Últimas opiniões enviadas
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Esperava mais. É fraco em relação ao primeiro. Tem muito menos ação e a protagonista praticamente ficou apagada nessa sequência. A ladainha do "todos felizes para sempre" no final também não me comprou, não. Além disso, o que deveria ser a apoteose do filme, que foi a parte da batalha, até começou bem, mas tinha bem mais potencial de desenvolvimento. E, por fim, o principal de tudo: que menina INSUPORTÁVEL essa princesa. Revirei os olhos em cada cena que ela aparecia. Ou seja: quase o filme todo de olhos virados. O ranço já tinha se instalado desde o primeiro e só se aprofundou mais no segundo.
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Acho meio pedante ficar tentando comparar o livro ao filme, pois cada um possui premissas e propostas distintas. Mas em uma adaptação assim isso é não só suscetível como inevitável. Nesse caso, o livro é denso e complexo demais para ser adaptado pra um longa desse jeito.
O ritmo do filme é bastante acelerado e as coisas só vão sendo jogadas para o espectador sem profundidade alguma. A relação do Ari com os pais foi abordada de maneira muito superficial e a questão com o irmão também foi apresentada de forma rasa; a relação com o Dante não teve muita química (embora tenha adorado a escolha dos atores para o papel). Muitos detalhes importantes foram esquecidos e outros adaptados de uma forma muito diferente e apressada.
Toda essa superficialidade parece ter colocado o Ari em um lugar de rebeldia juvenil bem diferente daquele personagem retratado no livro. Isso foi bem decepcionante.
Enfim, o filme não é horrível, mas o livro merecia bem mais. Talvez uma série, como alguns sugeriram.
Nota 10 pra ambientação oitentista. Maravilhosa.
Últimos recados
- Nenhum recado para Ramon Moura.
A série é fenomenal, mas não é mesmo para qualquer um. É desconfortável do início ao fim e faz você se retorcer assistindo. É no mínimo admirável que o ator que faz o papel principal é o escritor da série e, também, o intérprete de si mesmo na trama, passando por muitas situações de revitimização dos episódios de que foi vítima. Por causa disso, ele te passa muita verdade nas cenas.
A abordagem dos personagens é profunda e sincera e te faz ter raiva, dó, compaixão e empatia em relação a eles, tudo ao mesmo tempo. Isso me causou um sensação de desconforto que, particularmente, gostei.
Além disso, a forma honesta com que o Gadd expôs a si mesmo, inclusive admitindo, ainda que de forma latente, que no fundo gostava da sensação que sua stalker lhe proporcionava e como ele lutou para admitir isso, é muito louvável. Te faz perceber que todo mundo tem o céu e o inferno concomitantemente dentro de si.
A cena final foi um ótimo jeito de concluir o enredo. Naquele momento, angustiado e carente, sentado no balcão de um bar, enquanto escutava um áudio da sua stalker explicando a origem do apelido "baby reindeer", tudo parece ter feito sentido no ponto de vista dele: ao tempo em que parece ter entendido como ela se sentia (nos induzindo inclusive à ideia de que ele criou empatia com isso e meio que se arrependeu de ter feito a denúncia), ele simultaneamente se vê no lugar dela ao ficar fascinado com a migalha de atenção que o barman deu a ele fornecendo uma bebida por conta da casa. Ali ele foi, a um só tempo, observador e observado.