Otávio Rodrigues Machado

Não sei se acordei com o pé esquerdo da cama, mas o problema de "A Mulher Invisível" não é o fato de ele não ter me feito rir durante todo o tempo do filme, mas porque depois de quase duas horas assistindo, a única coisa boa que eu tenho pra falar dele é a atuação do Selton Mello.
Fico pasmo e chocado por descobrir, depois de tudo, que o filme é de quatro anos atrás, porque carrega consigo as idéias conservadoras/ultrapassadas de que a mulher perfeita é bonita, magra, limpa a casa, é sexy, faz comida pro marido e o satisfaz sempre na cama. Gente, se liga. Pessoas são pessoas, elas não nascem com uma função pré-definida por causa do gênero, e uma mulher não é "ideal" (pelo menos segundo a sinopse aqui do filmow) porque cuida da casa.

Ou seja, é uma comédia que, alem de não ter me feito rir, vai fortalecer conceitos estereotipados E MACHISTAS PRA CARALHO de qual a função de um homem e de uma mulher num relacionamento heterossexual.

"Puta que o pariu!" define.