São seis episódios curtinhos e muito bem planejados. Em Fleabag nada é por acaso, coisas bobas citadas no início voltam mais pra frente e ganham um sentido inesperado. Comecei essa série rindo muito e terminei me sentido extremamente deprimido. Talvez esse comentário da protagonista no último episódio explique tudo: "Sabe, todo mundo se sente um pouco assim e eles simplesmente não falam sobre isso. Eu estou completamente sozinha, o que não é nada engraçado".
"Ser cientista é ser ingênuo. Estamos tão concentrados em buscar a verdade, que nem consideramos que poucos querem que a encontremos. Mas ela está sempre lá, mesmo que oculta, mesmo que não falemos dela. A verdade não se importa com nossas necessidades ou desejos, não se importa com nossos governos, ideologias ou religiões. Ela permanecerá esperando, para sempre. E esse, finalmente, é o presente de Chernobyl. Onde antes eu temia o preço da verdade, agora eu só pergunto... Qual é o preço da mentira?"
Quando eu acompanho uma série hospitalar, fico interessado pelo drama dos médicos e não dos pacientes. Essa 1a temporada não aprofunda muito as questões, talvez por ser para a TV aberta. Mesmo assim, também não senti muita química entre os personagens. É divertida, mas não passa disso. Como se trata de uma série sobre um jovem médico com autismo, eu esperava mais.
Vi agora pouco o último episódio da temporada na AMC. Bom saber que renovaram, pois terminou abrindo espaço para que muita coisa possa ser explorada. Será que os sintéticos conscientes irão dominar o mundo ou tentarão conviver pacificamente com os humanos? Vai ser interessante observar o desenvolvimento disso... No geral, gostei da série e de quase todos os personagens. Porém, confesso que meu carinho pela versão original sueca ainda é maior.
Quanta nostalgia! Essa foi a primeira série que acompanhei na minha vida. Na falecida "Sessão Premiada" do SBT. Nunca assisti até a 3a temporada. Mas essa semana bateu uma saudade tão grande que vou ver tudo do começo, mesmo sabendo que ela foi finalizada sem uma conclusão decente.
Estou na metade da temporada. Ela começou meio devagar, mas os últimos dois episódios foram muito bons. A dupla Pope e Smurf são os personagens mais enigmáticos e por isso mesmo com mais potencial.
Assisti a minissérie pela Sony. Ela mostra bem que os direitos LGBTs são frutos de muita luta contra o preconceito. Confesso que gostei mais dos 4 primeiros episódios, quando os personagens eram jovens e enfrentaram a pior fase da perseguição.
Comecei a assistir e não consigo parar. Que série surpreendente e bem elaborada! As melhores cenas são aquelas em que Francis conversa com a gente que está assistindo.
Fiquei muito feliz quando achei essa série. Tematiza a psicologia humana (uma coisa pela qual nutro muita curiosidade) e ainda é nacional. Gostei muito da primeira temporada, principalmente quando falou sobre a importância de nossa noção sobre o que é certo ou errado estar acima daquilo que é dito pelas leis. Soberania e ética individual sempre!
Essa minissérie tem um enredo complexo e cuidadosamente organizado. Ela é bem realista, apresentando até mesmo as diversas línguas faladas. Gostei como nos episódios finais foi explorado o passado dos personagens e revelado as ligações entre eles. Isso fez com que, especialmente a personalidade de Milan, ficasse ainda mais intrigante. É uma boa história para quem se interessa por ação, investigação e humanização de criminosos.
Westworld: uma série com alto potencial filosófico (comentários baseados na minha experiência com ficção)
Na literatura costuma-se dizer que é possível encontrar mais realidade em um conto fantástico de Maupassant do que em todos os romances naturalistas de Zola, penso que a mesma analogia pode ser transferida para a TV. São as séries de ficção científica, ao tratarem de um mundo futurista, que melhor discutem a natureza humana. Esse é o caso de Westworld, série que teve sua estreia a pouco tempo pela HBO. No momento em que escrevo, foram exibidos os 5 primeiros episódios da temporada, mas já é possível observar o forte conteúdo filosófico da série. Ambientada em um mundo onde robôs são construídos para satisfazer os desejos mais primitivos das pessoas, a série apresenta como pano de fundo interessantes questionamentos sobre a origem humana e o sentido da vida. Ao tematizar robôs dotados de uma crescente consciência de si, torna-se inevitável a comparação de seus dilemas com os da humanidade. Primeiro porque eles se percebem presos em um ciclo narrativo, do qual não são agentes de seus destinos, mas figurantes de uma história que desde o início já está com seu final previsto. Ademais, ocorrem-lhes seguidos déjà vus com lembranças fragmentadas de lugares e fisionomias para eles inexplicáveis. Daí os anfitriões, como são chamados, passam a tecer teorias mirabolantes sobre sua origem, intuindo inclusive que são controlados por deuses, seres que vivem em uma dimensão superior. A analogia com as nossas vidas humanas é inevitável. Quantas vezes no sentimos impotentes frente a realidade, como se estivéssemos seguindo um caminho já predeterminado? Quem são os deuses que nos criaram e nos comandam? Que planos eles tem para nós? A personalidade dúbia do Dr. Robert, um dos criadores dos anfitriões, não nos permite ter muitas certezas. Contudo, será que não estamos, assim como a protagonista Dolores, servindo apenas aos caprichos sádicos daqueles que vivem em outra dimensão? Como podemos nos tornar realmente livres? Nisso, a série que é baseada num filme dos anos 70, me lembrou Matrix, pois em ambos os casos temos os personagens lutando para sair de um mundo ficcionalmente manipulado em busca de um mundo mais real. A produção da HBO resgata também toda uma discussão que, apesar de muito antiga (basta lembrar o terrível destino de Édipo Rei, em Sófocles), jamais perde sua atualidade. Ela diz respeito as (in)capacidades que temos para mudar nosso próprio destino. O que resta, portanto, são as dúvidas: mesmo que Dolores e seus companheiros encontrem uma saída de seu mundo, quem garante que o novo mundo é real? Quem pode prever de quantos planos Westworld é feita? Pessoalmente, imagino quem nem seus produtores sabem... Afinal, até mesmo os deuses devem ter tido um criador, e isso vale tanto para Westworld como para esse mundo pacato em que vivemos.
Série belíssima que, mesmo esquecendo alguns mistérios durante os episódios, soube dosar muito bem passado e presente, revelando aos poucos a trajetória de cada personagem. Óbvio que o final, mesmo trazendo explicações, deixou muitas perguntas instigantes no ar: qual a verdadeira origem de Victor? Que lugar paradisíaco é aquele onde Adele foi parar com Simon? Qual o futuro do filho deles, Nathan? Enfim, grato por existir coisas boas assim. Ah, a trilha sonora feita pela banda escocesa Mogwai e a fotografia são outro prazer à parte.
Fleabag (1ª Temporada)
4.4 627 Assista AgoraSão seis episódios curtinhos e muito bem planejados. Em Fleabag nada é por acaso, coisas bobas citadas no início voltam mais pra frente e ganham um sentido inesperado. Comecei essa série rindo muito e terminei me sentido extremamente deprimido. Talvez esse comentário da protagonista no último episódio explique tudo: "Sabe, todo mundo se sente um pouco assim e eles simplesmente não falam sobre isso. Eu estou completamente sozinha, o que não é nada engraçado".
Chernobyl
4.7 1,4K Assista Agora"Ser cientista é ser ingênuo. Estamos tão concentrados em buscar a verdade, que nem consideramos que poucos querem que a encontremos. Mas ela está sempre lá, mesmo que oculta, mesmo que não falemos dela. A verdade não se importa com nossas necessidades ou desejos, não se importa com nossos governos, ideologias ou religiões. Ela permanecerá esperando, para sempre. E esse, finalmente, é o presente de Chernobyl. Onde antes eu temia o preço da verdade, agora eu só pergunto... Qual é o preço da mentira?"
O Mecanismo (1ª Temporada)
3.5 526“Não tem partido. Não tem ideologia. Não existe esquerda ou direita. Quem está no governo tem que botar a roda pra girar, é um padrão.”
The Good Doctor: O Bom Doutor (1ª Temporada)
4.3 248 Assista AgoraQuando eu acompanho uma série hospitalar, fico interessado pelo drama dos médicos e não dos pacientes. Essa 1a temporada não aprofunda muito as questões, talvez por ser para a TV aberta. Mesmo assim, também não senti muita química entre os personagens. É divertida, mas não passa disso. Como se trata de uma série sobre um jovem médico com autismo, eu esperava mais.
Humans (2ª Temporada)
4.1 19Vi agora pouco o último episódio da temporada na AMC. Bom saber que renovaram, pois terminou abrindo espaço para que muita coisa possa ser explorada. Será que os sintéticos conscientes irão dominar o mundo ou tentarão conviver pacificamente com os humanos? Vai ser interessante observar o desenvolvimento disso... No geral, gostei da série e de quase todos os personagens. Porém, confesso que meu carinho pela versão original sueca ainda é maior.
Kyle XY (1ª Temporada)
3.9 102 Assista AgoraQuanta nostalgia! Essa foi a primeira série que acompanhei na minha vida. Na falecida "Sessão Premiada" do SBT. Nunca assisti até a 3a temporada. Mas essa semana bateu uma saudade tão grande que vou ver tudo do começo, mesmo sabendo que ela foi finalizada sem uma conclusão decente.
Animal Kingdom (2ª Temporada)
4.3 24 Assista AgoraEstou na metade da temporada. Ela começou meio devagar, mas os últimos dois episódios foram muito bons. A dupla Pope e Smurf são os personagens mais enigmáticos e por isso mesmo com mais potencial.
Quando Fazemos História
4.4 26Assisti a minissérie pela Sony. Ela mostra bem que os direitos LGBTs são frutos de muita luta contra o preconceito. Confesso que gostei mais dos 4 primeiros episódios, quando os personagens eram jovens e enfrentaram a pior fase da perseguição.
House of Cards (1ª Temporada)
4.5 609 Assista AgoraComecei a assistir e não consigo parar. Que série surpreendente e bem elaborada! As melhores cenas são aquelas em que Francis conversa com a gente que está assistindo.
O Conto da Aia (1ª Temporada)
4.7 1,5K Assista AgoraMe preparando para começar a ver e estou com muitas expectativas. Espero que seja uma distopia realmente instigante!
Psi (1ª Temporada)
4.3 81Fiquei muito feliz quando achei essa série. Tematiza a psicologia humana (uma coisa pela qual nutro muita curiosidade) e ainda é nacional. Gostei muito da primeira temporada, principalmente quando falou sobre a importância de nossa noção sobre o que é certo ou errado estar acima daquilo que é dito pelas leis. Soberania e ética individual sempre!
The Last Panthers
4.0 3Essa minissérie tem um enredo complexo e cuidadosamente organizado. Ela é bem realista, apresentando até mesmo as diversas línguas faladas. Gostei como nos episódios finais foi explorado o passado dos personagens e revelado as ligações entre eles. Isso fez com que, especialmente a personalidade de Milan, ficasse ainda mais intrigante. É uma boa história para quem se interessa por ação, investigação e humanização de criminosos.
Westworld (1ª Temporada)
4.5 1,3KWestworld: uma série com alto potencial filosófico
(comentários baseados na minha experiência com ficção)
Na literatura costuma-se dizer que é possível encontrar mais realidade em um conto fantástico de Maupassant do que em todos os romances naturalistas de Zola, penso que a mesma analogia pode ser transferida para a TV.
São as séries de ficção científica, ao tratarem de um mundo futurista, que melhor discutem a natureza humana. Esse é o caso de Westworld, série que teve sua estreia a pouco tempo pela HBO.
No momento em que escrevo, foram exibidos os 5 primeiros episódios da temporada, mas já é possível observar o forte conteúdo filosófico da série.
Ambientada em um mundo onde robôs são construídos para satisfazer os desejos mais primitivos das pessoas, a série apresenta como pano de fundo interessantes questionamentos sobre a origem humana e o sentido da vida.
Ao tematizar robôs dotados de uma crescente consciência de si, torna-se inevitável a comparação de seus dilemas com os da humanidade. Primeiro porque eles se percebem presos em um ciclo narrativo, do qual não são agentes de seus destinos, mas figurantes de uma história que desde o início já está com seu final previsto.
Ademais, ocorrem-lhes seguidos déjà vus com lembranças fragmentadas de lugares e fisionomias para eles inexplicáveis. Daí os anfitriões, como são chamados, passam a tecer teorias mirabolantes sobre sua origem, intuindo inclusive que são controlados por deuses, seres que vivem em uma dimensão superior.
A analogia com as nossas vidas humanas é inevitável. Quantas vezes no sentimos impotentes frente a realidade, como se estivéssemos seguindo um caminho já predeterminado? Quem são os deuses que nos criaram e nos comandam? Que planos eles tem para nós?
A personalidade dúbia do Dr. Robert, um dos criadores dos anfitriões, não nos permite ter muitas certezas. Contudo, será que não estamos, assim como a protagonista Dolores, servindo apenas aos caprichos sádicos daqueles que vivem em outra dimensão? Como podemos nos tornar realmente livres?
Nisso, a série que é baseada num filme dos anos 70, me lembrou Matrix, pois em ambos os casos temos os personagens lutando para sair de um mundo ficcionalmente manipulado em busca de um mundo mais real.
A produção da HBO resgata também toda uma discussão que, apesar de muito antiga (basta lembrar o terrível destino de Édipo Rei, em Sófocles), jamais perde sua atualidade. Ela diz respeito as (in)capacidades que temos para mudar nosso próprio destino.
O que resta, portanto, são as dúvidas: mesmo que Dolores e seus companheiros encontrem uma saída de seu mundo, quem garante que o novo mundo é real? Quem pode prever de quantos planos Westworld é feita? Pessoalmente, imagino quem nem seus produtores sabem... Afinal, até mesmo os deuses devem ter tido um criador, e isso vale tanto para Westworld como para esse mundo pacato em que vivemos.
Real Humans (2ª Temporada)
3.9 6Série incrível! Pena que o final fica em aberto e, mesmo com o sucesso do remake inglês, não há previsão de que ela volte para uma 3a temporada.
Les Revenants: A Volta dos Mortos (2ª Temporada)
4.0 135Série belíssima que, mesmo esquecendo alguns mistérios durante os episódios, soube dosar muito bem passado e presente, revelando aos poucos a trajetória de cada personagem. Óbvio que o final, mesmo trazendo explicações, deixou muitas perguntas instigantes no ar: qual a verdadeira origem de Victor? Que lugar paradisíaco é aquele onde Adele foi parar com Simon? Qual o futuro do filho deles, Nathan? Enfim, grato por existir coisas boas assim. Ah, a trilha sonora feita pela banda escocesa Mogwai e a fotografia são outro prazer à parte.