometia alçar o Super-homem à categoria dos bons filmes de heróis até agora ocupado por Batman e (dependendo do gosto) Homem de Ferro falhou em sua missão.
Zack Snyder optou por apresentar a juventude de Clark Kent através de flashbacks e por mais que alguns desses tenham sido excelentes - méritos para a escolha de Kevin Costner como pai do protagonista e os bons atores mirins escolhidos - o filme tornou-se inconstante, empobrecendo a narrativa. Sua introdução, do nascimento Kal-El em Krypton, até o julgamento de Zod tem muito mais de pancadaria que de apresentação de um contexto para a história e isso também atrapalha a caracterização da história do personagem.
Com o desenrolar do filme ele começa a evoluir para uma sequência ininterrupta de "super-pancadarias" sem desenvolver seu enredo. Não é facilmente explicável a atração que é gerada entre Louis e Clark. Sim, eles têm fragmentos importantes compartilhados na história, mas sempre em brevíssimos contatos para tornar verossímil o romance.
Além disso, a falta de um antagonista melhor construído (Zod é um personagem fraco), de um bom background histórico e de um desenvolvimento mais coeso atrapalharam o filme. Homem de aço tinha o que era preciso (bom elenco e uma história interessante) para tornar-se um dos raros bons longas super de super herói dos nossos tempos, mas tropeçou nas próprias pernas.
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47 Ronins
3.2 1,1K Assista Agora47 Ronins me deixou decepcionado nem tanto pelos efeitos "hollywoodianescos" inseridos na história, mas por que a impressão que dava era que os atores não compraram a história. Que é importantíssima dentro da cultura japonesa e que é riquíssima por si só.
Keanu Reeves não consegue entrar no contexto de Samurai e na minha opinião ele apresenta uma de suas piores atuações na carreira. Salvo o ator que interpreta Asano e a atriz que interpreta sua filha Mika (Ko Shibasaki).
Esse é um filme para ser assistido como uma pequena distração de domingo. 47 Ronins é um filme de ação que consegue ser mediano apesar da história incrível (sobretudo quando se descobre que é baseada em uma história real). Os fãs dos filmes sobre samurais certamente ficarão desapontados, mas ele merece ser assistido apenas como uma tentativa (mal sucedida) de blockbuster.
O Lobo de Wall Street
4.1 3,4K Assista AgoraScorcese. DiCaprio. Jonah Hill. McConaughey. Todos excelentes no filme fazem com que O Lobo de Wall Street tenha os elementos necessários para ser lembrado por muito tempo.
Jordan Belfort (DiCaprio) é um vendedor nato que enxergou nas ações de pequeno valor uma oportunidade de vender o sonho americano para todos aqueles que quisessem enriquecer rápido apostando no mercado de ações - e esses são muitos.
Não tarda para que Belfort alavanque esse esquema junto com seu sócio Danny Porush (Jonah Hill) tornando-o um negócio capaz de movimentar grandes cifras. A ideia chave é seguir o primeiro ensinamento aprendido em Wall Street com Mark Hannah (McConaughey): venda sem se importar com a outra parte e use todo o tipo de estimulante que você conseguir colocar as mãos para se manter afiado. Se possível, prostitutas são bem-vindas a essa combinação.
Scorcese consegue apresentar de forma incrível como muitas vezes a construção de fortuna nada tem a ver com trabalho duro, bons hábitos e comportamento ético, mas justamente com os seus opostos. Não há lição de moral, não sequer uma lição que o filme busca passar apenas a história do homem que chegou ao topo de Wall Street atropelando tudo que passou por sua frente.
Ninfomaníaca: Volume 2
3.6 1,6K Assista AgoraA parte final da história protagonizada por Joe e Selligman é um pouco menos sinuosa que a primeira parte, mas não menos surpreendente. O filme continua a se desenvolver com o aparecimento de novos personagens que também marcam a vida de Joe como P (Mia Goth), L (Willem Dafoe) e K (Jamie Bell).
O nascimento de seu filho e os conflitos decorrentes do mesmo são o que impulsionam a segunda parte do filme de Lars Von Trier. Sua tentativa de reencontrar a capacidade de orgasmo através do masoquismo com K e seu envolvimento com o "cobrador de dívidas" L trazem elementos até então não explorados pelo filme e o aparecimento de P encaminha o filme pro final.
Ninformaníaca - Volume II é a parte que marca a assinatura de Von Trier no filme e o reencontro dele com suas posições marcadamente niilistas. A posição materialista e de culpa de Joe e uma visão mais transcendental e compreensiva de Selligman se chocam de maneira definitiva em um final que justifica a fama do diretor.
RoboCop
3.3 2,0K Assista AgoraRobocop chegou perto de fazer o que "Batman" de Christopher Nolan conseguiu. Humanizar um personagem com um traço típico de super-herói. É fácil se solidarizar ao drama da história de Alex Murphy. Joel Kinnaman faz um Robocop crível e sem alegria com a sua nova forma de humano-robô. É surpreendente que num filme de ação a parte dramática tenha sido tão bem feita, ponto para Padilha na direção pela opção de explorar esse lado do personagem.
Para mim o problema começa na hora do filme se apresentar como um thriller de ação. Apesar de ter algumas cenas de ação o roteiro nessa parte não é tão bom e já da metade pro final do filme eu fiquei com a impressão que RoboCop estava em uma sequência louca e sem sentido de execuções.
Na minha opinião o que faltou em RoboCop foi explorar melhor os antagonistas com diálogos mais inteligentes e sagazes. A decepção é que Padilha tinha na mão o que geralmente falta aos filmes de ação: um bom elenco. Não dá pra reclamar de um filme que tem no cast Gary Oldman, Samuel L Jackson, Michael Keaton e Abbie Cornish. Pra mim a primeira parte do filme ficou boa, quando ele está no drama, agora quando parte para a ação o RoboCop de Alexandre Padilha decepciona.
Trapaça
3.4 2,2K Assista AgoraTrapaça não tem um roteiro brilhante, uma história inovadora ou uma direção fora do comum, mas o fato de contar com bons atores e a melhor atuação de Christian Bale que eu assisti contribuíram para que eu saísse do cinema plenamente satisfeito com o filme.
Acho que o aspecto mais rico do filme foi ter assistido figurinhas carimbadas de Hollywood conseguindo dar vida a personagens improváveis. Além da impecável atuação de Bale também me chamaram a atenção Jeremy Renner, Bradley Cooper e Amy Adams. Particularmente, Jeremy Renner rouba a cena uma vez que suas atuações em "O Legado Bourne" e "Missão Impossível: Protocolo Fantasma" foram, no máximo, discretas.
Apesar de Trapaça ser uma história que envolve golpistas e sua vida após terem sido pegos em uma investigação do FBI a boa atuação de boa parte do elenco faz com que o filme mereça a recepção que teve pelas críticas.
Guardiões da Galáxia
4.1 3,8K Assista AgoraAposta arriscada do "selo" que mais tem feito sucesso no cinema nos últimos anos. Marvel tem sido sinônimo de altas bilheterias. Os Guardiões da Galáxia deve ser o filme mais difícil de emplacar até agora, mas que pode conseguir consolidar de vez uma base de fãs uma vez que trará novas referências do Universo Marvel para as telonas.
Ela
4.2 5,8K Assista AgoraAs dificuldades de Theodore (Joaquin Phoenix) com relacionamentos são retratadas em dois aspectos nesse filme de Spike Jonze: através das lembranças de seu casamento com Catherine (Rooney Mara) e no relacionamento que ele começa a desenvolver com Samantha (Scarlett Johansson).
O filme cresce em dimensão e profundidade na medida em que se desenvolve o relacionamento de Theodore e Samantha. Mesmo o espectador mais cético deverá se pegar ponderando acerca de seus próprios relacionamentos ou sobre a validade de um relacionamento entre um humano e um Sistema Operacional! Na minha opinião, aí está a riqueza desse belo filme de Spike Jonze que se utiliza de uma metáfora improvável para falar com ternura e colorido das belezas e agruras de todo relacionamento.
A fotografia no filme também chama a atenção já que há um diálogo através das cores quando a cidade é mostrada como cinzenta e Theodore (roupa, escritório e casa) vive seus momentos com Samantha em cores. Phoenix tem uma ótima atuação e Scarlett Johansson também, mas é difícil de esquecer a imagem dela ao ouvir sua voz e isso acaba comprometendo algumas cenas. Destaque para Rooney Mara, que eu só descobri que estava no filme nos créditos e tem boa atuação também.
"Ela" é um filme introspectivo, tocante e profundo que dialoga conosco através de ricas metáforas sobre relacionamentos. Tanto Jonze quanto o seu elenco estão de parabéns!
12 Anos de Escravidão
4.3 3,0KUm dos filmes mais tocantes que vi.
É verdade que o trabalho de Steve McQueen foi facilitado pela história absolutamente incrível (não em um sentido positivo) que ele tinha nas mãos, mas o diretor usa de cenas e enquadramentos riquíssimos para que 12 Anos de Escravidão explore com detalhe a capacidade humana de buscar justificativa para comportamentos moralmente inaceitáveis com base em rótulos e pseudo-argumentos (religião, leis, etc.).
Em seu desenvolvimento o filme apresente diversos diálogos memoráveis: como o de Bass (Pitt) e Edwin Epps (Fassbender) sobre a barbárie que a escravidão representa; o de Patsey (Lupita Nyong'o) e o protagonista Solomon (Chiwetel Ejiofor) sobre a incessante agonia de uma vida de escravidão, o de Solomon e Eliza (Adepero Oduye) acerca do sofrimento pela sua separação de seus filhos e a rápida, mas marcante, interação entre Solomon e Ford (Cumberbatch) quando esse mostra que, quando a dificuldade chega, o escravo não passa de uma propriedade para o seu comprador.
Destacam-se no filme as atuações de Michael Fassbender (irretocável!), a de Lupita Nyong'o, Sarah Paulson (Mary Epps) e a de Chiwetel Ejiofor, que dá vida a um dos personagens mais ricos que já foi interpretado no cinema.
Quando reúne talento na direção e no elenco Hollywood se mostra capaz de produzir filmes marcantes.
Ninfomaníaca: Volume 1
3.7 2,7K Assista AgoraFoi o primeiro filme de Lars Von Trier que eu assisti e logo percebi que eu deveria saber mais sobre esse diretor.
A apresentação de um dos elementos de maior cobiça, luxúria e vaidade da nossa sociedade como algo extremamente carnal, banal e pueril é perturbador. Von Trier explora o sexo justamente em seu "oposto hollywoodiano", sem frases de amor e clichês românticos, mas recheados de dor, vícios e xingamentos.
Além disso o diretor não desperdiça o elenco impressionante que foi capaz de juntar e explora brilhantemente o diálogo entre Joe e Seligman enquanto apresenta pacientemente cada personagem da trama de acordo com sua relevância.
Engana-se quem acha que irá ver nesse filme uma espécie de pornô do século XXI. Em sua primeira parte (!!), Ninfomaníaca já se mostra como um dos filmes mais originais dos últimos tempos e se constrói como uma narrativa devastadora de uma das maiores obsessões dos nossos tempos.
Controle Absoluto
3.5 533 Assista AgoraNão é imprevisível nem recheado de boas atuações, mas se desenvolve através de um bom roteiro e mantém o espectador focado na trama. Esse tipo de filme, com essa capacidade de manter tenso quem assiste e esperando pelo desfecho tem sido cada vez mais raro nos últimos tempos. Ao menos na minha opinião. Controle Absoluto se destaca onde outros falham: roteiro e direção.
Ponto para D. J. Caruso (diretor), Dan McDermott (roteirista da história) e Michelle Monaghan (Rachel Holloman, no filme) que faz uma coadjuvante bastante crível e que consegue passar a tensão que a trama precisa.
O Vingador do Futuro
3.0 1,6K Assista AgoraO filme poderia ser melhor. Acho que eles tinham uma química pra usar: um psicodrama com fortes elementos de ação. Seria mais ou menos o encontro de Efeito Borboleta com a trilogia Bourne. Acontece que as cenas de ação, sobretudo de luta são ruins e o drama de viver uma vida que, em princípio, não é a sua é mal explorado.
Achei ruim a escolha dos protagonistas, sobretudo a do Colin Farrell. Confesso que terminei de assistir com a frustração clássica de quem vê um filme que tem um bom enredo, mas que poderia ser (bem) melhor explorado.
O Espetacular Homem-Aranha
3.4 4,9K Assista AgoraAndrew Garfield é um homem-aranha mais crível e (muito) mais interessante que Tobey Maguire - nada contra o ator. Na minha opinião a franquia foi refeita tomando uma guinada mais adolescente com protagonistas mais jovens e carismáticos que a dupla anterior (Maguire e Dunst).
O filme deixa a desejar um pouco na evolução do personagem. Garfield sai de estudante nerd a herói da cidade de Nova Iorque muito rápido,
sua revelação para Emma Stone (Gwen) de que o mesmo é o homem aranha me pareceu muito pouco impactante. Acho que faltou ao filme explorar momentos mais agudos, como quando a atriz está presa no laboratório e o Lagarto chega. Além disso achei que o aspecto irreverente de Parker, que poderia "adicionar tempero" ao filme e que casaria perfeitamente com Garfield foi pouco explorado.
Em síntese, acho que temos um casal de protagonistas melhor, mas ainda mal explorados. O roteiro poderia ter apresentado mais nuances. O Espetacular Homem-Aranha é um filme agradável e com alguns momentos engraçados, mas essa é a receita de comédias românticas e não de filmes de super herói.
O Hobbit: A Desolação de Smaug
4.0 2,5K Assista AgoraPeter Jackson obrigado. De novo.
Em geral, tenho um certo pé atrações com filmes que são adaptações de livros, mas como Jackson já mostrou, ele não parece ter problemas em explorar os pontos fortes do filme e criar uma narrativa capaz de ser fiel ao livro e colocar um pouco mais de "tempero" evitando romper a fidelidade à obra original.
O Hobbit - A Desolação de Smaug consegue explorar o caráter lúdico do livro de Tolkien sem deixar de lado a ação, que aparece nas "entrelinhas" do que está no livro, como quando o diretor utiliza os sumiços de Gandalf para investigar outras questões. Além disso a presença de Legolas no filme não é determinante para o andamento da trama, mas acrescenta elementos com os quais os espectadores de "O Senhor dos Anéis" irão gostar.
Desolação de Smaug é um filme mais tenso que Uma Jornada Inesperada, assim como As Duas Torres é mais tenso que A Sociedade do Anel. A certeza é que teremos um excelente fechamento no terceiro filme.
Lanterna Verde
2.4 2,4K Assista AgoraEu costumo esperar pouco, bem pouco de filmes de super heróis. Lanterna Verde conseguiu me surpreender. Negativamente.
Fazer um bom filme desse gênero não é pra qualquer diretor e Martin Campbell confirma essa teoria mostrando que não estava apto para o trabalho. A atuação de Ryan Reynolds merece destaque também, uma vez que foi uma de suas piores atuações na carreira.
Jogos Vorazes
3.8 5,0K Assista AgoraNa minha opinião Gary Ross superou seu trabalho na primeira parte da trilogia conseguindo dotar a história de mais profundidade ao apresentar o estresse pós-jogos de Katniss e Peeta e o complexo contexto em que ambos estão envolvidos antes que o "Massacre Quaternário" comece.
Cinna (Lenny Kravitz) e Ceasar (Stanley Tucci) estão perfeitos como coadjuvantes e a escolha de Philip Seymou Hoffman também me pareceu bastante acertada.
"Em chamas" não é perfeito, longe disso, mas é um filme consistente e que consegue manter a atenção do público durante todo o seu transcorrer.
Gravidade
3.9 5,1K Assista AgoraNão é perfeito, mas a experiência 3D é realmente colocada em outro nível. Acho que para um filme majoritariamente focado em uma única atriz "Gravidade" faz um ótimo trabalho.
Tem os clichês Hollywoodianos de sempre, mas, ainda assim, trata-se de um filme bem acima da média (em roteiro e direção).
Parabéns, Cuarón!
Os Estagiários
3.3 1,2K Assista AgoraBoa dupla, ótima química, mas a história não era muito boa. Diminuindo o apelo do filme e fazendo-o parecer um pouco como uma (longa) propaganda do Google.
Círculo de Fogo
3.8 2,6K Assista AgoraTinha tempo que não saia do cinema satisfeito com um filme de ação. Del Toro, obrigado por isso.
Pacific Rim é um clássico filme de robô x monstros com cenas de ação interessantes e uma história bem construída. Achei que diretor teve alguma dificuldade em manter o nível do filme na hora de fechar a história, mas ainda assim o desenvolvimento até chegar lá é muito bom.
Destaque para a dupla de pesquisadores (Gorman e Day) que roubam a cena do filme juntamente com Idris Elba que esteve perfeito como comandante.
Thor: O Mundo Sombrio
3.4 2,3K Assista AgoraA melhor coisa que o diretor fez foi explorar melhor o personagem "Loki". Thor me parece um pouco óbvio. O filme tem algumas cenas interessantes, especialmente no início durante a apresentação da história. Depois a única parte que realmente me empolgou
foi a cena da invasão de Asgard
É interessante notar que Hollywood tem tido mais sucesso no humor de seus filmes de ação do quem em suas cenas de combate. A cena a qual a minha sessão mais reagiu foi quando o Thor pendurou seu martelo no porta casacos.
O Homem de Aço
3.6 3,9K Assista AgoraO filme que prometia alçar o Super-homem à categoria dos bons filmes de heróis até agora ocupado por Batman e (dependendo do gosto) Homem de Ferro falhou em sua missão.
Zack Snyder optou por apresentar a juventude de Clark Kent através de flashbacks e por mais que alguns desses tenham sido excelentes - méritos para a escolha de Kevin Costner como pai do protagonista e os bons atores mirins escolhidos - o filme tornou-se inconstante, empobrecendo a narrativa. Sua introdução, do nascimento Kal-El em Krypton, até o julgamento de Zod tem muito mais de pancadaria que de apresentação de um contexto para a história e isso também atrapalha a caracterização da história do personagem.
Com o desenrolar do filme ele começa a evoluir para uma sequência ininterrupta de "super-pancadarias" sem desenvolver seu enredo. Não é facilmente explicável a atração que é gerada entre Louis e Clark. Sim, eles têm fragmentos importantes compartilhados na história, mas sempre em brevíssimos contatos para tornar verossímil o romance.
Além disso, a falta de um antagonista melhor construído (Zod é um personagem fraco), de um bom background histórico e de um desenvolvimento mais coeso atrapalharam o filme. Homem de aço tinha o que era preciso (bom elenco e uma história interessante) para tornar-se um dos raros bons longas super de super herói dos nossos tempos, mas tropeçou nas próprias pernas.