Filme que fecha a fantástica Trilogia do Silêncio de Ingmar Bergman, O Silêncio é muito mais complexo que seus anteriores. Embora não se possa dizer que são continuações diretas, vemos peculiaridades em cada uma das obras dessa trilogia, como o autoquestionamento, o medo do intangível e o vazio existencial cada vez mais frequente no mundo moderno. Caso procure vastos e trabalhados diálogos como nos filmes de Woody Allen ou Tarantino, favor não assistir essa película, pois ela pega o caminho inverso. Essa obra central do mestre Bergman segue por quase todos seus 96 minutos em absoluto silêncio, com pequenas e fortes falas que dão o caminho da estória. Aqui, o que move o filme é o “Não dito” (ou seria o “Entre Dito”?). Ester, Anna e Johan partem para a Suécia em viagem, parando antes num país desconhecido por conta da doença de Ester que piora e a faz necessitar de mais cuidados, hospedando-se em um grande e desértico hotel. Mesmo possuindo tal doença, que se assemelha à tuberculose, não deixa de extrapolar no consumo de álcool e cigarros, um tipo de fuga de seu estado. Anna é uma mulher bela e fria, vivendo uma vida de tristeza e luxúria, tal como uma fuga da realidade, demonstrando em cada ato bastante ódio para com Ester. É mãe de Johan, um garoto esperto e inquieto, que com a falta de assistência de sua mãe, acaba passando muito tempo vagando pelo imenso hotel. Vemos nesse filme extremo uso de expressões e sensações. Cenas que ocorrem sem explicações claras ou óbvias, levando-nos a mais profunda reflexão que nos faz tentar achar razões ou porquês, como o fato de Johan esconder as velhas fotografias do funcionário do hotel embaixo do tapete. Conceitos niilistas e filosóficos são explorados com cenas improváveis para a época, como cenas de sexo nas cadeiras de um teatro, masturbação feminina, e insinuação ao incesto e lesbianismo, causando grande choque e quebrando barreiras que poucos haviam tentado naqueles anos iniciais da década de 60. Marca de um brilhante diretor muito a frente de seu tempo. Além disso, Bergman nos desafia, explicitando conflitos existenciais, cotidianos e perturbadores. É o tipo de filme que não prende a atenção do início ao fim mas, caso desviemos a atenção por alguns segundos, poderemos ter perdido algo fundamental para o entendimento do filme. Desenho de um vampiro ou alguns anões vestindo o menino de mulher podem significar muito mais do que aparentam... É o tipo de filme que a cada vez que revermos, encontraremos algo que passou despercebido e que nos fará refletir ainda mais na genialidade obtida dos detalhes. Fecha a Trilogia do Silêncio com maestria.
Que filme incrível. E o que falar desse discurso fenomenal de fechamento?? Clássico, histórico, preciso... diz tudo com um sentimento inigualável que só o grande Chaplin poderia realizar.
Mas o filme vai muito além do discurso, tendo como foco a paródia e crítica ferrenha aos ditadores totalitaristas.
O que dizer da cena da discussão dele com Napaloni, Ditador da Bacteria?? Fenomenal!! A cena dele brincando com a bola contendo o mapa mundi?? Precisava dizer algo mais pra se entender??
Ótimo filme. Prende você do início ao fim, com um clima de tensão crescente a cada aparição do Javier Bardem com o seu grande papel, na minha opinião, no cinema. Esse filme não seria nem metade do que é senão tivesse tido uma atuação impecável como a dele. Um dos vilões mais marcantes da história do cinema contemporâneo, com certeza.
O Silêncio
4.1 110Filme que fecha a fantástica Trilogia do Silêncio de Ingmar Bergman, O Silêncio é muito mais complexo que seus anteriores. Embora não se possa dizer que são continuações diretas, vemos peculiaridades em cada uma das obras dessa trilogia, como o autoquestionamento, o medo do intangível e o vazio existencial cada vez mais frequente no mundo moderno.
Caso procure vastos e trabalhados diálogos como nos filmes de Woody Allen ou Tarantino, favor não assistir essa película, pois ela pega o caminho inverso. Essa obra central do mestre Bergman segue por quase todos seus 96 minutos em absoluto silêncio, com pequenas e fortes falas que dão o caminho da estória. Aqui, o que move o filme é o “Não dito” (ou seria o “Entre Dito”?).
Ester, Anna e Johan partem para a Suécia em viagem, parando antes num país desconhecido por conta da doença de Ester que piora e a faz necessitar de mais cuidados, hospedando-se em um grande e desértico hotel. Mesmo possuindo tal doença, que se assemelha à tuberculose, não deixa de extrapolar no consumo de álcool e cigarros, um tipo de fuga de seu estado. Anna é uma mulher bela e fria, vivendo uma vida de tristeza e luxúria, tal como uma fuga da realidade, demonstrando em cada ato bastante ódio para com Ester. É mãe de Johan, um garoto esperto e inquieto, que com a falta de assistência de sua mãe, acaba passando muito tempo vagando pelo imenso hotel.
Vemos nesse filme extremo uso de expressões e sensações. Cenas que ocorrem sem explicações claras ou óbvias, levando-nos a mais profunda reflexão que nos faz tentar achar razões ou porquês, como o fato de Johan esconder as velhas fotografias do funcionário do hotel embaixo do tapete.
Conceitos niilistas e filosóficos são explorados com cenas improváveis para a época, como cenas de sexo nas cadeiras de um teatro, masturbação feminina, e insinuação ao incesto e lesbianismo, causando grande choque e quebrando barreiras que poucos haviam tentado naqueles anos iniciais da década de 60. Marca de um brilhante diretor muito a frente de seu tempo. Além disso, Bergman nos desafia, explicitando conflitos existenciais, cotidianos e perturbadores.
É o tipo de filme que não prende a atenção do início ao fim mas, caso desviemos a atenção por alguns segundos, poderemos ter perdido algo fundamental para o entendimento do filme. Desenho de um vampiro ou alguns anões vestindo o menino de mulher podem significar muito mais do que aparentam...
É o tipo de filme que a cada vez que revermos, encontraremos algo que passou despercebido e que nos fará refletir ainda mais na genialidade obtida dos detalhes. Fecha a Trilogia do Silêncio com maestria.
O Grande Ditador
4.6 804 Assista AgoraQue filme incrível.
E o que falar desse discurso fenomenal de fechamento?? Clássico, histórico, preciso... diz tudo com um sentimento inigualável que só o grande Chaplin poderia realizar.
Mas o filme vai muito além do discurso, tendo como foco a paródia e crítica ferrenha aos ditadores totalitaristas.
O que dizer da cena da discussão dele com Napaloni, Ditador da Bacteria?? Fenomenal!!
A cena dele brincando com a bola contendo o mapa mundi?? Precisava dizer algo mais pra se entender??
Simplesmente fenomenal!!
Onde os Fracos Não Têm Vez
4.1 2,4K Assista AgoraÓtimo filme. Prende você do início ao fim, com um clima de tensão crescente a cada aparição do Javier Bardem com o seu grande papel, na minha opinião, no cinema.
Esse filme não seria nem metade do que é senão tivesse tido uma atuação impecável como a dele.
Um dos vilões mais marcantes da história do cinema contemporâneo, com certeza.
Nascido Para Matar
4.3 1,1K Assista AgoraCara,
esse final com a música do Mickey Mouse expressa totalmente o que esse filme é: Uma dura crítica ao militarismo e o jogo de poder feito pelo EUA.
Ótimo filme, tendo o auge no seu início surpreendente e marcante.