O texto cáustico de Nelson Rodrigues, aliado a boas atuações, escancarou o cinismo de parte da população que acha que todos se vendem e tudo é válido por dinheiro. Para os que criticam os filmes brasileiros, por ser realista ou ter certas cenas “impróprias” para pseudo conservadores e exalta Hollywood, é preciso lembrar que o americano médio criado no rigor do conservadorismo, nunca aceitou bem nudez, mas guerra, violência, inclusive a escravidão que o Velho Testamento, chancela, autoriza e até regulariza, ou seja, na lógica do puritanismo, mulher pelada é um absurdo, mas tiro, morte, violência ficou tão banalizado após décadas de exposição que todos passaram a acham normal na tela...como diz na cena do filme: "brasileiro é cínico pra chuchu",no caso, não só o brasileiro...
Não é uma mera pornochanchada, o texto cáustico de Nelson Rodrigues, aliado a boas atuações e algumas cenas que se tornaram antológicas, escancarou o cinismo de parte da população que acha que todos se vendem e tudo é válido por dinheiro. Se o filme explora nudismo e sexo, a culpa era do próprio espectador brasileiro da época que só ia aos cinemas se tivesse as tais cenas de "mulher pelada" e obrigava praticamente todos os filmes nacionais a usar esse subterfúgio, pra não amargar prejuízo na concorrência desleal da verdadeira pornochanchada. Para os que criticam os filmes brasileiros, por ser realista ou ter certas cenas “impróprias” para pseudo conservadores e exalta Hollywood, é preciso lembrar que o americano médio criado no rigor do conservadorismo, nunca aceitou bem nudez, mas guerra, violência, inclusive a escravidão que o Velho Testamento, chancela, autoriza e até regulariza, Ok, ou seja, na lógica do puritanismo, mulher pelada é um absurdo, mas tiro, morte, violência ficou tão banalizado após décadas de exposição que todos passaram a acham normal na tela...como diz na cena do filme: "brasileiro é cínico pra chuchu",no caso, não só o brasileiro...
O pior vizinho do mundo é o barulhento folgado, desregrado, que ouve música alto a, faz festa de madrugada e outras coisas inconvenientes. Tipo que ficou comum no Brasil...não é nem de longe o caso do Otto, colocaram esse título no filme para vender gato por lebre.
Nos anos 60 o cinema italiano estava no auge, Fellini, Zefirelli e outros faziam a sétima arte e meros não caça níqueis vazios de significado e cheios de pirotecnia para atrair adolescentes aos cinemas de shopping. Já se filmavam sobre o tema, mas quando Sergio Leone percebeu a hipocrisia dos filmes de Hollywood e foi para uma região semi árida da Espanha fazer a “trilogia dólares”, o mundo não imaginava a hecatombe que faria no tradicional cinema western feito nos USA. Antes do “Sphagetti Western”, a referência eram os mocinhos bem barbeados, limpinhos com sorrisos alvos, de conduta inquestionável, que oravam na mesa da refeição para depois ir matar mexicanos retratados como bandidos cruéis ou então pobres ignorantes que criavam galinhas e leitões e precisavam da proteção do “herói” protestante ou ainda, mais frequente, matando índios, para construir uma América puritana em nome de uma moral pseudo cristã. O cinema italiano mudou este paradigma, agora cowboys sujos, com dentes escurecidos, barba mal feita, marcas de expressão se matavam não mais pela moral e bons costumes, mas meramente por dinheiro ou vingança, não havia mais a figura do mocinho, acabou o enfadonho dualismo bem x mal, de repente ficou ultrapassado o bom mocismo ingênuo dos filmes americanos, agora é a vida como ela é, não há lugar para galãs bonzinhos. Este filme virou um clássico e ainda cativa as plateias porque traz inúmeras cenas antológicas, atuações memoráveis, diálogos que fogem do lugar comum e uma trilha sonora inesquecível. Há equilíbrio entre os três personagens, que tentam sobreviver numa terra destruída pela guerra civil tão bem aproveitada no roteiro. Fotografia e planos abertos alternados com closes que marcaram época e cenas de humor e ironia. Envelheceu bem, pois na época não havia o excesso de ação que virou clichê décadas depois, assim o tempo é aproveitado melhor, construindo o enredo e o perfil dos personagens. Mesmo sendo anti-heróis, todos tem seu carisma. A cena do duelo a três já está na história do cinema. Outro mérito é não ter personagens previsíveis, pois não tendo obrigações morais na figura de um representante do bem que terá um final feliz, nunca se sabe o que irão aprontar. Vê-se como Tarantino e outros diretores foram influenciados, seja pelos “longos”-para padrões atuais- diálogos ou cenas adjacentes, talvez quando filmavam, nem imaginavam que tudo ia dar tão certo e se encaixar perfeitamente.Clássico absoluto!
Este filme é pra quem gosta de cinema de verdade, da sétima arte propriamente dita... Viciados em explosões, pirotecnia, efeitos especiais e outras modernidades plastificadas que destacam mais o mero efeito visual que uma boa interpretação ou bom diálogo, não percam tempo com este filme que é um clássico, feito pra uma geração rooths e old school, que sabia apreciar momentos sem pressa, ouvir um disco inteiro, uma música inteira sem pular. Fanboys de TikTok, viciados em ação e filmes vazios de sentimentos com galãzinhos do bem em carros velozes com “finais felizes clichês”, se afastem, não é pra vocês....
Pontos altos do filme: enredo que foge dos clichês, priorizar a história e bons diálogos e não a mera ação gratuita, belas paisagens e fotografia, enaltecer a honra, compromisso, caridade, etc. coisa rara no Brasil atual. Pontos fracos: final mal resolvido, ritmo lento as vezes...
Será que a presidente tosca negacionista e o filho idiota da presidente foi mera coincidência ou foi inspirado em fatos reais? Terraplanistas, trumpistas, anti-ciência odiaram o filme, por várias razões que já sabemos
Vejo muitos comentários aqui criticando certas cenas, mas a história se passa nos anos 40 em Salvador e como tal é o retrato de uma época e lugar, Jorge Amado apenas teve a sensibilidade de captar os costumes de uma época e balancear o carisma cafajeste e lascívia de Vadinho versus a retidão confortável e entediante de Teodoro, seus respectivos ônus e bônus, alguns costumes sociais mudaram pra melhor, mas não dá pra assistir esse filme com a visão crítica do politicamente correto do século XXI...Quanto aos que criticam as cenas de sexo do filme com ares de puritanismo, conservadorismo, tais cenas são necessárias pra entender o contexto de certas situações, no mais, os conventos e seminários estão vazios precisando de candidatos, por que não se inscrevem lá?
Por mais "bobinho" que o filme pareça, é a caricatura da hipocrisia conservadora de muitas cidades pequenas do interior, a inveja venenosa das recatadas, o desdem do cidadão de bem que deseja secretamente a "mulher indecente" e por aí vai...
Nos anos 60 o cinema italiano estava no auge, Fellini, Zefirelli e outros faziam a sétima arte e não caça níqueis vazios de significado e cheios de pirotecnia para atrair adolescentes ao shopping. Já se filmavam sobre o tema, mas quando Sergio Leone percebeu a hipocrisia dos filmes de Hollywood e foi para uma região semi árida da Espanha fazer a “trilogia dólares”, o mundo não imaginava a hecatombe que faria no tradicional cinema western de Hollywood. Antes do “Sphagetti Western”, a referência eram os mocinhos bem barbeados, limpinhos com sorrisos alvos, de conduta inquestionável, que oravam na mesa da refeição para depois ir matar mexicanos retratados como bandidos cruéis ou então pobres ignorantes que criavam galinhas e leitões e precisavam da proteção do “herói” protestante ou ainda, mais frequente, matando índios, para construir uma América puritana em nome de uma moral pseudo cristã. Agradava em cheio os moralistas de plantão, principalmente os “cidadãos de bem” do sul dos USA, lembrando que foram eles quem iniciaram a Guerra Civil Americana(pano de fundo deste filme) que matou 6 milhões, pois queriam a qualquer preço a continuidade da escravidão baseada no Velho Testamento. O cinema italiano mudou este paradigma, agora cowboys sujos, com dentes escurecidos, barba mal feita, marcas de expressão se matavam não mais pela moral e bons costumes, mas meramente por dinheiro ou vingança, não havia mais a figura do mocinho, acabou o enfadonho dualismo bem x mal, de repente ficou ultrapassado o bom mocismo ingênuo dos filmes americanos, agora é a vida como ela é. Este filme virou um clássico e ainda cativa as plateias porque traz inúmeras cenas antológicas, atuações memoráveis, diálogos que fogem do lugar comum. Há equilíbrio entre os três personagens, que tentam sobreviver numa terra destruída pela guerra civil tão bem aproveitada no roteiro. Com uma trilha sonora, fotografia e planos abertos alternados com closes que marcaram época e cenas de humor e ironia. Envelheceu bem, pois na época não havia o excesso de ação que virou clichê décadas depois, assim o tempo é aproveitado melhor, construindo o enredo e o perfil dos personagens. Mesmo sendo anti-heróis, todos tem seu carisma, a cena do duelo a três já está na história do cinema. Outro mérito é não ter personagens previsíveis, pois não tendo obrigações morais, representante do bem que terá um final feliz, nunca se sabe o que irão aprontar. Vê-se como Tarantino e outros diretores foram influenciados, seja pelos diálogos ou cenas adjacentes, como a da ponte por exemplo, talvez quando filmavam, nem imaginavam que tudo ia dar tão certo e se encaixar perfeitamente.
A primeira metade do filme é um tanto lenta e vai incomodar a maioria acostumada a filmes de ação e cheios de pirotecnia de Hollywood, é certo que uma boa editada teria poupado pelo menos meia hora de filme, deixando-o mais dinâmico, sem perder a essência, mas também há ótimas analogias e diálogos.
Por ser escritor, somado ao fato de estar despeitado, podemos supor que boa parte da narrativa é fruto da imaginação de Jon-su, já que o personagem, como é visto em algumas cenas, gosta de deixar a imaginação fluir. Mas para além disso, se formos pra outra linha de raciocínio, há muitas evidências que Ben é um serial Killer e o filme da pistas: o bocejo de descaso, mostrando a falta de empatia, frases como “nunca chorei na vida” entre outras
. Fica também no ar se ele é sexualmente mal resolvido e tem interesse por Jon-su. A maior parábola, no entanto, é a pequena fome que as classes mais baixas precisam suprir e a grande fome que as classes mais abastadas e entediadas procuram, para alguns psicopatas matar girafas ou leões em safaris basta, para outros....
O que realmente incomoda os pseudo conservadores do Brasil, não é cena de nudez, porque no fundo eles gostam de uma sacanagem, tampouco a tal cena de uma adolescente com um pré adolescente, já que muitos desses pseudo conservadores, se tivessem chance e ninguém vendo, também pegariam garotas menores de 18...o que realmente incomoda é escancarar o fato de que homens que pregam a moral e bons costumes, que dizem defender os valores de família e que muitas vezes tem mais de uma(família), na surdina sempre frequentaram bordeis e pior, geralmente pago com dinheiro dos outros, se é que me entendem...o filme é meio lento, mas qualquer coisa que incomode terraplanistas vale no mínimo 3 estrelas...no mais lembrem da cena de 2018 que correu o mundo dos "conservadores" com camisa amarela enchendo a cara entre as garotas de programas semi nuas no bordel Bahamas em São Paulo fazendo dancinha coreografada festejando a Lava-jato...depois claro, um programa com uma prostituta cara e de luxo...
Uma sátira meio trash, meio Black Mirror. Uma caricatura da polarização e discurso de ódio gerados pela extrema direita e esquerda, relativamente recente no Brasil, mas já enraizado em alguns países.
Um filme cheio de nuances, se passa nos anos 50, o auge do "american way of life", e o que o filme faz é desconstruir este sonho utópico, a começar pela crise conjugal, o que é ser bem sucedido ou que o mero consumismo basta pra ser feliz. Uma grande sacada irônica foi colocar um "louco" cheio de cinismo para dizer as verdades que os "cidadãos limitados de bem" não enxergam ou não tem coragem de dizer do tipo "quem quer brincar de casinha, precisa aguentar o dia todo num emprego chato que não suporta" ou "muitas pessoas tem consciência do vazio, mas precisa coragem pra perceber a falta de esperança", de fato o tal "louco" foi o único que entendeu e apoiou o plano de largar tudo e mudar pra Paris, os demais veladamente censuraram porque não aceitam a ideia de sair do senso comum para ser feliz. Nas últimas décadas, essa desconstrução do tal "sonho americano" tem sido um tema recorrente, podemos citar o filmes como "Beleza Americana", "Felicidade", "Ilha das Flores", etc., e a maioria de bandas de rock, MPB, RAP, etc. tem este tema como mote, podemos citar entre tantas, "Ouro de Tolo", "Quando Você Crescer" - Raul; "rotina" - Inocentes, Pink Floyd, Dylan,etc...
Se esse filme tinha a pretensão de ser algo do tipo Jogos, Trapaças e Dois Canos Fumegantes ou Snatch Porcos e Diamentes, deixou a desejar, mesmo assim, vale apena conferir...
Ia escrever sobre enredo, fotografia, contexto histórico, etc., mas como li em alguns comentários...a maior parte do filme tem como pano de fundo a critica à desigualdade, ao coronelismo, ao desprezo das classes dominantes para com o povo, inclusive com o racismo científico criado por Lombroso do estudo do crânio, muito em voga no início do século XX, discriminação dos excluídos, a utopia de alguns miseráveis de tentar mudar o destino se juntando em bandos violentos, mulheres subjugadas, infâncias destruídas e uma gama de crueldades e dificuldades que as pessoas sofrem para sobreviver, mas terraplanistas conservadores que acham normal e compactuam com tudo isso citado, se incomodam justamente e meramente com o detalhe do beijo entre as mulheres...igual aqueles neonazistas que percorrem a Av. Paulista entre mendigos e crianças famintas, não dão a mínima para o sofrimento humano, apesar de levantarem bandeiras cristãs, mas se incomodam apenas com negros, judeus e gays...
O livro "La Fille du Puisatier" deu origem ao filme de 1941, que por sua vez teve essa refilmagem. Podemos notar o contexto histórico de como a mulher era direcionada para o casamento, sendo uma obrigação e exigência social, muito além de ser feliz ou não.
Remake do filme Dirty Rotten Scoundrels (Os Safados) de 1988, este sim, bem melhor que a refilmagem. Mas nesta versão Hathaway rende bons momentos como sempre...
O filme tem um ritmo bom, prende a atenção, ótima trilha sonora, Will Smith e Margot, bens como sempre, mas poderia ter sido melhor, os últimos 10 minutos achei meio non sense...
Anatomia de uma Queda
4.0 796 Assista AgoraUm reboot de Anatomia de Um Crime, mas sem o mesmo carisma dos personagens e as nuances do filme de 1958...
Bonitinha, Mas Ordinária
2.5 189O texto cáustico de Nelson Rodrigues, aliado a boas atuações, escancarou o cinismo de parte da população que acha que todos se vendem e tudo é válido por dinheiro. Para os que criticam os filmes brasileiros, por ser realista ou ter certas cenas “impróprias” para pseudo conservadores e exalta Hollywood, é preciso lembrar que o americano médio criado no rigor do conservadorismo, nunca aceitou bem nudez, mas guerra, violência, inclusive a escravidão que o Velho Testamento, chancela, autoriza e até regulariza, ou seja, na lógica do puritanismo, mulher pelada é um absurdo, mas tiro, morte, violência ficou tão banalizado após décadas de exposição que todos passaram a acham normal na tela...como diz na cena do filme: "brasileiro é cínico pra chuchu",no caso, não só o brasileiro...
Bonitinha, Mas Ordinária
3.1 115Não é uma mera pornochanchada, o texto cáustico de Nelson Rodrigues, aliado a boas atuações e algumas cenas que se tornaram antológicas, escancarou o cinismo de parte da população que acha que todos se vendem e tudo é válido por dinheiro. Se o filme explora nudismo e sexo, a culpa era do próprio espectador brasileiro da época que só ia aos cinemas se tivesse as tais cenas de "mulher pelada" e obrigava praticamente todos os filmes nacionais a usar esse subterfúgio, pra não amargar prejuízo na concorrência desleal da verdadeira pornochanchada. Para os que criticam os filmes brasileiros, por ser realista ou ter certas cenas “impróprias” para pseudo conservadores e exalta Hollywood, é preciso lembrar que o americano médio criado no rigor do conservadorismo, nunca aceitou bem nudez, mas guerra, violência, inclusive a escravidão que o Velho Testamento, chancela, autoriza e até regulariza, Ok, ou seja, na lógica do puritanismo, mulher pelada é um absurdo, mas tiro, morte, violência ficou tão banalizado após décadas de exposição que todos passaram a acham normal na tela...como diz na cena do filme: "brasileiro é cínico pra chuchu",no caso, não só o brasileiro...
O Pior Vizinho do Mundo
4.0 494 Assista AgoraO pior vizinho do mundo é o barulhento folgado, desregrado, que ouve música alto a, faz festa de madrugada e outras coisas inconvenientes. Tipo que ficou comum no Brasil...não é nem de longe o caso do Otto, colocaram esse título no filme para vender gato por lebre.
Três Homens em Conflito
4.6 1,2K Assista AgoraNos anos 60 o cinema italiano estava no auge, Fellini, Zefirelli e outros faziam a sétima arte e meros não caça níqueis vazios de significado e cheios de pirotecnia para atrair adolescentes aos cinemas de shopping. Já se filmavam sobre o tema, mas quando Sergio Leone percebeu a hipocrisia dos filmes de Hollywood e foi para uma região semi árida da Espanha fazer a “trilogia dólares”, o mundo não imaginava a hecatombe que faria no tradicional cinema western feito nos USA. Antes do “Sphagetti Western”, a referência eram os mocinhos bem barbeados, limpinhos com sorrisos alvos, de conduta inquestionável, que oravam na mesa da refeição para depois ir matar mexicanos retratados como bandidos cruéis ou então pobres ignorantes que criavam galinhas e leitões e precisavam da proteção do “herói” protestante ou ainda, mais frequente, matando índios, para construir uma América puritana em nome de uma moral pseudo cristã. O cinema italiano mudou este paradigma, agora cowboys sujos, com dentes escurecidos, barba mal feita, marcas de expressão se matavam não mais pela moral e bons costumes, mas meramente por dinheiro ou vingança, não havia mais a figura do mocinho, acabou o enfadonho dualismo bem x mal, de repente ficou ultrapassado o bom mocismo ingênuo dos filmes americanos, agora é a vida como ela é, não há lugar para galãs bonzinhos. Este filme virou um clássico e ainda cativa as plateias porque traz inúmeras cenas antológicas, atuações memoráveis, diálogos que fogem do lugar comum e uma trilha sonora inesquecível. Há equilíbrio entre os três personagens, que tentam sobreviver numa terra destruída pela guerra civil tão bem aproveitada no roteiro. Fotografia e planos abertos alternados com closes que marcaram época e cenas de humor e ironia. Envelheceu bem, pois na época não havia o excesso de ação que virou clichê décadas depois, assim o tempo é aproveitado melhor, construindo o enredo e o perfil dos personagens. Mesmo sendo anti-heróis, todos tem seu carisma. A cena do duelo a três já está na história do cinema. Outro mérito é não ter personagens previsíveis, pois não tendo obrigações morais na figura de um representante do bem que terá um final feliz, nunca se sabe o que irão aprontar. Vê-se como Tarantino e outros diretores foram influenciados, seja pelos “longos”-para padrões atuais- diálogos ou cenas adjacentes, talvez quando filmavam, nem imaginavam que tudo ia dar tão certo e se encaixar perfeitamente.Clássico absoluto!
Pixels: O Filme
2.8 1,0K Assista AgoraE essa mania que americano tem de colocar o Presidente dos USA para salvar o mundo de invasões alienígenas toda hora...
Era uma Vez no Oeste
4.4 730 Assista AgoraEste filme é pra quem gosta de cinema de verdade, da sétima arte propriamente dita... Viciados em explosões, pirotecnia, efeitos especiais e outras modernidades plastificadas que destacam mais o mero efeito visual que uma boa interpretação ou bom diálogo, não percam tempo com este filme que é um clássico, feito pra uma geração rooths e old school, que sabia apreciar momentos sem pressa, ouvir um disco inteiro, uma música inteira sem pular. Fanboys de TikTok, viciados em ação e filmes vazios de sentimentos com galãzinhos do bem em carros velozes com “finais felizes clichês”, se afastem, não é pra vocês....
Depois da Chuva
4.0 47Pontos altos do filme: enredo que foge dos clichês, priorizar a história e bons diálogos e não a mera ação gratuita, belas paisagens e fotografia, enaltecer a honra, compromisso, caridade, etc. coisa rara no Brasil atual. Pontos fracos: final mal resolvido, ritmo lento as vezes...
Não Olhe para Cima
3.7 1,9K Assista AgoraSerá que a presidente tosca negacionista e o filho idiota da presidente foi mera coincidência ou foi inspirado em fatos reais? Terraplanistas, trumpistas, anti-ciência odiaram o filme, por várias razões que já sabemos
Dona Flor e Seus Dois Maridos
3.5 171 Assista AgoraVejo muitos comentários aqui criticando certas cenas, mas a história se passa nos anos 40 em Salvador e como tal é o retrato de uma época e lugar, Jorge Amado apenas teve a sensibilidade de captar os costumes de uma época e balancear o carisma cafajeste e lascívia de Vadinho versus a retidão confortável e entediante de Teodoro, seus respectivos ônus e bônus, alguns costumes sociais mudaram pra melhor, mas não dá pra assistir esse filme com a visão crítica do politicamente correto do século XXI...Quanto aos que criticam as cenas de sexo do filme com ares de puritanismo, conservadorismo, tais cenas são necessárias pra entender o contexto de certas situações, no mais, os conventos e seminários estão vazios precisando de candidatos, por que não se inscrevem lá?
Elvira, a Rainha das Trevas
3.4 1,4KPor mais "bobinho" que o filme pareça, é a caricatura da hipocrisia conservadora de muitas cidades pequenas do interior, a inveja venenosa das recatadas, o desdem do cidadão de bem que deseja secretamente a "mulher indecente" e por aí vai...
Três Homens em Conflito
4.6 1,2K Assista AgoraNos anos 60 o cinema italiano estava no auge, Fellini, Zefirelli e outros faziam a sétima arte e não caça níqueis vazios de significado e cheios de pirotecnia para atrair adolescentes ao shopping. Já se filmavam sobre o tema, mas quando Sergio Leone percebeu a hipocrisia dos filmes de Hollywood e foi para uma região semi árida da Espanha fazer a “trilogia dólares”, o mundo não imaginava a hecatombe que faria no tradicional cinema western de Hollywood. Antes do “Sphagetti Western”, a referência eram os mocinhos bem barbeados, limpinhos com sorrisos alvos, de conduta inquestionável, que oravam na mesa da refeição para depois ir matar mexicanos retratados como bandidos cruéis ou então pobres ignorantes que criavam galinhas e leitões e precisavam da proteção do “herói” protestante ou ainda, mais frequente, matando índios, para construir uma América puritana em nome de uma moral pseudo cristã. Agradava em cheio os moralistas de plantão, principalmente os “cidadãos de bem” do sul dos USA, lembrando que foram eles quem iniciaram a Guerra Civil Americana(pano de fundo deste filme) que matou 6 milhões, pois queriam a qualquer preço a continuidade da escravidão baseada no Velho Testamento. O cinema italiano mudou este paradigma, agora cowboys sujos, com dentes escurecidos, barba mal feita, marcas de expressão se matavam não mais pela moral e bons costumes, mas meramente por dinheiro ou vingança, não havia mais a figura do mocinho, acabou o enfadonho dualismo bem x mal, de repente ficou ultrapassado o bom mocismo ingênuo dos filmes americanos, agora é a vida como ela é. Este filme virou um clássico e ainda cativa as plateias porque traz inúmeras cenas antológicas, atuações memoráveis, diálogos que fogem do lugar comum. Há equilíbrio entre os três personagens, que tentam sobreviver numa terra destruída pela guerra civil tão bem aproveitada no roteiro. Com uma trilha sonora, fotografia e planos abertos alternados com closes que marcaram época e cenas de humor e ironia. Envelheceu bem, pois na época não havia o excesso de ação que virou clichê décadas depois, assim o tempo é aproveitado melhor, construindo o enredo e o perfil dos personagens. Mesmo sendo anti-heróis, todos tem seu carisma, a cena do duelo a três já está na história do cinema. Outro mérito é não ter personagens previsíveis, pois não tendo obrigações morais, representante do bem que terá um final feliz, nunca se sabe o que irão aprontar. Vê-se como Tarantino e outros diretores foram influenciados, seja pelos diálogos ou cenas adjacentes, como a da ponte por exemplo, talvez quando filmavam, nem imaginavam que tudo ia dar tão certo e se encaixar perfeitamente.
Rock Estrela
2.6 33 Assista AgoraO filme é tosco, mas vale pela atmosfera dos anos 80 e participações...
Em Chamas
3.9 378 Assista AgoraA primeira metade do filme é um tanto lenta e vai incomodar a maioria acostumada a filmes de ação e cheios de pirotecnia de Hollywood, é certo que uma boa editada teria poupado pelo menos meia hora de filme, deixando-o mais dinâmico, sem perder a essência, mas também há ótimas analogias e diálogos.
Por ser escritor, somado ao fato de estar despeitado, podemos supor que boa parte da narrativa é fruto da imaginação de Jon-su, já que o personagem, como é visto em algumas cenas, gosta de deixar a imaginação fluir. Mas para além disso, se formos pra outra linha de raciocínio, há muitas evidências que Ben é um serial Killer e o filme da pistas: o bocejo de descaso, mostrando a falta de empatia, frases como “nunca chorei na vida” entre outras
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Amor Estranho Amor
2.7 420O que realmente incomoda os pseudo conservadores do Brasil, não é cena de nudez, porque no fundo eles gostam de uma sacanagem, tampouco a tal cena de uma adolescente com um pré adolescente, já que muitos desses pseudo conservadores, se tivessem chance e ninguém vendo, também pegariam garotas menores de 18...o que realmente incomoda é escancarar o fato de que homens que pregam a moral e bons costumes, que dizem defender os valores de família e que muitas vezes tem mais de uma(família), na surdina sempre frequentaram bordeis e pior, geralmente pago com dinheiro dos outros, se é que me entendem...o filme é meio lento, mas qualquer coisa que incomode terraplanistas vale no mínimo 3 estrelas...no mais lembrem da cena de 2018 que correu o mundo dos "conservadores" com camisa amarela enchendo a cara entre as garotas de programas semi nuas no bordel Bahamas em São Paulo fazendo dancinha coreografada festejando a Lava-jato...depois claro, um programa com uma prostituta cara e de luxo...
A Caçada
3.2 642 Assista AgoraUma sátira meio trash, meio Black Mirror. Uma caricatura da polarização e discurso de ódio gerados pela extrema direita e esquerda, relativamente recente no Brasil, mas já enraizado em alguns países.
Foi Apenas um Sonho
3.6 1,3K Assista AgoraUm filme cheio de nuances, se passa nos anos 50, o auge do "american way of life", e o que o filme faz é desconstruir este sonho utópico, a começar pela crise conjugal, o que é ser bem sucedido ou que o mero consumismo basta pra ser feliz. Uma grande sacada irônica foi colocar um "louco" cheio de cinismo para dizer as verdades que os "cidadãos limitados de bem" não enxergam ou não tem coragem de dizer do tipo "quem quer brincar de casinha, precisa aguentar o dia todo num emprego chato que não suporta" ou "muitas pessoas tem consciência do vazio, mas precisa coragem pra perceber a falta de esperança", de fato o tal "louco" foi o único que entendeu e apoiou o plano de largar tudo e mudar pra Paris, os demais veladamente censuraram porque não aceitam a ideia de sair do senso comum para ser feliz. Nas últimas décadas, essa desconstrução do tal "sonho americano" tem sido um tema recorrente, podemos citar o filmes como "Beleza Americana", "Felicidade", "Ilha das Flores", etc., e a maioria de bandas de rock, MPB, RAP, etc. tem este tema como mote, podemos citar entre tantas, "Ouro de Tolo", "Quando Você Crescer" - Raul; "rotina" - Inocentes, Pink Floyd, Dylan,etc...
Magnatas do Crime
3.8 299 Assista AgoraSe esse filme tinha a pretensão de ser algo do tipo Jogos, Trapaças e Dois Canos Fumegantes ou Snatch Porcos e Diamentes, deixou a desejar, mesmo assim, vale apena conferir...
Entre Irmãs
4.2 203 Assista AgoraIa escrever sobre enredo, fotografia, contexto histórico, etc., mas como li em alguns comentários...a maior parte do filme tem como pano de fundo a critica à desigualdade, ao coronelismo, ao desprezo das classes dominantes para com o povo, inclusive com o racismo científico criado por Lombroso do estudo do crânio, muito em voga no início do século XX, discriminação dos excluídos, a utopia de alguns miseráveis de tentar mudar o destino se juntando em bandos violentos, mulheres subjugadas, infâncias destruídas e uma gama de crueldades e dificuldades que as pessoas sofrem para sobreviver, mas terraplanistas conservadores que acham normal e compactuam com tudo isso citado, se incomodam justamente e meramente com o detalhe do beijo entre as mulheres...igual aqueles neonazistas que percorrem a Av. Paulista entre mendigos e crianças famintas, não dão a mínima para o sofrimento humano, apesar de levantarem bandeiras cristãs, mas se incomodam apenas com negros, judeus e gays...
A Filha do Pai
3.6 39O livro "La Fille du Puisatier" deu origem ao filme de 1941, que por sua vez teve essa refilmagem. Podemos notar o contexto histórico de como a mulher era direcionada para o casamento, sendo uma obrigação e exigência social, muito além de ser feliz ou não.
Scarface, a Vergonha de uma Nação
4.0 117 Assista AgoraEste filme é bom, tendo em vista a época que foi feito, talvez até a frente de seu tempo, mas Toni Montana é a versão definitiva...
As Trapaceiras
2.7 315 Assista AgoraRemake do filme Dirty Rotten Scoundrels (Os Safados) de 1988, este sim, bem melhor que a refilmagem. Mas nesta versão Hathaway rende bons momentos como sempre...
Dois Dias, Uma Noite
3.9 542A vida como ela é, sem firulas. Como as pessoas são meras peças de mão de obra barata e substituíveis e como o sistema usa isso em seu favor.
Golpe Duplo
3.3 731 Assista AgoraO filme tem um ritmo bom, prende a atenção, ótima trilha sonora, Will Smith e Margot, bens como sempre, mas poderia ter sido melhor, os últimos 10 minutos achei meio non sense...