Apesar de todo o discurso autoajuda do final, achei um filme do caralho. Muito bem produzido, com uma direção de arte foda e com ideias originais, só poderiam ter mantido um desfecho à altura de tudo o que foi construído durante o do filme.
Meudeus, meu crush Hollywoodiano dirigindo um filme baseado no livro da ferrante. EU NÃO TENHO PALAVRAS PRA ESSE FILME!!!!! ele retrata todas as sutilezas relatadas no livro, você sente a liberdade, a culpa, o prazer, tudo, tudo pelo que Leda passa. Olivia Coleman tá absurda demais! Quero mais de Maggie Gyllenhaal na direção!!!
Eu posso ver e rever esse filme até o fim da minha vida. Coutinho era um gênio! difícil alguém chegar aos pés de um diretor como ele. Documentarista nato! Que coisa grandiosa ter conseguido assisti-lo na apresentação de "×um dia na vida" dentro da minha faculdade. Já respirei o mesmo ar que esse homem hahaha Salve Coutinho!
Jesus, tudo ruim. Nada presta hahaha me senti de volta aos filmes da sessão da tarde dos anos 90, com uma pegada até meio cômica diante de tanto absurdo que acontece na narrativa
Achei completamente fraco e estereotipado, fora que para um filme de duas horas e meia, o contexto o político deveria ser muito mais aprofundado. Pra quem não conhece marighella, vai continuar com a mesma imagem de sempre: um guerrilheiro da esquerda que causava o caos incitando a luta armada sem ter um propósito. Marighella foi muito mais do que se foi apresentado no filme. Uma pena!
Existe algum roteiro nesse filme? Bando de cena jogadas à moda caralho, nada faz sentido nos 120 minutos de filme. Pra tentar melhorar, colocaram belíssimas músicas chaves para compor a trilha, mas que também dá pra perceber que foram jogadas só para tentar parecer menos aleatório e prender o espectador. Ruim demais Queria ganhar milhões pra escrever um roteiro cagado desses.
Filmaço! Trilha sonora e fotografia impecáveis. Achei que ia ser só mais um filme de ação e fui surpreendida positivamente. Um pena ele ter uma nota abaixo de 4.
Como que alguém teve a capacidade de escrever um roteiro desses? Pior ainda é saber que alguém comprou a ideia desse filme kkkk Um filme que representa bem o ano de 2020: uma grande merda.
Como conseguiram fazer um filme com um roteiro ruim desses? Cheio de furos, justificativas que não compram, e ainda quiseram surfar na onda do ~empoderamento feminino~ porém falharam miseravelmente. Lamentável já que tem um grande elenco e tinha tudo pra ser um filmaço!
É aquele tipo de filme que coloca o homem branco como o salvador do homem preto, num tom bem colonizador mesmo a ponto de colocarem o Vigo, como um conhecedor nato da cultura negra, transparecendo saber mais que o próprio Don Shirley. Se não fosse por tamanha arrogância dos diretores e roteiristas, também brancos, o filme poderia ter retratado uma história mais realista, e bem menos estereotipada.
Uma gracinha de filme, triha sonora animadora e os atores muito carismáticos. Única coisa que me incomodou foi o fato do único ator negro ser o que menos tem relevância, já que não é explorada a história dele, nem fala ele tem e isso me incomodou. De resto, um ótimo filme para ver e se deliciar nesses tempos mórbidos em que estamos vivendo.
Meudeus, não entendi tanta repercussão por causa de um filme como esse. A ideia em si parece até boa, mas muito mal executada, no final, fica sendo apenas mais um filme de violência cheio de metáforas bem pobres. achei um filme bem coach motivacional, com uma crítica rasa que quis parecer um filme com uma ~crítica social foda~ kkkk..que preguiça. A gente sabe que o buraco é muito mais embaixo.
Que filme ruim!! O conflito não é bem construído porque a crítica é rasa. Culpabilizam a China e a colocam como uma gande vilã como se o império norteamericano fosse benéfico aos cidadãos. Até Democracia em Vertigem consegue ser um filme mais crítico, ainda com toda a romantização que há no filme.
pura poesia esse filme é. lindo, lindo, lindo! Deixo abaixo uma carta de Lucrecia Martel sobre o fazer cinema de Almodovar:
“Eu uso essas palavras que são as mesmas da missa católica. O cinema é sua religião, ele já disse isso muitas vezes. O cinema corrigia o que a escola humilhava nele e em muitas meninas e meninos. Sua paróquia era o cinema do bairro. Nesse altar de luzes, de canções cativantes, dançavam as divas de todos os tempos que o protegiam da futilidade moral, como os santos deveriam fazer. Em um relatório, você disse que certamente era uma criança muito forte para suportar a aparência de mal-entendido. O mais forte dos filhos. Almodovar foi a causa e conseqüência de La Movida, a contracultura que espanou a Espanha da longa letargia de Franco. Eles lutaram com as melhores armas: filmes, revistas, livros, música, festas. Digo isso com nostalgia dos anos 80, quando o desejo era muito menos organizado. Saúde não era um bem necessário. E a cidade foi a aventura a ser lançada. Era mais importante aventurar-se em determinadas ruas do que ter um home theater 5.1 para assistir a três temporadas de 11 capítulos. Uma década com muito menos medo do que agora. Em 45 anos, dirigiu e escreveu mais de trinta filmes e curtas. Suas invenções fazem parte da memória da humanidade. De uma sacola de armazém no México a uma casamata em Tóquio. Todos sabemos que ele fez filmes sem frequentar uma escola de cinema e comemoramos essa falta. Afinou os ouvidos nas fofocas dos cabeleireiros, com as lavadeiras do rio, nos becos dos viciados em insônia, nas fofocas dos vizinhos. Por várias gerações de diretores latino-americanos, seu cinema foi uma reconciliação com o castelhano. Seus diálogos iluminaram a linguagem de nossas próprias famílias. Ele apontou o caminho requintado que cantores populares como Chavela, La Lupe, Mina, abrem na trilha sonora. Ele colecionava em sua infância cromos ou figuras de divas de cinema, impressas em cores estridentes que, segundo ele, inspiravam sua extravagante paleta de cores. Mas é impossível ver o trabalho de Almodovar sem se reconciliar com os cantos de nossas casas onde a moda é naufragada. Os fundos que povoam as fotos de nossa família. Nossas quinze festas e seus penteados. Almodovar inundou nossa memória com invenções que não precisam de grandes orçamentos, mas de honestidade provincial. Aquelas vidas de papéis de parede enlouquecidos, enfermeiras amorosas, tapetes com estampa de animais, penteados com spray, mulheres assimétricas, aros de cafeteira nos deixaram mais livres. Eles nos libertaram do bom gosto, da boa educação, da moral mesquinha daqueles que se dizem normais. Eles nos libertaram da clareza dos laços familiares. Eles nos reconciliaram com estupidez, com palavras incompreensíveis, com mal-entendidos. Muito antes de as mulheres, os homossexuais, os trans, nos cansarmos do lugar miserável que tínhamos na história, Pedro já nos tornara heroínas. Eu já havia reivindicado o direito de nos inventar. Eu já havia colocado as próteses mamárias, os vibradores, ao lado de uma concha ou panela a vapor, no mesmo nível de qualquer coisa útil. Agora ele está cuidando dos homens. Fundamental Obrigado Pedro! Não deve haver na ética de Almodovar, existe uma obrigação a ser criada. Obrigação de inventar. Ele quebrou os costumes que escondem os gêneros do cinema, os misturou, elevou o melodrama sobre o suspense. Ele abraçou o ridículo de fazer uma arma sem precedentes contra os abusos. Se aceitarmos que o cinema expande o mundo que conhecemos, o mundo cresceu muito desde que Pedro lançou seu short em meados da década de 1970. Seus filmes inauguraram territórios onde você pode viver melhor. Pedro, agora que a ultra-direita surge no mundo como se nada tivesse acontecido, agora mais do que nunca precisamos. Porque continuamos molhando nossos biquínis em um mar de mortos. Sr. Pedro Almodovar.”
mano, nem sei explicar o que senti depois que saí da sala de cinema, era como se tivesse um grito preso na garganta. Esse filme é simplesmente uma aula de linguagem cinematográfica, de decupagem, de roteiro. As referências existentes nele todo, o deboche dos diálogos, que, inclusive, são feitos pra atacar o espectador, o fato de não ter um personagem principal, já que a Bacurau é a própria protagonista, tudo, tudo, muito bem escrito e filmado. Nem sei, mas ver a potência do cinema brasileiro, em meio ao tsunami de tragédias que estamos enfrentando, dá força,dá gás e fazer arte é peitar a perversidade que atravessa esse país. E esse filme é, sobretudo, resistência.
É sério que esse filme ganhou o oscar de melhor filme? Cafona, piegas, com roteiro bem ok. Tim Burton e seu realismo fantástico estão aí pra comprovar que um filme surrealista pode ser sim bem delicado e sem parecer algo monótono. É um filme morno e sem clímax. Fiquei frustrada por ter outros filmes que mereceriam muito mais esse prêmio.
que preguiça eterna desse filme. Personagem do Ryan Gosling super pedante, branco e que se encanta pelo mundo do jazz, um universo completamente dominado pelos negros, e com um discurso altamente intransigente em relação a esse estilo musical.
Eu não saquei a galera que diz que o filme é lento. A trama toda se passa dentro de um hospital psiquiátrico e abrange as diversas variedades de sintomas e doenças que as pessoas que residem em um local como esse sofrem. Lento é justamente o que ele não é. O ritmo é dado de acordo com o assunto chave Achei delicado e me lembrou muito filmes como "Ensina-me a Viver e "Garota, interrompida" não só pela delicadeza, mas também por aquela romantizada básica ao tratar de assuntos como depressão, esquizofrenia, ansiedade, etc, etc. Temas considerados tabus ainda, já que a nossa sociedade tende a excluir todos aqueles que são considerados fora da norma de convívio. Acho que é um filme leve, com uma ótima trilha sonora, e que me surpreendeu. ótimo para aquelas horas em que tudo o que se quer é desanuviar a cabeça.
olha, assistir a este documentário apenas uma vez é quase que impossível. A força dessa mulher atravessa as telas e provoca aquela vontade de tê-la conhecido de perto. Ela emana uma energia inexplicável. Mulher guerreira que estava na frente do seu tempo e que ainda estimula a força para lutar nos dias de hoje. Quando o filme acabou, a grande maioria da sala começou a aplaudir de tão impactados que ficamos ao conhecer mais sobre a trajetória de Maya. Um dos meus favoritos, sem dúvida.
O filme começa começa de um jeito e termina totalmente de outro. Há questões sensíveis, mas inúmeros diálogos me incomodaram bastante ao realçar a culpabilização da mulher perante algumas atitudes das personagens. Achei fraco, roteiro não muito bem estruturado. Parece que a história se perde no meio do caminho e prolonga até chegar num limite onde não há pra onde correr.
Engrandecedor assistir um filme onde o elenco principal é majoritariamente com mulheres negras e onde em nenhum momento a história delas precisa de algum personagem masculino para ser desenvolvida. Trata-se de um filme delicado que aborda as problemáticas do devir feminino nos dias de hoje e de suas consequências. Racismo, machismo, questões de gênero, empoderamento, classe social são temas que envolvem a personagem de Marieme. O filme é como um grito de liberdade e de autoconhecimento de uma adolescente que se recusa a aceitar o lugar que em que foi socialmente imposta, colocando de forma cruel as dificuldade de ser uma mulher negra de periferia. Meninas que se amparam e que se tornam duras com elas próprias para facilitar a realidade em que vivem e que veem no futuro a maneira de resgatar a força dentro delas. Uma Paris na qual não estamos acostumadas a ver: negra, periférica e feminina, sem qualquer protagonismo branco de classe média blasé.
AIR: A História Por Trás do Logo
3.6 244 Assista AgoraQuanta frase de autoajuda, bem filme de publicitário mesmo kkkk
Tudo em Todo O Lugar ao Mesmo Tempo
4.0 2,1K Assista AgoraApesar de todo o discurso autoajuda do final, achei um filme do caralho. Muito bem produzido, com uma direção de arte foda e com ideias originais, só poderiam ter mantido um desfecho à altura de tudo o que foi construído durante o do filme.
A Lavanderia
3.3 247Crítica social foda kkk duas estrelas e meia só por causa da Meryl Streep, que é sempre maravilhosa
A Filha Perdida
3.6 573Meudeus, meu crush Hollywoodiano dirigindo um filme baseado no livro da ferrante. EU NÃO TENHO PALAVRAS PRA ESSE FILME!!!!!
ele retrata todas as sutilezas relatadas no livro, você sente a liberdade, a culpa, o prazer, tudo, tudo pelo que Leda passa.
Olivia Coleman tá absurda demais!
Quero mais de Maggie Gyllenhaal na direção!!!
Jogo de Cena
4.4 336Eu posso ver e rever esse filme até o fim da minha vida.
Coutinho era um gênio!
difícil alguém chegar aos pés de um diretor como ele.
Documentarista nato!
Que coisa grandiosa ter conseguido assisti-lo na apresentação de "×um dia na vida" dentro da minha faculdade. Já respirei o mesmo ar que esse homem hahaha
Salve Coutinho!
Beckett
3.1 166 Assista AgoraJesus, tudo ruim. Nada presta hahaha me senti de volta aos filmes da sessão da tarde dos anos 90, com uma pegada até meio cômica diante de tanto absurdo que acontece na narrativa
Marighella
3.9 1,1K Assista AgoraAchei completamente fraco e estereotipado, fora que para um filme de duas horas e meia, o contexto o político deveria ser muito mais aprofundado. Pra quem não conhece marighella, vai continuar com a mesma imagem de sempre: um guerrilheiro da esquerda que causava o caos incitando a luta armada sem ter um propósito. Marighella foi muito mais do que se foi apresentado no filme.
Uma pena!
Esquadrão Suicida
2.8 4,0K Assista AgoraExiste algum roteiro nesse filme? Bando de cena jogadas à moda caralho, nada faz sentido nos 120 minutos de filme. Pra tentar melhorar, colocaram belíssimas músicas chaves para compor a trilha, mas que também dá pra perceber que foram jogadas só para tentar parecer menos aleatório e prender o espectador.
Ruim demais
Queria ganhar milhões pra escrever um roteiro cagado desses.
Drive
3.9 3,5K Assista AgoraFilmaço! Trilha sonora e fotografia impecáveis.
Achei que ia ser só mais um filme de ação e fui surpreendida positivamente. Um pena ele ter uma nota abaixo de 4.
O Céu da Meia-Noite
2.7 510Como que alguém teve a capacidade de escrever um roteiro desses? Pior ainda é saber que alguém comprou a ideia desse filme kkkk
Um filme que representa bem o ano de 2020: uma grande merda.
Rainhas do Crime
2.9 141 Assista AgoraComo conseguiram fazer um filme com um roteiro ruim desses? Cheio de furos, justificativas que não compram, e ainda quiseram surfar na onda do ~empoderamento feminino~ porém falharam miseravelmente.
Lamentável já que tem um grande elenco e tinha tudo pra ser um filmaço!
Green Book: O Guia
4.1 1,5K Assista AgoraÉ aquele tipo de filme que coloca o homem branco como o salvador do homem preto, num tom bem colonizador mesmo a ponto de colocarem o Vigo, como um conhecedor nato da cultura negra, transparecendo saber mais que o próprio Don Shirley.
Se não fosse por tamanha arrogância dos diretores e roteiristas, também brancos, o filme poderia ter retratado uma história mais realista,
e bem menos estereotipada.
Sérgio
3.2 222 Assista AgoraTransformaram a história dele, que é de uma puta trajetória na área da política e dos direitos humanos, em uma história amorosa.
Decepcionante!
Um Banho de Vida
3.9 114Uma gracinha de filme, triha sonora animadora e os atores muito carismáticos.
Única coisa que me incomodou foi o fato do único ator negro ser o que menos tem relevância, já que não é explorada a história dele, nem fala ele tem e isso me incomodou.
De resto, um ótimo filme para ver e se deliciar nesses tempos mórbidos em que estamos vivendo.
O Poço
3.7 2,1K Assista AgoraMeudeus, não entendi tanta repercussão por causa de um filme como esse. A ideia em si parece até boa, mas muito mal executada, no final, fica sendo apenas mais um filme de violência cheio de metáforas bem pobres.
achei um filme bem coach motivacional, com uma crítica rasa que quis parecer um filme com uma ~crítica social foda~ kkkk..que preguiça.
A gente sabe que o buraco é muito mais embaixo.
Indústria Americana
3.6 168Que filme ruim!! O conflito não é bem construído porque a crítica é rasa. Culpabilizam a China e a colocam como uma gande vilã como se o império norteamericano fosse benéfico aos cidadãos. Até Democracia em Vertigem consegue ser um filme mais crítico, ainda com toda a romantização que há no filme.
Dor e Glória
4.2 619 Assista Agorapura poesia esse filme é. lindo, lindo, lindo! Deixo abaixo uma carta de Lucrecia Martel sobre o fazer cinema de Almodovar:
“Eu uso essas palavras que são as mesmas da missa católica.
O cinema é sua religião, ele já disse isso muitas vezes. O cinema corrigia o que a escola humilhava nele e em muitas meninas e meninos.
Sua paróquia era o cinema do bairro. Nesse altar de luzes, de canções cativantes, dançavam as divas de todos os tempos que o protegiam da futilidade moral, como os santos deveriam fazer.
Em um relatório, você disse que certamente era uma criança muito forte para suportar a aparência de mal-entendido. O mais forte dos filhos.
Almodovar foi a causa e conseqüência de La Movida, a contracultura que espanou a Espanha da longa letargia de Franco. Eles lutaram com as melhores armas: filmes, revistas, livros, música, festas. Digo isso com nostalgia dos anos 80, quando o desejo era muito menos organizado. Saúde não era um bem necessário. E a cidade foi a aventura a ser lançada.
Era mais importante aventurar-se em determinadas ruas do que ter um home theater 5.1 para assistir a três temporadas de 11 capítulos. Uma década com muito menos medo do que agora. Em 45 anos, dirigiu e escreveu mais de trinta filmes e curtas. Suas invenções fazem parte da memória da humanidade. De uma sacola de armazém no México a uma casamata em Tóquio. Todos sabemos que ele fez filmes sem frequentar uma escola de cinema e comemoramos essa falta. Afinou os ouvidos nas fofocas dos cabeleireiros, com as lavadeiras do rio, nos becos dos viciados em insônia, nas fofocas dos vizinhos. Por várias gerações de diretores latino-americanos, seu cinema foi uma reconciliação com o castelhano. Seus diálogos iluminaram a linguagem de nossas próprias famílias. Ele apontou o caminho requintado que cantores populares como Chavela, La Lupe, Mina, abrem na trilha sonora. Ele colecionava em sua infância cromos ou figuras de divas de cinema, impressas em cores estridentes que, segundo ele, inspiravam sua extravagante paleta de cores. Mas é impossível ver o trabalho de Almodovar sem se reconciliar com os cantos de nossas casas onde a moda é naufragada. Os fundos que povoam as fotos de nossa família. Nossas quinze festas e seus penteados. Almodovar inundou nossa memória com invenções que não precisam de grandes orçamentos, mas de honestidade provincial.
Aquelas vidas de papéis de parede enlouquecidos, enfermeiras amorosas, tapetes com estampa de animais, penteados com spray, mulheres assimétricas, aros de cafeteira nos deixaram mais livres. Eles nos libertaram do bom gosto, da boa educação, da moral mesquinha daqueles que se dizem normais. Eles nos libertaram da clareza dos laços familiares. Eles nos reconciliaram com estupidez, com palavras incompreensíveis, com mal-entendidos. Muito antes de as mulheres, os homossexuais, os trans, nos cansarmos do lugar miserável que tínhamos na história, Pedro já nos tornara heroínas. Eu já havia reivindicado o direito de nos inventar. Eu já havia colocado as próteses mamárias, os vibradores, ao lado de uma concha ou panela a vapor, no mesmo nível de qualquer coisa útil. Agora ele está cuidando dos homens. Fundamental Obrigado Pedro! Não deve haver na ética de Almodovar, existe uma obrigação a ser criada. Obrigação de inventar. Ele quebrou os costumes que escondem os gêneros do cinema, os misturou, elevou o melodrama sobre o suspense. Ele abraçou o ridículo de fazer uma arma sem precedentes contra os abusos.
Se aceitarmos que o cinema expande o mundo que conhecemos, o mundo cresceu muito desde que Pedro lançou seu short em meados da década de 1970. Seus filmes inauguraram territórios onde você pode viver melhor. Pedro, agora que a ultra-direita surge no mundo como se nada tivesse acontecido, agora mais do que nunca precisamos. Porque continuamos molhando nossos biquínis em um mar de mortos. Sr. Pedro Almodovar.”
Bacurau
4.3 2,7K Assista Agoramano, nem sei explicar o que senti depois que saí da sala de cinema, era como se tivesse um grito preso na garganta. Esse filme é simplesmente uma aula de linguagem cinematográfica, de decupagem, de roteiro. As referências existentes nele todo, o deboche dos diálogos, que, inclusive, são feitos pra atacar o espectador, o fato de não ter um personagem principal, já que a Bacurau é a própria protagonista, tudo, tudo, muito bem escrito e filmado.
Nem sei, mas ver a potência do cinema brasileiro, em meio ao tsunami de tragédias que estamos enfrentando, dá força,dá gás e fazer arte é peitar a perversidade que atravessa esse país. E esse filme é, sobretudo, resistência.
Como bem disse Teresa, após Pacote perguntar se Lunga tinha exagerado e ela responde:NÃO.
A Forma da Água
3.9 2,7KÉ sério que esse filme ganhou o oscar de melhor filme? Cafona, piegas, com roteiro bem ok. Tim Burton e seu realismo fantástico estão aí pra comprovar que um filme surrealista pode ser sim bem delicado e sem parecer algo monótono. É um filme morno e sem clímax. Fiquei frustrada por ter outros filmes que mereceriam muito mais esse prêmio.
La La Land: Cantando Estações
4.1 3,6K Assista Agoraque preguiça eterna desse filme. Personagem do Ryan Gosling super pedante, branco e que se encanta pelo mundo do jazz, um universo completamente dominado pelos negros, e com um discurso altamente intransigente em relação a esse estilo musical.
Se Enlouquecer, Não se Apaixone
3.8 1,7K Assista AgoraEu não saquei a galera que diz que o filme é lento. A trama toda se passa dentro de um hospital psiquiátrico e abrange as diversas variedades de sintomas e doenças que as pessoas que residem em um local como esse sofrem. Lento é justamente o que ele não é. O ritmo é dado de acordo com o assunto chave
Achei delicado e me lembrou muito filmes como "Ensina-me a Viver e "Garota, interrompida" não só pela delicadeza, mas também por aquela romantizada básica ao tratar de assuntos como depressão, esquizofrenia, ansiedade, etc, etc. Temas considerados tabus ainda, já que a nossa sociedade tende a excluir todos aqueles que são considerados fora da norma de convívio. Acho que é um filme leve, com uma ótima trilha sonora, e que me surpreendeu. ótimo para aquelas horas em que tudo o que se quer é desanuviar a cabeça.
Maya Angelou and Still I Rise
4.7 15olha, assistir a este documentário apenas uma vez é quase que impossível. A força dessa mulher atravessa as telas e provoca aquela vontade de tê-la conhecido de perto. Ela emana uma energia inexplicável. Mulher guerreira que estava na frente do seu tempo e que ainda estimula a força para lutar nos dias de hoje. Quando o filme acabou, a grande maioria da sala começou a aplaudir de tão impactados que ficamos ao conhecer mais sobre a trajetória de Maya. Um dos meus favoritos, sem dúvida.
Tallulah
3.6 234 Assista AgoraO filme começa começa de um jeito e termina totalmente de outro. Há questões sensíveis, mas inúmeros diálogos me incomodaram bastante ao realçar a culpabilização da mulher perante algumas atitudes das personagens. Achei fraco, roteiro não muito bem estruturado. Parece que a história se perde no meio do caminho e prolonga até chegar num limite onde não há pra onde correr.
Garotas
3.9 66 Assista AgoraEngrandecedor assistir um filme onde o elenco principal é majoritariamente com mulheres negras e onde em nenhum momento a história delas precisa de algum personagem masculino para ser desenvolvida. Trata-se de um filme delicado que aborda as problemáticas do devir feminino nos dias de hoje e de suas consequências. Racismo, machismo, questões de gênero, empoderamento, classe social são temas que envolvem a personagem de Marieme. O filme é como um grito de liberdade e de autoconhecimento de uma adolescente que se recusa a aceitar o lugar que em que foi socialmente imposta, colocando de forma cruel as dificuldade de ser uma mulher negra de periferia. Meninas que se amparam e que se tornam duras com elas próprias para facilitar a realidade em que vivem e que veem no futuro a maneira de resgatar a força dentro delas. Uma Paris na qual não estamos acostumadas a ver: negra, periférica e feminina, sem qualquer protagonismo branco de classe média blasé.