Cotado para um papel importante em “Velho Chico”, novela das 18h da Globo, Eriberto Leão vai tirar duas semanas de férias quando “Malhação” chegar ao fim. De setembro a dezembro, sairá em turnê com a peça “Jim”. Irá de Manaus ao Rio Grande do Sul.
Eriberto Leão está cotado para um personagem importante em “Velho Chico”, história que Edmara Ruy Barbosa escreve com o filho, Bruno, para as 18h. O ator, que estrelou várias novelas de Benedito Ruy Barbosa adaptadas por Edmara, repetirá também a parceria com o diretor Rogério Gomes.
Em crise no Ibope, Babilônia sofrerá ajustes profundos nos próximos dias. Depois de ganhar nova vinheta de abertura, a novela das nove da Globo passará por uma reconfiguração na fotografia, que ficará mais iluminada, sem penumbras. E uma personagem central terá uma correção radical de rota. Alice, vivida por Sophie Charlotte, não será mais garota de programa, como estava previsto em sinopse e em capítulos já entregues à produção.
Pressionada, a Globo decidiu dar a ela uma jornada de mocinha menos ousada.
A Globo irá jogar fora cenas de vários capítulos, das duas próximas semanas, que mostrariam Alice se tornando prostituta. Novas cenas estão sendo escritas. “Alice em nenhum momento vai fazer programa”, adianta Ricardo Linhares, coautor de Babilônia. Segundo ele, a mudança no rumo de Alice é um ajuste para adequar a novela à classificação indicativa. Ou seja, além de enfrentar resistência de parte do público mais conservador, a trama também correria o risco de ser reclassificada como imprópria para menores de 14 anos, o que poderia prejudicar sua exibição em território com fuso horário diferente do de Brasília.
♫... Os Livros na estante já não tem mais tanta importância Do muito que li, do pouco que sei, nada me resta A não ser, a vontade de te encontrar O motivo eu já nem sei, nem que seja só para estar ao seu lado, Só pra ler no seu rosto uma mensagem de Amor... ♫
Desastre no Ibope obriga Globo a relançar Babilônia
A Globo lançou neste final de semana uma operação de salvamento de Babilônia. Rejeitada por parte do público e boicotada por evangélicos, a nova novela das nove derrubou a audiência do horário nobre da emissora em 19% e, se não reagir, poderá entrar para a história como o mais baixo ibope das 21h. Desde ontem, para recuperar o público que migrou para SBT e Record, a Globo exibe chamadas introduzindo didaticamente as tramas da novela, em uma ação chamada de “relançamento”. Mudou também a abertura e a apresentação da logomarca.
Nas novas chamadas, que serão intensificadas nesta semana, a mocinha Regina (Camila Pitanga) está sendo apresentada para que quem nunca viu um capítulo de Babilônia entenda o que se passa caso sintonize a novela nesta segunda. “Rio de Janeiro, morro da Babilônia. Aqui vive Regina, uma mulher que se esforça para cuidar da família e tem muito orgulho de seu trabalho. Depois de uma decepção amorosa, ela nunca mais se envolveu com ninguém. Mas Vinicius [Thiago Fragoso] está conseguindo aos poucos mudar essa história”, diz a chamada.
Os intervalos também estão sendo bombardeados por chamadas apresentando tramas paralelas, como a do “político picareta” Aderbal (Marcos Palmeira) e do romance entre Rafael (Chay Suede) e Laís (Luisa Arraes), um Romeu e Julieta contemporâneo. O esforço envolve também o jornalismo. Neste domingo, Camila Pitanga aparecerá no Fantástico apresentando o morro da Babilônia.
Na nova apresentação da logomarca de Babilônia, o nome da novela aparece sobre um inspirador nascer do sol estilizado. Antes, vinha sobre uma parede de concreto. Desde ontem, a abertura está diferente. Ficou mais clara, com nova animação em computação gráfica.
As mudanças são a primeira reação da Globo à baixa audiência de Babilônia. Por enquanto, nada vai mudar na trama, que tem grande frente de capítulos escritos. Mudanças só ocorrerão após uma reavaliação do departamento de teledramaturgia e de pesquisas com grupos de telespectadores.
A modelo mais bem paga do mundo, mais conhecida como presidenta de todas as nações, Gisele Bündchen, recebeu uma proposta tentadora para atuar na próxima dàs 19h da Globo.
A informação foi publicada na coluna Outro Canal, assinada pela jornalista Keila Jimenez, da Folha de São Paulo.
Segundo a jornalista, representantes da emissora já entraram em contato com a modelo para fechar uma participação especial na trama.
Ainda sem nome definido, a novela vai abordar o glamour do mundo da moda e das passarelas. “Poderosa”, “Iluminada” e “A Dona do Jogo” estão entre os nomes cotados para o folhetim.
Sério, teria como o título combinar mais com Gisele? Hahahaha!
A novela deve estrear em setembro substituindo “I Love Paraisópolis”, que substituirá a atual “Alto Astral” no horário.
Há algum tempo, muito se fala sobre as mudanças que deveriam ocorrer em “Malhação” para que a trama teen volte a ter o poder midiático que possuía no final da década de 90 e início dos anos 2000. Nos últimos anos, vários formatos foram testados e diferentes histórias exploradas a fim de salvar o programa, mas todas as tentativas terminaram fracassadas.
A 22ª temporada de “Malhação”, atualmente no ar, já pode ser considerada a melhor da história recente e vem surpreendendo o público capítulo a capítulo pela trama e consistência dos atores, mesmos os mais novos, como a Isabella Santoni, que vive a Karina, grata surpresa da televisão. Indiscutivelmente a melhor atriz da temporada, cuja personagem enfrenta o drama de saber que tudo ao ser redor – namoro, paternidade, amigos… – era mentira. Isabella roubou todas as cenas recentes, levando seu papel de coadjuvante à principal da novela.
Rafael Vitti como Pedro também é uma das maiores revelações dos últimos tempos na TV, assim como Bruna Hamu, que, apesar de ter sido engolida por Isabella, vive a elogiada Bianca, além do já conhecido Arthur Aguiar. O quarteto tem sido aceito nas redes sociais, mas principalmente por conta do texto bem escrito e enredo atraente do folhetim. Mas não são só os “protagonistas” os acertos desta “Malhação”. Cobra (Felipe Simas) e Jade (Anaju Dorigon) têm química com o público, mesmo nos papéis de vilões. Outros que terão vida longa na dramaturgia.
Somado ao show que atores estreantes dão em frente às câmeras, o equilíbrio vem da experiência de artistas como Marcelo Faria, Eriberto Leão e Emanuelle Araújo.
A grande verdade é que os órfãos das temporadas de ouro de “Malhação” puderam enfim voltar à TV. Os autores Rosane Svartman e Paulo Halm provam que basta uma boa história, recheada por um elenco interessante, para que o público jovem volte a se interessar pela novela. Um presente ao telespectador, aos “filhos” de “Malhação” e, principalmente, à TV Globo, no aniversário de seus 50 anos.
Aguinaldo Silva, o criador de histórias que já entraram pra história da TV, e o único insano que acreditou que, mesmo eu sendo eu, poderia protagonizar uma novela das 21:00 da Rede Globo. Em um papel onírico me apresentou seu comendador José Alfredo Medeiros, deixou-me metamorfoseá-lo em carne, osso, pele, cabelos e tecido adiposo, assim se tornou nosso Comendador Zé Alfredo. E quando digo "nosso" não digo meu e dele, e sim de todo um elenco, da equipe, dos espectadores, do carnaval, do boteco, dos salões de beleza, do taxi, ônibus, do futebol (sim, parece que muitos homens voltaram a assistir novela - ou pelo menos agora assumiram-) das feiras e mercados, dos bingos das igrejas, das ruas, enfim, da grande parte dos brasileiros. Papinha, mestre da gentileza, dono da visão, do bom senso e bom companheiro de copo, Pedrinho Vasconcelos, o maestro the flash de coração imenso e sua deliciosa, apetitosa, cheirosa, festiva, xuxuzim, e doce equipe.
Lilia Cabral, que já foi minha gentil colega na recepção de um novato, agora amiga, parceira nessa "comissão de frente" e a nossa grande "dama-líder", nossa "nave-mãe" neste nosso Star Wars.
Drica, nunca te vi, sempre te amei! "Filhos", Leandra, Caio, Andrea e Daniel, como deve ser bom ser pai de vcs. Amigo eu sei que é!
Marina, menina-mulher, guerreira que não deixou se abalar pela maldade e inveja alheia. Vc é fada!
Joaquim, Suzy, Ju e Zé Mayer: "família" que amei tanto que chego a odiar. Maria Ribeiro, eu te amo de tanto que vc odeia. Seu Othon, Bomfim e dona Laura, só de poder chamá-los de colega já me considero um sucesso!
Santos e demônios de Santa Tereza, minha melhor gargalhada e reza. Outros amados do elenco que não citei nome por falta de espaço ou paciência em escrever: Já sabemos que vamos criar uma comunidade alternativa e viver todos juntos lá, né?!
Equipe e produção se desdobrando para tentar fazer nada menos que o melhor. Admiradores (seja meu ou do comendador), A todos que de alguma forma estiveram por perto ou na torcida MUITO OBRIGADO E... ... Que venham todos os fins, por que eu sei recomeçar."
Trabalho maravilhoso do Othon Bastos e Caio Blat nas ultimas semanas. Acredito que o autor tenha mudado toda a trama, porque a novela nunca deu indícios de que se trataria de uma vingança entre filho e pai, Aguinaldo deve ter inventado isso de ultima hora depois que a Drica saiu da trama. Leandra Leal num papel chatooooo, Andreia Horta mais uma vez apagada, Carmo desnecessário, Lilia Cabral sempre deusa, Maria Ribeiro deveria ter aparecido no ultimo capítulo e Nero, bom, não é meu ator preferido, mas é ótimo atuando, a novela que era lixosa mesmo. PS: Carlos e Julho (Blat e Othon Bastos... #Eramos SeisFeelings)
Paolla Oliveira fez tanto sucesso na minissérie Felizes Para Sempre?, que está sendo requisitada por vários diretores dentro da Globo. Segundo a colunista Patricia Kogut, de O Globo, a atriz vai encarar um novo desafio.
A intérprete de Danny Bond na minissérie escrita por Euclydes Marinho será a grande vilã na novela Além do Tempo, seu primeiro papel no estilo.
Paolla vai contracenar com Alinne Moraes, que está afastada das novelas desde O Astro. A atriz será a mocinha da história que Elizabeth Jhin escreve para a faixa das 18h.
Alinne Moraes já tem “mãe” na próxima novela das seis. Escalada para protagonizar a novela Além do Tempo, que substituirá Sete Vidas em julho, ela será filha da personagem de Ana Beatriz Nogueira na história.
O par romântico de Alinne na trama será Rafael Cardoso, que nesta sexta (13) se despede do papel de Vicente em Império. Já as vilanias ficarão por conta das atrizes Irene Ravache e Paolla Oliveira. A história, conhecida até pouco tempo pelo título provisório de Encontro Marcado, terá por panos-de-fundo centrais o espiritismo e a cabala.
De férias da TV desde o final da novela "Em Família", a atriz Giovanna Antonelli está mais do que confirmada no elenco de "Favela Chique". No folhetim de João Emanuel Carneiro que irá substituir "Babilônia", substituta de "Império", Giovanna vai reviver o par romântico com Murilo Benício, seu ex-marido. Eles atuaram juntos em "O Clone", de 2001.
Em entrevista ao jornal "O Globo", o autor deu detalhes do papel da atriz: "Giovanna será uma vilã torta, a grande coringa da história. Uma mulher equivocada, com moral particular, mas capaz de amar". Na trama que se passará em uma comunidade carioca e com estreia prevista para outubro, a atriz vai se envolver em um triângulo amoroso com os personagens de Murilo e de Andreia Horta. "O meu principal vilão agora será um homem", completou João Emanuel se referindo ao papel que vai caber a Murilo Benício.
Trama terá Cauã Reymond e Carolina Dieckmann no elenco
A escalação para a próxima trama do autor de "Avenida Brasil" segue a todo vapor. O elenco terá ainda Cauã Reymond. Já Marcos Caruso vai interpretar um ricaço. Outro que retornará às novelas é Fábio Assunção, assim como Juliano Cazarré.
Já para Carolina Dieckmann está assegurado um papel de destaque, enquanto Susana Vieira terá que usar dreadlocks para viver uma líder comunitária. Em entrevista ao jornal "O Dia", Susana, intérprete da Adis Abeba (nome da capital da Etiópia, que significa "nova flor"), garantiu: "Vou botar para ferver aquele morro".
Susana Vieira mudará completamente de visual para seu novo trabalho na TV. A atriz vai usar dreadlocks para dar vida a uma líder comunitária na novela "Favela Chique", de João Emanuel Carneiro, que terá Andreia Horta como protagonista. As informações são do colunista Ancelmo Gois, do jornal "O Globo" desta terça-feira (9).
Ainda segundo o jornalista, ela será ex-dona de prostíbulo e vai disputar o amor do mesmo homem com Cássia Kis Magro. O trabalho mais recente de Susana na TV foi na série "Eu Que Amo Tanto", na qual protagonizou cenas de nudez. "Com retoque, acho que dá", brincou ela sobre as sequências.
Elenco de 'Favela Chique" já está sendo montado
Cauã Reymond vai repetir a dobradinha com o autor, ocorrida em "Da Cor do Pecado", "A Favorita" e "Avenida Brasil". Ele está confirmado no elenco da trama e fechou sua participação em abril deste ano. Juliano Cazarré também já está certo no folhetim e dará vida a um MC, um cantor de funk. Outro que voltará a trabalhar com João Emanuel será Marcos Caruso. Após interpretar o suburbano Leleco em "Avenida Brasil", agora ele será um ricaço em "Favela Chique".
Quem voltará às novelas no folhetim será Fábio Assunção. Segundo o site "Overtube", a escalação do ator será confirmada após o seu desligamento da série de humor "Tapas & Beijos". Ainda não se sabe exatamente quando será exibido o último episódio, apenas que em 2015. Carolina Dieckmann terá um papel de destaque da novela, que será rodada no Rio de Janeiro e terá ares contemporâneos.
Afastado dos folhetins desde o fim de "O Rebu", Tony Ramos volta ao ar como um vilão na "novela Favela Chique", de João Emanuel Carneiro, que substituirá "Babilônia" em novembro. De acordo com o colunista de TV Daniel Castro, ele será o bandido Zé Boi na trama protagonizada por Alexandre Nero, que assumiu o papel no lugar de Murilo Benício.
Murilo teria imposto algumas exigências para gravar a novela. Uma delas era não ter que contracenar com Giovanna Antonelli, sua ex-mulher, mãe do seu filho Pietro, de 9 anos. A atriz será uma vilã e formaria um casal com Murilo no folhetim. Andreia Horta também deixou o elenco de "Favela Chique" após a escalação de Alexandre Nero. No ar em "Império", os atores vivem pai e filha, José Alfredo e Maria Clara, na novela de Aguinaldo Silva. Para não ter a imagem associada ao novo protagonista em pouco intervalo de tempo, a direção da Globo optou por afastar a atriz da trama de João Emanuel Carneiro.
Contar com Tony Ramos no elenco de suas novelas é um desejo antigo do autor de "Avenida Brasil". O ator, que completou no ano passado 50 anos de carreira, fez uma participação importante no primeiro capítulo na história de João Emanuel. Tony interpretou o pai de Nina (Débora Falabella) e marido da vilã Carminha (Adriana Esteves). O personagem, mesmo fora de cena, foi o fio condutor de toda a trama.
Sophia Abrahão não vai mais fazer Favela Chique, novela de João Emanuel Carneiro que substituirá Babilônia em outubro. De acordo com o colunista Flávio Ricco, a atriz chegou a se submeter a alguns testes para um dos principais papéis da história, mas acabou dispensada pela diretor geral da trama, Amora Mautner.
Conforme o Portal Overtube noticiou ontem, Sophia e Giovanna Lancellotti estavam entre as favoritas para ficar com a personagem, cuja identidade não foi divulgada. Com isso, Giovanna agora é o nome mais cotado para a vaga. As duas atrizes, vale lembrar, são colegas de elenco atualmente na novela Alto Astral, onde dão vidas às amigas-e-rivais Gaby e Bélgica.
De acordo com informações do jornal O Globo, o folhetim se chamará "Além do Tempo" e terá direção-geral de Rogério Gomes.
A protagonista e vilã também já foram definidas. Alinne Moraes, que está afastada das novelas desde "O Astro", será a mocinha. E Paolla Oliveira dará vida à vilã.
Depois de mexer com o imaginário do público como a estonteante Danny Bond, na minissérie"Felizes Para Sempre?", a atriz Paolla Oliveira já tem previsão de retorno às novelas da Globo. Ela foi confirmada como a vilã da novela "Além do Tempo", de acordo com a colunista Patrícia Kogut, do jornal "O Globo". A trama escrita por Elizabeth Jhin entra no lugar de "Sete Vidas", que estreou nesta segunda-feira (9). A direção é de Rogério Gomes, o Papinha, envolvido com as últimas emoções da novela "Império".
Essa será a segunda vez de Paolla no time dos malvados. Em 2009, ela deu vida à vilã Verônica na novela "Cama de Gato".
1 - Você declarou, por ocasião da estreia de Tropicaliente: “Costumo dizer que essa é uma novela de mil amores e um único ódio, o mais terrível, que é de filho para mãe”. Como o senhor concebeu a trama de Tropicaliente? O que motivou a criação de um personagem tão complexo quanto Vitor Velásquez (Selton Mello)?
Tropicaliente começou a surgir quando Paulo Ubiratan, então diretor responsável por todas as novelas da Globo, me disse que gostaria de ter no ar uma novela com muito sol e muita gente bonita. Ele mesmo sugeriu Fortaleza como local para as gravações. Na semana seguinte fui para o Ceará com ele e Mario Lucio Vaz, então diretor artístico da Globo, os dois homens que mais entendiam de novelas na casa. Por quatro dias rodamos as praias pesquisando aquele universo e voltei com a trama e os personagens já esboçados. A escolha do Selton foi aposta do Paulo Ubiratan, que conseguia sentir logo quando estava diante de um grande ator. Confesso que tive receio de entregar a um principiante o papel de Vitor Velásquez, jovem cheio de conflitos, porém mais uma vez o meu amigo Paulinho acertava na mosca.
A substituta de Tropicaliente, Despedida de Solteiro, também é de sua autoria. Por que o público do VIVA deve acompanhar a próxima novela?
Gosto muito do resultado conseguido pelos atores, por mim e pela equipe de Despedida de Solteiro. Foi um desafio para todos porque tivemos apenas 30 dias entre a encomenda da novela e a estreia no ar. Explico: naquele momento estava em adiantado processo de produção a obra de Ivani Ribeiro, Mulheres de Areia. Porém, a um mês do lançamento a protagonista Glória Pires avisou que havia engravidado. Então fui chamado às pressas e me deram a tarefa de encontrar uma saída porque Ivani insistia no nome da Glorinha para fazer as gêmeas Ruth e Raquel, o que diante da circunstância seria impossível. Por outro lado, os cenários e a cidade cenográfica estavam construídos e não haveria tempo para mudar nada daquilo. Então, direção e produção colocaram todas aquelas plantas baixas da cenografia e me desafiaram: “invente uma história pra colocar nesses ambientes”. Foi o que fiz, nada mais que isso. Assim é a televisão, onde o imprevisível acontece e às vezes nos inspira, nos ajuda a criar.
Rui Vilhena optou por um final pouco convencional para a novela "Boogie Oogie". Apesar de ter sido criticado durante os oito meses em que a trama esteve no ar por ter uma dramaturgia permeada por clichês, o autor abriu mão da cena mais clichê dos desfechos de folhetim: o casamento. Sandra (Isis Valverde), a azarada mocinha que tentava se casar desde o primeiro capítulo, chegou ao final do história sem conseguir dizer "sim" para Rafael (Marco Pigossi) no altar.
Conforme prometido, a revelação do misterioso atropelador só foi aconteceu no último capítulo, que foi ao ar nesta sexta-feira (06). A delegada Ágata (Pepita Rodrigues), mais conhecida pela alcunha de "O Corvo" - um bandido famoso -, ficou impune, já que Homero (Osvaldo Mil) foi flagrado tentando atropelar Vitória (Bianca Bin) e acabou "pagando o pato" pelos assassinatos que não cometeu. Outra surpresa foi a carta deixada por Carlota, revelando um detalhe importante de seu segredo que ainda estava omitido. A vilã terminou sozinha, porém de posse das joias caríssimas que ela roubou na fatídica noite da confusão na boate Vogue.
O último quase foi o primeiro
Fechar uma história quase da mesma maneira que ela começou não foi uma má escolha. Do ponto de vista dramatúrgico o recurso é interessante e, ainda que seja difícil acreditar que tantos detalhes tenham se repetido na vida de Sandra - como o vestido de noiva manchado, por exemplo - foi fácil entender qual era a intenção do autor. Porém, a expectativa de ver a mocinha ter o seu final feliz colocando a aliança no dedo, ficou apenas no âmbito do subentendido.
Se Ísis Valverde brilhou com sua interpretação emocionada no primeiro capítulo, esta foi a vez de Marco Pigossi. O ator esteve excepcionalmente bem na sequência em que Rafael fala com o sequestrador de sua noiva pelo rádio do avião e dá instruções a Pedro, na tentativa de evitar a tragédia. Com toda a angústia e desespero do piloto estampadas em seu rosto, ele conseguiu demonstrar o autocontrole necessário ao momento, na pele do personagem. O que dizer então da corrida até o local do acidente - como a de Sandra no primeiro capítulo -, em que ele finalmente solta o choro? Impossível não se comover também do lado de cá da TV.
Vitória, a garota que tanto meteu os pés pelas mãos e chegou a ganhar ares de vilã em alguns momentos, deu a maior prova de amor de toda a trama, ao salvar a vida da rival. Esse gesto, além de heróico, foi uma demonstração de seu altruísmo e da grandeza do sentimento que ela tem pelo piloto. Foi a maneira de mostrar o quanto a loirinha quer vê-lo feliz e que sabe que só conseguirá esse feito ao lado de Sandra. Bianca Bin, sem texto, foi brilhante na execução da cena, transpondo toda a emoção da personagem no olhar de Vitória para Rafael.
Sem casamento, o final feliz foi na pista da Boogie Oogie
Se Rui Vilhena evitou o clichê do casamento no final, não abriu mão do sequestro. Medida drástica geralmente tomada pelos vilões, como sendo um último recurso para atingir seus objetivos, o crime aparece na maioria dos fins de novela e não foi diferente em "Boogie Oogie". Em vez do casório, porém, os personagens se despediram dançando na pista da discoteca.
Mas como foi dito pelo autor em entrevista ao Purepeople, quando a novela alcançou o capítulo 100, a proposta da trama era mostrar um novelão "clássico com tempero novo". A inversão de papeis no último capítulo corrobora isso: a mocinha foi salva pela rival, que se redimiu se tornando heroína. E com isso um personagem feminino faz as vezes do célebre "príncipe encantado que salva a princesa" no imaginário coletivo, o que condiz muito bem com a realidade atual. Em tempo: a dúvida plantada sobre a relação de Beto (Rodrigo Simas) com Vitória, inclusive, foi outro acerto.
Embalada pelos sucessos da disco e cheia reviravoltas, segredos revelados, assassino misterioso, e histórias de amor, "Boogie Oogie" vai deixar saudades. Para além de ser ambientada na década de 70, a trama resgatou também o clima e a dinâmica das ótimas novelas dessa época. Mesmo com a ausência do casamento, o único senão deste último capítulo, não perde o mérito de ter sido empolgante e divertida, uma novela que prendeu o telespectador e o deixou com vontade de ver mais em cada final de capítulo, desde o primeiro até o último.
Parabenizo Rui Vilhena e toda a equipe pelo excelente texto da novela. Muita gente reclamou dos clichês, mas considero que a trama foi ao mesmo tempo clássica e original. Histórias simples, que ficaram ainda mais interessantes com a beleza de uma época sem internet e sem celular, com o glamour da discoteca, e o divertido toque dos patins.
E com um elenco extremamente competente - difícil destacar apenas alguns, mas é imprescindível citar os talentos de Fabíula Nascimento, Giovanna Rispoli, Bianca Bin, Thaís de Campos e, claro, Alessandra Negrini, que deu vida a uma das personagens mais divertidas da novela. Aliás, houve personagens divertidos de sobra, cheios de acidez e ironias, e grandes "filosofias".
Se questões como troca de bebês e outras são assuntos já muito utilizados na teledramaturgia, desta vez o diferencial foi a agilidade - grandes revelações aconteceram logo no começo, quando não havia espaço algum pra enrolações, e os capítulos frequentemente terminavam de forma instigante. Quem diz que a novela se perdeu por isso ou aquilo é porque certamente não acompanhou tudo.
Podem dizer que estou exagerando, mas pra mim esta foi talvez a melhor novela do horário desde o início do século, com certeza a melhor dos últimos dez anos.
Boogie Oogie foi uma grata surpresa, que mostrou que a simplicidade tem seu mérito, e pode sim funcionar muito bem!
“E A DISCOTECA ACABOU...A DESPEDIDA DE BOOGIE OOGIE”
Por: Aladim Miguel
Todo gênero precisa de frescor e novas ideias de tempos em tempos para se renovar e ganhar fôlego. Foi isso que aconteceu com a telenovela ao receber “Boogie Oogie” em sua história. Por que não resgatar a essência do folhetim? O início de tudo... Um caminho brasileiro que começou nos anos 50, vindo do rádio, e que conquistou multidões no Brasil e no mundo. É bom quando se deixa de lado o “mais do mesmo” usual e se apresenta novos estilos de se desenvolver um roteiro de telenovela com um pé no freio de uma já comum estética clipada, que foge até da capacidade visual humana de se acompanhar as tramas por sua tamanha velocidade. Uma trama dos anos 70 tem que ter o tempo dos anos 70.
Pois bem, “Boogie Oogie” já chamou atenção logo na sua primeira chamada, que mostrava uma sala comum se transformando em discoteca com os convidados na pista ao som de “Got To Be Real”, de Cheryl Lynn, e com a convidativa narração “A discoteca voltou!”. Só isso já bastou para despertar a curiosidade do público televisivo das 6 da tarde já acostumados com as tramas de época. O primeiro capítulo perfeito só confirmou as melhores expectativas em relação a charmosa trama que foi agradável até o seu emocionante último capítulo.
Bons ganhos, personagens fortes, poucos núcleos em tramas muito bem amarradas e capítulos bem estruturados trouxeram de volta o interesse do público em saber o que aconteceria no capítulo do dia seguinte. A brilhante abertura ao som de “That The Way (I Like It)”, com KC and The Sunshine Band, no início de cada capítulo também foi um bom resgate e funcionou como um convite ao clima setentista da trama.
Outro fator essencial que contribuiu para o interesse do público pela trama foi o fato dela se situar nos cultuados Anos 70, uma década que sacudiu os costumes brasileiros com sua moda, seu comportamento transgressor e por sua eletrizante música, principalmente a internacional. Até a platéia avessa as telenovelas demonstrou certo interesse no flashback global recheado de clássicos inquestionáveis da Era Disco.
Rui Vilhena, o autor moçambicano estreante nas telenovelas brasileiras, e sua equipe de colaboradores, souberam sugar para seus textos o que de mais bacana a cultura pop, brasileira e americana, ofereceu naquela década e fizeram disso um biscoito fino para sua obra. Soma-se a tudo isso uma direção segura da dupla Ricardo Waddington e Gustavo Fernandez.
O elenco também merece destaque por ter se mostrado afiadíssimo durante os 185 capítulos desenvolvidos durante os 7 meses em que a telenovela esteve no ar. O trio de protagonistas Ísis Valverde (Sandra), Marco Pigossi (Rafael) e Bianca Bin (Vitória) seguraram a trama principal com simpatia e carisma, vivendo um triângulo amoroso diferenciado, bem mais leve do que os já vistos em outras telenovelas.
Vários núcleos paralelos também se saíram muito bem. O núcleo da mansão dos “Fragas”, liderados pela enlouquecida Carlota (Uma Giulia Gam brilhante), contou com personagens bem defendidos por atores seguros como Betty Faria (que teve de volta um papel a altura de sua trajetória televisiva), Marco Ricca (Fernando) e Bruno Garcia (Ricardo).
Duas comediantes, presenças perigosíssimas em telenovelas por seus vícios em fazer rir, foram surpresas: Heloísa Périssé (Beatriz) e Alexandra Richter (Luísa) estavam ótimas em atuações sérias e centradas.
A casa da simpática aeromoça Inês (Deborah Secco), uma autêntica “pantera” dos anos 70, reuniu um grupo divertido e lembrou muito o clima de intimidade das comunidades hippies que tanto afloravam nessa década retratada. Com Suzana (Alessandra Negrini, como sempre muito a vontade em papéis atrevidos e sensuais) e Tadeu (Fabrício Boliveira), ela formou um trio que demonstrou a força de uma amizade verdadeira.
A turma infanto-juvenil contou com talentos promissores como os de Giovanna Rispoli (a pimentinha Cláudia), José Victor Pires, Júlia Davalia e João Vithor Oliveira.
Com um elenco bastante equilibrado, vale destacar também as ótimas atuações de José Loreto, Letícia Spiller, Daniel Dantas, Thais de Campos Guilherme Fontes, Fabíula Nascimento, Maria João Bastos, Caco Ciocler, Rodrigo Simas, Alice Wegmann, Sandra Corveloni, Rita Elmor, Osvaldo Mil, Élcio Romar, Tathi Lopes, Ana Rosa, Zezé Motta, Priscila Fantin e o grande Francisco Cuoco, sempre um brilho a mais nas suas participações em telenovelas.
Participações especiais de luxo foram a cereja do bolo: Elias Gleizer, Laura Cardoso, Luiz Carlos Miéli, Leiloca (uma das Frenéticas), Neusa Borges Joana Fomm e Pepita Rodriguez, essas três últimas clássicas atrizes fizeram parte do elenco de “Dancin’ Days”, em 1978, a maior inspiração de “Boogie Oogie”.
Enfim, a telenovela chegou ao seu final como chegou ao fim a onda Disco. Mas permanecerá viva na memória afetiva dos telespectadores, como a discoteca permanece viva até hoje, por ter proporcionado um grande momento na história da teledramaturgia brasileira. Vai deixar saudades! Com certeza iremos nos reencontrar no Vale a Pena Ver de Novo daqui a alguns anos..
Velho Chico
3.7 66 Assista AgoraCotado para um papel importante em “Velho Chico”, novela das 18h da Globo, Eriberto Leão vai tirar duas semanas de férias quando “Malhação” chegar ao fim. De setembro a dezembro, sairá em turnê com a peça “Jim”. Irá de Manaus ao Rio Grande do Sul.
Velho Chico
3.7 66 Assista AgoraEriberto Leão está cotado para um personagem importante em “Velho Chico”, história que Edmara Ruy Barbosa escreve com o filho, Bruno, para as 18h. O ator, que estrelou várias novelas de Benedito Ruy Barbosa adaptadas por Edmara, repetirá também a parceria com o diretor Rogério Gomes.
Babilônia
2.7 140Em crise no Ibope, Babilônia sofrerá ajustes profundos nos próximos dias. Depois de ganhar nova vinheta de abertura, a novela das nove da Globo passará por uma reconfiguração na fotografia, que ficará mais iluminada, sem penumbras. E uma personagem central terá uma correção radical de rota. Alice, vivida por Sophie Charlotte, não será mais garota de programa, como estava previsto em sinopse e em capítulos já entregues à produção.
Pressionada, a Globo decidiu dar a ela uma jornada de mocinha menos ousada.
A Globo irá jogar fora cenas de vários capítulos, das duas próximas semanas, que mostrariam Alice se tornando prostituta. Novas cenas estão sendo escritas. “Alice em nenhum momento vai fazer programa”, adianta Ricardo Linhares, coautor de Babilônia. Segundo ele, a mudança no rumo de Alice é um ajuste para adequar a novela à classificação indicativa. Ou seja, além de enfrentar resistência de parte do público mais conservador, a trama também correria o risco de ser reclassificada como imprópria para menores de 14 anos, o que poderia prejudicar sua exibição em território com fuso horário diferente do de Brasília.
Alto Astral
3.4 61Silvio de Abreu adora colocar um "brucutu" falando errado, repetitivo!!!
Laços de Família
3.7 202 Assista Agora♫... Os Livros na estante já não tem mais tanta importância
Do muito que li, do pouco que sei, nada me resta
A não ser, a vontade de te encontrar
O motivo eu já nem sei, nem que seja só para estar ao seu lado,
Só pra ler no seu rosto uma mensagem de Amor... ♫
América
3.3 139 Assista AgoraSol, uma das melhores mocinhas de novela, como eu amo AMÉRICA!
Babilônia
2.7 140Desastre no Ibope obriga Globo a relançar Babilônia
A Globo lançou neste final de semana uma operação de salvamento de Babilônia. Rejeitada por parte do público e boicotada por evangélicos, a nova novela das nove derrubou a audiência do horário nobre da emissora em 19% e, se não reagir, poderá entrar para a história como o mais baixo ibope das 21h. Desde ontem, para recuperar o público que migrou para SBT e Record, a Globo exibe chamadas introduzindo didaticamente as tramas da novela, em uma ação chamada de “relançamento”. Mudou também a abertura e a apresentação da logomarca.
Nas novas chamadas, que serão intensificadas nesta semana, a mocinha Regina (Camila Pitanga) está sendo apresentada para que quem nunca viu um capítulo de Babilônia entenda o que se passa caso sintonize a novela nesta segunda. “Rio de Janeiro, morro da Babilônia. Aqui vive Regina, uma mulher que se esforça para cuidar da família e tem muito orgulho de seu trabalho. Depois de uma decepção amorosa, ela nunca mais se envolveu com ninguém. Mas Vinicius [Thiago Fragoso] está conseguindo aos poucos mudar essa história”, diz a chamada.
Os intervalos também estão sendo bombardeados por chamadas apresentando tramas paralelas, como a do “político picareta” Aderbal (Marcos Palmeira) e do romance entre Rafael (Chay Suede) e Laís (Luisa Arraes), um Romeu e Julieta contemporâneo. O esforço envolve também o jornalismo. Neste domingo, Camila Pitanga aparecerá no Fantástico apresentando o morro da Babilônia.
Na nova apresentação da logomarca de Babilônia, o nome da novela aparece sobre um inspirador nascer do sol estilizado. Antes, vinha sobre uma parede de concreto. Desde ontem, a abertura está diferente. Ficou mais clara, com nova animação em computação gráfica.
As mudanças são a primeira reação da Globo à baixa audiência de Babilônia. Por enquanto, nada vai mudar na trama, que tem grande frente de capítulos escritos. Mudanças só ocorrerão após uma reavaliação do departamento de teledramaturgia e de pesquisas com grupos de telespectadores.
Totalmente Demais
3.7 50 Assista AgoraA modelo mais bem paga do mundo, mais conhecida como presidenta de todas as nações, Gisele Bündchen, recebeu uma proposta tentadora para atuar na próxima dàs 19h da Globo.
A informação foi publicada na coluna Outro Canal, assinada pela jornalista Keila Jimenez, da Folha de São Paulo.
Segundo a jornalista, representantes da emissora já entraram em contato com a modelo para fechar uma participação especial na trama.
Ainda sem nome definido, a novela vai abordar o glamour do mundo da moda e das passarelas. “Poderosa”, “Iluminada” e “A Dona do Jogo” estão entre os nomes cotados para o folhetim.
Sério, teria como o título combinar mais com Gisele? Hahahaha!
A novela deve estrear em setembro substituindo “I Love Paraisópolis”, que substituirá a atual “Alto Astral” no horário.
Malhação Sonhos
3.9 83Há algum tempo, muito se fala sobre as mudanças que deveriam ocorrer em “Malhação” para que a trama teen volte a ter o poder midiático que possuía no final da década de 90 e início dos anos 2000. Nos últimos anos, vários formatos foram testados e diferentes histórias exploradas a fim de salvar o programa, mas todas as tentativas terminaram fracassadas.
A 22ª temporada de “Malhação”, atualmente no ar, já pode ser considerada a melhor da história recente e vem surpreendendo o público capítulo a capítulo pela trama e consistência dos atores, mesmos os mais novos, como a Isabella Santoni, que vive a Karina, grata surpresa da televisão. Indiscutivelmente a melhor atriz da temporada, cuja personagem enfrenta o drama de saber que tudo ao ser redor – namoro, paternidade, amigos… – era mentira. Isabella roubou todas as cenas recentes, levando seu papel de coadjuvante à principal da novela.
Rafael Vitti como Pedro também é uma das maiores revelações dos últimos tempos na TV, assim como Bruna Hamu, que, apesar de ter sido engolida por Isabella, vive a elogiada Bianca, além do já conhecido Arthur Aguiar. O quarteto tem sido aceito nas redes sociais, mas principalmente por conta do texto bem escrito e enredo atraente do folhetim. Mas não são só os “protagonistas” os acertos desta “Malhação”. Cobra (Felipe Simas) e Jade (Anaju Dorigon) têm química com o público, mesmo nos papéis de vilões. Outros que terão vida longa na dramaturgia.
Somado ao show que atores estreantes dão em frente às câmeras, o equilíbrio vem da experiência de artistas como Marcelo Faria, Eriberto Leão e Emanuelle Araújo.
A grande verdade é que os órfãos das temporadas de ouro de “Malhação” puderam enfim voltar à TV. Os autores Rosane Svartman e Paulo Halm provam que basta uma boa história, recheada por um elenco interessante, para que o público jovem volte a se interessar pela novela. Um presente ao telespectador, aos “filhos” de “Malhação” e, principalmente, à TV Globo, no aniversário de seus 50 anos.
Império
3.4 98"CHECK OUT COMENDADOR
Aguinaldo Silva, o criador de histórias que já entraram pra história da TV, e o único insano que acreditou que, mesmo eu sendo eu, poderia protagonizar uma novela das 21:00 da Rede Globo. Em um papel onírico me apresentou seu comendador José Alfredo Medeiros, deixou-me metamorfoseá-lo em carne, osso, pele, cabelos e tecido adiposo, assim se tornou nosso Comendador Zé Alfredo. E quando digo "nosso" não digo meu e dele, e sim de todo um elenco, da equipe, dos espectadores, do carnaval, do boteco, dos salões de beleza, do taxi, ônibus, do futebol (sim, parece que muitos homens voltaram a assistir novela - ou pelo menos agora assumiram-) das feiras e mercados, dos bingos das igrejas, das ruas, enfim, da grande parte dos brasileiros.
Papinha, mestre da gentileza, dono da visão, do bom senso e bom companheiro de copo, Pedrinho Vasconcelos, o maestro the flash de coração imenso e sua deliciosa, apetitosa, cheirosa, festiva, xuxuzim, e doce equipe.
Lilia Cabral, que já foi minha gentil colega na recepção de um novato, agora amiga, parceira nessa "comissão de frente" e a nossa grande "dama-líder", nossa "nave-mãe" neste nosso Star Wars.
Drica, nunca te vi, sempre te amei!
"Filhos", Leandra, Caio, Andrea e Daniel, como deve ser bom ser pai de vcs. Amigo eu sei que é!
Marina, menina-mulher, guerreira que não deixou se abalar pela maldade e inveja alheia. Vc é fada!
Joaquim, Suzy, Ju e Zé Mayer: "família" que amei tanto que chego a odiar. Maria Ribeiro, eu te amo de tanto que vc odeia.
Seu Othon, Bomfim e dona Laura, só de poder chamá-los de colega já me considero um sucesso!
Santos e demônios de Santa Tereza, minha melhor gargalhada e reza.
Outros amados do elenco que não citei nome por falta de espaço ou paciência em escrever: Já sabemos que vamos criar uma comunidade alternativa e viver todos juntos lá, né?!
Equipe e produção se desdobrando para tentar fazer nada menos que o melhor.
Admiradores (seja meu ou do comendador),
A todos que de alguma forma estiveram por perto ou na torcida
MUITO OBRIGADO
E...
...
Que venham todos os fins, por que eu sei recomeçar."
Império
3.4 98Trabalho maravilhoso do Othon Bastos e Caio Blat nas ultimas semanas. Acredito que o autor tenha mudado toda a trama, porque a novela nunca deu indícios de que se trataria de uma vingança entre filho e pai, Aguinaldo deve ter inventado isso de ultima hora depois que a Drica saiu da trama. Leandra Leal num papel chatooooo, Andreia Horta mais uma vez apagada, Carmo desnecessário, Lilia Cabral sempre deusa, Maria Ribeiro deveria ter aparecido no ultimo capítulo e Nero, bom, não é meu ator preferido, mas é ótimo atuando, a novela que era lixosa mesmo. PS: Carlos e Julho (Blat e Othon Bastos... #Eramos SeisFeelings)
Além do Tempo
4.2 114Paolla Oliveira fez tanto sucesso na minissérie Felizes Para Sempre?, que está sendo requisitada por vários diretores dentro da Globo. Segundo a colunista Patricia Kogut, de O Globo, a atriz vai encarar um novo desafio.
A intérprete de Danny Bond na minissérie escrita por Euclydes Marinho será a grande vilã na novela Além do Tempo, seu primeiro papel no estilo.
Paolla vai contracenar com Alinne Moraes, que está afastada das novelas desde O Astro. A atriz será a mocinha da história que Elizabeth Jhin escreve para a faixa das 18h.
Além do Tempo
4.2 114Alinne Moraes já tem “mãe” na próxima novela das seis. Escalada para protagonizar a novela Além do Tempo, que substituirá Sete Vidas em julho, ela será filha da personagem de Ana Beatriz Nogueira na história.
O par romântico de Alinne na trama será Rafael Cardoso, que nesta sexta (13) se despede do papel de Vicente em Império. Já as vilanias ficarão por conta das atrizes Irene Ravache e Paolla Oliveira. A história, conhecida até pouco tempo pelo título provisório de Encontro Marcado, terá por panos-de-fundo centrais o espiritismo e a cabala.
A Regra do Jogo
3.3 85De férias da TV desde o final da novela "Em Família", a atriz Giovanna Antonelli está mais do que confirmada no elenco de "Favela Chique". No folhetim de João Emanuel Carneiro que irá substituir "Babilônia", substituta de "Império", Giovanna vai reviver o par romântico com Murilo Benício, seu ex-marido. Eles atuaram juntos em "O Clone", de 2001.
Em entrevista ao jornal "O Globo", o autor deu detalhes do papel da atriz: "Giovanna será uma vilã torta, a grande coringa da história. Uma mulher equivocada, com moral particular, mas capaz de amar". Na trama que se passará em uma comunidade carioca e com estreia prevista para outubro, a atriz vai se envolver em um triângulo amoroso com os personagens de Murilo e de Andreia Horta. "O meu principal vilão agora será um homem", completou João Emanuel se referindo ao papel que vai caber a Murilo Benício.
Trama terá Cauã Reymond e Carolina Dieckmann no elenco
A escalação para a próxima trama do autor de "Avenida Brasil" segue a todo vapor. O elenco terá ainda Cauã Reymond. Já Marcos Caruso vai interpretar um ricaço. Outro que retornará às novelas é Fábio Assunção, assim como Juliano Cazarré.
Já para Carolina Dieckmann está assegurado um papel de destaque, enquanto Susana Vieira terá que usar dreadlocks para viver uma líder comunitária. Em entrevista ao jornal "O Dia", Susana, intérprete da Adis Abeba (nome da capital da Etiópia, que significa "nova flor"), garantiu: "Vou botar para ferver aquele morro".
A Regra do Jogo
3.3 85Susana Vieira mudará completamente de visual para seu novo trabalho na TV. A atriz vai usar dreadlocks para dar vida a uma líder comunitária na novela "Favela Chique", de João Emanuel Carneiro, que terá Andreia Horta como protagonista. As informações são do colunista Ancelmo Gois, do jornal "O Globo" desta terça-feira (9).
Ainda segundo o jornalista, ela será ex-dona de prostíbulo e vai disputar o amor do mesmo homem com Cássia Kis Magro. O trabalho mais recente de Susana na TV foi na série "Eu Que Amo Tanto", na qual protagonizou cenas de nudez. "Com retoque, acho que dá", brincou ela sobre as sequências.
Elenco de 'Favela Chique" já está sendo montado
Cauã Reymond vai repetir a dobradinha com o autor, ocorrida em "Da Cor do Pecado", "A Favorita" e "Avenida Brasil". Ele está confirmado no elenco da trama e fechou sua participação em abril deste ano. Juliano Cazarré também já está certo no folhetim e dará vida a um MC, um cantor de funk. Outro que voltará a trabalhar com João Emanuel será Marcos Caruso. Após interpretar o suburbano Leleco em "Avenida Brasil", agora ele será um ricaço em "Favela Chique".
Quem voltará às novelas no folhetim será Fábio Assunção. Segundo o site "Overtube", a escalação do ator será confirmada após o seu desligamento da série de humor "Tapas & Beijos". Ainda não se sabe exatamente quando será exibido o último episódio, apenas que em 2015. Carolina Dieckmann terá um papel de destaque da novela, que será rodada no Rio de Janeiro e terá ares contemporâneos.
A Regra do Jogo
3.3 85Afastado dos folhetins desde o fim de "O Rebu", Tony Ramos volta ao ar como um vilão na "novela Favela Chique", de João Emanuel Carneiro, que substituirá "Babilônia" em novembro. De acordo com o colunista de TV Daniel Castro, ele será o bandido Zé Boi na trama protagonizada por Alexandre Nero, que assumiu o papel no lugar de Murilo Benício.
Murilo teria imposto algumas exigências para gravar a novela. Uma delas era não ter que contracenar com Giovanna Antonelli, sua ex-mulher, mãe do seu filho Pietro, de 9 anos. A atriz será uma vilã e formaria um casal com Murilo no folhetim. Andreia Horta também deixou o elenco de "Favela Chique" após a escalação de Alexandre Nero. No ar em "Império", os atores vivem pai e filha, José Alfredo e Maria Clara, na novela de Aguinaldo Silva. Para não ter a imagem associada ao novo protagonista em pouco intervalo de tempo, a direção da Globo optou por afastar a atriz da trama de João Emanuel Carneiro.
Contar com Tony Ramos no elenco de suas novelas é um desejo antigo do autor de "Avenida Brasil". O ator, que completou no ano passado 50 anos de carreira, fez uma participação importante no primeiro capítulo na história de João Emanuel. Tony interpretou o pai de Nina (Débora Falabella) e marido da vilã Carminha (Adriana Esteves). O personagem, mesmo fora de cena, foi o fio condutor de toda a trama.
A Regra do Jogo
3.3 85Sophia Abrahão não vai mais fazer Favela Chique, novela de João Emanuel Carneiro que substituirá Babilônia em outubro. De acordo com o colunista Flávio Ricco, a atriz chegou a se submeter a alguns testes para um dos principais papéis da história, mas acabou dispensada pela diretor geral da trama, Amora Mautner.
Conforme o Portal Overtube noticiou ontem, Sophia e Giovanna Lancellotti estavam entre as favoritas para ficar com a personagem, cuja identidade não foi divulgada. Com isso, Giovanna agora é o nome mais cotado para a vaga. As duas atrizes, vale lembrar, são colegas de elenco atualmente na novela Alto Astral, onde dão vidas às amigas-e-rivais Gaby e Bélgica.
Além do Tempo
4.2 114De acordo com informações do jornal O Globo, o folhetim se chamará "Além do Tempo" e terá direção-geral de Rogério Gomes.
A protagonista e vilã também já foram definidas. Alinne Moraes, que está afastada das novelas desde "O Astro", será a mocinha. E Paolla Oliveira dará vida à vilã.
Além do Tempo
4.2 114Depois de mexer com o imaginário do público como a estonteante Danny Bond, na minissérie"Felizes Para Sempre?", a atriz Paolla Oliveira já tem previsão de retorno às novelas da Globo. Ela foi confirmada como a vilã da novela "Além do Tempo", de acordo com a colunista Patrícia Kogut, do jornal "O Globo". A trama escrita por Elizabeth Jhin entra no lugar de "Sete Vidas", que estreou nesta segunda-feira (9). A direção é de Rogério Gomes, o Papinha, envolvido com as últimas emoções da novela "Império".
Essa será a segunda vez de Paolla no time dos malvados. Em 2009, ela deu vida à vilã Verônica na novela "Cama de Gato".
Tropicaliente
3.1 24 Assista Agora1 - Você declarou, por ocasião da estreia de Tropicaliente: “Costumo dizer que essa é uma novela de mil amores e um único ódio, o mais terrível, que é de filho para mãe”. Como o senhor concebeu a trama de Tropicaliente? O que motivou a criação de um personagem tão complexo quanto Vitor Velásquez (Selton Mello)?
Tropicaliente começou a surgir quando Paulo Ubiratan, então diretor responsável por todas as novelas da Globo, me disse que gostaria de ter no ar uma novela com muito sol e muita gente bonita. Ele mesmo sugeriu Fortaleza como local para as gravações. Na semana seguinte fui para o Ceará com ele e Mario Lucio Vaz, então diretor artístico da Globo, os dois homens que mais entendiam de novelas na casa. Por quatro dias rodamos as praias pesquisando aquele universo e voltei com a trama e os personagens já esboçados. A escolha do Selton foi aposta do Paulo Ubiratan, que conseguia sentir logo quando estava diante de um grande ator. Confesso que tive receio de entregar a um principiante o papel de Vitor Velásquez, jovem cheio de conflitos, porém mais uma vez o meu amigo Paulinho acertava na mosca.
Despedida de Solteiro
3.4 25A substituta de Tropicaliente, Despedida de Solteiro, também é de sua autoria. Por que o público do VIVA deve acompanhar a próxima novela?
Gosto muito do resultado conseguido pelos atores, por mim e pela equipe de Despedida de Solteiro. Foi um desafio para todos porque tivemos apenas 30 dias entre a encomenda da novela e a estreia no ar. Explico: naquele momento estava em adiantado processo de produção a obra de Ivani Ribeiro, Mulheres de Areia. Porém, a um mês do lançamento a protagonista Glória Pires avisou que havia engravidado. Então fui chamado às pressas e me deram a tarefa de encontrar uma saída porque Ivani insistia no nome da Glorinha para fazer as gêmeas Ruth e Raquel, o que diante da circunstância seria impossível. Por outro lado, os cenários e a cidade cenográfica estavam construídos e não haveria tempo para mudar nada daquilo. Então, direção e produção colocaram todas aquelas plantas baixas da cenografia e me desafiaram: “invente uma história pra colocar nesses ambientes”. Foi o que fiz, nada mais que isso. Assim é a televisão, onde o imprevisível acontece e às vezes nos inspira, nos ajuda a criar.
Boogie Oogie
3.5 102 Assista AgoraRui Vilhena optou por um final pouco convencional para a novela "Boogie Oogie". Apesar de ter sido criticado durante os oito meses em que a trama esteve no ar por ter uma dramaturgia permeada por clichês, o autor abriu mão da cena mais clichê dos desfechos de folhetim: o casamento. Sandra (Isis Valverde), a azarada mocinha que tentava se casar desde o primeiro capítulo, chegou ao final do história sem conseguir dizer "sim" para Rafael (Marco Pigossi) no altar.
Conforme prometido, a revelação do misterioso atropelador só foi aconteceu no último capítulo, que foi ao ar nesta sexta-feira (06). A delegada Ágata (Pepita Rodrigues), mais conhecida pela alcunha de "O Corvo" - um bandido famoso -, ficou impune, já que Homero (Osvaldo Mil) foi flagrado tentando atropelar Vitória (Bianca Bin) e acabou "pagando o pato" pelos assassinatos que não cometeu. Outra surpresa foi a carta deixada por Carlota, revelando um detalhe importante de seu segredo que ainda estava omitido. A vilã terminou sozinha, porém de posse das joias caríssimas que ela roubou na fatídica noite da confusão na boate Vogue.
O último quase foi o primeiro
Fechar uma história quase da mesma maneira que ela começou não foi uma má escolha. Do ponto de vista dramatúrgico o recurso é interessante e, ainda que seja difícil acreditar que tantos detalhes tenham se repetido na vida de Sandra - como o vestido de noiva manchado, por exemplo - foi fácil entender qual era a intenção do autor. Porém, a expectativa de ver a mocinha ter o seu final feliz colocando a aliança no dedo, ficou apenas no âmbito do subentendido.
Se Ísis Valverde brilhou com sua interpretação emocionada no primeiro capítulo, esta foi a vez de Marco Pigossi. O ator esteve excepcionalmente bem na sequência em que Rafael fala com o sequestrador de sua noiva pelo rádio do avião e dá instruções a Pedro, na tentativa de evitar a tragédia. Com toda a angústia e desespero do piloto estampadas em seu rosto, ele conseguiu demonstrar o autocontrole necessário ao momento, na pele do personagem. O que dizer então da corrida até o local do acidente - como a de Sandra no primeiro capítulo -, em que ele finalmente solta o choro? Impossível não se comover também do lado de cá da TV.
Vitória, a garota que tanto meteu os pés pelas mãos e chegou a ganhar ares de vilã em alguns momentos, deu a maior prova de amor de toda a trama, ao salvar a vida da rival. Esse gesto, além de heróico, foi uma demonstração de seu altruísmo e da grandeza do sentimento que ela tem pelo piloto. Foi a maneira de mostrar o quanto a loirinha quer vê-lo feliz e que sabe que só conseguirá esse feito ao lado de Sandra. Bianca Bin, sem texto, foi brilhante na execução da cena, transpondo toda a emoção da personagem no olhar de Vitória para Rafael.
Sem casamento, o final feliz foi na pista da Boogie Oogie
Se Rui Vilhena evitou o clichê do casamento no final, não abriu mão do sequestro. Medida drástica geralmente tomada pelos vilões, como sendo um último recurso para atingir seus objetivos, o crime aparece na maioria dos fins de novela e não foi diferente em "Boogie Oogie". Em vez do casório, porém, os personagens se despediram dançando na pista da discoteca.
Mas como foi dito pelo autor em entrevista ao Purepeople, quando a novela alcançou o capítulo 100, a proposta da trama era mostrar um novelão "clássico com tempero novo". A inversão de papeis no último capítulo corrobora isso: a mocinha foi salva pela rival, que se redimiu se tornando heroína. E com isso um personagem feminino faz as vezes do célebre "príncipe encantado que salva a princesa" no imaginário coletivo, o que condiz muito bem com a realidade atual. Em tempo: a dúvida plantada sobre a relação de Beto (Rodrigo Simas) com Vitória, inclusive, foi outro acerto.
Embalada pelos sucessos da disco e cheia reviravoltas, segredos revelados, assassino misterioso, e histórias de amor, "Boogie Oogie" vai deixar saudades. Para além de ser ambientada na década de 70, a trama resgatou também o clima e a dinâmica das ótimas novelas dessa época. Mesmo com a ausência do casamento, o único senão deste último capítulo, não perde o mérito de ter sido empolgante e divertida, uma novela que prendeu o telespectador e o deixou com vontade de ver mais em cada final de capítulo, desde o primeiro até o último.
Boogie Oogie
3.5 102 Assista AgoraBoogie Oogie - a simplicidade ainda funciona
Parabenizo Rui Vilhena e toda a equipe pelo excelente texto da novela. Muita gente reclamou dos clichês, mas considero que a trama foi ao mesmo tempo clássica e original. Histórias simples, que ficaram ainda mais interessantes com a beleza de uma época sem internet e sem celular, com o glamour da discoteca, e o divertido toque dos patins.
E com um elenco extremamente competente - difícil destacar apenas alguns, mas é imprescindível citar os talentos de Fabíula Nascimento, Giovanna Rispoli, Bianca Bin, Thaís de Campos e, claro, Alessandra Negrini, que deu vida a uma das personagens mais divertidas da novela. Aliás, houve personagens divertidos de sobra, cheios de acidez e ironias, e grandes "filosofias".
Se questões como troca de bebês e outras são assuntos já muito utilizados na teledramaturgia, desta vez o diferencial foi a agilidade - grandes revelações aconteceram logo no começo, quando não havia espaço algum pra enrolações, e os capítulos frequentemente terminavam de forma instigante.
Quem diz que a novela se perdeu por isso ou aquilo é porque certamente não acompanhou tudo.
Podem dizer que estou exagerando, mas pra mim esta foi talvez a melhor novela do horário desde o início do século, com certeza a melhor dos últimos dez anos.
Boogie Oogie foi uma grata surpresa, que mostrou que a simplicidade tem seu mérito, e pode sim funcionar muito bem!
Boogie Oogie
3.5 102 Assista Agora“E A DISCOTECA ACABOU...A DESPEDIDA DE BOOGIE OOGIE”
Por: Aladim Miguel
Todo gênero precisa de frescor e novas ideias de tempos em tempos para se renovar e ganhar fôlego. Foi isso que aconteceu com a telenovela ao receber “Boogie Oogie” em sua história. Por que não resgatar a essência do folhetim? O início de tudo... Um caminho brasileiro que começou nos anos 50, vindo do rádio, e que conquistou multidões no Brasil e no mundo. É bom quando se deixa de lado o “mais do mesmo” usual e se apresenta novos estilos de se desenvolver um roteiro de telenovela com um pé no freio de uma já comum estética clipada, que foge até da capacidade visual humana de se acompanhar as tramas por sua tamanha velocidade. Uma trama dos anos 70 tem que ter o tempo dos anos 70.
Pois bem, “Boogie Oogie” já chamou atenção logo na sua primeira chamada, que mostrava uma sala comum se transformando em discoteca com os convidados na pista ao som de “Got To Be Real”, de Cheryl Lynn, e com a convidativa narração “A discoteca voltou!”. Só isso já bastou para despertar a curiosidade do público televisivo das 6 da tarde já acostumados com as tramas de época. O primeiro capítulo perfeito só confirmou as melhores expectativas em relação a charmosa trama que foi agradável até o seu emocionante último capítulo.
Bons ganhos, personagens fortes, poucos núcleos em tramas muito bem amarradas e capítulos bem estruturados trouxeram de volta o interesse do público em saber o que aconteceria no capítulo do dia seguinte. A brilhante abertura ao som de “That The Way (I Like It)”, com KC and The Sunshine Band, no início de cada capítulo também foi um bom resgate e funcionou como um convite ao clima setentista da trama.
Outro fator essencial que contribuiu para o interesse do público pela trama foi o fato dela se situar nos cultuados Anos 70, uma década que sacudiu os costumes brasileiros com sua moda, seu comportamento transgressor e por sua eletrizante música, principalmente a internacional. Até a platéia avessa as telenovelas demonstrou certo interesse no flashback global recheado de clássicos inquestionáveis da Era Disco.
Rui Vilhena, o autor moçambicano estreante nas telenovelas brasileiras, e sua equipe de colaboradores, souberam sugar para seus textos o que de mais bacana a cultura pop, brasileira e americana, ofereceu naquela década e fizeram disso um biscoito fino para sua obra. Soma-se a tudo isso uma direção segura da dupla Ricardo Waddington e Gustavo Fernandez.
O elenco também merece destaque por ter se mostrado afiadíssimo durante os 185 capítulos desenvolvidos durante os 7 meses em que a telenovela esteve no ar. O trio de protagonistas Ísis Valverde (Sandra), Marco Pigossi (Rafael) e Bianca Bin (Vitória) seguraram a trama principal com simpatia e carisma, vivendo um triângulo amoroso diferenciado, bem mais leve do que os já vistos em outras telenovelas.
Vários núcleos paralelos também se saíram muito bem. O núcleo da mansão dos “Fragas”, liderados pela enlouquecida Carlota (Uma Giulia Gam brilhante), contou com personagens bem defendidos por atores seguros como Betty Faria (que teve de volta um papel a altura de sua trajetória televisiva), Marco Ricca (Fernando) e Bruno Garcia (Ricardo).
Duas comediantes, presenças perigosíssimas em telenovelas por seus vícios em fazer rir, foram surpresas: Heloísa Périssé (Beatriz) e Alexandra Richter (Luísa) estavam ótimas em atuações sérias e centradas.
A casa da simpática aeromoça Inês (Deborah Secco), uma autêntica “pantera” dos anos 70, reuniu um grupo divertido e lembrou muito o clima de intimidade das comunidades hippies que tanto afloravam nessa década retratada. Com Suzana (Alessandra Negrini, como sempre muito a vontade em papéis atrevidos e sensuais) e Tadeu (Fabrício Boliveira), ela formou um trio que demonstrou a força de uma amizade verdadeira.
A turma infanto-juvenil contou com talentos promissores como os de Giovanna Rispoli (a pimentinha Cláudia), José Victor Pires, Júlia Davalia e João Vithor Oliveira.
Com um elenco bastante equilibrado, vale destacar também as ótimas atuações de José Loreto, Letícia Spiller, Daniel Dantas, Thais de Campos Guilherme Fontes, Fabíula Nascimento, Maria João Bastos, Caco Ciocler, Rodrigo Simas, Alice Wegmann, Sandra Corveloni, Rita Elmor, Osvaldo Mil, Élcio Romar, Tathi Lopes, Ana Rosa, Zezé Motta, Priscila Fantin e o grande Francisco Cuoco, sempre um brilho a mais nas suas participações em telenovelas.
Participações especiais de luxo foram a cereja do bolo: Elias Gleizer, Laura Cardoso, Luiz Carlos Miéli, Leiloca (uma das Frenéticas), Neusa Borges Joana Fomm e Pepita Rodriguez, essas três últimas clássicas atrizes fizeram parte do elenco de “Dancin’ Days”, em 1978, a maior inspiração de “Boogie Oogie”.
Enfim, a telenovela chegou ao seu final como chegou ao fim a onda Disco. Mas permanecerá viva na memória afetiva dos telespectadores, como a discoteca permanece viva até hoje, por ter proporcionado um grande momento na história da teledramaturgia brasileira. Vai deixar saudades! Com certeza iremos nos reencontrar no Vale a Pena Ver de Novo daqui a alguns anos..