Brasil sempre se vangloria de sua liberdade religiosa, de sua diversidade étnica e de sua miscinegação, posso não ser o maior entendedor de como isso faz um país ir numa direção diferente dos outros, mas algo é quase incontestável, a presença dos imigrantes japonesas no século passado foi uma benção pro nosso país.
Feita essa sucinta introdução, gostaria de ir logo ao ponto: fui no Festival do Japão 2012 e la presenciei a pré-estréia do renomado filme Corações Sujos.
A pré-estréia teve a participação de atores da produção e foi exibida numa tela relativamente pequena.
Vamos ao filme:
Corações sujos conta a história de um grupo de japoneses que moravam nos arredores de São Paulo e que no período da Segunda Guerra mundial, por crenças pertinentes à sua cultura, não aceitam que o Japão teria sido derrotado, e aqueles da comunidade que passam a acreditar na derrota japonesa são taxados como indignos de viver e recebem a expressão de corações sujos.
Primeiro vamos falar bem:
O filme conta com um elenco convincente, as atuações são bastante fortes e definitivamente o melhor do filme é a fotografia que, juntamente com a direção transformam certas cenas em verdadeiras obras de arte cheia de significado, infelizmente as vezes isso deixa as cenas longas e meio tediosas para quem não consegue captar a profundidade da mensagem que o diretor quis passar.
O filme óbviamente em si mesmo ja se constitui num íncrivel esforço que deve ser valorizado por contar uma história tão interessante e desconhecida da história brasileira.
Vamos falar mal:
Não sou japonês, não possuo descendência, não tenho nenhum parente ou amigo que tenha também, tudo que conheço da cultura japonesa se limita a alguns filmes, músicas e desenhos que são de conhecimento comum da minha geração, logo, possuo uma incrível dificuldade de entender um dos elementos principais do filme, a honra.
Fica meio difícil pra um brasileiro, pertencente a um povo tão sem memória e que não da valor as suas tradições compreender com exatidão como se sente um japonês que naquela época, que não queria aceitar a derrota do japão, mais difícil ainda é entender por que um nipo-brasileiro MATARIA um irmão só por acreditar numa heresia ou num sacrilégio.
Vi pessoas chorando no cinema, eram velhinhos japoneses que deviam ter se identificado com a história contada.
Apesar da lentidão intencional no ritmo do filme e das atuações fortes, o melhor do filme é a sua execução, pois sabemos o esforço que envolve a produção de um filme como este.
O pior do filme foi não ter adaptado mais fielmente a história do livro, que por si só já narra uma história real e bem mais interessante.
Pra finalizar, qualque amante da cultura japonesa DEVE assistir um filme tão corajoso ao contar um caso triste de uma das comunidades mais íntegras do Brasil que é a comunidade japonesa.
É impossível não comparar com o primeiro filme da série, que é bem pior, por vários motivos, como uma história que se leva a sério demais e personagens sem motivação convincente, além de efeitos especiais estranhos. Ainda assim adorei o filme, pois cresci vendo aqueles caras em seus próprios filmes e sempre sonhei numa reunião dessas.
Os mercenários dois conta com uma participação maior de atores com pouco espaço no filme anterior como Arnold Schwargenegger e Bruce Willis.
Quem rouba a cena dessa vez é o Chuck Norris, que apesar de aperecer pouco, dá um tom mais especial ao filme.
Jet Li aparece quase nada nesse filme, Jason Statham figura ainda como braço direito de Stallone, Terry Crews é alívio cômico como sempre e o Couture ta apagado, Dolph Lundgren agora é do bem.
A novidade do filme fica por conta Liam Hemsworth e Nan Yu que integram a nova equipe de mercenários.
Já Jean Claude Van Damme faz um vilão totalmente esteriotipado, um cara malvado que não mede esforços pra conseguir fazer o que quer, pra mim, o ponto baixo do filme.
Diferente do primeiro filme que era dirigido e escrito pelo Stallone, nesse ele só atua, quanto à direção, algumas poucas cenas são muito cortadas, muito rápidas e não dá pra entender o que está acontecendo.
No roteiro, o grande acerto do filme, o filme dessa vez se leva menos a sério, infelizmente existe uma grande barriga no filme, pois, a cena de abertura e a final são tão superiores às demais que chegam a destoar, nada que incomode já que o filme é permeado de cenas de ação.
Vamos à sinopse:
Os mercenários dessa vez já começam numa missão de resgate onde é introduzido o personagem de Liam Hemsworth, depois o personagem do Bruce Willis encontra com o do Stallone o coage a ir numa nova missão, missão nessa em que morre um dos mercenários e a partir daí o filme se resume numa palavra: vingança!
Um fato triste é a pouca participação do Chuck Norris, da pra pensar que cada frame do trailer foi posto no filme e nada mais, tudo parece rápido demais.
Outro ponto é a cena em que a moto explode o helicóptero, no trailer essa cena aparece de outro ângulo, que é melhor.
Falta no filme uma abordagem realista do que seriam os mercenários no mundo real, pois na vida real eles existem e trabalham para empresas notoriamente conhecidas. Esses homens têm seus conflitos e crises existênciais pelo fato de arriscarem suas vidas sem um ideal, apenas por dinheiro.
Nos filmes, tanto no primeiro quanto no segundo, a ação acontece não por dinheiro, mostrando que eles são mercenários que tem alguma índole. Isso demonstra que por trás da imagem de mercenários existem seres humanos com sentimentos capazes de mover céus e terras para estravasar o que tem dentro de si.
O roteiro mais evoluído do segundo filme é finalizado através de um arco da vingança, onde no final, as atitudes violentas tomadas seriam justificadas pela vingança pela morte de um de seus companheiros e pela escravização de um povoado.
As cenas finais do filme demonstram como ele tenta ser mais profundo quando eles realizam a vontade de seu companheiro morto.
Um ponto positivo do filme é não tentar responder a pergunta mais profunda do filme:
Porque as pessoas que querem viver morrem e as pessoas que querem morrer continuam vivendo?
Essa pergunta sem resposta demonstra que o personagem que a profere, interpretado por Stallone, já não vê tanta importância na vida a ponto de botá-la em risco por algo insignificante, dinheiro. Isso mostra que por trás daqueles personagens existe um background de dores e frustrações. Algo que eles tentam tratar através da violência, mas esse instinto assassino e pecaminoso que eles põe pra fora não consegue esconder o vazio existencial que cada um deles possui, por isso a vontade de morrer. Tanto é que quando deparados com a morte, eles não pestanejam, não sentem medo, porque no fundo eles estão procurando no perigo a saída para os seus embates pessoais, que seria a morte.
Esse filme consolida a série como a melhor série de ação da atualidade e diria até que é o melhor filme de ação de 2012, por sinal, acho que Os Mercenários 2 fecha o ano nerd com chave de ouro mesmo sendo inferior aos grandes blockbusters lançados em 2012(Batman,vingadores,homen-aranha). Curiosidade: a cena com Novak Djokovik foi cortada na sala de edição.
As expectativas eram muito grandes, já tinha pensado o filme todo só pelos trailers, imaginava que seria um filme maior, mas dar densidade a todos esses personagens em 90 minutos seria impossível, o resultado final é que Os Mercenários 2 não é nada dispensável.
Quando eu era criança, me lembro de ter passado dias valorosos em frente minha televisão assistindo a sessão da tarde, cinema em casa e afins.
Certo dia passou aracnofobia, foi o bastante para que eu adquirisse um medo tenebroso de aranhas, nunca achei que as aranhas pudessem despertar tantos sentimentos em min.
Em 2001, assisti o primeiro filme do homem aranha, foi espetacular, sai do cinema querendo pular entre os prédios e soltar teia nas pessoas.
Houveram ainda mais dois filmes, também bons, mas não tanto.
Depois de desintendimentos, decidiram fazer o reboot e começar tudo de novo. Estranho, pois o filme não havia envelhecido, o reboot não tinha sentido, mas eu estava errado.
O elenco foi melhorado, o tio ben agora é o pai do charlie sheen, a tia may é a eterna namoradinha da américa sally field, o peter parker não é mais um nerd bobo, ele agora anda de skate.
O melhor do filme tem um nome:
A atriz que interpreta gwen stacy rouba o filme com sua beleza, carisma, empatia e principalmente por sua graciosidade.
O filme em si, só por filmar seu encanto ja vale por si só.
O vilão, totalmente dependente dos efeitos visuais é legal, mas vai ficar datado em breve.
O roteiro soube se reinventar, fugindo dos crichês dos filmes anteriores, infelizmente não convence quem esta com a velha trilogia pregada na cabeça, os personagens estão conectados com várias coincidências, como numa novela.
O filme é tão sombrio que seria ingênuo não comparar com o dark knight, existe uma cidade sombria e criminosa, um mocinho que perdeu um parente, uma cidade que clama por um herói, uma população que ajuda o herói, uma promessa no fim do filme.
Não é surpresa que o filme não arrecadou tanto, mas é o mais adulto de todos e na opnião do blog, o melhor.
O filme apela muito pro drama, mas era a saída para se diferenciar dos outros.
O baixo orçamento fica evidente, mas o melhor do filme sem dúvida é a Emma Stone, fica difícil não sucumbir aos seus encantos, ela não é a mais bonita de roliúde, mas seus carisma salta de seus grandes olhos, muito melhor do que a maconheira da kirsten dunst.
Nota do filme na opnião do blog: 7 mas com a Emma Stone, que é nota mil, arrendondamos pra 8.
Vira e mexe em nossas vidas nos deparamos a pessoas que se destacam, que estão num patamar diferente dos demais, chamamos algumas dessas pessoas de heróis.
Bart Simpson já disse que aqueles que acreditam que os verdadeiros heróis da humanidade são policiais, bombeiros, médicos, etc; porém como o Bart contesta: as ruas continuam perigosas, as casas continuam pegando fogo, as pessoas morrendo.
Os nossos verdadeiros heróis seriam os Stallones, os Swargenegers e em menor escala, os Van Dammes. Você sabe porquê? Não. Eu sei. É porque os nossos heróis do cinema RESOLVEM o problema. Eles quebram o protocolo e fazem o que TEM DE SER FEITO.
Um filme que pode ser considerado como heróico é Stallone Cobra, brilhantemente interpretado por Silvester Stalonne, o Sly que vive a pele do policial durão Marion “COBRA” Cobretti, um homem ACIMA DA LEI!
Os Estados Unidos não estava preparado para a guerra, mas ele estava.
Crescimento da criminalidade urbana, a relação da mídia com o crime, serial killers, direitos humanos, ascenção da moda, esses são os assuntos abordados pelo filme ao som de uma trilha sonora insuportável do pior dos anos 80.
Cobra é um policial que resolve os crimes que a polícia comum não quer resolver por serem “perigosos demais” sempre com seus óculos rayban na cara e o palito de fósforo nos dentes. Quando não está matando gente, o herói fica falando bobagens que, Stallone achou que isto ajudaria a dar mais profundidade ao personagem.
Tenta, por exemplo, incentivar o parceiro viciado em fast food a comer comida saudável. “Vai, come uma fruta, uma uva-passa, uma ameixa. Isso faz bem pra você”, diz. Obviamente, soa artificial.
Assim como o romance de Cobretti com Ingrid. E é o cúmulo do hilário ver herói e mocinha sozinhos num quarto de motel: a bela Ingrid desamparada deitada na cama, esperando pelo seu herói… mas este prefere ficar sentado num canto limpando sua metralhadora!!!
No filme, durante pouco mais de uma hora Stallone faz “par romântico” com a atriz Brigitte Nielsen, sua esposa da época que se separou dele alguns anos depois após ser flagrada pela mãe de Stallone fazendo sexo com a sua secretária.
Engraçado que mesmo fazendo par romantico, os dois não andam nem de mão dada. História: Em algum lugar dos Estados Unidos um homem invade um supermercado e mantém pessoas sob o seu poder e diz que quer chamar a televisão para entrevistá-lo. A polícia comum sabendo do grau de periculosidade da situação vê chegar ao local Cobra, que entra SOZINHO no supermercado e se encontra com o bandido que diz: “Você é a doença, eu sou a cura!” e o mata sangue frio. Um repórter indagou se Cobra precisava mesmo matar para resolver o problema, Cobra pega ele pelo pescoço e o joga num dos mortos pelo assassino. Cobra não é uma pessoa normal, é uma máquina de matar, além disso ele é um homem sem qualquer vestígio de VIDA PESSOAL, mãe?mulher?filhos?família?amigos? hã, Cobra não aparenta ter ou ligar pra nada disso.
Ele vive e respira violência. Numa cena, vai estacionar o carro em frente de casa e teima em pô-lo onde o veículo não cabe, batendo na traseira do carro da frente e empurrando-o até o seu caber.
Os donos do carro, latinos, furiosos querendo tirar satisfação – e com razão! Cobra dá uma olhada para o cigarro na boca de um deles e diz: “Isso faz mal, sabia?”. O cara responde: “O quê, o cigarro?”. E o Cobra: “Não, eu!”. Ele então arranca o cigarro da boca do homem e rasga infantilmente a sua camisa, só para provocar, antes de sair bufando! Chegando em casa Cobra corta sua pizza com uma tesoura e come assistindo uma repórter que diz que existem assassinos que andam cometendo vários assassinatos.
Daí aparecem estes assassinos, espere aí, essa parte é boa, Stallone caprichou no roteiro, vamos lá, os malucos que matam pessoas esperando criar um “Mundo Novo”, mas isso nunca fica explicado, aliás, não explicam nem porquê matam todo mundo. Nas únicas cenas em que vemos os psicopatas reunidos, eles estão realizando uma bizarra cerimônia onde ficam batendo machados ritmadamente.
Talvez o “Mundo Novo” seja isso: matar toda a humanidade para que possam bater seus machados em paz!PARABÉNS STALONE! Certo dia, a modelo Ingrid (Brigitte Nielsen) testemunha um MILHARES desses assassinatos e passa a ser perseguida pelo grupo de malucos, que têm medo de que ela possa reconhecê-los.
Não, foi a primeira pessoa que viu alguém morrer, mas por algum motivo eles decidem que ela deve ser a próxima. Sim, eles nem usam máscaras o filme inteiro e ficam com medinho que uma provável testemunha possa denunciá-los! Claro, Cobra é mandado para protegê-la.
Ainda que a moça não tenha visto nenhum deles e não possa condições reais de identificar nenhum dos vilões, Cobra decide que é importante protegê-la, por algum motivo imagino, mas no filme este motivo não aparece nem de longe, os assassinos passam todo o resto do filme se expondo publicamente, tentando a todo custo matá-la, mesmo que pra isso tenham de arriscar SUAS PRÓPRIAS VIDAS A TROCO DE NADA.
Cobra e Ingrid fogem para o interior seguidos por um batalhão de malucos em motocicletas, mascarados e com rifles e metralhadoras nas costas – e ninguém suspeita daquilo e chama a polícia!
Entre as muitas das cenas sem pé nem cabeça, é impossível não citar aquela em que um dos malucos entra disfarçado (só mudou a cor do cabelo) no hospital onde Ingrid está. Pois o vilão perde tempo matando praticamente todo mundo por ali (enfermeiras, o cara da faxina, outros pacientes…), MENOS a garota.
Que, claro, é salva na hora H por Cobra. STALLONE COBRA pode ter tido um roteiro meio zoado, mas ainda arrisco a vê-lo denovo a ver um CIDADÃO KANE ou a um E O TEMPO LEVOU.
O grupo de malucos arma toda essa guerrilha para silenciar a testemunha que poderia identificá-lo, sem perceber que desse jeito revelou-se muito mais do que se simplesmente deixasse a moça fugir!!! Mortes, Tiros, e muita ação se seguem a partir desse momento, Cobra vai matando um a um, sem piedade. Cobra não sabe, mas dentro de cada um daqueles capangas, existia um ser humano com sentimentos, como eu e você, alguém que por um acaso do destino se encontrava do lado de um bando maluco de assassinos.
Será que eles estão sendo tratados como devem? É com violência que você combate a violência? E a família destes capangas, o que farão suas mães, mulheres e filhos? Como irão sobreviver? Essas são perguntas que não são respondidas pelo filme. Mas podemos conjecturas sobre elas. Ao matar aqueles capangas Cobra não somente agride o crime, mas também uma parte da sociedade.
Cobra é uma droga que a sociedade toma, uma droga que ameniza algumas mazelas, mas não as resolve. Cobra segue com a modelo numa perseguição de carros metralhando seus inimigos, vai para um vinhedo e continua a executá-los e mesmo já tendo matado quase todos, os assassinos não se intimidam, eles não tinham amor a vida. A parte final do filme é numa siderúrgica, onde a perseguição se estende.
Cobra mata um capanga jogando álcool em seu corpo e depois lançando nele um fósforo, o coitado começa a gritar e agonizar se contorcendo no chão. Cobra profere a seguinte frase: “Você tem o direito de permanecer calado.” O mais forte dos capangas foi o que sobrou por último obviamente e trava o embate final com Cobra.
Cobra consegue apontar a arma pra ele, mas este o repreende dizendo que ele não pode matá-lo por que ele era um tira, que ele deveria levá-lo pra delegacia, como se Cobra fosse homem de levar homem pra delegacia, Cobra joga a arma no chão e decide entrar na porrada com ele. Sua frase de maior profundidade “Você é um coco. Eu vou matar você.” deve ser creditada a dublagem brasileira, não existe no roteiro, mas sua inserção combina com a alma do espititiuoso Cobra. Cobra então enfia a barriga dele num gancho enorme que o levanta e leva ele até o forno que derrete ferro. É bem provável que ele tenha morrido.
O filme termina.
Por incrível que pareça o filme foi um fracasso de crítica.
Stallone não quis fazer uma continuação e emplacar outra franquia de sucesso, fomos privados de mais uma série de filmes de ação, talvez hoje ele lançaria um Cobra 4.
Stallone Cobra e suas máximas seguem como exemplo para a nossa e para as futuras gerações como modelo de hombridade, virilidade e macheza: “Com louco eu não negocio, eu mato!” “A culpa é do juiz. A gente prende e o juiz solta.” “Você é a doença. Eu sou a cura”. “Aqui a lei termina… e eu começo!”.
Acabo de sair da sessão da meia noite do novo batman, contarei spoilers.
O novo batman se passa 8 anos após o último e narra a história de bruce wayne, já a 8 anos sem dar as caras como batman e cheio de sequelas provenientes do seu tempo no vigilantismo.
Gotham graças às mentiras vindas do encobertamento dos atos de harvey dent(o duas caras) aprovou leis duras contra os criminosos e isso deixou a cidade em paz, não mais precisando bruce se utilizar do batman, que é caçado pela polícia pela morte de Dent.
O grande objetivo de bruce no filme anterior era passar o bastão para harvey dent(o cavaleiro branco de gotham), ele simboliza tudo o que a cidade precisa, a imagem imaculada de um ser incorruptível que ataca os problemas da cidade pela justiça e pela lei.
O batman termina o filme como exatamente o contrário, um aborto, um ser não-natural, um engodo, algo pproduzido pela força arbitrária, e que pela própria loucura que produz, pode produzir mazelas, como foi o caso do coringa.
Batman acaba com as mãos sujas pois ele não é um herói, ele é o que a cidade precisa, ele é o cavaleiro das trevas.
É dificil de imaginar o porquê que faz com que um homem que tem tudo, se travista de morcego e vá lutar contra o crime.
Bruce tem um trauma com a morte de seus pais, algo quen ele nunca superou, seus pais tentaram melhorar a cidade através de ações sociais e em troca foram mortos.
O problema de bruce não é com os assassinos de seus pais, mas sim com todas as engrenagens que as produziram, ele resolve lutar contra todo o crime de gotham e continuar o legado social de sua família através do batman.
O trauma e medo que bruce tinha de morcegos, ocasionados pela sua queda num poço enquanto criança, se une ao seu trauma com a perda prematura de seus pais e cria o plano de fundo psicológico do batman.
Enquanto no segundo filme, a mensagem passada na cena dos barcos é que a saída para os problemas sociais da cidade vêm do povo, mostrando que tanto o batman quanto o coringa não podem causar mais mal ou bem à sociedade que a própria população, no terceiro filme bruce tenta criar a imagem de uma entidade superior que combateria o mal na cidade e que todos poderiam encarnar, o batman.
Bruce ainda vive a dor de ter perdido seu interesse romântico e de se culpar por ter jogado fora o que ele entendia ser uma porta para a felicidade.
Ao voltar à ação, acaba perdendo a ajuda de seu mordomo alfred, e essa é a cena mais dramática do filme, os dois atores são impecáveis.
As cenas que traduzem a volta do morcego são de uma estética primorosa, mas este na minha opnião não é um filme que se baseia na ação e sim nos conceitos que quer passar, este terceiro filme pode até ser pior que o segundo, mas é maior por ser mais profundo nas mensagens religiosas, sociais e existenciais.
O batman resolve se sacrificar, como um verdadeiro cristo de gotham, deixando uma mensagem a ser seguida.
O filme aborda a mensagem que uma mentira, como harvey dent, pode melhorar a situação escondendo um mal pior que se manifestará em determinado momento.
A cena em que bruce tem que sair na prisão sem a corda aborda a confiança e fé que temos de ter para efetuar grandes feitos e ajudar as pessoas a nossa volta.
O personagem do robin, na cena em que debate com o padre sobre o porquê de se esforçar para salvar as crianças mesmo sabendo que eles iriam perecer, deixa a mensagem de que sempre se deve ter esperança, aliás, o personagem de robin demonstra tanta integridade que bruce encontra a quem poderia deixar seu legado.
Na área social, é um filme a parte, mostrando que num mundo tão desigual sempre há a oportunidade parra que alguns, como a mulher-gato se sintam moralmente movidos a roubar de quem pensam ser os verdadeiros opressores.
A figura de bane é a principal nesse contexto, ele simboliza os injustiçados, inconformados e amargurados pelas durezas de um injusto sistema e seduzido por uma filosofia radical de esquerda terrorista tenta implantar de forma niilista uma forma de deter o darwinismo social de gotham através de um regime de medo, rancor e ameaças.
Bane denuncia que as elites oprimem o povo e a única forma de acabar com essa situação é destruir a figura das elites num movimento que a história do mundo mostra que não gera bons frutos, como é o caso da revolução francesa.
Bruce, um privilegiado, se incumbe da missão de melhorar esse sistema através do sacrifício, deixando claro que qualquer um que dá um agasalho a uma criança em si já encarna a figura do batman.
O filme põe fim a um ponto especial da personalidade do batman quando doando o que tem para as crianças necessitadas, bruce sabendo o que é a falta da figura dos pais, ameniza essa mazela na sociedade, evitando que os traumas e delírios que o dominaram venham a avançar nessas crianças criando seres revoltados com o ambiente a sua volta.
O terceiro filme termina colocando um ponto final na saga do cavaleiro das trevas, poderia me desdobrar dentro dos conceitos abordados, mas prefiro terminar salientando na maestria da direção de nolan, que me fez chegar as lágrimas no final do filme, dando final a uma trilogia que conta uma única história de um homem traumatizado tentando de todas as formas lícitas e ilícitas melhorar o mundo a sua volta e cumprir o seu dever.
Para finalizar, é impossível não citar a tragédia que retirou de tantos não só o final grandioso do filme, mas o maior bem que existe, indivisível e único, o qual tantos lutam para que se TODOS tenham direito, A VIDA
Corações Sujos
3.6 264 Assista AgoraBrasil sempre se vangloria de sua liberdade religiosa, de sua diversidade étnica e de sua miscinegação, posso não ser o maior entendedor de como isso faz um país ir numa direção diferente dos outros, mas algo é quase incontestável, a presença dos imigrantes japonesas no século passado foi uma benção pro nosso país.
Feita essa sucinta introdução, gostaria de ir logo ao ponto: fui no Festival do Japão 2012 e la presenciei a pré-estréia do renomado filme Corações Sujos.
A pré-estréia teve a participação de atores da produção e foi exibida numa tela relativamente pequena.
Vamos ao filme:
Corações sujos conta a história de um grupo de japoneses que moravam nos arredores de São Paulo e que no período da Segunda Guerra mundial, por crenças pertinentes à sua cultura, não aceitam que o Japão teria sido derrotado, e aqueles da comunidade que passam a acreditar na derrota japonesa são taxados como indignos de viver e recebem a expressão de corações sujos.
Primeiro vamos falar bem:
O filme conta com um elenco convincente, as atuações são bastante fortes e definitivamente o melhor do filme é a fotografia que, juntamente com a direção transformam certas cenas em verdadeiras obras de arte cheia de significado, infelizmente as vezes isso deixa as cenas longas e meio tediosas para quem não consegue captar a profundidade da mensagem que o diretor quis passar.
O filme óbviamente em si mesmo ja se constitui num íncrivel esforço que deve ser valorizado por contar uma história tão interessante e desconhecida da história brasileira.
Vamos falar mal:
Não sou japonês, não possuo descendência, não tenho nenhum parente ou amigo que tenha também, tudo que conheço da cultura japonesa se limita a alguns filmes, músicas e desenhos que são de conhecimento comum da minha geração, logo, possuo uma incrível dificuldade de entender um dos elementos principais do filme, a honra.
Fica meio difícil pra um brasileiro, pertencente a um povo tão sem memória e que não da valor as suas tradições compreender com exatidão como se sente um japonês que naquela época, que não queria aceitar a derrota do japão, mais difícil ainda é entender por que um nipo-brasileiro MATARIA um irmão só por acreditar numa heresia ou num sacrilégio.
Vi pessoas chorando no cinema, eram velhinhos japoneses que deviam ter se identificado com a história contada.
Apesar da lentidão intencional no ritmo do filme e das atuações fortes, o melhor do filme é a sua execução, pois sabemos o esforço que envolve a produção de um filme como este.
O pior do filme foi não ter adaptado mais fielmente a história do livro, que por si só já narra uma história real e bem mais interessante.
Pra finalizar, qualque amante da cultura japonesa DEVE assistir um filme tão corajoso ao contar um caso triste de uma das comunidades mais íntegras do Brasil que é a comunidade japonesa.
Os Mercenários 2
3.5 2,3K Assista AgoraAntes de tudo:
1- Se o filme é bom? Duas palavras: CHUCK NORRIS.
2- Não tem spoilers, ok?
É impossível não comparar com o primeiro filme da série, que é bem pior, por vários motivos, como uma história que se leva a sério demais e personagens sem motivação convincente, além de efeitos especiais estranhos. Ainda assim adorei o filme, pois cresci vendo aqueles caras em seus próprios filmes e sempre sonhei numa reunião dessas.
Os mercenários dois conta com uma participação maior de atores com pouco espaço no filme anterior como Arnold Schwargenegger e Bruce Willis.
Quem rouba a cena dessa vez é o Chuck Norris, que apesar de aperecer pouco, dá um tom mais especial ao filme.
Jet Li aparece quase nada nesse filme, Jason Statham figura ainda como braço direito de Stallone, Terry Crews é alívio cômico como sempre e o Couture ta apagado, Dolph Lundgren agora é do bem.
A novidade do filme fica por conta Liam Hemsworth e Nan Yu que integram a nova equipe de mercenários.
Já Jean Claude Van Damme faz um vilão totalmente esteriotipado, um cara malvado que não mede esforços pra conseguir fazer o que quer, pra mim, o ponto baixo do filme.
Diferente do primeiro filme que era dirigido e escrito pelo Stallone, nesse ele só atua, quanto à direção, algumas poucas cenas são muito cortadas, muito rápidas e não dá pra entender o que está acontecendo.
No roteiro, o grande acerto do filme, o filme dessa vez se leva menos a sério, infelizmente existe uma grande barriga no filme, pois, a cena de abertura e a final são tão superiores às demais que chegam a destoar, nada que incomode já que o filme é permeado de cenas de ação.
Vamos à sinopse:
Os mercenários dessa vez já começam numa missão de resgate onde é introduzido o personagem de Liam Hemsworth, depois o personagem do Bruce Willis encontra com o do Stallone o coage a ir numa nova missão, missão nessa em que morre um dos mercenários e a partir daí o filme se resume numa palavra: vingança!
Um fato triste é a pouca participação do Chuck Norris, da pra pensar que cada frame do trailer foi posto no filme e nada mais, tudo parece rápido demais.
Outro ponto é a cena em que a moto explode o helicóptero, no trailer essa cena aparece de outro ângulo, que é melhor.
Falta no filme uma abordagem realista do que seriam os mercenários no mundo real, pois na vida real eles existem e trabalham para empresas notoriamente conhecidas. Esses homens têm seus conflitos e crises existênciais pelo fato de arriscarem suas vidas sem um ideal, apenas por dinheiro.
Nos filmes, tanto no primeiro quanto no segundo, a ação acontece não por dinheiro, mostrando que eles são mercenários que tem alguma índole. Isso demonstra que por trás da imagem de mercenários existem seres humanos com sentimentos capazes de mover céus e terras para estravasar o que tem dentro de si.
O roteiro mais evoluído do segundo filme é finalizado através de um arco da vingança, onde no final, as atitudes violentas tomadas seriam justificadas pela vingança pela morte de um de seus companheiros e pela escravização de um povoado.
As cenas finais do filme demonstram como ele tenta ser mais profundo quando eles realizam a vontade de seu companheiro morto.
Um ponto positivo do filme é não tentar responder a pergunta mais profunda do filme:
Porque as pessoas que querem viver morrem e as pessoas que querem morrer continuam vivendo?
Essa pergunta sem resposta demonstra que o personagem que a profere, interpretado por Stallone, já não vê tanta importância na vida a ponto de botá-la em risco por algo insignificante, dinheiro. Isso mostra que por trás daqueles personagens existe um background de dores e frustrações. Algo que eles tentam tratar através da violência, mas esse instinto assassino e pecaminoso que eles põe pra fora não consegue esconder o vazio existencial que cada um deles possui, por isso a vontade de morrer. Tanto é que quando deparados com a morte, eles não pestanejam, não sentem medo, porque no fundo eles estão procurando no perigo a saída para os seus embates pessoais, que seria a morte.
Esse filme consolida a série como a melhor série de ação da atualidade e diria até que é o melhor filme de ação de 2012, por sinal, acho que Os Mercenários 2 fecha o ano nerd com chave de ouro mesmo sendo inferior aos grandes blockbusters lançados em 2012(Batman,vingadores,homen-aranha). Curiosidade: a cena com Novak Djokovik foi cortada na sala de edição.
As expectativas eram muito grandes, já tinha pensado o filme todo só pelos trailers, imaginava que seria um filme maior, mas dar densidade a todos esses personagens em 90 minutos seria impossível, o resultado final é que Os Mercenários 2 não é nada dispensável.
O Espetacular Homem-Aranha
3.4 4,9K Assista AgoraQuando eu era criança, me lembro de ter passado dias valorosos em frente minha televisão assistindo a sessão da tarde, cinema em casa e afins.
Certo dia passou aracnofobia, foi o bastante para que eu adquirisse um medo tenebroso de aranhas, nunca achei que as aranhas pudessem despertar tantos sentimentos em min.
Em 2001, assisti o primeiro filme do homem aranha, foi espetacular, sai do cinema querendo pular entre os prédios e soltar teia nas pessoas.
Houveram ainda mais dois filmes, também bons, mas não tanto.
Depois de desintendimentos, decidiram fazer o reboot e começar tudo de novo. Estranho, pois o filme não havia envelhecido, o reboot não tinha sentido, mas eu estava errado.
O elenco foi melhorado, o tio ben agora é o pai do charlie sheen, a tia may é a eterna namoradinha da américa sally field, o peter parker não é mais um nerd bobo, ele agora anda de skate.
O melhor do filme tem um nome:
A atriz que interpreta gwen stacy rouba o filme com sua beleza, carisma, empatia e principalmente por sua graciosidade.
O filme em si, só por filmar seu encanto ja vale por si só.
O vilão, totalmente dependente dos efeitos visuais é legal, mas vai ficar datado em breve.
O roteiro soube se reinventar, fugindo dos crichês dos filmes anteriores, infelizmente não convence quem esta com a velha trilogia pregada na cabeça, os personagens estão conectados com várias coincidências, como numa novela.
O filme é tão sombrio que seria ingênuo não comparar com o dark knight, existe uma cidade sombria e criminosa, um mocinho que perdeu um parente, uma cidade que clama por um herói, uma população que ajuda o herói, uma promessa no fim do filme.
Não é surpresa que o filme não arrecadou tanto, mas é o mais adulto de todos e na opnião do blog, o melhor.
O filme apela muito pro drama, mas era a saída para se diferenciar dos outros.
O baixo orçamento fica evidente, mas o melhor do filme sem dúvida é a Emma Stone, fica difícil não sucumbir aos seus encantos, ela não é a mais bonita de roliúde, mas seus carisma salta de seus grandes olhos, muito melhor do que a maconheira da kirsten dunst.
Nota do filme na opnião do blog: 7 mas com a Emma Stone, que é nota mil, arrendondamos pra 8.
Stallone: Cobra
3.4 590 Assista AgoraVira e mexe em nossas vidas nos deparamos a pessoas que se destacam, que estão num patamar diferente dos demais, chamamos algumas dessas pessoas de heróis.
Bart Simpson já disse que aqueles que acreditam que os verdadeiros heróis da humanidade são policiais, bombeiros, médicos, etc; porém como o Bart contesta: as ruas continuam perigosas, as casas continuam pegando fogo, as pessoas morrendo.
Os nossos verdadeiros heróis seriam os Stallones, os Swargenegers e em menor escala, os Van Dammes.
Você sabe porquê? Não. Eu sei. É porque os nossos heróis do cinema RESOLVEM o problema. Eles quebram o protocolo e fazem o que TEM DE SER FEITO.
Um filme que pode ser considerado como heróico é Stallone Cobra, brilhantemente interpretado por Silvester Stalonne, o Sly que vive a pele do policial durão Marion “COBRA” Cobretti, um homem ACIMA DA LEI!
Os Estados Unidos não estava preparado para a guerra, mas ele estava.
Crescimento da criminalidade urbana, a relação da mídia com o crime, serial killers, direitos humanos, ascenção da moda, esses são os assuntos abordados pelo filme ao som de uma trilha sonora insuportável do pior dos anos 80.
Cobra é um policial que resolve os crimes que a polícia comum não quer resolver por serem “perigosos demais” sempre com seus óculos rayban na cara e o palito de fósforo nos dentes.
Quando não está matando gente, o herói fica falando bobagens que, Stallone achou que isto ajudaria a dar mais profundidade ao personagem.
Tenta, por exemplo, incentivar o parceiro viciado em fast food a comer comida saudável. “Vai, come uma fruta, uma uva-passa, uma ameixa. Isso faz bem pra você”, diz. Obviamente, soa artificial.
Assim como o romance de Cobretti com Ingrid. E é o cúmulo do hilário ver herói e mocinha sozinhos num quarto de motel: a bela Ingrid desamparada deitada na cama, esperando pelo seu herói… mas este prefere ficar sentado num canto limpando sua metralhadora!!!
No filme, durante pouco mais de uma hora Stallone faz “par romântico” com a atriz Brigitte Nielsen, sua esposa da época que se separou dele alguns anos depois após ser flagrada pela mãe de Stallone fazendo sexo com a sua secretária.
Engraçado que mesmo fazendo par romantico, os dois não andam nem de mão dada.
História: Em algum lugar dos Estados Unidos um homem invade um supermercado e mantém pessoas sob o seu poder e diz que quer chamar a televisão para entrevistá-lo.
A polícia comum sabendo do grau de periculosidade da situação vê chegar ao local Cobra, que entra SOZINHO no supermercado e se encontra com o bandido que diz: “Você é a doença, eu sou a cura!” e o mata sangue frio. Um repórter indagou se Cobra precisava mesmo matar para resolver o problema, Cobra pega ele pelo pescoço e o joga num dos mortos pelo assassino.
Cobra não é uma pessoa normal, é uma máquina de matar, além disso ele é um homem sem qualquer vestígio de VIDA PESSOAL, mãe?mulher?filhos?família?amigos? hã, Cobra não aparenta ter ou ligar pra nada disso.
Ele vive e respira violência. Numa cena, vai estacionar o carro em frente de casa e teima em pô-lo onde o veículo não cabe, batendo na traseira do carro da frente e empurrando-o até o seu caber.
Os donos do carro, latinos, furiosos querendo tirar satisfação – e com razão! Cobra dá uma olhada para o cigarro na boca de um deles e diz: “Isso faz mal, sabia?”. O cara responde: “O quê, o cigarro?”. E o Cobra: “Não, eu!”. Ele então arranca o cigarro da boca do homem e rasga infantilmente a sua camisa, só para provocar, antes de sair bufando!
Chegando em casa Cobra corta sua pizza com uma tesoura e come assistindo uma repórter que diz que existem assassinos que andam cometendo vários assassinatos.
Daí aparecem estes assassinos, espere aí, essa parte é boa, Stallone caprichou no roteiro, vamos lá, os malucos que matam pessoas esperando criar um “Mundo Novo”, mas isso nunca fica explicado, aliás, não explicam nem porquê matam todo mundo. Nas únicas cenas em que vemos os psicopatas reunidos, eles estão realizando uma bizarra cerimônia onde ficam batendo machados ritmadamente.
Talvez o “Mundo Novo” seja isso: matar toda a humanidade para que possam bater seus machados em paz!PARABÉNS STALONE! Certo dia, a modelo Ingrid (Brigitte Nielsen) testemunha um MILHARES desses assassinatos e passa a ser perseguida pelo grupo de malucos, que têm medo de que ela possa reconhecê-los.
Não, foi a primeira pessoa que viu alguém morrer, mas por algum motivo eles decidem que ela deve ser a próxima. Sim, eles nem usam máscaras o filme inteiro e ficam com medinho que uma provável testemunha possa denunciá-los! Claro, Cobra é mandado para protegê-la.
Ainda que a moça não tenha visto nenhum deles e não possa condições reais de identificar nenhum dos vilões, Cobra decide que é importante protegê-la, por algum motivo imagino, mas no filme este motivo não aparece nem de longe, os assassinos passam todo o resto do filme se expondo publicamente, tentando a todo custo matá-la, mesmo que pra isso tenham de arriscar SUAS PRÓPRIAS VIDAS A TROCO DE NADA.
Cobra e Ingrid fogem para o interior seguidos por um batalhão de malucos em motocicletas, mascarados e com rifles e metralhadoras nas costas – e ninguém suspeita daquilo e chama a polícia!
Entre as muitas das cenas sem pé nem cabeça, é impossível não citar aquela em que um dos malucos entra disfarçado (só mudou a cor do cabelo) no hospital onde Ingrid está. Pois o vilão perde tempo matando praticamente todo mundo por ali (enfermeiras, o cara da faxina, outros pacientes…), MENOS a garota.
Que, claro, é salva na hora H por Cobra. STALLONE COBRA pode ter tido um roteiro meio zoado, mas ainda arrisco a vê-lo denovo a ver um CIDADÃO KANE ou a um E O TEMPO LEVOU.
O grupo de malucos arma toda essa guerrilha para silenciar a testemunha que poderia identificá-lo, sem perceber que desse jeito revelou-se muito mais do que se simplesmente deixasse a moça fugir!!!
Mortes, Tiros, e muita ação se seguem a partir desse momento, Cobra vai matando um a um, sem piedade. Cobra não sabe, mas dentro de cada um daqueles capangas, existia um ser humano com sentimentos, como eu e você, alguém que por um acaso do destino se encontrava do lado de um bando maluco de assassinos.
Será que eles estão sendo tratados como devem? É com violência que você combate a violência? E a família destes capangas, o que farão suas mães, mulheres e filhos? Como irão sobreviver?
Essas são perguntas que não são respondidas pelo filme. Mas podemos conjecturas sobre elas. Ao matar aqueles capangas Cobra não somente agride o crime, mas também uma parte da sociedade.
Cobra é uma droga que a sociedade toma, uma droga que ameniza algumas mazelas, mas não as resolve.
Cobra segue com a modelo numa perseguição de carros metralhando seus inimigos, vai para um vinhedo e continua a executá-los e mesmo já tendo matado quase todos, os assassinos não se intimidam, eles não tinham amor a vida. A parte final do filme é numa siderúrgica, onde a perseguição se estende.
Cobra mata um capanga jogando álcool em seu corpo e depois lançando nele um fósforo, o coitado começa a gritar e agonizar se contorcendo no chão.
Cobra profere a seguinte frase: “Você tem o direito de permanecer calado.”
O mais forte dos capangas foi o que sobrou por último obviamente e trava o embate final com Cobra.
Cobra consegue apontar a arma pra ele, mas este o repreende dizendo que ele não pode matá-lo por que ele era um tira, que ele deveria levá-lo pra delegacia, como se Cobra fosse homem de levar homem pra delegacia, Cobra joga a arma no chão e decide entrar na porrada com ele. Sua frase de maior profundidade “Você é um coco. Eu vou matar você.” deve ser creditada a dublagem brasileira, não existe no roteiro, mas sua inserção combina com a alma do espititiuoso Cobra.
Cobra então enfia a barriga dele num gancho enorme que o levanta e leva ele até o forno que derrete ferro. É bem provável que ele tenha morrido.
O filme termina.
Por incrível que pareça o filme foi um fracasso de crítica.
Stallone não quis fazer uma continuação e emplacar outra franquia de sucesso, fomos privados de mais uma série de filmes de ação, talvez hoje ele lançaria um Cobra 4.
Stallone Cobra e suas máximas seguem como exemplo para a nossa e para as futuras gerações como modelo de hombridade, virilidade e macheza: “Com louco eu não negocio, eu mato!” “A culpa é do juiz. A gente prende e o juiz solta.” “Você é a doença. Eu sou a cura”. “Aqui a lei termina… e eu começo!”.
Batman: O Cavaleiro das Trevas Ressurge
4.2 6,4K Assista AgoraAcabo de sair da sessão da meia noite do novo batman, contarei spoilers.
O novo batman se passa 8 anos após o último e narra a história de bruce wayne, já a 8 anos sem dar as caras como batman e cheio de sequelas provenientes do seu tempo no vigilantismo.
Gotham graças às mentiras vindas do encobertamento dos atos de harvey dent(o duas caras) aprovou leis duras contra os criminosos e isso deixou a cidade em paz, não mais precisando bruce se utilizar do batman, que é caçado pela polícia pela morte de Dent.
O grande objetivo de bruce no filme anterior era passar o bastão para harvey dent(o cavaleiro branco de gotham), ele simboliza tudo o que a cidade precisa, a imagem imaculada de um ser incorruptível que ataca os problemas da cidade pela justiça e pela lei.
O batman termina o filme como exatamente o contrário, um aborto, um ser não-natural, um engodo, algo pproduzido pela força arbitrária, e que pela própria loucura que produz, pode produzir mazelas, como foi o caso do coringa.
Batman acaba com as mãos sujas pois ele não é um herói, ele é o que a cidade precisa, ele é o cavaleiro das trevas.
É dificil de imaginar o porquê que faz com que um homem que tem tudo, se travista de morcego e vá lutar contra o crime.
Bruce tem um trauma com a morte de seus pais, algo quen ele nunca superou, seus pais tentaram melhorar a cidade através de ações sociais e em troca foram mortos.
O problema de bruce não é com os assassinos de seus pais, mas sim com todas as engrenagens que as produziram, ele resolve lutar contra todo o crime de gotham e continuar o legado social de sua família através do batman.
O trauma e medo que bruce tinha de morcegos, ocasionados pela sua queda num poço enquanto criança, se une ao seu trauma com a perda prematura de seus pais e cria o plano de fundo psicológico do batman.
Enquanto no segundo filme, a mensagem passada na cena dos barcos é que a saída para os problemas sociais da cidade vêm do povo, mostrando que tanto o batman quanto o coringa não podem causar mais mal ou bem à sociedade que a própria população, no terceiro filme bruce tenta criar a imagem de uma entidade superior que combateria o mal na cidade e que todos poderiam encarnar, o batman.
Bruce ainda vive a dor de ter perdido seu interesse romântico e de se culpar por ter jogado fora o que ele entendia ser uma porta para a felicidade.
Ao voltar à ação, acaba perdendo a ajuda de seu mordomo alfred, e essa é a cena mais dramática do filme, os dois atores são impecáveis.
As cenas que traduzem a volta do morcego são de uma estética primorosa, mas este na minha opnião não é um filme que se baseia na ação e sim nos conceitos que quer passar, este terceiro filme pode até ser pior que o segundo, mas é maior por ser mais profundo nas mensagens religiosas, sociais e existenciais.
O batman resolve se sacrificar, como um verdadeiro cristo de gotham, deixando uma mensagem a ser seguida.
O filme aborda a mensagem que uma mentira, como harvey dent, pode melhorar a situação escondendo um mal pior que se manifestará em determinado momento.
A cena em que bruce tem que sair na prisão sem a corda aborda a confiança e fé que temos de ter para efetuar grandes feitos e ajudar as pessoas a nossa volta.
O personagem do robin, na cena em que debate com o padre sobre o porquê de se esforçar para salvar as crianças mesmo sabendo que eles iriam perecer, deixa a mensagem de que sempre se deve ter esperança, aliás, o personagem de robin demonstra tanta integridade que bruce encontra a quem poderia deixar seu legado.
Na área social, é um filme a parte, mostrando que num mundo tão desigual sempre há a oportunidade parra que alguns, como a mulher-gato se sintam moralmente movidos a roubar de quem pensam ser os verdadeiros opressores.
A figura de bane é a principal nesse contexto, ele simboliza os injustiçados, inconformados e amargurados pelas durezas de um injusto sistema e seduzido por uma filosofia radical de esquerda terrorista tenta implantar de forma niilista uma forma de deter o darwinismo social de gotham através de um regime de medo, rancor e ameaças.
Bane denuncia que as elites oprimem o povo e a única forma de acabar com essa situação é destruir a figura das elites num movimento que a história do mundo mostra que não gera bons frutos, como é o caso da revolução francesa.
Bruce, um privilegiado, se incumbe da missão de melhorar esse sistema através do sacrifício, deixando claro que qualquer um que dá um agasalho a uma criança em si já encarna a figura do batman.
O filme põe fim a um ponto especial da personalidade do batman quando doando o que tem para as crianças necessitadas, bruce sabendo o que é a falta da figura dos pais, ameniza essa mazela na sociedade, evitando que os traumas e delírios que o dominaram venham a avançar nessas crianças criando seres revoltados com o ambiente a sua volta.
O terceiro filme termina colocando um ponto final na saga do cavaleiro das trevas, poderia me desdobrar dentro dos conceitos abordados, mas prefiro terminar salientando na maestria da direção de nolan, que me fez chegar as lágrimas no final do filme, dando final a uma trilogia que conta uma única história de um homem traumatizado tentando de todas as formas lícitas e ilícitas melhorar o mundo a sua volta e cumprir o seu dever.
Para finalizar, é impossível não citar a tragédia que retirou de tantos não só o final grandioso do filme, mas o maior bem que existe, indivisível e único, o qual tantos lutam para que se TODOS tenham direito, A VIDA