É uma espécie de Anjo Exterminador do século 21. Uma ótima crítica aos boçais da alta gastronomia e da enocultura. Difícil falar desse filme sem dar spoiler, apesar do trailer, que entrega mais do que deveria. Minha dica: veja o filme sem nenhuma informação de antemão. Sua "experiência" frente ao menu de Ralph Fiennes será bem mais impactante.
É um filme sensível, feito com indisfarçável capricho e cuidado. A escolha do elenco é excelente, a começar pelo garotinho, que ilumina a tela com seu sorriso. Autobiográfico, retrata um momento decisivo na vida do diretor, quando sua família, por causa do caos em que viviam em Belfast, se mudam para a Inglaterra. Há uma série de problemas retratados: guerra religiosa, doenças, finanças. Mas há sempre a opção, acertada, em deixar a melancolia de lado. Mais do que os acontecimentos, o que o diretor retrata são os sentimentos que marcaram a sua infância. Há muito amor. Tanto amor que, infelizmente, não cabe na tela.
Diferente do que alguns críticos estão falando por aí, o problema desse Avatar não é a edição, mas sim o roteiro. Tanto é que ele vem recebendo algumas indicações a prêmios pela sua edição. Sinceramente, é um dos roteiros mais frágeis que vi esse ano. As motivações dos personagens e o desenvolvimento destes são uma lástima. Cameron teve tempo suficiente pra fazer um texto que prestasse e não essa coisa idiota. Trocava todos os efeitos desse filme por algo mais inteligente e criativo.
Sendo honesto, minha crítica se baseia nos primeiros 30 minutos. Foi o quanto eu aguentei ver esse filme. Sim, perdi 30 minutos de meu tempo. Não me emocionei. Não ri, não fiquei apreensivo ou comovido. Em 30 min somente senti tédio e constrangimento. Situações enfadonhas, diálogos bobos, personagens idiotas. A luta na repartição pública (em que eu já antevi o resultado antes de seu início) foi a gota d'água. Depois dela exclamei: esse filme não é pra mim. Minha esposa suspirou aliviada. Também estava odiando o tempo perdido. Essa bomba sinaliza o meu distanciamento com a crítica brasileira atual, que fez dela uma quase unanimidade em elogios. Vou torcer como nunca pelo seu fracasso no Oscar. Esse não é o cinema que eu amo, que admiro.
O Menu
3.6 1,0K Assista AgoraÉ uma espécie de Anjo Exterminador do século 21. Uma ótima crítica aos boçais da alta gastronomia e da enocultura. Difícil falar desse filme sem dar spoiler, apesar do trailer, que entrega mais do que deveria. Minha dica: veja o filme sem nenhuma informação de antemão. Sua "experiência" frente ao menu de Ralph Fiennes será bem mais impactante.
Belfast
3.5 292 Assista AgoraÉ um filme sensível, feito com indisfarçável capricho e cuidado. A escolha do elenco é excelente, a começar pelo garotinho, que ilumina a tela com seu sorriso. Autobiográfico, retrata um momento decisivo na vida do diretor, quando sua família, por causa do caos em que viviam em Belfast, se mudam para a Inglaterra. Há uma série de problemas retratados: guerra religiosa, doenças, finanças. Mas há sempre a opção, acertada, em deixar a melancolia de lado. Mais do que os acontecimentos, o que o diretor retrata são os sentimentos que marcaram a sua infância. Há muito amor. Tanto amor que, infelizmente, não cabe na tela.
Avatar: O Caminho da Água
3.9 1,3K Assista AgoraDiferente do que alguns críticos estão falando por aí, o problema desse Avatar não é a edição, mas sim o roteiro. Tanto é que ele vem recebendo algumas indicações a prêmios pela sua edição. Sinceramente, é um dos roteiros mais frágeis que vi esse ano. As motivações dos personagens e o desenvolvimento destes são uma lástima. Cameron teve tempo suficiente pra fazer um texto que prestasse e não essa coisa idiota. Trocava todos os efeitos desse filme por algo mais inteligente e criativo.
Tudo em Todo O Lugar ao Mesmo Tempo
4.0 2,1K Assista AgoraSendo honesto, minha crítica se baseia nos primeiros 30 minutos. Foi o quanto eu aguentei ver esse filme. Sim, perdi 30 minutos de meu tempo. Não me emocionei. Não ri, não fiquei apreensivo ou comovido. Em 30 min somente senti tédio e constrangimento. Situações enfadonhas, diálogos bobos, personagens idiotas. A luta na repartição pública (em que eu já antevi o resultado antes de seu início) foi a gota d'água. Depois dela exclamei: esse filme não é pra mim. Minha esposa suspirou aliviada. Também estava odiando o tempo perdido. Essa bomba sinaliza o meu distanciamento com a crítica brasileira atual, que fez dela uma quase unanimidade em elogios. Vou torcer como nunca pelo seu fracasso no Oscar. Esse não é o cinema que eu amo, que admiro.