Se eu já ficava de coração partido pela Laura nas primeiras duas temporadas de Twin Peaks, aqui só me doeu mais. É devastador acompanhar o sofrimento dela.
Sou suspeitíssima para avaliar, reconheço, considerando o meu amor incondicional pela Hilary Swank desde Boys Don't Cry, uma de suas mais estupendas atuações. No entanto, é, de fato, humanamente impossível não se desfazer em lágrimas com o desfecho desta que, ao meu ver, é uma verdadeira obra prima do cinema americano e um dos filmes mais primorosos do gênero. É tudo demasiado humano, duro e, ainda assim, de alguns momentos tão ternos qu'eu não saberia explicar nem se tentasse muito arduamente.
Temos a inicial relutância de Frankie, sua aspereza e, por fim, sua plena devoção e amor e Maggie, sua cega ambição, o ápice e o declínio, as cicatrizes irreparáveis da fúria da fama, a cruel (e, aqui, forçada) brevidade da vida e os efêmeros sonhos a serem finalizados ali, de modo totalmente abrupto.
"Papai costumava dizer que eu lutei para vir ao mundo. Agora vou lutar para sair."
O romance no cinema francês e suas belíssimas peculiaridades. Os corpos, o passeio audacioso pelas formas e contornos, a veemência. Excede a questão da homossexualidade: esse filme é muito mais e, ao meu ver, é exatamente isso que incomoda a maioria dos espectadores, desabituados a essa crueza, esse amor avassalador que deixa no chinelo qualquer filmeco romântico americano.
Adèle e Emma se perdem no caminho e só. Não entendo o choro do povo em torno do desfecho, considerando que não há motivo algum para se andar em círculos e persistir lutando por um fogo morto. Elas não olham para a mesma direção e, pior: não caminham para a mesma direção. Retrata excepcionalmente a fúria do amor que quer tão desesperadamente florescer que acaba por murchar, morrer.
"How can I scape from the demons in my head?" Assisti pela primeira vez aos 12 anos, numa fase dificílima da minha vida e até hoje me fala diretamente ao coração e a alma. Um dos meus bebês do cinema americano.
"Estava um pouco na linha do que conhecíamos de Jean Renoir, por exemplo, que sempre teve na vida mulheres que interferiram nos seus filmes. Com Godard, depressa se tornou claro que a sua vida com Anna Karina alimentava os filmes e os seus filmes, sem dúvida, alimentavam a relação, para o bem e para o mal."
Everybody's Everything
4.1 20Não se passa um dia sem que eu sofra essa perda. Que saudade, Peep.
Twin Peaks: Os Últimos Dias de Laura Palmer
3.9 273 Assista AgoraSe eu já ficava de coração partido pela Laura nas primeiras duas temporadas de Twin Peaks, aqui só me doeu mais. É devastador acompanhar o sofrimento dela.
Elena
4.2 1,3K Assista AgoraVisceral.
Ninfomaníaca: Volume 2
3.6 1,6K Assista AgoraEsse desfecho me destruiu emocionalmente.
Menina de Ouro
4.2 1,8K Assista AgoraSou suspeitíssima para avaliar, reconheço, considerando o meu amor incondicional pela Hilary Swank desde Boys Don't Cry, uma de suas mais estupendas atuações. No entanto, é, de fato, humanamente impossível não se desfazer em lágrimas com o desfecho desta que, ao meu ver, é uma verdadeira obra prima do cinema americano e um dos filmes mais primorosos do gênero. É tudo demasiado humano, duro e, ainda assim, de alguns momentos tão ternos qu'eu não saberia explicar nem se tentasse muito arduamente.
Temos a inicial relutância de Frankie, sua aspereza e, por fim, sua plena devoção e amor e Maggie, sua cega ambição, o ápice e o declínio, as cicatrizes irreparáveis da fúria da fama, a cruel (e, aqui, forçada) brevidade da vida e os efêmeros sonhos a serem finalizados ali, de modo totalmente abrupto.
"Papai costumava dizer que eu lutei para vir ao mundo. Agora vou lutar para sair."
Azul é a Cor Mais Quente
3.7 4,3K Assista AgoraO romance no cinema francês e suas belíssimas peculiaridades. Os corpos, o passeio audacioso pelas formas e contornos, a veemência. Excede a questão da homossexualidade: esse filme é muito mais e, ao meu ver, é exatamente isso que incomoda a maioria dos espectadores, desabituados a essa crueza, esse amor avassalador que deixa no chinelo qualquer filmeco romântico americano.
Adèle e Emma se perdem no caminho e só. Não entendo o choro do povo em torno do desfecho, considerando que não há motivo algum para se andar em círculos e persistir lutando por um fogo morto. Elas não olham para a mesma direção e, pior: não caminham para a mesma direção. Retrata excepcionalmente a fúria do amor que quer tão desesperadamente florescer que acaba por murchar, morrer.
O Eclipse
4.1 90 Assista AgoraAntonioni sabe me extasiar.
Geração Prozac
3.6 465"How can I scape from the demons in my head?"
Assisti pela primeira vez aos 12 anos, numa fase dificílima da minha vida e até hoje me fala diretamente ao coração e a alma. Um dos meus bebês do cinema americano.
Garota, Interrompida
4.1 1,9K Assista Agora"But hey, man, it's cool, it's fine, it's fucking fine! A man is a dick, is a man, is a dick, is a chicken. Valium, speculum, whatever, hm? Whatever."
Godard, o amor, a poesia
4.3 9"Estava um pouco na linha do que conhecíamos de Jean Renoir, por exemplo, que sempre teve na vida mulheres que interferiram nos seus filmes. Com Godard, depressa se tornou claro que a sua vida com Anna Karina alimentava os filmes e os seus filmes, sem dúvida, alimentavam a relação, para o bem e para o mal."