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Últimas opiniões enviadas

  • Rafaela

    5/365 Entre-laços
    Uma das maiores necessidades do ser humano é a de aceitação. Ser aceito por aqueles que amamos.
    Ter a liberdade de sermos quem nós somos parece uma coisa tão natural para nós, mas sim, existem pessoas que essa liberdade é contestada.
    O "amor" acaba se tornando uma moeda de troca para que se adequemos as fórmulas daquilo que consideram certo.
    Sofremos educação e pressão social para sermos aquilo que querem que nós sejamos.
    Ainda é muito complicado, principalmente para pessoas mais "tradicionais", compreender que, para algumas pessoas, aquela "fórmula de sempre" na hora de criar os filhos, não serve.
    Ainda mais difícil é entrar na cabeça delas que uma pessoa pode nascer com um corpo de um gênero o qual não se identifica.
    Falta informação, falta quebra de estereótipos, falta quebra da barreira do preconceito.
    Transexualidade ainda é um assunto tabu que dificilmente é discutida de forma respeitosa na sociedade e na mídia, e consequentemente, muitas vezes tratado de forma preconceituosa pelas pessoas cis hétero e, infelizmente, até mesmo dentro do cenário LGBT+.
    No filme "Entre-Laços" a diretora realizou a missão de desmistificar o máximo possível este assunto, lidando com delicadeza e empatia uma história sobre uma menina que é acolhida por sua tia que é uma mulher transexual.
    A personagem Rinko, apesar de seus traços corporais e faciais que remeterem à um homem, trata as pessoas e a si mesma de forma extremamente delicada e feminina, uma pessoa que conseguiu construir sua própria identidade e autoestima, com sua humildade, força e dedicação, conversando sobre seu processo de transição com sinceridade e naturalidade, e isso conquista o amor e carinho das pessoas à sua volta, seu marido, sua sobrinha, e até mesmo nós, o espectadores.
    Claro, seria essa história praticamente uma utopia comparada com a realidade dura das pessoas trans do Brasil e do mundo.
    A mensagem que este filme quis passar, principalmente para nós, pessoas cis é: uma pessoa trans pode parecer a primeira vista como algo diferente, mas, quem disse que o diferente não pode ser melhor do que aquilo que é imposto como o "correto"?
    O laço de mãe e filha ocorreu e pode ocorrer naturalmente entre uma criança e uma mulher trans. Isso que a história quis dizer. As relações humanas só são complicadas quando colocamos barreiras a nossa frente. Vamos simplificar e quebrar as nossas barreiras para seguirmos juntos em frente. As vezes o amor que precisamos, tanto romântico como familiar, pode vir de alguém que é "diferente".

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  • Rafaela

    4/365 Tully ...
    Existem experiências e sentimentos que mesmo grandes autores e atores não conseguem representar de forma fiel se não forem mulheres. Não que eles não possam compreender, mas muitas vezes falta um pouco de empatia, de colocar-se no papel do outro, do observar a realidade de uma situação, enxergando não só os momentos bons e felizes, mas os momentos mais difíceis também.
    Um assunto que sempre foi representado de forma caricata em filmes e propagandas é a gravidez.
    Muitos relatos hoje em dia, discussões online entre mulheres que trocam experiências sobre depressão pós-parto e puerpério tem conseguido abrir mais a mente das pessoas que viam uma gravidez como algo sagrado, de pura felicidade, intocável.
    A gravidez muitas vezes pode ser uma das fases mais complicadas da vida de uma mulher em que chegam ao limite da exaustão tanto física como psicológica, e Tully (2018) comprou a responsabilidade de mostrar isso sem filtros, sem esconder as dificuldades da protagonista interpretada pela sempre maravilhosa Charlize Theron.
    A atriz nunca tem medo de modificar o corpo para realizar os seus trabalhos, e a maquiagem ajuda a fazer com que ela "suspire" exaustão: a pele que brilha, o cabelo que gruda, as machas na pele, as olheiras no rosto, etc, juntamente com a interpretação brilhante da atriz, torna a experiência de Tully palpável.
    As coisas começam a tranquilizar um pouco após a chegada da babá, que, se pararmos para observá-la, representa tanta coisa, como amizade, apoio, energia, jogo de cintura, esperança, juventude, coisas que faltavam em seu casamento e em si mesma. Os diálogos entre as duas são interessantes, contrastam entre si e ao mesmo tempo passam paciência e sinceridade.
    O plot twist que não era necessariamente um segredo a ser revelado, mas uma realidade a ser percebia, acredito ter sido o "tchãn" do filme.
    Essa obra é uma piscadela para as mulheres que já tiveram filhos, um desabafo sincero para os homens e uma conversa entre amigas para aquelas que ainda não passaram ou não quererem passar por essa experiência. É jogado na nossa cara o "tá vendo o que acontece quando você não está olhando?", colocando para fora todos os mal estares que até pouco tempo mães ensinavam as filhas simplesmente aguentar caladas, não expor, seguir em frente muitas vezes sem dar um tempo para sofrer.
    Tully lutou praticamente sozinha, tirou de si a famosa "força interior que não sabia que tinha", cuidando da casa, duas crianças e um bebê recém nascido, lidando com cansaço, insegurança e baixa autoestima, teve seus momentos de desespero, mas toda dificuldade e o drama que passou poderia ter sido amenizada se tivesse mais atenção das pessoas em volta, mais paciência em ouvi-la e trocar uma ideia. Então, lembre-se que uma mãe é um ser humano, ofereça ajuda, não faça ela passar por tudo sozinha, porque ninguém é inquebrável.

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  • Rafaela

    3/365 She-ha, A princesa do poder
    Um desenho animado que é muito mais do que isso, é um ícone de representatividade. Em uma época em que os animes fazem sucesso entre os meninos com a imagem da mulher hipersexualizada e o comportamento abusivo romantizado, ter uma animação como essa um alívio, e até mesmo corajoso porque vai contra a tendência do mercado de animações seriadas. É divertido, é colorido, para todas as idades e pais e filhos podem assistir juntos.
    Achei o design das princesas genial. Apesar de serem princesas, assim como as princesas mais recentes da disney, são ativas, corajosas, e, principalmente, tem diversidades étnicas, físicas, diferentes estilos de roupas e cabelos que representam diferentes personalidades, quebrando a fórmula que as tornariam todas iguais.
    A história é interessante, passa rápido, tem diversas questões sobre união, amizade, sororidade e, como disse anteriormente, diversidade.
    Tomara que tenham mais animações assim como She-Ra ou Steven Universo que quebram paradigmas, que mostram que está tudo bem em ser quem você é, que está tudo bem uma mulher ser forte e que está tudo bem um homem ser sensível. Comportamentos, sentimentos e cores não tem gênero, e uma criança é muito mais do que só uma menina ou só um menino, eles são um universo em potencial que precisam de mensagens positivas sobre diversidade para que cresçam felizes sendo quem eles são.

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